Mulher de 31 anos está em estado de coma no Hospital S. João
Uma mulher de 31 anos está em estado de coma no Hospital S. João, Porto, após ter saltado da janela do quarto do Hospital de Valongo, onde estava internada em tratamento psiquiátrico, disse, hoje, à agência Lusa, o pai.
João Pena acusou o Hospital de Valongo de "negligência", por ter fechado, num pequeno quarto com janela sem grades, num "primeiro andar elevado", uma doente com problemas psiquiátricos.
A irmã da doente, Liliana Pena, psicóloga, referiu que a família vai pedir a abertura de "um processo de averiguações para apurar responsabilidades", após o qual poderá vir a apresentar queixa por negligência.
O caso passou-se sexta-feira, cerca das 21:30, quando a doente "tirou a janela de vidro" do quadro do Hospital de Valongo onde se encontrava, "rebentou a persiana" e tentou fugir, caindo de uma altura de cerca de "sete ou oito metros", referiu o pai.
"Como não havia luz nesse dia [o temporal registado sexta-feira deixou sem electricidade muitas zonas do Minho e do Grande Porto], não terá reparado a que altura estava do chão", disse João Pena.
"Partiu a bacia e uma perna, e parece que tem o fígado perfurado por uma costela. Foi operada domingo no Hospital S. João, onde está internada nos Cuidado s Intensivos, em coma e ligada a um ventilador", acrescentou.
Segundo o pai, a doente terá sido fechada no quarto depois de "algum desentendimento com uma enfermeira".
Liliana Pena explicou que a sua irmã, casada e sem filhos, estava internada no Hospital de Valongo desde dia 16, por vontade própria e não compulsivamente.
"Era o primeiro internamento dela", disse, acrescentando que a irmã sofria, já há algum tempo, de anorexia nervosa.
"Nem os pais nem o marido foram avisados", criticou Liliana Pena, referindo que souberam do sucedido por uma pessoa que se encontrava no serviço de "urgência".
Os directores clínico e de psiquiatria do hospital reuniram-se segunda-feira com a família, a quem "pediram desculpas", afirmando que foi "um lapso" e não negligência da unidade.
"Na qualidade de psicóloga, pedi para ver o processo clínico mas não me deixaram", disse, salientando que o quarto "extremamente pequeno", onde a irmã foi colocada, não tem as condições exigidas para doentes psiquiátricos.
Liliana Pena frisou que alguém ou algum procedimento terá falhado, porque, se assim não fosse, o arrombamento da janela e a fuga teriam sido detectados no sistema de vídeo-vigilância do hospital, que abrange o quarto em causa.
"Foi uma coisa muito negligente", disse João Pena, realçando que, até sexta-feira, "tinha uma boa impressão do Hospital de Valongo", Concelho onde reside há 30 anos.
"Quando a mãe foi vê-la ao hospital, ela ainda mexia os braços, mas não falava. Eu só hoje consegui ir vê-la mas estava com os olhos fechados e não se mexia. Se calhar vai ficar com traumatismos para toda a vida, se não morrer", disse.
A Lusa tentou obter esclarecimentos junto da direcção do Hospital de Valongo, sem sucesso em tempo útil.
fonte: jn ultimas
Uma mulher de 31 anos está em estado de coma no Hospital S. João, Porto, após ter saltado da janela do quarto do Hospital de Valongo, onde estava internada em tratamento psiquiátrico, disse, hoje, à agência Lusa, o pai.
João Pena acusou o Hospital de Valongo de "negligência", por ter fechado, num pequeno quarto com janela sem grades, num "primeiro andar elevado", uma doente com problemas psiquiátricos.
A irmã da doente, Liliana Pena, psicóloga, referiu que a família vai pedir a abertura de "um processo de averiguações para apurar responsabilidades", após o qual poderá vir a apresentar queixa por negligência.
O caso passou-se sexta-feira, cerca das 21:30, quando a doente "tirou a janela de vidro" do quadro do Hospital de Valongo onde se encontrava, "rebentou a persiana" e tentou fugir, caindo de uma altura de cerca de "sete ou oito metros", referiu o pai.
"Como não havia luz nesse dia [o temporal registado sexta-feira deixou sem electricidade muitas zonas do Minho e do Grande Porto], não terá reparado a que altura estava do chão", disse João Pena.
"Partiu a bacia e uma perna, e parece que tem o fígado perfurado por uma costela. Foi operada domingo no Hospital S. João, onde está internada nos Cuidado s Intensivos, em coma e ligada a um ventilador", acrescentou.
Segundo o pai, a doente terá sido fechada no quarto depois de "algum desentendimento com uma enfermeira".
Liliana Pena explicou que a sua irmã, casada e sem filhos, estava internada no Hospital de Valongo desde dia 16, por vontade própria e não compulsivamente.
"Era o primeiro internamento dela", disse, acrescentando que a irmã sofria, já há algum tempo, de anorexia nervosa.
"Nem os pais nem o marido foram avisados", criticou Liliana Pena, referindo que souberam do sucedido por uma pessoa que se encontrava no serviço de "urgência".
Os directores clínico e de psiquiatria do hospital reuniram-se segunda-feira com a família, a quem "pediram desculpas", afirmando que foi "um lapso" e não negligência da unidade.
"Na qualidade de psicóloga, pedi para ver o processo clínico mas não me deixaram", disse, salientando que o quarto "extremamente pequeno", onde a irmã foi colocada, não tem as condições exigidas para doentes psiquiátricos.
Liliana Pena frisou que alguém ou algum procedimento terá falhado, porque, se assim não fosse, o arrombamento da janela e a fuga teriam sido detectados no sistema de vídeo-vigilância do hospital, que abrange o quarto em causa.
"Foi uma coisa muito negligente", disse João Pena, realçando que, até sexta-feira, "tinha uma boa impressão do Hospital de Valongo", Concelho onde reside há 30 anos.
"Quando a mãe foi vê-la ao hospital, ela ainda mexia os braços, mas não falava. Eu só hoje consegui ir vê-la mas estava com os olhos fechados e não se mexia. Se calhar vai ficar com traumatismos para toda a vida, se não morrer", disse.
A Lusa tentou obter esclarecimentos junto da direcção do Hospital de Valongo, sem sucesso em tempo útil.
fonte: jn ultimas
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