Mariano Gago exige qualidade como contrapartida
Ministro do Ensino Superior admite criação de novos cursos privados de Medicina
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior admitiu hoje a criação de novos cursos privados de Medicina ainda nesta legislatura, desde que tenham qualidade.
Mariano Gago falava na Comissão de Educação, Ciência e Cultura onde respondeu a questões relacionadas com a criação ou não de novas faculdades ou cursos para leccionar medicina em Portugal. Questionado pelos jornalistas, o ministro admitiu a possibilidade de abertura durante esta legislatura de novos cursos privados de Medicina e sublinhou que essa hipótese nunca foi posta de parte. "Eu disse que não criava faculdades novas, mas que poderia criar novos cursos", afirmou, explicando que tal decisão está apenas dependente do relatório final da Comissão Científica Internacional, que deverá estar concluído dentro de 40 dias.
"No final de Janeiro do próximo ano haverá uma avaliação feita pela comissão internacional para as propostas de novos cursos de medicina. No mês seguinte tomarei as decisões que se revelarem adequadas", disse.
Durante a audiência, Mariano Gago defendeu que "não se deve licenciar universidades e cursos indiscriminadamente, muito menos na área da saúde". Afirmando não ter "nada contra" a criação de novas universidades privadas, o ministro esclareceu, contudo, que "em nenhuma das propostas foi recomendado o licenciamento".
Segundo o responsável pelo Ensino Superior, há sete requerimentos em apreciação, apresentados pela primeira vez entre 2000 e 2003, cuja análise técnica foi remetida para a comissão científica. Em 2001 foram observados três requerimentos, adiantou o ministro, acrescentando que o relatório da comissão, que entrou no Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em 2002, concluía que "as propostas não deveriam ser autorizadas". Trata-se de instituições que pediram o curso de Medicina, mas que não tinham condições para o garantir, esclareceu Mariano Gago.
O membro do Governo indicou que os últimos dados de que dispõe são os do relatório de 2002 e que no final de Janeiro receberá o relatório final sobre cada um dos casos e então decidirá.
Perante os deputados da oposição, Mariano Gago esclareceu que, tendo em conta que, actualmente, a relação é de uma vaga para cada 2,5 candidatos, "o número de vagas em cursos de Medicina deve aumentar, o que não quer dizer ter o mesmo número de vagas que de candidatos, porque isso não acontece em nenhum país do mundo".
O ministro afirmou ainda não se opor a cursos privados em área nenhuma, mas salientou que nunca passará "por cima da comissão".
Considerando "óptimo" que se fizessem cursos e escolas em Medicina com os níveis de qualidade necessários, como acontece noutras áreas, o responsável afirmou que não se move por "sentimentos de afrontamento contra cursos privados". "Move-me uma dúvida: quando há avaliação e nos convém aplaudimo-la, e quando não nos convém ultrapassamo-la?", questionou, respondendo de imediato que "isso não” fará.
in Público
Não acredito que a ordem dos médicos aprove estes novos cursos...
É que "quem tem cú tem medo",
e todos nós sabemos que é à custa da limitação do número de médicos, que os médicos têm o estatuto que têm e a saúde está como todos sabemos...
Mais, todos sabemos o quanto somos explorados quando vamos a uma consulta...
Porque a concorrência é pouca...
Daí que,
se houver grande controlo,
nomeadamente, ao nível das propinas das privadas,
isto é, que não se criem propinas altíssimas,
pois assim, só os ricos é que teriam acesso a essas novas vagas,
Eu seja a favor...
Gostava de saber a vossa opinião sobre estas propostas...
Ministro do Ensino Superior admite criação de novos cursos privados de Medicina
O ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior admitiu hoje a criação de novos cursos privados de Medicina ainda nesta legislatura, desde que tenham qualidade.
Mariano Gago falava na Comissão de Educação, Ciência e Cultura onde respondeu a questões relacionadas com a criação ou não de novas faculdades ou cursos para leccionar medicina em Portugal. Questionado pelos jornalistas, o ministro admitiu a possibilidade de abertura durante esta legislatura de novos cursos privados de Medicina e sublinhou que essa hipótese nunca foi posta de parte. "Eu disse que não criava faculdades novas, mas que poderia criar novos cursos", afirmou, explicando que tal decisão está apenas dependente do relatório final da Comissão Científica Internacional, que deverá estar concluído dentro de 40 dias.
"No final de Janeiro do próximo ano haverá uma avaliação feita pela comissão internacional para as propostas de novos cursos de medicina. No mês seguinte tomarei as decisões que se revelarem adequadas", disse.
Durante a audiência, Mariano Gago defendeu que "não se deve licenciar universidades e cursos indiscriminadamente, muito menos na área da saúde". Afirmando não ter "nada contra" a criação de novas universidades privadas, o ministro esclareceu, contudo, que "em nenhuma das propostas foi recomendado o licenciamento".
Segundo o responsável pelo Ensino Superior, há sete requerimentos em apreciação, apresentados pela primeira vez entre 2000 e 2003, cuja análise técnica foi remetida para a comissão científica. Em 2001 foram observados três requerimentos, adiantou o ministro, acrescentando que o relatório da comissão, que entrou no Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em 2002, concluía que "as propostas não deveriam ser autorizadas". Trata-se de instituições que pediram o curso de Medicina, mas que não tinham condições para o garantir, esclareceu Mariano Gago.
O membro do Governo indicou que os últimos dados de que dispõe são os do relatório de 2002 e que no final de Janeiro receberá o relatório final sobre cada um dos casos e então decidirá.
Perante os deputados da oposição, Mariano Gago esclareceu que, tendo em conta que, actualmente, a relação é de uma vaga para cada 2,5 candidatos, "o número de vagas em cursos de Medicina deve aumentar, o que não quer dizer ter o mesmo número de vagas que de candidatos, porque isso não acontece em nenhum país do mundo".
O ministro afirmou ainda não se opor a cursos privados em área nenhuma, mas salientou que nunca passará "por cima da comissão".
Considerando "óptimo" que se fizessem cursos e escolas em Medicina com os níveis de qualidade necessários, como acontece noutras áreas, o responsável afirmou que não se move por "sentimentos de afrontamento contra cursos privados". "Move-me uma dúvida: quando há avaliação e nos convém aplaudimo-la, e quando não nos convém ultrapassamo-la?", questionou, respondendo de imediato que "isso não” fará.
in Público
Não acredito que a ordem dos médicos aprove estes novos cursos...
É que "quem tem cú tem medo",
e todos nós sabemos que é à custa da limitação do número de médicos, que os médicos têm o estatuto que têm e a saúde está como todos sabemos...
Mais, todos sabemos o quanto somos explorados quando vamos a uma consulta...
Porque a concorrência é pouca...
Daí que,
se houver grande controlo,
nomeadamente, ao nível das propinas das privadas,
isto é, que não se criem propinas altíssimas,
pois assim, só os ricos é que teriam acesso a essas novas vagas,
Eu seja a favor...
Gostava de saber a vossa opinião sobre estas propostas...
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