Dakar: "Forasteiros" oficializam reclamação
[14:31:20 Quinta-feira, 12 de Janeiro de 2006]
Os pilotos Jean Azevedo (Brasil), Carlo de Gavardo (Chile) e Pal Anders Ullevalseter (Noruega) entregaram na noite de ontem um documento à organização do Dakar oficializando o descontentamento com a aplicação do novo regulamento. Apesar das evidências de que muitos pilotos desrespeitaram o limite de velocidade e deixaram de passar por way points, apenas alguns foram penalizados. Pilotos espanhóis e, principalmente, franceses escaparam do “rigor” dos comissários da prova. “São dois pesos e duas medidas”, reclama Jean Azevedo. “A punição foi aleatória”, diz Jordi Arilla, dirigente da KTM, equipe na qual corre o chileno Carlo de Gavardo, penalizado com 1 hora por acelerar além dos 160 km/h – limite imposto para as motos no Dakar 2006.
Dos dez pilotos mais rápidos da prova, os únicos punidos foram Jean de Azevedo, Carlo de Gavardo e o australiano Andy Caldecott (falecido em acidente na segunda-feira). O brasileiro foi penalizado com 2 horas a mais em seu tempo por não ter passado por um way point. Atual oitavo colocado na prova, Jean estaria na quinta posição caso tivesse recebido a vista grossa da organização.
Segundo os dois sul-americanos, existe um favorecimento a pilotos franceses e espanhóis. “Na etapa entre Zouerat e Atar, o David Casteu não passou por um way point. Eu voltei para buscar e ele seguiu em frente”, conta Jean. Gavardo garante que o espanhol Isidre Esteve também não passou por um way point – até abandonar a prova devido a um grave acidente, Esteve não havia sido penalizado. Outra suspeita surgida ontem coloca no meio do furacão o francês Cyril Despres, campeão do Dakar 2005. Além de ter desrespeitado um way point, ele teria passado a 82 km/h por um vilarejo, onde a velocidade máxima permitida é de 50 km/h. Se punido, Despres cairia da segunda para a quarta colocação.
Os “forasteiros” não acreditam que o documento, escrito individualmente e entregue pelo espanhol Jordi Arcarons, ex-piloto e atual dirigente da equipe KTM, mude os resultados. “A organização não vai voltar atrás, mas é importante que eles saibam que estamos descontentes e sabemos que nem tudo está correto no Dakar”, disse. Arilla revela que muitos pilotos concordam com a reclamação, mas tiveram medo de entregar o documento. “Queremos apenas tratamento igual para todos”, afirma. “Sei que a organização não vai dar o braço a torcer, mas não podemos ver uma injustiça destas e ficar calado”, concluiu.
[8)] A ser verdade é gravíssimo
[14:31:20 Quinta-feira, 12 de Janeiro de 2006]
Os pilotos Jean Azevedo (Brasil), Carlo de Gavardo (Chile) e Pal Anders Ullevalseter (Noruega) entregaram na noite de ontem um documento à organização do Dakar oficializando o descontentamento com a aplicação do novo regulamento. Apesar das evidências de que muitos pilotos desrespeitaram o limite de velocidade e deixaram de passar por way points, apenas alguns foram penalizados. Pilotos espanhóis e, principalmente, franceses escaparam do “rigor” dos comissários da prova. “São dois pesos e duas medidas”, reclama Jean Azevedo. “A punição foi aleatória”, diz Jordi Arilla, dirigente da KTM, equipe na qual corre o chileno Carlo de Gavardo, penalizado com 1 hora por acelerar além dos 160 km/h – limite imposto para as motos no Dakar 2006.
Dos dez pilotos mais rápidos da prova, os únicos punidos foram Jean de Azevedo, Carlo de Gavardo e o australiano Andy Caldecott (falecido em acidente na segunda-feira). O brasileiro foi penalizado com 2 horas a mais em seu tempo por não ter passado por um way point. Atual oitavo colocado na prova, Jean estaria na quinta posição caso tivesse recebido a vista grossa da organização.
Segundo os dois sul-americanos, existe um favorecimento a pilotos franceses e espanhóis. “Na etapa entre Zouerat e Atar, o David Casteu não passou por um way point. Eu voltei para buscar e ele seguiu em frente”, conta Jean. Gavardo garante que o espanhol Isidre Esteve também não passou por um way point – até abandonar a prova devido a um grave acidente, Esteve não havia sido penalizado. Outra suspeita surgida ontem coloca no meio do furacão o francês Cyril Despres, campeão do Dakar 2005. Além de ter desrespeitado um way point, ele teria passado a 82 km/h por um vilarejo, onde a velocidade máxima permitida é de 50 km/h. Se punido, Despres cairia da segunda para a quarta colocação.
Os “forasteiros” não acreditam que o documento, escrito individualmente e entregue pelo espanhol Jordi Arcarons, ex-piloto e atual dirigente da equipe KTM, mude os resultados. “A organização não vai voltar atrás, mas é importante que eles saibam que estamos descontentes e sabemos que nem tudo está correto no Dakar”, disse. Arilla revela que muitos pilotos concordam com a reclamação, mas tiveram medo de entregar o documento. “Queremos apenas tratamento igual para todos”, afirma. “Sei que a organização não vai dar o braço a torcer, mas não podemos ver uma injustiça destas e ficar calado”, concluiu.
[8)] A ser verdade é gravíssimo
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