Anúncio

Collapse
No announcement yet.

A incrível história de um Aston Martin DB 2/4 com 1.126.000 km

Collapse

Ads nos topicos Mobile

Collapse

Ads Nos topicos Desktop

Collapse
X
Collapse
Primeira Anterior Próxima Última
 
  • Filtrar
  • Tempo
  • Show
Clear All
new posts

    A incrível história de um Aston Martin DB 2/4 com 1.126.000 km

    [Traduzido por mim a partir da revista "Oldtimer Markt" de 10/2016]:

    16 donos, 700.000 milhas – não há muito mais que um carro possa viver. Os documentos deste Aston Martin DB 2/4 enchem 5 pastas arquivadoras.

    “Incluídos na venda estão 2 pastas arquivadoras com comprovativos de manutenção e reparação dos donos anteriores, 3 pastas com documentos de rali, bem como macaco, caixa de primeiros socorros, triângulo de sinalização e manual.” É o 5.º parágrafo do contrato de venda, integrado numa complexa descrição de 2 páginas elaborada pelo vendedor. É o 15.º dos 63 anos de vida deste Aston Martin DB 2/4. O 2.º parágrafo garante que se trata do lendário “Barry-Weir-Car” com que Weir participou na prova “Around the World in 80 Days Motor Challenge”. O 3.º parágrafo assegura que o limpa-vidros, a borracha do pára-brisas e os braços de suspensão ainda serão reparados e o 6.º parágrafo refere o preço de venda. De 6 dígitos. Michael N., que está prestes a gastar uma fortuna com que outros apenas podem sonhar, não sabe o que mais o entusiasma: se o facto de este Aston Martin DB 2/4 de 1954 já ter passado por nada menos que 15 donos anteriores, tendo juntado perto de 700.000 incríveis milhas, ou se o parágrafo 5: as tais pastas arquivadoras que registaram todos os movimentos e intervenções sofridas por este carro desde 1954. Michael N., que ocupa um alto cargo universitário na área da pesquisa e do ensino, sente-se como se estivesse a adquirir a cultura de células estaminais de um investigador de Genética. O nome Aston Martin assombra a sua mente desde que, ainda criança, empurrava a versão brinquedo de um Aston Martin DB 5 com banco ejectável pela casa, projectando o pendura do Agente 007 de Sua Majestade para cima do armário da cozinha.

    “Típicos sonhos de juventude”, relativiza Michael N., mas que no seu caso permaneceram de forma mais indelével na sua cabeça do que com outras pessoas. Após um Jensen Interceptor e um mais moderno Aston Martin N 400 Vantage, em 2014 o “690 YBF” apareceu nas imediações da sua oficina habitual. O dono idoso queria desfazer-se dele, já que raramente o conduzia. E foi nessa altura que Michael N. soube de toda a História, da árvore genealógica de antigos donos, incluindo o completamente indómito Barry Weir, que em 2000 participou com este carro na mais longa prova cronometrada de sempre para clássicos: 34.500 km através de 4 continentes. Para tal, Barry equipou o DB com a resistência de um tanque de guerra. Michael N. inspirou profundamente e pensou na sua conta bancária. What a car! Muito dinheiro, mas também muito valor em troca. Após a compra, Michael passou noites a fio a analisar facturas de oficina e de peças, pesquisou quilometragens e donos prévios, descobriu que no início dos anos 70 até deverá ter-se sentado ao seu volante o comandante supremo da Força Aérea americana no Atlântico Norte. A história do “690 YBF” era empolgante como um bom romance policial.

    Tudo começa com um normalíssimo staccato de mudas de óleo e inspecções, revelando um historial semelhante a tantos outros carros. Ao 1.º dono, Philip A.Wilkens, que deixou apenas documentação rudimentar e que comprou o carro em 1954 por 2500 libras, segue-se após 3 anos Geoffrey F. Mason. Foi ele que lançou verdadeiramente as bases do autêntico tesouro documental que acompanha o carro. Durante 7 anos, Mason regista detalhadamente todas as provas das mais pequenas intervenções, qualquer troca de lâmpadas é arquivada.

    Em 1964 Mason vende o carro a Stuart Elliott, de Londres. Acabaram-se as facturas detalhadas e aristocráticas da “Cutlers of Streetly, Ltd.”, agora o historial do carro é documentado com papéis escritos a esferográfica, mas nada de especial: pneus, velas, óleo, travões, afinação de chassis, troca de escape. A presença de um manual indica a aquisição e instalação de um rádio.

    Em Dezembro de 1967, Elliott passa o DB 2/4 a Edward D. Levine, major da U. S. Air Force estacionado na Grã-Bretanha. É o início de uma série de curtas transferências de propriedade entre soldados da Força Aérea americanos e britânicos: entre 1967 e 1973 o carro muda 5 vezes de dono – entretanto com status de desportivo usado com imagem cool. De Levine passa em 1969 para o capitão William D. St. Paul Jr. As facturas desse ano são breves, sobretudo renovação de travões e pneus – parece que a rapaziada gostava de tirar o máximo proveito do carro.
    Parece que a partir de 1970 começa a apertar o calor debaixo do capot, pois em Março desse ano começam a surgir documentos relacionados com problemas térmicos. São feitas várias reparações, mas parece que o problema não fica resolvido. É um problema típico do motor de dupla árvore de cames herdado da Lagonda: circuito de água e de óleo subdimensionados, tal como a espessura do bloco. A 3 de Outubro de 1973 termina a linhagem militar, o major Hugh C. Cox vende o carro a Robert Millgate, assegurando a continuidade histórica do carro, já que Millgate é dono de uma oficina e faz a manutenção do Aston Martin durante 12 anos. Em 1978 (infelizmente sem indicação dos kms) é efectuada uma revisão geral à cabeça do motor e às bielas, são trocados os segmentos e são revistos os travões e a direcção.

    Aos 31 anos, em Fevereiro de 1985, o “690 YBF” passa para as mãos de J. J. McGee, que faz um restauro total ao carro, passando o ostentar a cor vermelha em vez do azul original. De acordo com várias peritagens, encontra-se em estado de concurso e tem uma cotação de 50.000 libras. Em Outubro de 1989 é adquirido em leilão por K. Gillies, proprietário da “Drambuie Liquor Company Ltd.” em Edimburgo, com 328.369 milhas no odómetro. O escocês utiliza o carro durante 5 anos até este passar brevemente pelas mãos de um agente musical alemão, sem no entanto deixar documentação relevante. Em 1998 o Aston Martin encontra-se de regresso ao Reino Unido.

    É nesta altura que ele cai nas garras de Barry Weir e, assim, na fase dramática da sua existência de 44 anos. Weir, abastado homem de negócios e fã da Aston Martin constituído de fresco, descobre o carro por acaso numa lista de veículos a leilão, onde na verdade estava à procura de um DB 6. Weir fica fascinado com o restauro imaculado do carro (graças ao excelente trabalho realizado por J. J. McGee) e no final do leilão não é dono de um DB 6 mas de um 2/4 por 24.000 libras (naquela altura equivalente a 7.700 contos).
    4 semanas depois, Weir fica a saber do rali do milénio, intitulado “Around the World in 80 Days Motor Challenge” e inspirado no romance de Júlio Verne publicado em 1873. O “Challenge” leva a percorrer 34.500 km por 22 países e 4 continentes. Custo da inscrição: 77.000 dólares, com partida e meta na Tower Bridge em Londres – o mais complexo e longo rali de clássicos alguma vez realizado, mas Barry ainda dispõe de 18 meses de preparativos antes de partir. E, como se irá revelar mais tarde, irá precisar de cada um desses dias para o fazer. Só os comprovativos dessa preparação constituem 3 capas arquivadoras e 1 livro completo da herança do “690 YBF”.

    Barry Weir tem grandes planos. Ele precisa de um co-piloto, de uma oficina competente e de patrocinadores. Começa então a procurar co-pilotos no Aston Martin Owners Club (AMOC) e combina com um funcionário da empresa Wren Classics as modificações necessárias: um bloco mais resistente da Flint, novas bombas de água e de óleo, pneus, jantes, amortecedores, depósito adicional de combustível na traseira – a lista é interminável. What the hell is he talking about?” repetia o preparador, completamente enervado pelo receio obsessivo de Weir sobre tudo o que poderia potencialmente avariar. Recorre, então, ao major Tom May do AMOC, que sabe tudo sobre a Aston Martin e sobre o DB 2 em especial. Tom tranquiliza Barry e promete acompanhar o projecto na sua qualidade de Senior Consultant. Tom tem 84 anos e conhece todos os parafusos do DB 2. O seu lema em provas de rali: 25% depende do carro, 25% do condutor e 50% da sorte. Barry teria de conhecer o seu carro de cor e salteado, pois só assim conseguiria proceder a uma eventual reparação no decorrer da prova. Ou seja: Barry tem de aprender mecânica.

    Uma vez que os custos ameaçam ficar fora de controlo, Weir decide ignorar os conselhos da Wren Classics e manter o carro o mais original possível: na frente montar apenas amortecedores recondicionados com torres reforçadas, um reservatório de equilíbrio para o sistema de refrigeração e um depósito adicional de 15 galões na bagageira. Tudo o resto seria apenas melhorado na medida do estritamente necessário. Manda efectuar um check-up geral ao carro na Aston Martin em Dorset, desde o radiador à fechadura da tampa da mala, investe 20.000 libras e espera estar pronto a partir. Mas no teste de iluminação o carro pega fogo devido a um fio descarnado – Barry percebe que não vai ser fácil.

    Com Timothy Stamper, especialista em restauros e reparações de Aston Martin, Barry ganha um mecânico e piloto-teste para os preparativos. Durante semanas a fio, ambos passam o carro a pente fino: recondicionar eixo traseiro, instalar depósito adicional, montar nova cambota. Já só faltam amortecedores reforçados e, pensa Barry, estamos prontos. Só que, apesar de Timothy se revelar em muitos aspectos como parceiro perfeito, também acaba por se mostrar um verdadeiro perfeccionista, ou seja: o trabalho avança apenas em passos muito lentos.

    A próxima prestação para a inscrição no rali está à porta: 16.000 libras. A Aston Martin Lagonda Ltd., através da sua fábrica em Newport Pagnell, dá apoio e assistência, mas o apoio é sobretudo psicológico, pois os problemas parecem não ter fim. Devido ao depósito adicional são necessárias novas bombas de combustível da SU e novas tubagens, mas que ocupam o seu lugar, impedindo o capot de fechar. Barry mexe e remexe até encontrar uma solução, mas agora é o carro que fica inundado de gasolina. Muda para bombas da Facet, mas agora são as tubagens que deixam de funcionar. Barry aprende mais sobre o DB 2/4 do que ele alguma vez desejaria. Instala o roll-bar, extintor, protecção de cárter e, finalmente, baquets da Recaro. É feita a aquisição de um 2.º DB 2/4 como dador de peças. Aos poucos, Barry aprende que a Wren Classic era capaz de ter razão. Só colocar o carro na rampa de partida para a corrida é uma prova de rali por si só.

    A certo ponto acaba por se decidir também a mexer no motor, já que 400.000 milhas não eram propriamente para deixar alguém sossegado. É instalado um bloco Flint com refrigeração melhorada, tubagens de água e de óleo mais generosas, novas bielas e cambota. A cabeça é adaptada para gasolina sem chumbo e a relação de compressão é reduzida devido à péssima qualidade da gasolina que se espera encontrar pelo caminho. O bloco antigo também vai na viagem como dador e, entretanto, arranjou-se um co-piloto: o holandês Ronald Brons.

    A 1 de Maio de 2000 o carro está realmente pronto e apresenta-se na Tower Bridge para iniciar a sua grande aventura. Primeira etapa: China por via terrestre.
    Barry e Ronald estão a avançar bem, muitos carros lutam com problemas de sobreaquecimento e as etapas diárias chegam a prolongar-se por 700 km. Até Istambul corre tudo bem, a equipa encontra-se em 3.º lugar atrás de um Hillman Hunter de 1968 e de um Porsche 356. Porém, as condições vão endurecendo, as estradas tornam-se piores e as temperaturas mais altas e a viagem decorre maioritariamente a velocidades entre os 100 e os 140 km/h, levando as molas traseiras a ceder. Já no Turquemenistão, é a vez do anel de vedação do óleo da tampa do colector de escape. Para terem acesso à zona afectada, precisam de desmontar a frente completa do carro – 14 horas de paragem forçada. Durante os trabalhos notam que a tampa do colector de escape em alumínio está rachada e que um dos braços de suspensão traseiros está partido devido à quebra das mola, o que leva o carro a entrar numa espiral de auto-destruição. Por sorte, as molas de substituição vindas de Inglaterra chegam ao hotel no Quirguistão. São um pouco mais longas que as originais, mas voltam a ceder a caminho da China, levando novamente à quebra do braço de suspensão, algures no meio do nada a caminho da fronteira chinesa. Alguns locais chegam para ajudar, arranjam uma grua, um camião e 15 pessoas para ajudar a carregar o carro. Em Kashgar passam uma noite a improvisar uma reparação a partir de peças de camião e Barry instala provisoriamente amortecedores telescópicos atrás. Após isto o carro vai aos saltos como um canguru, já que os amortecedores da frente também estavam no fim. Em Turfan, um mecânico da VW monta molas mais longas e amortecedores a gás da Monroe, mas tudo continua a ser uma improvisação de péssima qualidade.
    A situação só melhora no Alasca, onde se arranjam peças para renovar completamente a suspensão e os travões. Finalmente o ritmo melhora, durante a travessia dos Estados Unidos o carro porta-se melhor que a tripulação, onde o ambiente é cada vez mais tenso.

    Chegados ao Norte de África após um último transfer aéreo, é em Marrocos que vivem as etapas mais quentes da prova. No habitáculo registam-se temperaturas acima dos 40 graus e o esforço é enorme para evitar que o motor entre em colapso. A 14 de Julho, Barry festeja o seu 50.º aniversario a bordo do ferry de Tânger para Múrcia. 4 dias depois atravessam a meta em Tower Bridge como vencedores da sua categoria e um 5.º lugar à geral.

    2 anos depois, Barry vende o carro sem mais reparações. A ideia de expor o carro no museu da Aston Martin desvanece, já que o 14.º dono remove as marcas de guerra. Já com quase 50 anos e mais de 500.000 milhas percorridas, o DB 2/4 sofre de um 3.º restauro profundo para recuperar o seu estado de concurso. Só os cortes nos flancos para melhorar a refrigeração, feitos por Barry, irão marcá-lo para sempre.
    O 15.º dono viajará com o carro para Goodwood e participará nas Mille Miglia, levando o “690 YBF” a atingir o Olimpo.
    Michael N. tem a honra de encerrar a 5.ª pasta arquivadora. Feliz, abre uma garrafa de vinho e adiciona a 16.ª folha de registo de propriedade: esta terá o seu nome. Que alegria poder fazer parte desta notável galeria! Só isso vale cada cêntimo do dinheiro investido no carro.
    Editado pela última vez por LinoMarques; 18 January 2018, 17:47.

    #2
    Incrivel. O investimento feito... é amor.

    Comentário


      #3
      Caixa: mais alguns apontamentos sobre o carro e a viagem:

      Com o "690 YBF" à volta do mundo em 80 dias

      No ano milenar de 2000, o organizador do rali Paris-Pequim, Philip Young, anunciou uma prova muito especial: uma viagem pelo mundo, atravessando 22 países de 4 continentes - a maior prova cronometrada da História, com rotas e datas de chegada previamente definidas. Partindo da Tower Bridge em Londres, rumo ao Próximo Oriente, Ásia Central até Pequim e depois Anchorage via aérea. Do Alasca rumo ao Sul através das Montanhas Rochosas e depois atravessar os Estados Unidos em direcção a Nova Iorque. A partir daí de avião até Marrocos e de regresso à Europa através de Gibraltar. Chegada a Londres a 18 de Julho.


      Powered by Lagonda

      O DB 2, apresentado em 1950 na New York Motor Show, é hoje considerado o alicerce do sucesso da Aston Martin do pós-guerra. Foi desenvolvido sob a égide de David Brown, que em 1947 adquiriu a firma arruinada, juntando-a ao também enfraquecido construtor de limousines de luxo, Lagonda. Já que o motor de 2 litros da AM parecia fraco demais a David Brown para um desportivo, foi empregue no DB 2 o motor 2,6 DOHC de 6 cilindros da Lagonda. Dependendo da cilindrada, que a partir de 1954 passou a ser de 3 litros, e da relação de compressão (qualidade da gasolina), a potência variava entre os 106 e os 160 CV. Porém, onde o DB 2 mais se destacava era no design, sobretudo na variante DB 2/4 Mk I de estilo hatchback com 4 lugares e grande portão traseiro, revelando-se muito à frente no seu tempo e antecipando em mais de uma década algumas das características que fizeram o sucesso do Jaguar Type E.


      Dados técnicos Aston Martin DB 2/4 Mk I

      Motor: 6 cilindros em linha, dupla árvore de cames à cabeça, 2 carburadores SU
      Cilindrada: 2922 cm3
      Potência: 140 CV às 5000 rpm
      Anos de construção: todas as variantes de DB 2: 1950 - 1959. DB 2/4: 1953 - 1955
      Unidades construídas: todas as variantes de DB 2: 1725. DB 2/4: 566

      Comentário


        #4
        Fantástico! Quer a disponibilidade para a tradução, como a história do carro.

        Comentário


          #5
          Obrigado pela tradução!

          Comentário


            #6
            Excelente história Lino, obrigado pela tradução [emoji6]

            Comentário


              #7
              Não admira, os recordistas absolutos de longevidade e quilometragem têm todos motor aspado a gasolina, que é a boa velha tecnologia a bater nesse domínio. O recordista absoluto é um volvo p1800s de 1966, talvez porque o dono vive nos states e lá é tudo gasolina e a fazer longas distâncias. De qualquer forma, eles lá não devem ser completamente parvos, e se o diesel fosse assim tão bom e vantajoso usavam-no nos carros.
              Pra quem tenha dúvidas, está aqui a prova. Aspadinhos a gasolina 4ever.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por DoktorHans Ver Post
                Não admira, os recordistas absolutos de longevidade e quilometragem têm todos motor aspado a gasolina, que é a boa velha tecnologia a bater nesse domínio. O recordista absoluto é um volvo p1800s de 1966, talvez porque o dono vive nos states e lá é tudo gasolina e a fazer longas distâncias. De qualquer forma, eles lá não devem ser completamente parvos, e se o diesel fosse assim tão bom e vantajoso usavam-no nos carros.
                Pra quem tenha dúvidas, está aqui a prova. Aspadinhos a gasolina 4ever.
                Aspirado a diesel ainda é mais durável, não anda é nada

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por DoktorHans Ver Post
                  Não admira, os recordistas absolutos de longevidade e quilometragem têm todos motor aspado a gasolina, que é a boa velha tecnologia a bater nesse domínio. O recordista absoluto é um volvo p1800s de 1966, talvez porque o dono vive nos states e lá é tudo gasolina e a fazer longas distâncias. De qualquer forma, eles lá não devem ser completamente parvos, e se o diesel fosse assim tão bom e vantajoso usavam-no nos carros.
                  Pra quem tenha dúvidas, está aqui a prova. Aspadinhos a gasolina 4ever.
                  Não tem nada a ver com isso. Os americanos nunca gostaram muito do diesel porque sempre tiveram uma má imagem por essas terras e nunca foi do interesse das marcas forçar a venda.
                  Esse Volvo até pode ter 3M de kms, mas quantos motores a diesel não têm mais de 1M? E quantos motores a gasolina é que sequer chegam a essa marca?

                  Eu gosto mais de gasolina, mas há que reconhecer que os motores diesel em geral são muito mais duráveis.

                  Comentário


                    #10
                    A variante que nesses países determina o tipo de combustível utilizado na maioria dos veículos chama-se: temperatura.

                    Comentário


                      #11
                      Fantástica tradução, Lino!
                      Como elogio, tenho a dizer que saboreei cada palavra!

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
                        Fantástica tradução, Lino!
                        Como elogio, tenho a dizer que saboreei cada palavra!
                        Obrigado, ClioII! Espero que os comentários não resvalem para aspectos perfeitamente secundários e irrelevantes que nada têm a ver com a verdadeira mensagem que esta história pretende transmitir.

                        Comentário


                          #13
                          Excelente trabalho! Há fotos?

                          Comentário


                            #14
                            Lino, fantástico artigo e bela tradução

                            Há carros que realmente viveram várias e ricas vidas




                            Mas não consigo deixar de pensar que se esse carro viesse parar a um dono português, esse mesmo dono faria desaparecer os arquivos e martelava os quilómetros para poder revender como "semi novo" !

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por Pastis Ver Post
                              Excelente trabalho! Há fotos?
                              Pensei logo nisso. Fotos!!

                              Comentário


                                #16
                                Excelente, Lino.

                                Há fotos da viatura?

                                Comentário


                                  #17
                                  É disto que nós gostamos...

                                  PS: Sim, só falta mesmo as fotos

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por Pastis Ver Post
                                    Excelente trabalho! Há fotos?
                                    Originalmente Colocado por Obtuso Ver Post
                                    Pensei logo nisso. Fotos!!
                                    Originalmente Colocado por MGomes Ver Post
                                    Excelente, Lino.

                                    Há fotos da viatura?
                                    Originalmente Colocado por pedrolima678 Ver Post
                                    É disto que nós gostamos...

                                    PS: Sim, só falta mesmo as fotos
                                    É só pesquisar pela matrícula

                                    http://www.finecars.cc/en/detail/car/121206/index.html

                                    Comentário


                                      #19
                                      Lino, muito obrigado pela partilha e por todo o trabalho de tradução.

                                      É realmente uma história fantástica. Esse carro já viveu uma vida mais preenchida que muitos de nós!

                                      Comentário


                                        #20
                                        Excelente Lino.





                                        Comentário


                                          #21
                                          Parabéns Lino!

                                          Fico a dever-te um copo!

                                          Comentário


                                            #22
                                            é de louvar o trabalho de traduzir, embora no teu caso seja mais ler e escrever.

                                            excelente tópico, bom para ler na sanita (e não, não estou a gozar). ainda vou imprimir isto para ler lá, sossegadinho e sem ninguém a chatear!

                                            Comentário


                                              #23
                                              Muito bom Lino, parabéns pela iniciativa!

                                              Artigos como só me fazem pensar que a imprensa da especialidade tem mercado, apesar dos tristes recentes desenvolvimentos da AH.

                                              Há espaço sim, seja em que formato for.

                                              Comentário


                                                #24
                                                Originalmente Colocado por brkncrss Ver Post
                                                Esse Volvo até pode ter 3M de kms, mas quantos motores a diesel não têm mais de 1M? E quantos motores a gasolina é que sequer chegam a essa marca?

                                                Eu gosto mais de gasolina, mas há que reconhecer que os motores diesel em geral são muito mais duráveis.
                                                Não são assim tantos. O mais emblemático, segundo parece, é um taxi português 200D (aspado, claro!) do museu da Mercedes em Estugarda. Tem 2M kms, marca abaixo de muitos Accord vendidos nos States. Os motores diesel na Europa só duram mais porque, por razões fiscais, são comprados pra fazer muitos mais kms. Também há carros a gasolina a ir pra a sucata com baixos kms, mas a maior parte das vezes não vão pelo motor. Ou é porque a chaparia está toda pôdre, ou porque tem uma avaria menor qualquer, mas porque o carro é velho e desvalorizou à brava já não interessa reparar, ou simplesmente por causa de alguma campanha de abate, com o carro em plenas condições pra andar.

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  obrigado pela partilha

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por brkncrss Ver Post
                                                    Não tem nada a ver com isso. Os americanos nunca gostaram muito do diesel porque sempre tiveram uma má imagem por essas terras e nunca foi do interesse das marcas forçar a venda.
                                                    Esse Volvo até pode ter 3M de kms, mas quantos motores a diesel não têm mais de 1M? E quantos motores a gasolina é que sequer chegam a essa marca?

                                                    Eu gosto mais de gasolina, mas há que reconhecer que os motores diesel em geral são muito mais duráveis.
                                                    sei que no nosso mercado é raro ver carros com mais de 400000km a gasolina. Mas nos estados unidos ficarias surpreendido com a quantidade de hondas toyotas e bmw com mais de 600000 milhas. Ainda a dias vi na net um 540i a dobrar as 750000 milhas

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Espetacular! Obrigado pela tradução ;)

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por Pastis Ver Post
                                                        Excelente trabalho! Há fotos?
                                                        Originalmente Colocado por Obtuso Ver Post
                                                        Pensei logo nisso. Fotos!!
                                                        Originalmente Colocado por MGomes Ver Post
                                                        Excelente, Lino.

                                                        Há fotos da viatura?
                                                        Originalmente Colocado por pedrolima678 Ver Post
                                                        É disto que nós gostamos...

                                                        PS: Sim, só falta mesmo as fotos
                                                        Originalmente Colocado por Ruie34 Ver Post
                                                        Tal como o SilverArrow já mostrou, basta inserir a matrícula 690 YBF no Google Imagens e aparecem logo várias.

                                                        Obrigado a todos pelo reconhecimento. Andava há meses para arranjar um pedaço para traduzir isto, pois a história também me fascinou. Ainda bem que também gostaram!

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Obrigado pela tradução!

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Excelente partilha e de louvar o trabalho do Lino a traduzir e escrever aqui este "testamento"
                                                            O carro tem um milhão de km mas pelo que conta a história não foram todos feitos pelo mesmo motor, por isso não vale a pena andar aqui numa guerra diesel vs gasolina pois já há tópicos suficientes para isso.

                                                            O carro é mesmo bonito!

                                                            Comentário

                                                            AD fim dos posts Desktop

                                                            Collapse

                                                            Ad Fim dos Posts Mobile

                                                            Collapse
                                                            Working...
                                                            X