citação:"O orçamento de muitas famílias portuguesas com crédito à habitação é cada vez mais afectado pelo aumento dos juros. A taxa euribor a seis meses, a mais utilizada no cálculo da prestação mensal dos contratos de empréstimo habitacionais, atingiu o máximo anual de 3,502 por cento ontem, dia em que entrou em vigor a nova lei do arrendamento urbano no nosso país (ver caixas).
Desde Janeiro último, a euribor a seis meses progrediu 32,5 por cento.
No início do ano, para um crédito de 150 mil euros indexado à mencionada taxa de juro, a amortizar em 25 anos, a prestação mensal era de 705,2 euros; hoje, 871,5 euros. Ou seja: aumento de 166,3 euros (23,5 por cento).
O novo recorde de 3,502 por cento da euribor a seis meses foi após o Banco Central Europeu ter dito que vai continuar a subir a taxa de juro directora dos 12 países com a mesma moeda.
A taxa de juro definida pelo Banco Central Europeu era de dois por cento. Desde Dezembro do ano passado, a autoridade monetária europeia fez quatro subidas de 25 pontos de base cada, para três por cento (aumento de 50 por cento).
A instituição financeira presidida por Jean-Claude Trichet tem avisado que voltará a subir o preço do dinheiro para impedir o crescimento da taxa de inflação.
No entanto, como declararam ao nosso jornal vários analistas dos mercados de capitais, economistas e organizações empresariais europeias, a taxa de inflação dos países do euro ultrapassa a meta de dois por cento, essencialmente, por causa do encarecimento do petróleo.
Opinião idêntica foi manifestada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) a responsáveis do Banco Central Europeu.
O FMI chamou a atenção da autoridade monetária europeia, sobretudo para o fraco desempenho económico da Eurolândia. Desempenho esse que seria prejudicado pelo dinheiro mais caro (retracção do consumo privado e do investimento empresarial). Só que, recentemente, foi revista em alta a previsão do crescimento económico da Eurolândia para este ano. Assim, o BCE fica com uma margem de manobra maior para prosseguir o aumento da taxa de juro principal, que deve fixar-se em 3,25 por cento brevemente.
MAIORIA DAS RENDAS SEM AUMENTOS
A maioria dos arrendamentos urbanos de casas antigas não pode ser aumentada, apesar de o Governo dizer que entrou ontem em vigor a nova legislação para o sector. A afirmação foi feita ao Correio da Manhã por Wanda Canha, directora da ALP – Associação Lisbonense de Proprietários. Segundo a mesma fonte, “o regulamento da nova lei ainda não terminou”, e “o contrato de aluguer só pode aumentar se o imóvel estiver em bom estado e se o senhorio e o inquilino estiverem de acordo”.
NOVA LEI
CONSERVAÇÃO
A portaria sobre o coeficiente de conservação de imóveis urbanos antigos ainda não foi publicada. Por este motivo, não pode ser estabelecida a percentagem de aumento das rendas.
AVALIAÇÃO
Que imposto municipal sobre imóveis paga o senhorio das casas antigas? Ainda não sabe, porque sem a definição do coeficiente de conservação do imóvel não pode ser feita a respectiva avaliação fiscal.
ACTUALIZAÇÃO
O coeficiente de actualização do arrendamento, a vigorar em 2007, é de 1,027 por cento. Segundo a Associação Lisbonense de Proprietários, tal percentagem é “irrelevante” e, “em muitos contratos recentes, prescinde-se dela”. Trata-se de uma “taxa administrativa como o seguro que morreu de velho.”"
Desde Janeiro último, a euribor a seis meses progrediu 32,5 por cento.
No início do ano, para um crédito de 150 mil euros indexado à mencionada taxa de juro, a amortizar em 25 anos, a prestação mensal era de 705,2 euros; hoje, 871,5 euros. Ou seja: aumento de 166,3 euros (23,5 por cento).
O novo recorde de 3,502 por cento da euribor a seis meses foi após o Banco Central Europeu ter dito que vai continuar a subir a taxa de juro directora dos 12 países com a mesma moeda.
A taxa de juro definida pelo Banco Central Europeu era de dois por cento. Desde Dezembro do ano passado, a autoridade monetária europeia fez quatro subidas de 25 pontos de base cada, para três por cento (aumento de 50 por cento).
A instituição financeira presidida por Jean-Claude Trichet tem avisado que voltará a subir o preço do dinheiro para impedir o crescimento da taxa de inflação.
No entanto, como declararam ao nosso jornal vários analistas dos mercados de capitais, economistas e organizações empresariais europeias, a taxa de inflação dos países do euro ultrapassa a meta de dois por cento, essencialmente, por causa do encarecimento do petróleo.
Opinião idêntica foi manifestada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) a responsáveis do Banco Central Europeu.
O FMI chamou a atenção da autoridade monetária europeia, sobretudo para o fraco desempenho económico da Eurolândia. Desempenho esse que seria prejudicado pelo dinheiro mais caro (retracção do consumo privado e do investimento empresarial). Só que, recentemente, foi revista em alta a previsão do crescimento económico da Eurolândia para este ano. Assim, o BCE fica com uma margem de manobra maior para prosseguir o aumento da taxa de juro principal, que deve fixar-se em 3,25 por cento brevemente.
MAIORIA DAS RENDAS SEM AUMENTOS
A maioria dos arrendamentos urbanos de casas antigas não pode ser aumentada, apesar de o Governo dizer que entrou ontem em vigor a nova legislação para o sector. A afirmação foi feita ao Correio da Manhã por Wanda Canha, directora da ALP – Associação Lisbonense de Proprietários. Segundo a mesma fonte, “o regulamento da nova lei ainda não terminou”, e “o contrato de aluguer só pode aumentar se o imóvel estiver em bom estado e se o senhorio e o inquilino estiverem de acordo”.
NOVA LEI
CONSERVAÇÃO
A portaria sobre o coeficiente de conservação de imóveis urbanos antigos ainda não foi publicada. Por este motivo, não pode ser estabelecida a percentagem de aumento das rendas.
AVALIAÇÃO
Que imposto municipal sobre imóveis paga o senhorio das casas antigas? Ainda não sabe, porque sem a definição do coeficiente de conservação do imóvel não pode ser feita a respectiva avaliação fiscal.
ACTUALIZAÇÃO
O coeficiente de actualização do arrendamento, a vigorar em 2007, é de 1,027 por cento. Segundo a Associação Lisbonense de Proprietários, tal percentagem é “irrelevante” e, “em muitos contratos recentes, prescinde-se dela”. Trata-se de uma “taxa administrativa como o seguro que morreu de velho.”"
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