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Contradições religiosas

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    Contradições religiosas

    Eu não quero criar uma discussão entre crentes e não crentes com este tópico, apenas gostaria que ambas as partes respondessem com objectividade a esta questão:

    Eu tenho um amigo que sempre foi religioso, até recentemente quando perdeu um filho com pouco mais de 20 anos num acidente. Desde essa altura começou a questionar se Deus de facto existe e porque razão não salvou o filho, apesar de todas as preces para que protegesse as pessoas de quem mais gostava. Da parte dos cristãos, as explicações mais comuns para que isto tenha acontecido são as de que toda a gente tem o destino traçado, e quando chega a hora, não há volta a dar, o que não invalida a existência de Deus.

    Numa situação bastante semelhante a este meu amigo que rezava todos os dias e pedia pela saúde dos seus, estão milhões de outros fiéis que fazem promessas, algumas delas difíceis e desgastantes de serem cumpridas, para que Deus intereceda pela saúde e no fundo prolongue o mais possível a sus existência na terra. Uma enorme percentagem dessas pessoas também acredita, ao mesmo tempo, na inevitabilidade do destino, e que se ainda não foram desta para melhor, foi porque não tinha chegado a sua hora.

    A minha grande questão é a seguinte: Não será uma enorme contradição acreditar que temos o destino traçado, mas ao mesmo tempo pedir a Deus para que altere esse destino? Não chega a ser mesmo egoísmo? Acreditando que Deus leva-nos para junto dele por razões aparentemente desconhecidas mas justas, não é contraditório rezar para que isso não aconteça?

    Obrigado pelas opiniões.

    #2
    Não confundir a fé e a interpretação pessoal com a doutrina religiosa seja ela de que religião for.

    No caso do Catolicismo - tendo em conta que é a religião "maioritária" em Portugal - não há lugar ao destino/fado, embora seja verdade que alguns autores falem, por exemplo, em predestinação; a qual, no entanto, nunca se sobrepõe ao livre arbítrio.

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por RedHeart Ver Post
      Não confundir a fé e a interpretação pessoal com a doutrina religiosa seja ela de que religião for.

      No caso do Catolicismo - tendo em conta que é a religião "maioritária" em Portugal - não há lugar ao destino/fado, embora seja verdade que alguns autores falem, por exemplo, em predestinação; a qual, no entanto, nunca se sobrepõe ao livre arbítrio.
      Compreendo o que dizes, mas a esmagadora maioria dos católicos têm a noção de que quando algo acontece ou deixa de acontecer (neste caso particular a morte) é porque estava predestinado a ser assim.

      Quantas vezes ouves os católicos dizer perante situações de quase tragédia: "Não morreu porque não era o dia dele"?
      E o que me faz confusão é ver uma pessoa que por um lado acredita no destino e acredita que quando tiver de morrer, morre mesmo, e ao mesmo tempo faz promessas e reza para ter saúde. É a isto em particular que me refiro. É um paradoxo.

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por Ilyushin Ver Post

        (...)

        Quantas vezes ouves os católicos dizer perante situações de quase tragédia: "Não morreu porque não era o dia dele"?
        E o que me faz confusão é ver uma pessoa que por um lado acredita no destino e acredita que quando tiver de morrer, morre mesmo, e ao mesmo tempo faz promessas e reza para ter saúde. É a isto em particular que me refiro. É um paradoxo.
        O morrer por "ser o dia dele" não é um caso de destino mas sim uma constatação de um facto
        Fazer promessas ou rezar para ter saúde faz algum sentido, se pensares na relação entre Deus e o Homem como entre o pai e um filho. O pai sabe e até tem definidas as horas da refeição e de ir para cama, mas se o filho pedir, quantas vezes não leva uma bolacha ou mais um pedaço de televisão fora das horas estabelecidas para tal.


        Quanto às contradições em si, são as mesmas contradições do traficante de droga que paga a construção de uma Igreja, ou de um padre que abusa de uma criança, ou de uma beata que mal sai da missa vai logo falar mal da filha da vizinha... ou do cidadão que quer a saúde e a educação grátis mas foge aos impostos e ainda mete falsas despesas a ver se recebe mais algum.
        Uma coisa são as propostas das religiões, ou de quaisquer outras instituições; outra coisa são os crendices e os rituais particulares; e ainda outra coisa são as fitas para os outros verem e para nos tentar acalmar a consciência.

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