Manuel Coutinho, psicólogo e diretor da Linha SOS Criança, olha com perplexidade para o que aconteceu esta segunda-feira num liceu em Barcelona, em Espanha. Um aluno de 13 anos, armado com uma besta e uma faca, matou um professor e feriu outras três pessoas.
O ataque ocorreu no liceu Joan Fuster [no bairro de La Sagrera, em Barcelona], quando o rapaz bateu à porta de uma sala de aula e a professora a abriu. Nesse momento, o jovem sacou de uma besta e disparou contra a professora perto da cara, provocando-lhe vários ferimentos. Na mesma sala, ainda atacou à facada a filha da docente.
O pior estaria para vir. Um outro docente, ouvindo os gritos, acorreu ao local, mas foi logo atingido por uma seta no abdómen. Tombou e morreu pouco depois. Depois disto, ainda outro aluno foi ferido.
"É um crime bárbaro, mostra enorme frieza afetiva e grande desajuste, mas é um alerta para toda a sociedade", argumenta Manuel Coutinho. Para este psicólogo "os jovens passam a maior parte do tempo nas escolas e vivem uma enorme pressão para terem boas notas e terem sempre sucesso. Depois, entre eles, há também uma grande competição, que se manifesta, não raras vezes, sob a forma de bullying". Basicamente, "os jovens vão acumulando agressividade", explica.
Por outro lado, continua, quando querem relaxar ligam-se a um mundo virtual, através de jogos eletrónicos, "onde o herói é sempre aquele que consegue liquidar mais pessoas". "Nesses jogos, ou até em muitas séries de televisão, o sangue é banalizado e o sentido da vida humana é diminuído".
Para este especialista, um jovem "em pleno estado mental" tem consciência do bem e do mal. Mas o que sucede é que "existem muitos jovens que não estão no seu pleno estado mental, que dão sinais disso sistematicamente, mas que são ignorados". Um dia, acontecem coisas como estas que "são como um trovão em céu aberto".
Manuel Coutinho alerta para o facto de os jovens passarem muito tempo sozinhos, entre a escola, os trabalhos de casa e depois a televisão e os jogos eletrónicos. "Deveriam ter tempo para espairecer. Os pais deveriam ter cargas horárias menos pesadas".
O jovem que esta segunda-feira cometeu este ato já foi levado ao hospital e será agora presente ao tribunal. Sabe-se que além da besta e da arma branca, tinha na sua mochila material habitualmente utilizado para preparar um "cocktail molotov".
Os três feridos também já receberam alta hospitalar. Os restantes alunos da escola terão apoio psicológico.
Jovens vivem "sob enorme pressão e vão acumulando agressividade" - JN
um assassino de 13 anos
inimputável
o meu filho mais novo tem 12 anos, ele sabe perfeitamente o que é certo e errado, o que é bom e mau, e sabe muito bem quando faz asneiras
O ataque ocorreu no liceu Joan Fuster [no bairro de La Sagrera, em Barcelona], quando o rapaz bateu à porta de uma sala de aula e a professora a abriu. Nesse momento, o jovem sacou de uma besta e disparou contra a professora perto da cara, provocando-lhe vários ferimentos. Na mesma sala, ainda atacou à facada a filha da docente.
O pior estaria para vir. Um outro docente, ouvindo os gritos, acorreu ao local, mas foi logo atingido por uma seta no abdómen. Tombou e morreu pouco depois. Depois disto, ainda outro aluno foi ferido.
"É um crime bárbaro, mostra enorme frieza afetiva e grande desajuste, mas é um alerta para toda a sociedade", argumenta Manuel Coutinho. Para este psicólogo "os jovens passam a maior parte do tempo nas escolas e vivem uma enorme pressão para terem boas notas e terem sempre sucesso. Depois, entre eles, há também uma grande competição, que se manifesta, não raras vezes, sob a forma de bullying". Basicamente, "os jovens vão acumulando agressividade", explica.
Por outro lado, continua, quando querem relaxar ligam-se a um mundo virtual, através de jogos eletrónicos, "onde o herói é sempre aquele que consegue liquidar mais pessoas". "Nesses jogos, ou até em muitas séries de televisão, o sangue é banalizado e o sentido da vida humana é diminuído".
Para este especialista, um jovem "em pleno estado mental" tem consciência do bem e do mal. Mas o que sucede é que "existem muitos jovens que não estão no seu pleno estado mental, que dão sinais disso sistematicamente, mas que são ignorados". Um dia, acontecem coisas como estas que "são como um trovão em céu aberto".
Manuel Coutinho alerta para o facto de os jovens passarem muito tempo sozinhos, entre a escola, os trabalhos de casa e depois a televisão e os jogos eletrónicos. "Deveriam ter tempo para espairecer. Os pais deveriam ter cargas horárias menos pesadas".
O jovem que esta segunda-feira cometeu este ato já foi levado ao hospital e será agora presente ao tribunal. Sabe-se que além da besta e da arma branca, tinha na sua mochila material habitualmente utilizado para preparar um "cocktail molotov".
Os três feridos também já receberam alta hospitalar. Os restantes alunos da escola terão apoio psicológico.
Jovens vivem "sob enorme pressão e vão acumulando agressividade" - JN
um assassino de 13 anos
inimputável
o meu filho mais novo tem 12 anos, ele sabe perfeitamente o que é certo e errado, o que é bom e mau, e sabe muito bem quando faz asneiras