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Os topos de gama ainda são uma montra tecnológica?

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    Os topos de gama ainda são uma montra tecnológica?

    A minha questão é exatamente a que está no título. Parece-vos que hoje em dia os topos de gama, nomeadamente o Classe S e o Série 7, ainda são uma grande montra tecnológica, ou por outro lado, com a democratização da tecnologia já não existe um "gap" tão grande entre os topos de gamas e os restante segmentos?

    #2
    Originalmente Colocado por Eagle88 Ver Post
    A minha questão é exatamente a que está no título. Parece-vos que hoje em dia os topos de gama, nomeadamente o Classe S e o Série 7, ainda são uma grande montra tecnológica, ou por outro lado, com a democratização da tecnologia já não existe um "gap" tão grande entre os topos de gamas e os restante segmentos?
    Boa questão.

    Depende um pouco do que estivermos a considerar. Um exemplo: a MB estreou o MBUX no Classe A, e pareceu-me que o fez precisamente porque o cliente do A aceita eventuais imperfeições e bugs num sistema destes que o cliente de um S.

    Por outro lado, quando se olha para as listas de equipamentos de há 6/7 anos em segmentos, por exemplo, do A6 ou A8, vemos que há algum equipamento que estava perfeitamente disponível nesses modelos que só agora estão mais democratizados. Ainda me lembro de ficar a olhar para a câmara 360 graus de um A8, há uns valentes anos, e achar que aquilo era o supra sumo da tecnologia.

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por Eagle88 Ver Post
      A minha questão é exatamente a que está no título. Parece-vos que hoje em dia os topos de gama, nomeadamente o Classe S e o Série 7, ainda são uma grande montra tecnológica, ou por outro lado, com a democratização da tecnologia já não existe um "gap" tão grande entre os topos de gamas e os restante segmentos?
      A meu ver esse gap existirá sempre e os topos de gama serão sempre as montras tecnológicas. Basta compararmos o equipamento de serie de um classe S vs do classe A. Os custos de desenvolvimento de novas tecnologias são elevados e primeiramente são usados precisamente nos topo de gama. Passado uns anos (após conseguirem custos de produção mais baixos) passam a incorporar essas tecnologias em gamas inferiores para as massas. O ciclo geralmente é este.

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por MMdC Ver Post
        Boa questão.

        Depende um pouco do que estivermos a considerar. Um exemplo: a MB estreou o MBUX no Classe A, e pareceu-me que o fez precisamente porque o cliente do A aceita eventuais imperfeições e bugs num sistema destes que o cliente de um S.

        Por outro lado, quando se olha para as listas de equipamentos de há 6/7 anos em segmentos, por exemplo, do A6 ou A8, vemos que há algum equipamento que estava perfeitamente disponível nesses modelos que só agora estão mais democratizados. Ainda me lembro de ficar a olhar para a câmara 360 graus de um A8, há uns valentes anos, e achar que aquilo era o supra sumo da tecnologia.
        Concordo plenamente.

        Originalmente Colocado por marelo Ver Post
        A meu ver esse gap existirá sempre e os topos de gama serão sempre as montras tecnológicas. Basta compararmos o equipamento de serie de um classe S vs do classe A. Os custos de desenvolvimento de novas tecnologias são elevados e primeiramente são usados precisamente nos topo de gama. Passado uns anos (após conseguirem custos de produção mais baixos) passam a incorporar essas tecnologias em gamas inferiores para as massas. O ciclo geralmente é este.
        Sim, esse gap existirá sempre, mas hoje em dia não será bem menor do que era há uns anos? O tal percurso que leva uma tecnologia do Classe S ao A, não será muito mais rápido do que era?

        Pegando no exemplo de uma marca generalista que conheço bem. Há uns anos olhávamos para um Renault 25, Safra ou Laguna e víamos tecnologias que chegaram ao Clio passados muitos anos. Hoje em dia, um Clio ou Captur, tem tanto (ou mais) equipamento do que um Talisman ou Espace... Mesmo os modelos Initiale hoje em dia são mais pacotes estéticos do que propriamente de equipamento extra.

        Comentário


          #5
          Em boa parte, são uma montra do melhor que se faz em tecnologias obsoletas. O automóvel 2.0 já chegou.

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            #6
            Antigamente os modelos ficavam mais tempo no mercado, por isso demorava mais tempo a chegar aos modelos mais baixo, um modelo que esteja no mercado ao fim de 6 anos já levou com um ou dois facelift e mesmo assim já o consideram ultrapassado, cada vez temos mais o chamado (Model year) e todos os anos os carros levam com actualizações.

            Depois tens também a partilha de componentes não só dentro da gama como dentro do mesmo grupo de marcas, que trás economias de escala, fica mais barato teres apenas um sistema de camaras que utilizas na gama toda, que estar a desenvolver dois ou tres sistemas cada um para segmento diferentes.

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              #7
              Originalmente Colocado por Eagle88 Ver Post
              Concordo plenamente.



              Sim, esse gap existirá sempre, mas hoje em dia não será bem menor do que era há uns anos? O tal percurso que leva uma tecnologia do Classe S ao A, não será muito mais rápido do que era?

              Pegando no exemplo de uma marca generalista que conheço bem. Há uns anos olhávamos para um Renault 25, Safra ou Laguna e víamos tecnologias que chegaram ao Clio passados muitos anos. Hoje em dia, um Clio ou Captur, tem tanto (ou mais) equipamento do que um Talisman ou Espace... Mesmo os modelos Initiale hoje em dia são mais pacotes estéticos do que propriamente de equipamento extra.
              Bem sei que o Clio é o modelo mais recente, ainda assim duvido que isso aconteça. No entanto é possível que tenhas razão quanto ao facto de os extremos estarem menos distantes do que estavam ha umas décadas.

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                #8
                My 5 cents on that.

                Respondendo à pergunta: sim, ainda são.

                Contudo o mundo automóvel mudou bastante porque esses equipamentos são maioritariamente desenvolvidos por third-party e isso facilita a sua disseminação em diferentes construtores e segmentos.

                Depois o ciclo de produto é muito importante. Peguemos no exemplo da Mercedes que o MMdC falou. Na minha opinião a estreia do MBUX no Classe A deve-se muito mais ao ciclo do que ao facto do cliente potencial aceitar melhor falhas. Da mesma maneira que um Série 1 E87 em 2004 tinha módulos electrónicos mais modernos que um X3 lançado no ano anterior (chave, AC, etc.). Ou da mesma forma que o novo G sai com um sistema não-MBUX já depois do Classe A estar no mercado.

                Os próprios gadgets nem sempre se democratizam e/ou evoluem como esperado: há muita coisa que fica pelo caminho ou que se democratiza...mas por outra variação.

                Os LEDs são um exemplo. Recordemos que começaram por aparecer nas luzes de travão há praticamente 20 anos. E depois acabaram a generalizar-se...nas luzes de presença, com o efeito estético a sobrepor-se à segurança. Houve inclusive modelos que os perderam pelo meio, veja-se a transição do E46 Coupé LCI para o E92.

                Olhe-se também o que aconteceu com os airbags lateriais traseiros. Já praticamente ninguém os oferece, nunca chegaram a democratizar-se. Ou a direcção activa.

                E não nos podemos esquecer das democratizações obrigatórias por via dos regulamentos europeus nomeadamente na área da segurança como os diversos sistemas de assistência (lane assist, travagem automática, etc.).

                Tudo isto veio baralhar bastante a realidade da indústria onde, há 10-20 anos, era muito raro encontrar tecnologia nova que não fosse apresentada pelas marcas premium (Mercedes à cabeça, BMW algumas vezes). Ou alguns casos pela Renault ou pela Citroen.

                O factor desenvolvimento in-house ou com direitos exclusivos vs third-party generalista é o central aqui.

                Não esquecer também que o custo vai sempre limitar determinadas opções. As suspensões pneumáticas já existem há montes de anos e continuam a ser um exclusivo do segmento E para cima e desportivos bem acima de 50k por alguma razão...
                Editado pela última vez por Andre; 14 April 2020, 15:10.

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por Andre Ver Post
                  My 5 cents on that.

                  Respondendo à pergunta: sim, ainda são.

                  Contudo o mundo automóvel mudou bastante porque esses equipamentos são maioritariamente desenvolvidos por third-party e isso facilita a sua disseminação em diferentes construtores e segmentos.

                  Depois o ciclo de produto é muito importante. Peguemos no exemplo da Mercedes que o MMdC falou. Na minha opinião a estreia do MBUX no Classe A deve-se muito mais ao ciclo do que ao facto do cliente potencial aceitar melhor falhas. Da mesma maneira que um Série 1 E87 em 2004 tinha módulos electrónicos mais modernos que um X3 lançado no ano anterior (chave, AC, etc.). Ou da mesma forma que o novo G sai com um sistema não-MBUX já depois do Classe A estar no mercado.

                  Os próprios gadgets nem sempre se democratizam e/ou evoluem como esperado: há muita coisa que fica pelo caminho ou que se democratiza...mas por outra variação.

                  Os LEDs são um exemplo. Recordemos que começaram por aparecer nas luzes de travão há praticamente 20 anos. E depois acabaram a generalizar-se...nas luzes de presença, com o efeito estético a sobrepor-se à segurança. Houve inclusive modelos que os perderam pelo meio, veja-se a transição do E46 Coupé LCI para o E92.

                  Olhe-se também o que aconteceu com os airbags lateriais traseiros. Já praticamente ninguém os oferece, nunca chegaram a democratizar-se. Ou a direcção activa.

                  E não nos podemos esquecer das democratizações obrigatórias por via dos regulamentos europeus nomeadamente na área da segurança como os diversos sistemas de assistência (lane assist, travagem automática, etc.).

                  Tudo isto veio baralhar bastante a realidade da indústria onde, há 10-20 anos, era muito raro encontrar tecnologia nova que não fosse apresentada pelas marcas premium (Mercedes à cabeça, BMW algumas vezes). Ou alguns casos pela Renault ou pela Citroen.

                  O factor desenvolvimento in-house ou com direitos exclusivos vs third-party generalista é o central aqui.

                  Não esquecer também que o custo vai sempre limitar determinadas opções. As suspensões pneumáticas já existem há montes de anos e continuam a ser um exclusivo do segmento E para cima e desportivos bem acima de 50k por alguma razão...
                  Tecnologias essa que, há não muitos anos, pareciam algo fantástico. Criei este topic porque há estive no configurador do Classe S e cheguei à conclusão que não encontrei (aparentemente) nenhuma tecnologia que fizesse dizer "uau, isto ainda irá demorar a chegar aos carros dos comuns mortais".

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                    #10
                    A diferença é mais pequena agora porque muita da tecnologia envolve sobretudo software.
                    Software é caro de desenvolver mas tem custos de produção próximos de zero. Daí a sua incorporação em veículos de gama inferior ter sido acelerada.

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                      #11
                      Originalmente Colocado por Andre Ver Post
                      My 5 cents on that.

                      Respondendo à pergunta: sim, ainda são.

                      Contudo o mundo automóvel mudou bastante porque esses equipamentos são maioritariamente desenvolvidos por third-party e isso facilita a sua disseminação em diferentes construtores e segmentos.

                      Depois o ciclo de produto é muito importante. Peguemos no exemplo da Mercedes que o MMdC falou. Na minha opinião a estreia do MBUX no Classe A deve-se muito mais ao ciclo do que ao facto do cliente potencial aceitar melhor falhas. Da mesma maneira que um Série 1 E87 em 2004 tinha módulos electrónicos mais modernos que um X3 lançado no ano anterior (chave, AC, etc.). Ou da mesma forma que o novo G sai com um sistema não-MBUX já depois do Classe A estar no mercado.

                      Os próprios gadgets nem sempre se democratizam e/ou evoluem como esperado: há muita coisa que fica pelo caminho ou que se democratiza...mas por outra variação.

                      Os LEDs são um exemplo. Recordemos que começaram por aparecer nas luzes de travão há praticamente 20 anos. E depois acabaram a generalizar-se...nas luzes de presença, com o efeito estético a sobrepor-se à segurança. Houve inclusive modelos que os perderam pelo meio, veja-se a transição do E46 Coupé LCI para o E92.

                      Olhe-se também o que aconteceu com os airbags lateriais traseiros. Já praticamente ninguém os oferece, nunca chegaram a democratizar-se. Ou a direcção activa.

                      E não nos podemos esquecer das democratizações obrigatórias por via dos regulamentos europeus nomeadamente na área da segurança como os diversos sistemas de assistência (lane assist, travagem automática, etc.).

                      Tudo isto veio baralhar bastante a realidade da indústria onde, há 10-20 anos, era muito raro encontrar tecnologia nova que não fosse apresentada pelas marcas premium (Mercedes à cabeça, BMW algumas vezes). Ou alguns casos pela Renault ou pela Citroen.

                      O factor desenvolvimento in-house ou com direitos exclusivos vs third-party generalista é o central aqui.

                      Não esquecer também que o custo vai sempre limitar determinadas opções. As suspensões pneumáticas já existem há montes de anos e continuam a ser um exclusivo do segmento E para cima e desportivos bem acima de 50k por alguma razão...
                      Estive na formação aos formadores da rede comercial da MB em Ibiza e isto mesmo era dito entredentes pelos project managers: o MBUX ainda era um produto em desenvolvimento. O target do A facilitou a sua integração, mas um cliente de um S ou de um G não encararia bem uma versão beta de um sistema destes, em que teria de repetir 3 vezes a mesma coisa para que a "Hey Mercedes" percebesse o que era suposto fazer. Aliás, o foco dado ao machine learning, ao desenvolvimento do sistema durante a formação deixava logo antever isso, que era claramente um sistema 1.0.

                      Na mesma formação, foram apresentados, além do A, o X, o novo G, o AMG GT 4 portas (este apenas estático), o C restyling, o CLS... foi uma formação muito recheada, e ainda assim a introdução foi feita apenas no A. Podia ter sido no G, o único outro produto realmente novo (se assumirmos o CLS como tendo a base E). Mas não foi, apesar de estarem lá os ecrãs todos pipis.

                      Comentário


                        #12
                        Eu diria que depende do nível maturação e fiabilidade da tecnologia que se quer implementar.
                        Normalmente, esses segmentos tendem a ter um equilíbrio entre nova tecnologia e tecnologia já testada e comprovada, sendo esta última no seu melhor estado possível. Tem também a ver um pouco com o perfil do utilizador padrão desse segmento e com qualidade de materiais (a mais alta possível) e conforto, que espera obter.

                        Pequenos gadgets e avanços tecnológicos, com o tempo, vao sendo padrão nos modelos de gama mais baixa.
                        Eu diria que a condução autónoma, nível 5, quando chegar e estiver num nível de maturação elevado, será introduzida, primeiro, nessa gama.

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                          #13

                          Comentário


                            #14
                            Neste momento, montra tecnológica é o que faz a Tesla.

                            Num futuro (próximo?) todas as marcas, independentemente do segmento, beneficiarão dos avanços alcançados por esta marca, seja do ponto de vista de tecnologia de baterias, condução autónoma/criação de redes neuronais e nos sistemas onboard adaptativos e atualizáveis.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por Eagle88 Ver Post
                              Tecnologias essa que, há não muitos anos, pareciam algo fantástico. Criei este topic porque há estive no configurador do Classe S e cheguei à conclusão que não encontrei (aparentemente) nenhuma tecnologia que fizesse dizer "uau, isto ainda irá demorar a chegar aos carros dos comuns mortais".
                              Isso é porque não estás a olhar para o sitio certo ;)

                              O exemplo que o André foi das suspensões pneumáticas é um exemplo.
                              O classe A vem com um eixo de torção em vários modelos e quase que a antítese das suspensões de um classe S. A diferença é abismal.
                              Tecnologia não é só o tamanho do tablet no ecrã. Obviamente é mais fácil de ver o que está a superfície.

                              Cumprimentos

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                                #16
                                Há muita tecnologia que representa avanços significativos que na prática as pessoas não se apercebem ou valorizam.
                                O BMW i3s introduziu um novo sistema de controlo de tracção, com um novo sistema integrado no próprio motor eléctrico, 50 vezes mais rápido que o que existia no i3 normal e que permite uma gestão melhor da regeneração de energia ou conduzir o carro com condições meteorológicas adversas de forma mais segura.
                                Este novo controlo de tracção está já a ser integrado noutros modelos novos da marca.
                                Quantas pessoas querem saber disto? Muito poucas, dá mais nas vistas ter um menu novo no carro mas a verdade é que melhorar um aspecto numa ordem de grandeza de 50 vezes é algo de muito significativo.

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                                  #17
                                  O i3 está repleto de inovações “invisíveis” nomeadamente no que à sua construção e pegada ecológica diz respeito.

                                  Mas para o mundo é apenas um MPV urbano eléctrico caro e demasiado quirky...

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