"A velha esquadra da PSP de Santa Apolónia está num brinquinho: não tem uma torneira a pingar, uma parede a pedir tinta, uma porta fora dos eixos. O aprumo deve-se à competência de um agente, que pertence ao efectivo daquela esquadra, e que foi apanhado na rua a fazer serviço armado com um copinho a mais.
Foi castigado pelo Núcleo de Disciplina do Comando Metropolitano de Lisboa, com trabalho desarmado no interior da esquadra.
Este agente integra o lote de elementos da PSP apanhados em serviço com excesso de álcool. Todos os meses, cada polícia é submetido ao teste de alcoolemia, pelo menos uma vez, na esquadra onde presta serviço – e os testes, feitos através do ‘balão’ idêntico aos que são utilizados na estrada, são feitos pelos comandantes da esquadra.
O valor máximo de álcool no sangue permitido aos agentes da PSP em serviço é de 0,3 g/l – taxa ligeiramente inferior aos 0,5 g/l que o Código da Estrada permite ao volante. Os agentes apanhados com mais de 0,3 arriscam até 20 dias de suspensão sem vencimento. O agente da Esquadra de Santa Apolónia, segundo uma fonte policial, acusou um valor ligeiramente acima do permitido – e, por isso, não foi punido com suspensão, apenas com trabalho sem arma no interior da esquadra a que pertence.
Quando um agente demonstra “sinais evidentes” de que está alcoolizado pode ser imediatamente submetido ao teste do balão por um superior hierárquico.
A análise dos testes efectuados em 2005 em todas as esquadras da Polícia de Segurança Pública do País demonstra – segundo uma fonte da Direcção Nacional – que, em média, dois em cada mil agentes acusam uma taxa de álcool supeior a 0,3 g/l de álcool.
Os candidatos a agentes que frequentam a Escola Prática de Polícia, em Torres Novas, e os cadetes da Escola Superior de Polícia, em Lisboa, são submetidos a frequentes testes para despiste de álcool e drogas.
A Direcção Nacional da PSP proibiu as bebidas alcoólicas em todas as esquadras.
FAZ DE PEDREIRO NA ESQUADRA
Um agente da esquadra da PSP de Santa Apolónia foi apanhado a fazer um gratificado com sinais de evidente alcoolismo. Levado à presença dos superiores, de imediato foi submetido a teste de alcoolemia e alvo de um processo disciplinar instruído pelo Núcleo de Disciplina do Comando da PSP de Lisboa. Em Julho, ficou finalmente a saber a punição que lhe estava reservada: um período de trabalho desarmado, que ainda cumpre, entre as quatro paredes da esquadra. Por isso, para manter o agente ocupado, o Comando Metropolitano da PSP de Lisboa atribui-lhe funções de manutenção das instalações: todos os pequenos arranjos são da responsabilidade do polícia castigado. Desde Julho que o agente entra às nove da manhã e sai às cinco da tarde, de segunda a sexta-feira. Folga todos os fins-de-semana. “Ele reboca e pinta paredes, arranja portas, trata das canalizações”, disse ao Correio da Manhã fonte policial. No entanto, apesar de estar impedido de fazer serviço armado na rua, o agente continua a receber subsídios de turno e de patrulha. Um oficial do Comando Metropolitano de Lisboa assegurou ao CM que o pagamento dos subsídios “é um acto normal de secretaria”.
MAIS VALE TRATAR QUE REPRIMIR
O problema do alcoolismo na PSP não pode ser tratado apenas pela via disciplinar – defendem os presidentes de dois sindicatos da Polícia ouvidos pelo Correio da Manhã. O subcomissário Jorge Soares, presidente da Associação Sindical de Oficiais de Polícia, defende que “o encaminhamento para a terapia tem de ser o caminho de futuro”. Apesar de defender que “não é admissível o facto de um agente fardado se apresentar alcoolizado ao serviço”, o oficial da PSP refere que o correcto é “encaminhar os agentes para o tratamento”. Já Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, sublinhou “as medidas para retirar o álcool de dentro das esquadras”. “Os casos de alcoolismo são poucos, por isso a prevenção deve ser primordial”, concluiu.
OUTROS ASPECTOS
DROGA
Na PSP, os testes de despistagem de consumo de droga não são feitos com a mesma periodicidade que os exames relativos ao álcool. Normalmente, só quando um agente mostra sinais de toxicodependência é que um comandante de esquadra toma a iniciativa de efectuar o teste.
TRATAMENTO
Um agente da PSP a quem seja diagnosticado alcoolismo, tem diversas possibilidades de tratamento. Para além de clínicas privadas, com custos suportados pelo Serviço de Assistência na Doença, os polícias podem recorrer ainda ao Hospital da Marinha, que tem um serviço especializado.
GNR
A Guarda Nacional Republicana é a única força policial que mantém um centro para tratamento do alcoolismo, na Costa de Caparica, na margem sul do Tejo. Tem capacidade, apenas, para internar uma dezena de militares."
http://www.correiodamanha.pt/noticia...Canal=10&p=200
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Foi castigado pelo Núcleo de Disciplina do Comando Metropolitano de Lisboa, com trabalho desarmado no interior da esquadra.
Este agente integra o lote de elementos da PSP apanhados em serviço com excesso de álcool. Todos os meses, cada polícia é submetido ao teste de alcoolemia, pelo menos uma vez, na esquadra onde presta serviço – e os testes, feitos através do ‘balão’ idêntico aos que são utilizados na estrada, são feitos pelos comandantes da esquadra.
O valor máximo de álcool no sangue permitido aos agentes da PSP em serviço é de 0,3 g/l – taxa ligeiramente inferior aos 0,5 g/l que o Código da Estrada permite ao volante. Os agentes apanhados com mais de 0,3 arriscam até 20 dias de suspensão sem vencimento. O agente da Esquadra de Santa Apolónia, segundo uma fonte policial, acusou um valor ligeiramente acima do permitido – e, por isso, não foi punido com suspensão, apenas com trabalho sem arma no interior da esquadra a que pertence.
Quando um agente demonstra “sinais evidentes” de que está alcoolizado pode ser imediatamente submetido ao teste do balão por um superior hierárquico.
A análise dos testes efectuados em 2005 em todas as esquadras da Polícia de Segurança Pública do País demonstra – segundo uma fonte da Direcção Nacional – que, em média, dois em cada mil agentes acusam uma taxa de álcool supeior a 0,3 g/l de álcool.
Os candidatos a agentes que frequentam a Escola Prática de Polícia, em Torres Novas, e os cadetes da Escola Superior de Polícia, em Lisboa, são submetidos a frequentes testes para despiste de álcool e drogas.
A Direcção Nacional da PSP proibiu as bebidas alcoólicas em todas as esquadras.
FAZ DE PEDREIRO NA ESQUADRA
Um agente da esquadra da PSP de Santa Apolónia foi apanhado a fazer um gratificado com sinais de evidente alcoolismo. Levado à presença dos superiores, de imediato foi submetido a teste de alcoolemia e alvo de um processo disciplinar instruído pelo Núcleo de Disciplina do Comando da PSP de Lisboa. Em Julho, ficou finalmente a saber a punição que lhe estava reservada: um período de trabalho desarmado, que ainda cumpre, entre as quatro paredes da esquadra. Por isso, para manter o agente ocupado, o Comando Metropolitano da PSP de Lisboa atribui-lhe funções de manutenção das instalações: todos os pequenos arranjos são da responsabilidade do polícia castigado. Desde Julho que o agente entra às nove da manhã e sai às cinco da tarde, de segunda a sexta-feira. Folga todos os fins-de-semana. “Ele reboca e pinta paredes, arranja portas, trata das canalizações”, disse ao Correio da Manhã fonte policial. No entanto, apesar de estar impedido de fazer serviço armado na rua, o agente continua a receber subsídios de turno e de patrulha. Um oficial do Comando Metropolitano de Lisboa assegurou ao CM que o pagamento dos subsídios “é um acto normal de secretaria”.
MAIS VALE TRATAR QUE REPRIMIR
O problema do alcoolismo na PSP não pode ser tratado apenas pela via disciplinar – defendem os presidentes de dois sindicatos da Polícia ouvidos pelo Correio da Manhã. O subcomissário Jorge Soares, presidente da Associação Sindical de Oficiais de Polícia, defende que “o encaminhamento para a terapia tem de ser o caminho de futuro”. Apesar de defender que “não é admissível o facto de um agente fardado se apresentar alcoolizado ao serviço”, o oficial da PSP refere que o correcto é “encaminhar os agentes para o tratamento”. Já Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia, sublinhou “as medidas para retirar o álcool de dentro das esquadras”. “Os casos de alcoolismo são poucos, por isso a prevenção deve ser primordial”, concluiu.
OUTROS ASPECTOS
DROGA
Na PSP, os testes de despistagem de consumo de droga não são feitos com a mesma periodicidade que os exames relativos ao álcool. Normalmente, só quando um agente mostra sinais de toxicodependência é que um comandante de esquadra toma a iniciativa de efectuar o teste.
TRATAMENTO
Um agente da PSP a quem seja diagnosticado alcoolismo, tem diversas possibilidades de tratamento. Para além de clínicas privadas, com custos suportados pelo Serviço de Assistência na Doença, os polícias podem recorrer ainda ao Hospital da Marinha, que tem um serviço especializado.
GNR
A Guarda Nacional Republicana é a única força policial que mantém um centro para tratamento do alcoolismo, na Costa de Caparica, na margem sul do Tejo. Tem capacidade, apenas, para internar uma dezena de militares."
http://www.correiodamanha.pt/noticia...Canal=10&p=200
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