Os sorrisos rasgados que José Sócrates e Rodríguez Zapatero exibiam ao fim da manhã, em Badajoz, não disfarçavam algum cansaço. Nada mais natural após uma longa noite de trabalho destinada a limar arestas na questão energética, que ambos os chefes do Governo confirmaram ter sido o assunto mais complicado de resolver nesta XXII Cimeira Luso-Espanhola, concluída ontem, após uma nova reunião entre Sócrates e Zapatero em que participaram os ministros que os acompanharam à cidade fronteiriça. Um autêntico "Conselho de Ministros conjunto", como lhe chamou uma fonte da comitiva portuguesa.
As arestas parecem ter sido limadas: Sócrates deixou Badajoz com a garantia de Zapatero de que Madrid dará o seu contributo para o Mercado Ibérico da Energia (Mibel), apesar dos quatro mil milhões de euros do défice tarifário anual espanhol. Zapatero assegurou, em conferência de imprensa, que o Mibel continua a ser um "objectivo prioritário" para os dois países. Qualquer alteração da posição madrilena, garantiu, não será feita sem prévia articulação com Lisboa.
Marcada pelas más condições meteorológicas, que sexta-feira quase chegaram a impedir a aterragem do avião que transportava Zapatero no aeroporto de Talavera, nas cercanias de Badajoz, a cimeira decorreu num bom ambiente político, aliás transparente nas declarações dos dois governantes. Zapatero foi o mais expansivo: "Estamos no melhor período da história das relações luso-espanholas. Dá gosto trabalhar com este Governo, dá gosto trabalhar com este país! Percorremos a Europa juntos nos últimos 20 anos, seguiremos unidos, em pé de igualdade, para a prosperidade. Os cidadãos de ambos os lados pedem isso." Portugal e Espanha, lembrou, têm hoje trocas comerciais no valor de dois mil milhões de euros por mês.
Sócrates, por sua vez, considerou "exemplares" as relações luso-espanholas, sublinhando que os dois países "têm os olhos postos no futuro". A título de exemplo, mencionou o acordo sobre a criação do Instituto Luso-Espanhol de Investigação de Nanotecnologia [sistema de engenheria molecular], que terá sede em Braga. Um imprevisto percalço tecnológico impediu, no entanto, a exibição de um DVD destinado a promover este instituto que a delegação portuguesa levou a Badajoz. Um facto que causou algum embaraço na comitiva de Sócrates, apesar da aparente compreensão espanhola.
Desta cimeira sai ainda o anúncio da criação de um Conselho de Defesa e Segurança, destinado a articular posições entre os dois países nestes domínios, e o compromisso de que a ligação em alta velocidade entre Lisboa e Madrid estará concluída em 2013, pondo enfim as duas capitais a uma distância inferior a três horas por via férrea.
http://dn.sapo.pt/2006/11/26/naciona...erno_e_es.html
[:0][:0]
Pé de igualdade?!
Será que este já veio a Portugal?
Não fosse ele da mesma família política...[xx(]
As arestas parecem ter sido limadas: Sócrates deixou Badajoz com a garantia de Zapatero de que Madrid dará o seu contributo para o Mercado Ibérico da Energia (Mibel), apesar dos quatro mil milhões de euros do défice tarifário anual espanhol. Zapatero assegurou, em conferência de imprensa, que o Mibel continua a ser um "objectivo prioritário" para os dois países. Qualquer alteração da posição madrilena, garantiu, não será feita sem prévia articulação com Lisboa.
Marcada pelas más condições meteorológicas, que sexta-feira quase chegaram a impedir a aterragem do avião que transportava Zapatero no aeroporto de Talavera, nas cercanias de Badajoz, a cimeira decorreu num bom ambiente político, aliás transparente nas declarações dos dois governantes. Zapatero foi o mais expansivo: "Estamos no melhor período da história das relações luso-espanholas. Dá gosto trabalhar com este Governo, dá gosto trabalhar com este país! Percorremos a Europa juntos nos últimos 20 anos, seguiremos unidos, em pé de igualdade, para a prosperidade. Os cidadãos de ambos os lados pedem isso." Portugal e Espanha, lembrou, têm hoje trocas comerciais no valor de dois mil milhões de euros por mês.
Sócrates, por sua vez, considerou "exemplares" as relações luso-espanholas, sublinhando que os dois países "têm os olhos postos no futuro". A título de exemplo, mencionou o acordo sobre a criação do Instituto Luso-Espanhol de Investigação de Nanotecnologia [sistema de engenheria molecular], que terá sede em Braga. Um imprevisto percalço tecnológico impediu, no entanto, a exibição de um DVD destinado a promover este instituto que a delegação portuguesa levou a Badajoz. Um facto que causou algum embaraço na comitiva de Sócrates, apesar da aparente compreensão espanhola.
Desta cimeira sai ainda o anúncio da criação de um Conselho de Defesa e Segurança, destinado a articular posições entre os dois países nestes domínios, e o compromisso de que a ligação em alta velocidade entre Lisboa e Madrid estará concluída em 2013, pondo enfim as duas capitais a uma distância inferior a três horas por via férrea.
http://dn.sapo.pt/2006/11/26/naciona...erno_e_es.html
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Pé de igualdade?!
Será que este já veio a Portugal?
Não fosse ele da mesma família política...[xx(]
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