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Tiago Monteiro no WTCC ???

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    Tiago Monteiro no WTCC ???

    Tiago Monteiro fez companhia à Seat em Valencia e testou o Seat Leon WTCC.





    in: http://www.motorpasion.com/2007/01/2...seat-leon#more
    Editado pela última vez por AF147; 07 March 2007, 08:44.

    #2
    Sempre disse que era melhor para ele ter futuro no wtcc do que correr na equipa mais mediocre da f1.

    Comentário


      #3
      Eu não acompanho muito o WTcc, mas este Seat é competitivo? ou poderá vir a ser?

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        #4
        O destino dos pilotos portugueses na F1: serem ejectados dela....

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          #5
          citação:Originalmente colocada por AlfaZor

          Sempre disse que era melhor para ele ter futuro no wtcc do que correr na equipa mais mediocre da f1.
          Tb acho isso! muitos andam na F1 so para dizer que andam. que seria feito do lamy se ainda la estivesse (ou ficado la mais tempo)? hj em dia é um dos pilotos de Top dos GT, e mil vezes melhor (para quem percebe) do que o Tiago Monteiro em termos desportivos.

          Força Tiago! Vai para o WTCC e luta pelas vitorias em vez de lutar pelos ultimos lugares ;)

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            #6
            Tudo isto é triste tudo isto é fado

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              #7
              AF147 o teste do tiago monteiro foi em Valência e não em Valença lol

              O Tiago continuar na spyker era bater em mortos, só despertava entusiasmo nos comentadores de rtp...



              cumprimentos

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                #8
                Nunca me lembro de um piloto supostamente em negociações com equipas de F1 ir testar um turismo...


                Seria bem melhor um contrato como piloto de testes. Qdo se sái do mundo da F1 é dificil voltar a entrar. Outra hipotese seriam os Champcars mas numa equipa competitiva.

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                  #9
                  Se o Tiago Monteiro se tivesse naturalizado Frances, talves tivesse ainda mais hipoteses.
                  E podia-mos dizer na mesma k tinhamos um Tuga na F1!
                  É triste mas é a realidade!

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                    #10
                    ei voces vao-me desculpar A MINHA ENORME IGNORANCIA, mas o Tiago já não está na F1? :S

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por JPMAZDASPEED Ver Post
                      ei voces vao-me desculpar A MINHA ENORME IGNORANCIA, mas o Tiago já não está na F1? :S
                      Toda a info actualmente aponta para que já não está!

                      Comentário


                        #12
                        Últimas relativas à Toro Rosso:

                        http://www.formula1.com/news/5627.html

                        http://www.motorsport.com/news/artic...D=240560&FS=F1

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                          #13
                          Tiago Definitivamente fora da F1 (em 2007)

                          http://www.tiagoracing.com/default.aspx?go=32&c=104

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por Dias Ver Post
                            Eu não acompanho muito o WTcc, mas este Seat é competitivo? ou poderá vir a ser?
                            Sim. Desde que a SEAT começou a utilizar este Leon que os resultados têm sido bons.

                            Comentário


                              #15
                              Também não irá para a Seat WTCC.

                              WTCC: Seat apresentou equipa


                              A Seat apresentou hoje em Madrid a equipa com que vai disputar a sua terceira temporada no WTCC. Sem surpresa, foram anunciados Jordi Gené, Yvan Muller, Gabriele Tarquini e Michel Jourdain, piloto mexicano com grande experiência na IRL, Champ Car e Nascar.

                              Como se sabe, Tiago Monteiro chegou a aventar a hipótese de rumar ao WTCC, realizando mesmo um teste com a equipa espanhola, mas a preferência do piloto português vai para os monolugares, mais precisamente a Champ Car, depois de se terem fechado as portas da F1, e nem mesmo para o GP do Porto está prevista, para já, a participação de Monteiro no WTCC.

                              Foram anunciadas igualmente as equipas privadas, que, para já, colocarão mais quatro Leon em pista: GR Asia com Tom Coronel e Emmet O’Brien, Seat Italia com Roberto Colciago; a Exagon com o piloto belga Pierre Yves Corthals, existindo ainda a possibilidade do contingente aumentar com mais equipas privadas, já que decorrem negociações nesse sentido.

                              O campeonato irá ter 15 carros oficiais pertencentes a quatro construtores inscritos: Seat, Chevrolet, BMW e Alfa Romeo. A temporada começa a 10 de Março em Curitiba no Brasil, e terminará em Macau a 18 de Novembro, num total de onze corridas em outros tantos países. Sem ser a nível oficial, participarão ainda outros construtores: Honda, Peugeot e Toyota.

                              in Autosport.pt

                              Comentário


                                #16
                                Tiago Monteiro confirmou hoje que não vai participar no Mundial de Fórmula 1 em 2007, revelando a intenção de preparar o regresso à elite do automobilismo no próximo ano. O piloto português adiantou ainda o desejo de "competir ao alto nível num campeonato competitivo" durante esta temporada.

                                Num comunicado divulgado pela sua assessoria de imprensa, Monteiro "não vai aceitar nenhuma das propostas que lhe foram feitas por parte de equipas de Fórmula 1 para 2007", por não "reunirem as condições que merecia".

                                O piloto portuense, em conjunto com a empresa de agenciamento CSS Stellar Management, vai "avaliar as diversas propostas que tem recebido para participar em campeonatos altamente competitivos".

                                "Estou agradavelmente surpreendido pela qualidade das propostas recebidas para 2007 e agora vamos ter de avaliar a melhor. Gostaria de agradecer a todos os apoiantes em Portugal e por todo o Mundo pela atenção que me têm dispensado", referiu Tiago Monteiro, em declarações reproduzidas no comunicado.

                                O antigo piloto da Jordan, Midland e Spyker prometeu "notícias para breve" quanto ao seu futuro, garantindo que quer continuar a "defender as cores de Portugal em 2007".
                                Na edição escrita do record (Não encontro o artigo na pagina) diz que o Tiago rejeitou a Toro Rosso, e que não foi para a Red Bull devido a um desentendimento entre o Berger e a direcção da equipa (pelo que percebi o Berger queria-o, mas a direcção não)

                                Comentário


                                  #17
                                  Parece que sempre vai para a Seat para o WTCC.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por Tuareg Ver Post
                                    O destino dos pilotos portugueses na F1: serem ejectados dela....
                                    palhaços!!!!!!!!!

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                                      #19
                                      Tiago Monteiro finalmente confirmado na Seat



                                      Conforme o AutoSport já tinha anunciado, Tiago Monteiro foi esta manhã confirmado como o quinto piloto Oficial da Seat no WTCC, terminando assim a especulação que se havia gerado em relação ao futuro do ex-piloto de Fórmula 1.

                                      O piloto português participou numa curta sessão de testes em Jerez de la Frontera na passada sexta-feira, a última antes do início do campeonato, e vai deslocar-se ao circuito de Curitiba para acompanhar a prova como espectador, e inteirar-se do funcionamento normal da sua nova equipa.

                                      No WTCC, Tiago Monteiro deverá fazer a sua estreia ao volante do Seat Leon S2000 na segunda ronda da época, que terá lugar no dia 6 de Maio no circuito holandês de Zandvoort. Embora seja um piloto rápido e de condução fiável, o principal problema de adaptação de Monteiro será o constante contacto físico entre carros, de que Monteiro está desabituado desde a sua primeira época nas competições, quando participou na categoria B da Porsche Supercup francesa.

                                      A procura de Monteiro por um volante competitivo para a temporada de 2007 passou por várias categorias, incluindo a Champ Car World Series, disciplina onde conduziu em 2003, e a Le Mans Series. Na primeira, o ex-piloto da Midland F1 teria ser sempre que pagar pelo seu lugar, e a equipa onde as negociações avançaram mais foi a Conquest Racing, a mais lenta das equipas veteranas do pelotão, que no início do ano correu mesmo o risco de fechar. Na Le Mans Series, Monteiro recebeu vários convites, incluindo a possibilidade de integrar uma equipa maioritariamente portuguesa.

                                      Tiago Monteiro: «Obviamente, estou muito satisfeito por ter alcançado este acordo com a Seat Sport. Desde que testei o carro em Valência, tive a percepção que a equipa tem uma grande experiência e nível profissional. Com a ajuda de todos, estou seguro que poderei aprender rapidamente, apesar deste ser um campeonato bem distinto da F1, e chegar o mais depressa possível às prestações dos melhores da categoria.», referiu.

                                      Jaime Puig, Director da Seat Sport: «Estamos muito contentes por poder dar as boas vindas a um piloto da categoria de Tiago Monteiro à Seat Sport. Logicamente os nossos carros já estão no Brasil, pelo que o Tiago iniciará a sua participação na segunda prova do campeonato, na Holanda. Desta forma, poderá participar nos diversos testes previstos até lá, de forma a adaptarmos o Seat León WTCC às suas necessidades».

                                      http://autosport.clix.pt/gen.pl?p=st....stories/21599

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                                        #20
                                        Como profissional, faz bem olhar pela vida dele.
                                        Mais um que cheirou a F1, mas falta-lhe os euros.

                                        Mas também com a F1 a dar na SportTV era difícl alguém dar mais. A partir de agora o leque de espectadores é cada vez mais restrito.

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                                          #21
                                          Boas,


                                          Eu sou um fã do Tiago, nos bons e nos maus momentos! Nunca deixei de admirar o seu trabalho, os momentos de excelente F1 que me propiciou...e nem nestes meses de "instabilidade" o deixei de apoiar.

                                          Neste momento desejo-lhe as maiores felicidades ao volante do Seat Leon!...e este momento é, quanto a mim...um bom momento! O momento de um novo inicio!!!

                                          Um abraço Tiago!

                                          Cumpts,
                                          JC_STILO

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                                            #22
                                            Tenho pena que não possa estar num campeonato mais visivel, mas como sempre vou apoiar os tugas, sendo que dá na eurosport

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                                              #23
                                              O Tiago faz muito bem em ir para o WTCC! É um campeonato para PILOTOS e que vai passar pela Boavista! Vai ser brutal...
                                              E também não nos podemos esquecer do Miguel Freitas ao volante do Alfa 156!

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                                                #24
                                                Originalmente Colocado por Trinta87 Ver Post
                                                Tenho pena que não possa estar num campeonato mais visivel, mas como sempre vou apoiar os tugas, sendo que dá na eurosport
                                                ... essa da eurosport, está bem vista, sim senhor...
                                                Assim já posso ver o Tiago, sem pagar mais por isso...
                                                100% Apoiado

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                                                  #25
                                                  Fixe!

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                                                    #26
                                                    Grandes Entrevistas: Tiago Monteiro
                                                    Warm Up
                                                    19/03/2007 - 11:00



                                                    VICTOR MARTINS
                                                    de Curitiba



                                                    Sábado à tarde, calor dos trópicos no autódromo internacional da capital paranaense. Movimento moderado no paddock, pouco mais intenso na pista. Nos boxes da SEAT, curiosidades. A placa que indica que Roberto Colciago é o piloto do time na etapa brasileira do WTCC é uma informação momentaneamente falsa — acidentado, o italiano foi proibido de entrar no carro. Um mecânico cola um aviso em folha sulfite separando o pessoal do time dos demais mortais. Um outro gargalha e fala amenidades em espanhol. Um grupo faz do cigarro o passatempo de três minutos prazeroso — para eles. A tudo, com os braços cruzados, o português de barbicha em traje amarelado ouvia e interagia. Depois, entrou na garagem e foi com os demais almoçar. Estrelismo zero. E Tiago Monteiro, parafraseando o slogan, é simples assim.

                                                    Marquei uma entrevista com ele para a tarde, entre o último treino livre e a classificação. Topou sem problemas. Mas tinha aquela coisa à la F-1 de comunicar ao assessor da equipe e tal, aquela coisa burocrática, quase escravista. Um chá de cadeira e, em companhia do colega Américo Teixeira Jr., assessor da Confederação Brasileira de Automobilismo e editor da revista "Motorsport Brasil", enfim o lusitano nos recebia nos boxes da montadora espanhola.

                                                    Monteiro tem formação superior: antes de começar a carreira, partiu para a Suíça para estudar Gestão Hoteleira. São três décadas de vida, uma dedicada ao automobilismo. E se o currículo não é recheado de vitórias ou títulos, contém passagens pelas principais categorias e corridas no mundo. E o que falta? “O Dacar”, prontamente rebateu.

                                                    Foi pouco mais de meia hora de uma conversa agradável, histórias e revelações — a de que Portugal tem um projeto de construir um novo autódromo, a de que esteve perto de voltar para a F-Mundial, a de que Christijan Albers o queimou na Jordan-Midland-Spyker, a do impasse na Toro Rosso que opunha Gerhard Berger e Dietrich Mateschitz. Rara para quem já passou pelo mundo do nariz erguido da F-1.

                                                    Grande Prêmio – De que forma se deram as negociações para que você abandonasse sua meta, a F-1, para partir para o Mundial de Turismo, quase que um caminho totalmente oposto?

                                                    Tiago Monteiro – Eu fui contatado pelo Marcelo Lotti, o organizador, e isso foi em 2003, quando eu tinha deixado os Estados Unidos, a Champ Car [F-Mundial] e voltado para a Europa. E naquela altura era para correr no ETCC [Europeu de Turismo, o predecessor do WTCC]. Nós nos conhecemos, trocamos algumas palavras, e fui para a World Series Nissan, e a Minardi tinha me contratado como piloto de testes naquele ano. Entretanto, todos os anos eu falava com o Marcelo, e nesse inverno, quando eu decidi não assinar com a Spyker – em outubro, mais ou menos –, ele me ligou e propôs que eu falasse com algumas equipes. Me apresentou à SEAT e à Alfa, também, que eram duas equipes que ainda tinham um lugar. E eu disse: “Bom, talvez eu possa ir, sim, mas não é meu objetivo, porque ainda tenho uma possibilidade na F-1, e só depois que essa possibilidade se mover ou não é que posso decidir”. Daí no fim de dezembro para janeiro, a SEAT me convidou. “Se você quiser vir testar o carro em Valência...”. E eu disse: “Claro, por que não?” Não tinha nada confirmado. E eles ganharam um pouco mais de confiança porque a Alfa a essa altura não tinha me convidado, então criamos uma boa relação. Eu continuei a falar muito com o Marcelo. E a SEAT Portugal é uma empresa muito dinâmica e, assim que percebeu que havia essa possibilidade, ajudou um pouco.

                                                    GP – Quais eram as suas opções reais acima, se assim podemos considerar, do WTCC?

                                                    TM – Eu continuava em contato com a ChampCar, uma categoria boa, queria analisar as possibilidades mais interessantes para mim – ChampCar ou uma equipe boa de F-1. E infelizmente as coisas com a Toro Rosso foram demorando, demorando, demorando, demorando... E até que quando eu vi que não havia possibilidade para a vaga na Toro Rosso, eu decidi aceitar a proposta da SEAT. E quando eu voltei a falar com ele [Marcelo], já era tarde por dois dias para ter a oportunidade de estar aqui [correndo no Brasil]. O Marcelo me apresentou ao Jaime Puig [chefe de equipe], e a ligação entre SEAT Portugal, SEAT Espanha e o organizador do campeonato me convenceu para que eu estivesse aqui.

                                                    GP – Só para confirmar: sua estréia acontece quando?

                                                    TM – No segundo fim de semana, em Zandvoort. Nessa semana começamos a treinar, não sei quantos dias, três, quatro, cinco, e já vou começar na segunda etapa.

                                                    GP – Você fez duas temporadas de F-1, com todo um nível de exigência, e agora pega um carro completamente diferente. Para o leigo, dá impressão que vai ser bem fácil, que é um carro mais simples. Como é essa adaptação, não física, mas ao menos psicológica, de postura do piloto?

                                                    TM – Fisicamente vai ser um prazer (risos) porque não é tão violento, não é tão duro, não é um carro físico...

                                                    GP – Mesmo considerando o calor?

                                                    TM – É... Mas dentro de um Fórmula 1, chegamos a pegar 60, 70 graus. Não é puxado, sua cabeça fica para fora, mas dentro do cockpit fica muito quente. Lá tem o problema do calor, e do pescoço, do ombro, do braço. Por isso neste nível vai ser muito mais (risos) agradável, na F-1 dói, mesmo. Agora, em termos de pilotagem, não vai ser fácil, não. É um carro com o dobro do peso, a metade da potência e tração na frente, além de não ter aerodinâmica. Eu tenho que esquecer tudo que aprendi nos últimos dez anos e voltar para o primeiro ano, quando eu corria de Porsche. É mais ou menos isso (risos). Aqui é tudo com calma: não pode entrar com agressividade, com muita força, senão o pneu não agüenta, e depois perde na reta toda. Nesse dia e meio que fiz de teste na Espanha, os primeiros quilômetros eram assim: eu entrava com muita força e perdia na saída. Tem ex-pilotos [de F-1] com 15, 20 anos de experiência. Não vai ser fácil. É muito raro um piloto chegar aqui e ser logo rápido porque é um carro muito específico.
                                                    Editado pela última vez por Omega; 19 March 2007, 22:18.

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      GP – Prevendo isso, seu contrato é de longo prazo ou, a princípio, é só por um ano?

                                                      TM – Não é de longo prazo porque eu tenho a possibilidade de ir para a F-1 ainda nesse ano ou em 2008. Estamos já em contato para o ano que vem, é meu objetivo. Eu decidi vir para a SEAT e estou 100% concentrado nela...

                                                      GP – Já sabem que, se pintar uma possibilidade...

                                                      TM – Exatamente, já sabem disso. Não podia assinar um contrato longo porque ainda tenho oportunidade na F-1.

                                                      GP – E essa chance está sempre atrelada a Spyker ou Toro Rosso?




                                                      TM – Não, Spyker, não mais. Eu saí da F-1 porque não queria estar numa equipe pequena. Eu já fiz dois anos, foi bom, aprendi muito, mas eu preferi ir para um outro campeonato por um time bom. E na Toro Rosso... Depende de como vai evoluir agora. Nós estamos falando com outras equipes melhores, se houver oportunidade... No momento, já há contatos, as coisas podem mudar muito. Todos os anos na F-1 muda tudo, então daqui talvez um mês, dois meses, as coisas estejam diferentes.

                                                      GP – Tiago, você já citou que no começo da carreira andou de Porsche e, agora, dez anos depois, volta para os carros-turismo. Você considera isso um passo atrás para dar dois à frente, eventualmente?

                                                      TM – Sim, eu acho que é um pouco isso, voltar. A minha idéia foi: se eu continuasse na Spyker... A Toro Rosso eu não sei bem muito bem, não conheço a equipe. Mas a Spyker vai ter um ano difícil. A Spyker vai aumentar mais tarde, mas não é já, já. E eu não tenho esse tempo, minha imagem poderia perder muito. Para um piloto profissional isso é perigoso. Então vim para um campeonato competitivo para tentar me manter no nível. Se eu acabo aqui em primeiro ou décimo, não vai alterar se eu vou para a F-1 ou não. Agora, é bom estar em um nível de competitividade e de trabalho bons. Eu sempre gostei de carros-turismo – fiz Le Mans, as 24 Horas, duas vezes, fiz corridas de GT –, mas não está nos planos ficar na categoria. Mudei porque é um dos três campeonatos do mundo que há – tem F-1, rali [WRC] e esse, os outros não são da FIA – e o nível é elevado, apesar de o carro ser mais lento.

                                                      GP – Você é um ídolo em Portugal – é possível acompanhar isso pelos sites, a tensão e a cobrança que existem. Como é que seus fãs lusitanos receberam essa mudança momentânea: com apoio ou com decepção?

                                                      TM – Ah, tem de tudo, é normal. Acho que qualquer decisão que eu tomasse nunca ia agradar toda gente. Se eu ficasse mais um ano na Spyker, algumas pessoas iriam dizer “ah, não deveria ter feito isso” e outras “isso, você ficou na F-1”. O que eu tenho que fazer aqui é, talvez, algo um pouco egoísta, pensar o que é mais importante para mim, para a minha carreira. Ouço meus amigos, mas não posso ouvir toda gente. Jornalistas têm sua opinião, os fãs, também, mas eu aprendi na minha carreira que tenho que me concentrar no que é melhor para mim. Mas o que eu tenho visto, a maior parte dos fãs acha que eu tenho que seguir o que eu acho ser a melhor opção.

                                                      GP – Portugal, por suas dimensões, não é um celeiro de pilotos – antes de você, teve o Pedro Lamy, nos anos 90. O Brasil, há três décadas, sempre tem um representante, no mínimo, no Mundial. Mas parece que nos dois países há a imensa dificuldade de se conseguir patrocínio. Como foi para você correr atrás de alguém que bancasse a carreira?

                                                      VM – É, não há milagres. Acho que não tem nenhum país que ajude o piloto, isso não acontece. Nossa grande diferença para o Brasil é que são 180 milhões de habitantes, empresas grandes, algumas internacionais, também. E claro que há mais probabilidade de ter pilotos com qualidade e com contatos para ter patrocínio. Em Portugal são só dez milhões e as empresas não são tão grandes. Eu acho que o trabalho que fizemos desde 2004 – claro, minha carreira toda fui batalhando para ter cada vez mais patrocinador; alguns me seguem desde meu primeiro ano –, o “business plan”, um projeto que nós criamos, me proporcionou dar o salto à F-1. Eu fui à Assembléia do governo, eles aceitaram o projeto como algo nacional, e o ministro dos Esportes me ajudou a abrir portas. Visitamos umas 15 empresas e, delas, duas ou três toparam. Em 2005 houve essa grande oportunidade e, já nesse ano, não tive.

                                                      GP – O fato de o governo português ter assumido o autódromo de Estoril indica que é uma continuidade desse projeto nacional e que pode ajudar em seu retorno à F-1?

                                                      TM – Não. O Estoril tem, agora, sua maior parte controlada pelo governo, mas não tem muito futuro. Há muitas situações políticas que não funcionam muito bem, mas a administração está muito ruim, muito mal-feita, não sei o que vão fazer lá. Há um grande novo projeto, também apoiado pelo governo – e eu vou ser a imagem –, que vai ser no sul, no Algarve. Um projeto de um novo circuito para a F-1, com hotéis e com modernidades, com acesso melhor. E isso mostra que eles querem não só ajudar um piloto a estar na F-1. Querem promover a imagem de Portugal e ajudar novos pilotos.

                                                      GP – Já que estamos falando de questões políticas, vamos no assunto. Deu impressão que, tanto na Spyker, quanto na Toro, houve um elemento político que em ambos os casos não foram favoráveis a você...

                                                      TM – Na Toro Rosso, sim. A gente já sabe hoje que havia o Berger do meu lado, que queria performance e não tinha confiança nos pilotos dele [Vitantonio Liuzzi e Scott Speed], isso ficou bem claro para a imprensa – e ficou bem mal para os pilotos, psicologicamente. E tinha o [Dietrich] Mateschitz, que eu nunca conheci e, que se me conhece, só me conhece de nome porque eu não tive oportunidade de vender o meu produto. Ele tem uma lógica, que é válida, de apostar nos pilotos dele desde muito jovens, e é normal que queira tentar dar mais ibope. Mas, por outro lado, se o piloto já mostrou que não tem a capacidade, eu acho que tem que pensar que “ok, foi um erro”, e passa para frente. Essa é minha opinião, mas não foi a dele. Daí ter havido aquelas guerras internas. Na Spyker, não. O contrato que me propuseram era quase igual ao do ano anterior, mas eu queria garantias de que ia evoluir mesmo, já que tinha a informação interna de que as coisas estavam complicadas. E nos últimos dois anos ficava naquela coisa de que “no outro ano, vai ser melhor”, e não era. Eu disse que aquele contrato eu não podia assinar. Tinha apoio dos holandeses da Spyker, tinha uma boa relação e continuo com uma boa relação, mas eu tinha a certeza de que ia ser mais um ano difícil para eles.

                                                      GP – Talvez tenha sido uma crise de identidade, já que em pouco tempo passou por três comandos diferentes...
                                                      Editado pela última vez por Omega; 19 March 2007, 22:19.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        TM – Muito complicado para muita gente, dinheiro, “team managers”, as pessoas não têm segurança no trabalho, se vai continuar ou não vai...

                                                        GP – Falta um pouco do carisma do Eddie Jordan, independente dos resultados ou dos métodos de administração?

                                                        TM – Muito. A experiência dele, o carisma, os contatos. Claro, não tinha só coisas boas nele, mas pelo menos tinha a vontade e a maneira de ser dele.

                                                        GP – E ter vindo para o WTCC na SEAT, numa montadora patrocinada pela Red Bull, foi uma mera coincidência ou teve algum tipo de apoio, por exemplo, do Gerhard Berger?




                                                        TM – Não, não, mera coincidência. Aliás, ainda não sei se vou ter a Red Bull no meu carro porque não tenho contrato com eles, quem tem é a SEAT. Isso ainda está em aberto. A Red Bull nunca me ajudou, então não tenho por que ajudar eles (risos).

                                                        GP – Você teve a experiência de trabalhar por um ano com um ídolo brasileiro, o Emerson Fittipaldi. Gostaria que você comentasse como foi aquele ano de 2003 e que lembranças você traz dele.

                                                        TM – Foi um ano incrível. A minha relação com o Emerson é quase como a que de pai e filho. Entramos os dois numa nova aventura, ele como chefe de equipe e eu como piloto da ChampCar. E foi a primeira vez que trabalhei com uma pessoa com tanta experiência como ele, com o talento dele. Por isso que aprendi muito, tanto no nível técnico como no nível humano. Foi uma experiência indescritível. Infelizmente só durou um ano, a equipe não agüentou, mas foi inesquecível.

                                                        GP – Tem ainda contato com ele?

                                                        TM – Sim, ainda falo com ele. Guardo nele um bom amigo.

                                                        GP – A ChampCar poderia ser uma alternativa aos monopostos ou essa é uma página que você já virou na sua carreira?

                                                        TM – Não virei, mas só vou para lá se for numa equipe competitiva. Na minha carreira já passei por tudo: times competitivos, times menos competitivos... E com a experiência que eu tenho, com meu retrospecto, acho que eu posso escolher uma equipe em que eu me sinta à vontade e que meus resultados possam ser vistos. Tive contato com a Forsythe até pouco tempo, mas não dava. Se fosse na Forsythe, eu estaria lá, é uma equipe ótima. Mas as outras são muito aleatórias: num fim de semana pode até brigar para ganhar, mas no outro está em décimo, 12º. Aqui pode acontecer o mesmo, não vou estar sempre bem, porém sei que temos potencial para estar na frente.

                                                        GP – Você tem 30 anos, dez anos de carreira, tem experiência e já passou por F-3, F-3000, World Series, Le Mans, ChampCar e F-1. Além das vitórias, o que falta para você atingir no automobilismo ou o que você tem vontade de disputar?

                                                        TM – O Dacar. Não tanto pela competição, pelo nível desportivo, não penso que vou chegar lá e ganhar, mas mais como aventura humana, um desafio humano, uma aventura diferente. Eu tive uma experiência em Todo-o-Terreno também, as 24 Horas de Todo-o-Terreno [em Portugal] e adorei. E é daquelas coisas que ainda não fiz. Já participei do GP de Mônaco. E tem também as 500 Milhas de Indianápolis, mas não estou bem nessa direção. Eu sou apaixonado por qualquer coisa no esporte. Desde que tenha quatro rodas e um volante, fico contente (risos). Quando mais rápido, melhor.

                                                        GP – Você é daqueles pilotos que gostaria de enfrentar o desafio dos ovais americanos ou tem certa reserva àquela competição?

                                                        TM – Eu tive oportunidade na ChampCar eu fiz três provas em oval e acho que quatro ou cinco ovais diferentes em testes. E gostei. Gostei muito. É muito diferente, é uma categoria específica, mas gostei muito. Agora, acho que não ia gostar de fazer 17 fins de semana, mais os treinos. Aí já perde muito do prazer da pilotagem, que é frear, acelerar. Ficam muito concentrados no equilíbrio, nos limites em uma curva. E eu ia sentir falta disso. Eu tive duas oportunidades depois da ChampCar e evitei. Não é o que eu quero fazer.

                                                        GP – Mas se for para fazer só as 500 Milhas, aí você topa.

                                                        TM – Sim, mas eu teria que treinar muito.

                                                        GP – Aliás, Indianápolis é um lugar especial para você porque foi lá que você conseguiu seu pódio...

                                                        TM – É verdade (risos)...

                                                        GP – Qual a sua visão sobre aquele dia, quase dois anos depois do ocorrido? O significado e o valor são os mesmos?

                                                        [O GP dos EUA de 2005 sofreu um boicote por parte das equipes parceiras da Michelin e apenas Ferrari, Jordan e Minardi disputaram a corrida. Monteiro venceu a disputa com seu companheiro Narain Karthikeyan e os carros de Christijan Albers e Patrick Friesacher.]



                                                        TM – Não mudou muita coisa. Guardo esse pódio como aquelas oportunidades que acontecem na vida e que você tem que estar lá para agarrar. Foi um momento inesquecível na minha carreira, talvez a corrida mais importante porque nesse dia eu podia ser terceiro, como podia ser quarto, quinto ou sexto. E aí seria muito (enfático) mal psicologicamente.

                                                        GP – Ou até vencido, se houvesse o toque entre Schumacher e Barrichello...

                                                        TM – Exatamente (risos). Eu acho que foi a corrida mais louca dos últimos tempos da F-1. E nunca vou esquecer da felicidade dos mecânicos. E dos portugueses, também. O prazer que eu tive naquela época e as declarações que eu dei, eu mantenho. Eu não roubei nada de ninguém, estávamos lá para correr. A Michelin falhou, nós aproveitamos a oportunidade. Em outras provas, nós tivemos problemas com pneus [Bridgestone], também. Muitos, mesmo. E perigosos. E continuamos a correr. Faz parte do jogo. Fiz o que devia fazer.

                                                        GP – Você foi por um ano piloto do programa de desenvolvimento da Renault, o RDD. Chegou a fazer quantos testes?

                                                        TM – Dois dias, em Barcelona.

                                                        GP – E qual foi o comentário do Flavio Briatore?

                                                        TM – Eu ainda era muito novo, não tinha contato nem com os pilotos do RDD nem com o Briatore. Quem estava envolvido mais era o Bruno Michel, que é o número 2 do Briatore, que fica mais concentrado na F-1. Desses, poucos pilotos vão chegar à F-1. Ali também tem uma questão pública... Bem-vindo ao mundo da F-1 (risos)!

                                                        GP – Do que você se arrepende de ter feito na F-1?

                                                        TM – (pausa de dez segundos, contados) É uma questão que ainda não pensei bem, bem, se me arrependi ou se faria de outra maneira. Mas também não há tantas oportunidades. E quando elas surgem, você tem que ir e não há tempo para pensar. Em 2005, eu não podia ter ido para outra equipe, só havia lugar lá, até na Minardi já estava ocupado, tinha que ser a Jordan. Eu tinha boa relação com o Eddie Jordan, fomos para lá. Mas não é como se eu pudesse ter escolhido. Muitas vezes suas opções são ditadas pelas opções disponíveis, por isso não há muita coisa do que se arrepender.

                                                        GP – E nesse mundo tão restrito, em que cada um tenta matar o outro quando aparecem tais oportunidades, quem você levou de amigo e de quem você faz questão de se afastar?

                                                        TM – Amizade, amizade grande, não. Em pilotos, foi com o Narain Karthikeyan, o indiano, no meu primeiro ano. Já éramos bons amigos, mas nada de especial. Depois passamos um ano juntos, foi uma relação excelente, agora continuamos. A maior parte eu já conhecia da F-3, e depois de estarmos juntos na F-1, a relação deteriorou um pouco, é muito competitivo, passamos pouco tempo juntos. Pessoas como o Felipe Massa, eu conheci muito melhor e agora somos muito bons amigos. E a pior relação eu acho que foi com o [Christijan] Albers. É uma pessoa muito complicada e muito difícil de se conviver.

                                                        GP – O comentário geral é de que ele é muito mascarado...

                                                        TM – É (risos). Muito difícil.

                                                        GP – O Albers chegou a queimar você na equipe?

                                                        (Tiago responde com aceno efusivo positivo com a cabeça).

                                                        GP – Muitas vezes?

                                                        TM – Que eu saiba algumas. Há muitas que eu não sei (risos). Mas pior que isso são as coisas que ele faz na pista.

                                                        GP – O Villeneuve chegou a declarar, recentemente, que se trata de um piloto sujo.

                                                        TM – Eu acho que qualquer piloto... O Senna, às vezes, era sujo; o Schumacher, também. Mas há sujos e sujos, sabe? A agressividade, tal. Mas no caso dele é sujo mau, burro, pouco inteligente. Aqui há muito mais contato, muito mais guerra. Mas há respeito. Uns têm mais, outros têm menos.

                                                        GP – Monteiro, para encerrar, é inevitável: quando se soube que um de seus sobrenomes sobrenome era Vagaroso, aqui no Brasil houve aquelas piadinhas, até pelas posições que você acabava ocupando nos grids e nas corridas por conta dos carros deficientes. Em Portugal é assim também? E como aceitar esse tipo de brincadeira?

                                                        VM – Lá nunca nenhum jornalista falou muito disso. É um nome muito raro, mas ninguém falou nada. Em 2005, quando vim para cá, um descobriu e a primeira pergunta foi essa, daí foi aquela brincadeira. Mas não afeta nada.

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                                                          #29
                                                          Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/pagin.../421758_1.html

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                                                            #30
                                                            Trabalho exclusivo no Autohoje desta semana sobre quanto custa participar no WTCC como piloto privado

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                                                            AD fim dos posts Desktop

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