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Arábia Saudita: a verdadeira questão é outra...

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    [Política] Arábia Saudita: a verdadeira questão é outra...

    Arábia Saudita: a verdadeira questão é outra...
    O Reino da Arábia Saudita é um dos mais activos patrocinadores dos bandos terroristas ao serviço do imperialismo, e não apenas os de raiz religiosa.Quando em meados dos anos 80 o Congresso dos EUA proibiu o financiamento da contra-revolução nicaraguense, os sauditas entraram com o dinheiro (NYT, 13.1.87).Não são tolerados partidos nem sindicatos, nem se faz de conta que existe um Parlamento. Não existe qualquer liberdade de expressão.Nos meses finais do reinado «reformador» e «amigo das mulheres», duas mulheres foram levadas a um tribunal anti-terrorista por conduzir um automóvel (NYT, 25.12.14) e um cidadão foi condenado a 1000 chicotadas e 10 anos de prisão por criar um blogpara discutir questões religiosas (Human Rights Watch, 10.1.15).Na verdade, o processo judicial do Estado Saudita é uma cópia perfeita do seguido pelo Estado Islâmico: só em Janeiro de 2015 o Reino da Arábia Saudita decapitou 16 pessoas.Nesta monarquia absoluta onde o Corão é a constituição, não existe lei codificada, pelo que a livre interpretação da lei islâmica aplica-se mediante cortes de mãos e de pés, apedrejamentos e chicotadas.A Ulema, um grupo de clérigos sunitas radicais, controla todos os aspectos da vida, do sexo à higiene passando pela alimentação e pela leitura, impondo uma estrita segregação sexual que proíbe homens e mulheres de frequentarem os mesmos espaços.As mulheres sauditas não podem conduzir nem passar pelas portas usadas por homens, estão obrigadas a ter um «guardião» do sexo masculino e não podem estudar, viajar ou casar sem a sua autorização.Se uma mulher saudita violar a segregação sexual e entrar em contacto com um homem fora do seu círculo familiar, é julgada por adultério e prostituição, crimes castigados com a morte. Na própria semana em que Obama foi render tributo aos reis sauditas,Layla Bassim, uma mulher birmanesa, foi decapitada em público na cidade de Meca.Na ditadura saudita, não existem quaisquer direitos democráticos ou liberdade de expressão e opositores como Badawi são perseguidos, torturados e executados.
    Mas o Estado Islâmico e a Arábia Saudita têm em comum algo mais importante do que as decapitações: os EUA.Uma ligação que recua ao colapso do Império Otomano, quando os britânicos instalaram ao leme da região uma família de latifundiários sunitas, os Saud. Arábia Saudita significa literalmente a Arábia dos Saud, a família que ainda hoje é proprietária do país e cujos cerca de 7000 príncipes ocupam, com autoridade absoluta, todas as posições do Estado.Mas Muhammad bin Saud, o fundador do primeiro Estado saudita, não impôs apenas o nome e a descendência ao novo país: também cunhou a religião. Para conquistar o território, bin Saud estabeleceu um pacto com os seguidores do Wahhabismo, a corrente ultra-reaccionária do islamismo sunita que hoje dita a lei na Arábia Saudita e também no Estado Islâmico.

    Nascido para servir o imperialismo britânico, cedo os EUA compreenderam a utilidade deste cliente reacionário e avesso a todo o progresso social:
    • nos anos 70, os sauditas armaram, a mando da CIA, o Taliban e a Al-Qaeda para derrubar o Estado afegão;

    • na primeira Guerra do Golfo, em 1991, deram estacionamento a meio milhão de tropas americanas;

    • mais tarde, em 2003, as bases sauditas permitiram 286 000 ataques aéreos contra o Iraque.

    Peça central para o avanço do imperialismo no Oriente Médio, a Arábia Saudita compra anualmente aos EUA 30 mil milhões de dólares em armas.Em contrapartida, vende fundamentalismo religioso, petróleo barato e desestabilização política.Neste negócio perigoso e de corolários tão volúveis como a Jabhat Al-Nusrah, a Ahrar ash-Sham e o próprio Estado Islâmico, quem perde sempre são os povos.
    Desenho de Fernando Campos (o sítio dos desenhos)
    Aproveitando-se da indignação pelos crimes de Paris, dirigentes políticos mundiais desfilaram de braço dado para TV ver, longe da multidão.Duas semanas depois, grande parte dos mesmos dirigentes foi em peregrinação à Arábia Saudita, prestar homenagem ao falecido rei Abdullah. Não foram poupados elogios.Obama valorizou «a nossa amizade genuína e calorosa» (International New York Times, 24.1.15). Para Obama, que encurtou a sua visita à Índia para «homenagear» o rei defunto, «não seria esse o momento para falar de direitos humanos». Afinal, segundo o presidente galardoado com o Nobel da paz, Abdullah foi um «reformador», que malgrado «modesto» nos seus esforços contribuiu para a «estabilidade regional».Blair disse que era «um modernizador», «amado pelo seu povo e cuja falta será profundamente sentida» (declaração do seu gabinete, 23.1.15).O International NYT chama-lhe um «reformador saudita» (24.1.15).David Cameron louvou a sua «dedicação à paz» e a directora-geral do FMI declarou que «era um grande dirigente, que introduziu muitas reformas internas e, de forma muito discreta, era uma grande defensor das mulheres» (Channel 4 News, 23.1.15).O Presidente de Israel, Rivlin, disse que «as suas sábias políticas contribuíram muito para a nossa região e a estabilidade do Médio Oriente» (Times of Israel, 23.1.15).Hollande e Fabius deslocaram-se a Riade para prestar tributo ao rei saudita e à «sua visão duma paz justa e duradoira no Médio Oriente» (Libération, 23.1.15) – visão partilhada pela França e bem patente na Síria.A Arábia Saudita nunca foi alvo das grandes campanhas mediáticas e políticas contra o fundamentalismo islâmico.Porque a verdadeira questão é outra. A Arábia Saudita e o seu «capitalismo avançado» (International NYT, 24.1.15) estão do mesmo lado da barricada que Obama, Hollande, Cameron e o sionismo.A hipocrisia sem limites dos chefes imperialistas revela algo importante: o racismo e a islamofobia que de forma cada vez mais aberta é promovida na comunicação social é – tal como o anti-semitismo dos anos 30 – apenas uma arma das classes dirigentes para dividir os trabalhadores e povos e para os arregimentar às suas políticas de guerra, exploração e rapina.Os elogios a Abdullah mostram que não há «choque de civilizações» quando se trata de arranjar acordos entre o grande capital e garantir a continuidade dos seus chorudos lucros. Poderão existir choques de interesses.E se algum dia a classe dirigente saudita decidisse seguir outro rumo, então sim ouviríamos falar dos crimes e pecados da sua ditadura e todo o arsenal imperialista – dos mísseis Cruzeiro às agências de notação, dos drones às pseudo-ONG – cairiam sobre a Península.E se, 'pior' ainda, o povo saudita se erguer para varrer a sua corrupta e serventuária classe dirigente, serão ensurdecedoras as campanhas imperialistas sobre o «perigo duma nova ditadura».Foi assim no nosso país, há 40 anos.


    Fonte:
    http://ocastendo.blogs.sapo.pt/arabi...stao-e-1854439

    #2

    Comentário


      #3
      Estou em completo desacordo com a opinião expressada por este artigo.

      Que há uma certa hipocrisia nas relações entre os estados é um facto, mas como é normal cada um defende os seus interesses.

      De qualquer forma apesar do terrível regime da Arábia Saudita, como principal produtor de petróleo do Mundo tem que haver relações comerciais com eles e por mais que discordemos temos que respeitar o seu modo de vida.

      Ninguém (em termos de países) tem um mandato divino para praticar o bem, os países a cada momento agem de acordo com os seus interesses e isso é legitimo e normal.

      Comentário


        #4
        Só me espanta como é que isto é novidade para alguém. Já agora, a quem interessar, a bandeira Saudita tem lá escrito "Não há outro deus para além de Allah e Maomé é o seu profeta".

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por AlexKarelin Ver Post
          Estou em completo desacordo com a opinião expressada por este artigo.

          Que há uma certa hipocrisia nas relações entre os estados é um facto, mas como é normal cada um defende os seus interesses.

          De qualquer forma apesar do terrível regime da Arábia Saudita, como principal produtor de petróleo do Mundo tem que haver relações comerciais com eles e por mais que discordemos temos que respeitar o seu modo de vida.

          Ninguém (em termos de países) tem um mandato divino para praticar o bem, os países a cada momento agem de acordo com os seus interesses e isso é legitimo e normal.
          Uma coisa é respeitar o direito à autodeterminação de cada país e a seguir o seu destino, de acordo com a vontade popular. Outra coisa é ter relações económicas, políticas e sociais com esses países e mais do que isso, fazer como os EUA que apoiam-nos e acham-se no direito de interferir noutros países porque dizem não haver democracia ! Hipocrisia pura !

          No Iraque também havia/há petróleo e os EUA não tiveram dúvidas em invadi-los.

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            #6
            Originalmente Colocado por LuisMiguel Ver Post
            Só me espanta como é que isto é novidade para alguém. Já agora, a quem interessar, a bandeira Saudita tem lá escrito "Não há outro deus para além de Allah e Maomé é o seu profeta".
            Para quem está informado (e nao falo de ver noticiarios da TV) sabe que a Arabia Saudita é um grande patrocinador do que chamamos de terrorismo no ocidente. De certo modo muitas vezes fazem a ponte entre CIA e terrorismo. Ate as "prisoes" para terroristas sao locais de "recuperacao social" com piscina , sauna... Um autentico hotel de 4 estelas .

            Os interesses sao claros. Modo de implementacao social SHARIA (que é a mesma da ISIS e nao inverso ) e a guerra entre Xiitas (irao) e Sunitas(Poder centrado na Arabia saudita). Alias as guerras no norte de Africa e agora na Siria sao basicamente isso.

            Mas a relacao entre EUA e Arabia Saudita vao alem disso. Regularmente os EUA emitem divida externa (que é muitas vezes lixo) e a Arabia SAudita é um dos principais compradores . Em troca sao negociados os preços do petroleo e o preço é tabelado em petrodollar (a discucao de eurodollar levou a muitos regimes no oriente cairem ). Os preços sao acertados de acordo com interesse da Arabia Saudita e nao tanto dos EUA (estes sao actualmente nao os maiores produtores de petroleo mas os que possuem mais capacidade de producao se o petroleo estiver caro devido ao Xisto).

            Um dia (nao na nosso tempo de vida) a Arabia Saudita vai dar o peido. Vai haver um dia nem que seja daqui a 200 anos que apesar de se ainda usar petroleo vai ser um recurso secundario. Eles apesar de toda a evolucao que forçam internamente , ainda sao uma civilizacao totalmente dependente do petroleo e derivados. Se eles nao evoluirem nao vai haver petroleo que os salve e vao voltar à era dos camelos. E nao será o investimento na divida americana que os vai salvar pq sem petroleo (ou petroleo muito caro) os americanos querem q eles ardam todos no inferno. Pq para petroleo caro os americanos possuem grande parte dos recursos. Em termos de 20 a 30 anos a Arabia Saudita está encostada à parede e vai ser giro de ver o que vai acontecer. Por enquanto promovem guerras de seus interesses (sunitas) em todos os países que podem em seu redor. Curioso é a relacao hipocrita com Israel que por terem muito armamento mas nao pilotos qualificados usam pilotos militares de Israel em varios conflitos (e sao inimigos de religião). É uma regiao BOMBA
            Editado pela última vez por Mvieira79; 18 November 2015, 14:51.

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              #7
              Ultimamente tenho visto alguns programas Portugueses pelo Mundo (Arábia Saudita, Emirates Árabes Unidos) uma das frases de regozijo dos Tuga "não se paga impostos" etc.

              Espanta-me ver mulheres a emigrar para estes países (principalmente Arábia Saudita) não têm direitos nenhuns mas "não pagamos impostos, gasolina barata". Nunca na vida eu iria viver (ou sequer ir férias ) para esses países onde mulher tem menos direitos que um falcão.

              Para mim o Mundial Qatar bem ficava moscas.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por WOB Ver Post
                Ultimamente tenho visto alguns programas Portugueses pelo Mundo (Arábia Saudita, Emirates Árabes Unidos) uma das frases de regozijo dos Tuga "não se paga impostos" etc.

                Espanta-me ver mulheres a emigrar para estes países (principalmente Arábia Saudita) não têm direitos nenhuns mas "não pagamos impostos, gasolina barata". Nunca na vida eu iria viver (ou sequer ir férias ) para esses países onde mulher tem menos direitos que um falcão.

                Para mim o Mundial Qatar bem ficava moscas.
                Qatar? Nem se compara com a Arábia Saudita. Se o Mundial de futebol devia ser lá ou não é que já é outra história

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                  #9
                  Já que meteram os portugueses no mundo, gostava de falar do Dubai.
                  É tudo super bom... até ao dia do "meu rico Portugal".
                  Mas depois, se queres sair do país, precisas de autorização do sheik.
                  Se queres cuidados de saúde... aqueles pais do bebé prematuro perceberam como é a vidinha quando lhes disseram: acabou o seguro, tens cash?
                  Até para abrires um negócio, precisas de um "patrocinador" que dá o nome por ti, e na sequência disso é teu credor PARA A VIDA de uma percentagem dos teus negócios.

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por omnibus Ver Post
                    Já que meteram os portugueses no mundo, gostava de falar do Dubai.
                    É tudo super bom... até ao dia do "meu rico Portugal".
                    Mas depois, se queres sair do país, precisas de autorização do sheik.
                    Se queres cuidados de saúde... aqueles pais do bebé prematuro perceberam como é a vidinha quando lhes disseram: acabou o seguro, tens cash?
                    Até para abrires um negócio, precisas de um "patrocinador" que dá o nome por ti, e na sequência disso é teu credor PARA A VIDA de uma percentagem dos teus negócios.
                    A lei sharia é muito clara sobre negocios. És sempre um ser menor excepto se muçulmano.
                    Tambem nao existe basicamente espaços de diversao noctura. Existe locais onde podes ir almocar , jantar e beber chá na presença de outros homens.

                    Preciso tambem dizer q este País nao é tao rico como nós supomos. Basta ires ver o PIB deles. O que eles estao é a crescer rapidamente derivado do petroleo. E para eles construir é barato pq a mão de obra é praticamente escrava. Em portugal tambem terias tudo a 1/10 dos custos se importasses mao de obra escrava. É uma fase de crescimento (e muito direcionada para um futuro vazio) e nao vai ser sempre assim. A populacao verdadeira local é uma micro minoria. Aquilo antes do petroleo era uma colonia salvo erro Francesa e era camelos, muita areia e camelos. Uma das zonas mais pobres do globo e facil de manipular os Xeques locais pq se odeiam todos uns aos outros (ate à pouco tempo eram tratados como uns m***s). Em algumas regioes viviam na extrema probreza (Dubai) vivendo praticamente exclusivamente de mercado das perolas. Este Boom economico é recente e nao tem mais de 50 anos.

                    Tenho um amigo meu a dar aulas numa universidade na Arabia Saudita e aquilo e´uma cidade de raiz praticamente vazia.
                    É tudo bonito como elevado ordenado e ter mal chegado comprado um Porche 911 mas sinceramente ele deve ser bem visto como menor (ainda por cima tem sangue e traços faciais indiano). Nao era vida para mim. Ate nas fotos que tem com amigos nota-se que é so cerebros importados (indianos). Malta de lá com eles nem velos (embora acredito q sejam simpaticos com eles). Ou seja vivem num limbo isolado do mundo e com documentos sempre caçados pelos seus "donos". Nao era para mim
                    Editado pela última vez por Mvieira79; 18 November 2015, 18:55.

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                      #11




                      Os Wahabistas são os principais culpados pelos conflitos no Médio Oriente. Infelizmente os governos ocidentais deitam na cama com eles, principalmente os Americanos.

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por omnibus Ver Post
                        Já que meteram os portugueses no mundo, gostava de falar do Dubai.
                        É tudo super bom... até ao dia do "meu rico Portugal".
                        Mas depois, se queres sair do país, precisas de autorização do sheik.
                        Para residentes? Não residi no Dubai mas já entrei e sai várias vezes do Dubai e EAU nunca precisei de autorização. Tinha que mostrar o passaporte nos diversos controlos fronteiriços e nada mais.

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                          #13
                          Ainda á dias estavam a falar num país desses dubai salvo o erro, a maioria das pessoas que vão para lá trabalhar, fica automaticamente cativo do país, caçam-lhes logo os passaportes e documentação.
                          Na Arabia saudita tambem já ouvi falarem que era uma pratica comum...

                          Ps: indianos e gente dessas zonas é tudo escravo nas mãos daqueles gajos.

                          Comentário


                            #14
                            Já tive familiares a trabalhar na Arábia Saudita e foi tudo tranquilo quanto a entradas e saídas do país.

                            Comentário


                              #15
                              Piada do ano!!!


                              Na Arábia Saudita as mulheres não podem sequer conduzir. Mas o país foi eleito para a Comissão para os Direitos das Mulheres da ONU...

                              http://visao.sapo.pt/actualidade/mun...ulheres-da-ONU

                              Comentário


                                #16
                                A Arábia Saudita não está expandindo os negócios para áreas como bancos e fundos de investimento assim como outros países árabes? Caso não, estão cometendo o mesmo erro da Venezuela.

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por omnibus Ver Post
                                  Piada do ano!!!


                                  Na Arábia Saudita as mulheres não podem sequer conduzir. Mas o país foi eleito para a Comissão para os Direitos das Mulheres da ONU...

                                  http://visao.sapo.pt/actualidade/mun...ulheres-da-ONU
                                  Acho bem. O facto de serem eleitos para este debate pode ajudar bastante as mulheres desse país.
                                  Obriga-os a esporem-se ao mundo.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por AlexKarelin Ver Post
                                    Ninguém (em termos de países) tem um mandato divino para praticar o bem, os países a cada momento agem de acordo com os seus interesses e isso é legitimo e normal.
                                    Eu discordo. Na minha opinião, há limites ao que um país pode fazer dentro das suas fronteiras. O melhor exemplo é o genocídio. A questão é: onde se coloca o limite ao que deve justificar uma ação contra esses países?

                                    Há determinados princípios defendidos pelos países ocidentais com democracias liberais (por exemplo liberdade religiosa, igualdade de género, não discriminação em função da raça, liberdade de expressão) que deveriam ser universais. Assim, na minha opinião, os países que não cumprem estes elementares direitos humanos deviam ser de alguma forma pressionados para evoluir.

                                    A pressão pode ser diplomática ou económica.

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por Pastis Ver Post
                                      Acho bem. O facto de serem eleitos para este debate pode ajudar bastante as mulheres desse país.
                                      Obriga-os a esporem-se ao mundo.
                                      expôr, e não espor

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por SMF Ver Post
                                        A Arábia Saudita não está expandindo os negócios para áreas como bancos e fundos de investimento assim como outros países árabes? Caso não, estão cometendo o mesmo erro da Venezuela.
                                        Publicamente nem por isso (não têm nenhum fundo soberano como o Qatar ou os EAU).

                                        Mas de forma privada existem diversos membros da casa real Saud com investimentos no estrangeiro - imobiliário principalmente. Mas não dão tanto na vista como os qataris, por exemplo. Toda a gente sabe quem são os donos do Shard, do Harrods, etc.

                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por semnome Ver Post
                                          Publicamente nem por isso (não têm nenhum fundo soberano como o Qatar ou os EAU).

                                          Mas de forma privada existem diversos membros da casa real Saud com investimentos no estrangeiro - imobiliário principalmente. Mas não dão tanto na vista como os qataris, por exemplo. Toda a gente sabe quem são os donos do Shard, do Harrods, etc.
                                          O dono do Ritz de Lisboa é da Arábia Saudita.

                                          Comentário


                                            #22
                                            Sempre que falam da Arábia Saudita, lembro-me disto:

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por tomix Ver Post
                                              O dono do Ritz de Lisboa é da Arábia Saudita.
                                              Pensava que era do Pedro Queiroz Pereira, já o deve ter vendido. Estás a falar do Sr. Al-Jabber? Acho que também é dono do Pine Cliffs no Algarve.

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                                                #24
                                                São países para ganhar dinheiro e bazar o quanto antes... tenho conhecidos Suíços que la trabalharam e dizem que tratam os ocidentais como m****. Os outros (indianos, etc) são mesmo escravos.

                                                Mas com a mentalidade deles espera-lhes um futuro de m****.

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                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por SMF Ver Post
                                                  A Arábia Saudita não está expandindo os negócios para áreas como bancos e fundos de investimento assim como outros países árabes? Caso não, estão cometendo o mesmo erro da Venezuela.
                                                  Mas tem duas diferenças super-critica com a Venezuela:
                                                  1 - A quantidade de petróleo produzida pela Arábia Saudita é quase 5 vezes mais que a Venezuela, logo os custos fixos da produção do petróleo (se fossem iguais...) seriam diluídos 5 vezes mais que os custos fixos na Venezuela (de certeza que não são iguais, a concessão, as instalações, tem tudo preços diferentes, basta serem países diferentes).
                                                  2 - Os custos de produção do petróleo e os custos da "sociedade" na Arábia Saudita são muito mais baixos (basicamente suponho, não conheço dados em concreto, que se não fores um sheike na Arábia Saudita não tens direito a nada, enquanto na Venezuela, além de teres que sustentares os Sheikes de lá tens que sustentar o estado venezuelano inteiro).

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                                                    #26
                                                    A Arábia Saudita podia hoje ser algo bem diferente, um país do médio oriente modernizado e relativamente prospero estilo Israel. Ainda há pouco tempo ouvi um documentário na rádio sobre o rei Faisal, que fez muito para modernizar o país e tentar criar uma sociedade mais moderna e tolerante. Criou muitos inimigos com a sua mentalidade liberal e acabou assassinado pelo sobrinho, o resto é historia.

                                                    Religion does it again.

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                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por se mnome Ver Post
                                                      Pensava que era do Pedro Queiroz Pereira, já o deve ter vendido. Estás a falar do Sr. Al-Jabber? Acho que também é dono do Pine Cliffs no Algarve.
                                                      Tens razão. O dono do hotel creio ser de facto o PQP. Mas a exploração / concessão é da Four Seasons. Mas referia me ao príncipe Waleed bin Talal, accionista maioritario da Four Seasons, juntamente com Bill Gates, e que tem vindo a fazer investimentos em Portugal.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Uma solução para isto, seria vacinar aquela gente toda com a "triplíce".

                                                        Acho que o autor to tópico concorda. E, já agora, o pessoal na Coreia do Norte.

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por SRLA Ver Post
                                                          A Arábia Saudita podia hoje ser algo bem diferente, um país do médio oriente modernizado e relativamente prospero estilo Israel. Ainda há pouco tempo ouvi um documentário na rádio sobre o rei Faisal, que fez muito para modernizar o país e tentar criar uma sociedade mais moderna e tolerante. Criou muitos inimigos com a sua mentalidade liberal e acabou assassinado pelo sobrinho, o resto é historia.

                                                          Religion does it again.
                                                          Modernizado é relativo. Uma ecónomia dependente do petróleo não é um país moderno equilibrado e sustentável. Enquanto o petróleo der, a vida vai sorrindo, quando parar de jorrar, vai ser o salve-se quem puder ao estilo Síria.
                                                          Editado pela última vez por Quark; 27 April 2017, 20:45.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por SRLA Ver Post
                                                            A Arábia Saudita podia hoje ser algo bem diferente, um país do médio oriente modernizado
                                                            Pois podia, mas optou por ser isto: http://www.dn.pt/mundo/interior/arab...e-6250301.html

                                                            E o ocidente fecha os olhos a estes atropelos aos mais básicos direitos humanos...

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