Um crescimento de 64,6% ao nível do chamado segmento económico confirma que os consumidores nacionais estão a refugiar-se nos preços baixos. Os segmentos superiores registaram quedas.
António Freitas de Sousa
Os portugueses têm vindo a comprar carros cada vez mais baratos à medida que a subida continuada dos juros aumenta o serviço mensal de dívida dos consumidores e a economia tarda em crescer de forma sustentada.
Segundo dados oficiais da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP) para as vendas acumuladas entre Janeiro e Outubro deste ano quando comparadas com 2005, o denominado segmento económico cresceu 64,6%. É neste segmento que pontificam modelos como o Peugeot 107, Citroen C1 e Smart Fortwo. O seu peso no total das vendas de automóveis cresceu para os 4,93%, quando em 2005 não ia além dos 2,85%. Uma tendência que, segundo a ACAP, poderá continuar a manifestar-se no próximo ano. Em unidades, as vendas passaram dos 4.988 veículos no final de Outubro de 2005, para os 8.211 este ano.
A concentração no segmento económico é de tal ordem, que o próprio segmento denominado inferior - para modelos como o Audi A2, Fiat Punto, VW Polo ou o Toyota Yaris - acabou também por ver as suas vendas diminuírem. Assim, os pouco mais de 61 mil veículos vendidos até Outubro neste segmento revelam um decréscimo de 3,87% quando comparados com as vendas do segmento no mesmo mês do ano passado. O seu peso na totalidade do mercado atingiu os 36,73%, com a venda de 61,1 mil veículos, contra os 63,5 mil atingidos em Outubro de 2005.
O segmento com maior peso no mercado é o médio-inferior - para modelos como as classes A e B da Mercedes, Opel Astra, Renault Scenic e VW Golf - que no final de Outubro passado atingia uma quota de 36,97%. Mas também neste caso a concentração nos veículos económicos deixou a sua marca, com o segmento a perder 12,23% das vendas, de 70 mil para 61,5 mil veículos.
Mas as quebras não se ficam por aqui, tendo também afectado o segmento seguinte, o médio-superior - para modelos como o BMW série 3, Mercedes C e o Audi A4. neste caso, as quebras foram de 6,49%, de 27,5 mil para 25,7 mil veículos, tendo a sua quota em relação ao total estabilizado nos 15,48%.
Recorde-se que, genericamente, as vendas de automóveis em Portugal caíram 4,81% no final de Outubro, de 174.844 para 166.437 viaturas. Para além do agravamento das taxas de juro, o Imposto Automóvel influencia negativamente
in: http://diarioeconomico.sapo.pt/edici...lo/720121.html
Dados curiosos [^][^][^]
António Freitas de Sousa
Os portugueses têm vindo a comprar carros cada vez mais baratos à medida que a subida continuada dos juros aumenta o serviço mensal de dívida dos consumidores e a economia tarda em crescer de forma sustentada.
Segundo dados oficiais da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP) para as vendas acumuladas entre Janeiro e Outubro deste ano quando comparadas com 2005, o denominado segmento económico cresceu 64,6%. É neste segmento que pontificam modelos como o Peugeot 107, Citroen C1 e Smart Fortwo. O seu peso no total das vendas de automóveis cresceu para os 4,93%, quando em 2005 não ia além dos 2,85%. Uma tendência que, segundo a ACAP, poderá continuar a manifestar-se no próximo ano. Em unidades, as vendas passaram dos 4.988 veículos no final de Outubro de 2005, para os 8.211 este ano.
A concentração no segmento económico é de tal ordem, que o próprio segmento denominado inferior - para modelos como o Audi A2, Fiat Punto, VW Polo ou o Toyota Yaris - acabou também por ver as suas vendas diminuírem. Assim, os pouco mais de 61 mil veículos vendidos até Outubro neste segmento revelam um decréscimo de 3,87% quando comparados com as vendas do segmento no mesmo mês do ano passado. O seu peso na totalidade do mercado atingiu os 36,73%, com a venda de 61,1 mil veículos, contra os 63,5 mil atingidos em Outubro de 2005.
O segmento com maior peso no mercado é o médio-inferior - para modelos como as classes A e B da Mercedes, Opel Astra, Renault Scenic e VW Golf - que no final de Outubro passado atingia uma quota de 36,97%. Mas também neste caso a concentração nos veículos económicos deixou a sua marca, com o segmento a perder 12,23% das vendas, de 70 mil para 61,5 mil veículos.
Mas as quebras não se ficam por aqui, tendo também afectado o segmento seguinte, o médio-superior - para modelos como o BMW série 3, Mercedes C e o Audi A4. neste caso, as quebras foram de 6,49%, de 27,5 mil para 25,7 mil veículos, tendo a sua quota em relação ao total estabilizado nos 15,48%.
Recorde-se que, genericamente, as vendas de automóveis em Portugal caíram 4,81% no final de Outubro, de 174.844 para 166.437 viaturas. Para além do agravamento das taxas de juro, o Imposto Automóvel influencia negativamente
in: http://diarioeconomico.sapo.pt/edici...lo/720121.html
Dados curiosos [^][^][^]
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