As relações sexuais sem preservativo podem acelerar o avanço do cancro cervical e do útero, devido à elevada concentração no sémen de umas substâncias chamadas prostaglandinas, segundo uma investigação tornada pública esta sexta-feira no Reino Unido.
Uma equipa de cientistas do Conselho Britânico para a Investigação Médica, dirigido por Henry Jabbour, descobriu que os dois tumores se desenvolviam na presença dessas substâncias. As prostaglandinas encontram-se em todos os tecidos dos mamíferos e líquidos biológicos e em quase todas as células do organismo, com excepção dos glóbulos vermelhos.
Estas substâncias também se encontram de forma natural nos órgãos reprodutores femininos, mas a sua presença é até mil vezes mais concentrada no sémen, revela o estudo, publicado na revista médica ‘Journal of Endocrinology and Human Reproduction’.
“O que demonstrámos é que os níveis dos receptores - moléculas da superfície celular ou do citoplasma que encaixam noutras moléculas como uma chave na sua fechadura - para a prostaglandina eram elevados nesses cancros. Esse elevado nível do receptor conduz ao crescimento do tumor. “Mesmo que bloqueemos a síntese (produção) de prostaglandinas nos órgãos reprodutores, tal não impede a evolução do tumor, se a mulher tiver uma vida sexual activa”, explicou Henry Jabbour.
Por isso, está demonstrado que é a prostaglandina presente no sémen que causa o crescimento do tumor. O especialista recomenda às mulheres que possam sofrer este tipo de tumores que utilizem preservativos nas suas relações sexuais.
in Correio da manha
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