A China continua a lidar com o drama dos raptos de crianças, uma realidade epidémica no país. O Governo chinês não dispõe de dados, mas as autoridades norte-americanas falam em milhares de menores à venda online oriundos de 20 mil raptos anuais no país, avança uma investigação da BBC. A imprensa chinesa aumenta em dez vezes este número e diz que todos os anos são retirados 200 mil menores às suas famílias.
Com um impacto devastador para várias famílias, o mercado ilegal de venda de crianças continua sem travão na China. Apesar dos esforços recentes das autoridades, milhares de meninos continuam a acabar nas malhas de redes criminosas.
Esta realidade, já antiga, veio finalmente a público há 12 anos quando a polícia chinesa descobriu 28 bebés na parte de trás de um autocarro em sacos de nylon. Estavam drogados para se manterem em silêncio e um acabou por morrer sufocado.
Este caso chocante foi apenas a ponta do iceberg para o mundo constatar o flagelo tráfico infantil. Todos os anos milhares de pais são confrontados com a agonia de lhes ser roubado um filho. O Governo chinês diz não ter dados sobre o problema, mas o Departamento de Estado norte-americano estima que sejam raptadas 20 mil crianças todos os anos, ou seja 400 por semana.
Um bebé do sexo masculino é vendido por 15 mil euros, o dobro do valor de uma menina. Os chineses continuam a preferir ter filhos, pois existe a crença na cultura do país de que os homens perpetuam o nome da família e sustentam os pais na velhice.
O destino das crianças raptadas é na maioria das vezes a adopção, mas algumas acabam em redes de trabalho forçado ou são entregues a grupos criminosos que as obrigam a mendigar. A maioria destes meninos nunca são encontrados.
A actividade destes criminosos tem vindo a ficar mais sofisticada, fazendo-se agora na internet, já que a polícia chinesa tem estado mais activa no combate a este crime. Em Fevereiro do ano passado, por exemplo, uma operação policial levou a 1094 detenções e ao resgate de 382 bebés que estavam a ser dados para adopção em fóruns online.
Os pais que procuram os seus filhos raptados apelam ao Governo que faça leis mais duras para punir os raptores. Actualmente, o crime de rapto é punido com três anos de prisão se apanhados em flagrante, o que raramente acontece.
http://www.sol.pt/noticia/126783
Com um impacto devastador para várias famílias, o mercado ilegal de venda de crianças continua sem travão na China. Apesar dos esforços recentes das autoridades, milhares de meninos continuam a acabar nas malhas de redes criminosas.
Esta realidade, já antiga, veio finalmente a público há 12 anos quando a polícia chinesa descobriu 28 bebés na parte de trás de um autocarro em sacos de nylon. Estavam drogados para se manterem em silêncio e um acabou por morrer sufocado.
Este caso chocante foi apenas a ponta do iceberg para o mundo constatar o flagelo tráfico infantil. Todos os anos milhares de pais são confrontados com a agonia de lhes ser roubado um filho. O Governo chinês diz não ter dados sobre o problema, mas o Departamento de Estado norte-americano estima que sejam raptadas 20 mil crianças todos os anos, ou seja 400 por semana.
Um bebé do sexo masculino é vendido por 15 mil euros, o dobro do valor de uma menina. Os chineses continuam a preferir ter filhos, pois existe a crença na cultura do país de que os homens perpetuam o nome da família e sustentam os pais na velhice.
O destino das crianças raptadas é na maioria das vezes a adopção, mas algumas acabam em redes de trabalho forçado ou são entregues a grupos criminosos que as obrigam a mendigar. A maioria destes meninos nunca são encontrados.
A actividade destes criminosos tem vindo a ficar mais sofisticada, fazendo-se agora na internet, já que a polícia chinesa tem estado mais activa no combate a este crime. Em Fevereiro do ano passado, por exemplo, uma operação policial levou a 1094 detenções e ao resgate de 382 bebés que estavam a ser dados para adopção em fóruns online.
Os pais que procuram os seus filhos raptados apelam ao Governo que faça leis mais duras para punir os raptores. Actualmente, o crime de rapto é punido com três anos de prisão se apanhados em flagrante, o que raramente acontece.
http://www.sol.pt/noticia/126783
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