Anúncio

Collapse
No announcement yet.

Falsa Juíza conta carreira no crime

Collapse

Ads nos topicos Mobile

Collapse

Ads Nos topicos Desktop

Collapse
X
Collapse
Primeira Anterior Próxima Última
 
  • Filtrar
  • Tempo
  • Show
Clear All
new posts

    Falsa Juíza conta carreira no crime

    Falsa juíza confessa burlas e conta carreira no crime


    Nem António Moreira Ramos, juiz presidente do colectivo da 3.ª Vara Criminal do Porto, conseguiu disfarçar sorrisos durante o depoimento da falsa juíza, de 40 anos, acusada pelo Ministério Público de 84 crimes de burla, na forma consumada (32) e tentada (51) e associação criminosa. A arguida confessou a participação em todos os ilícitos e descreveu ao pormenor como se iniciou num esquema de fraude que, só num ano, rendeu 77 mil euros.

    Entre as entidades que caíram no "conto do vigário" ou alvo de tentativa de burla estão o Instituto Nacional de Farmácia e do Medicamento (INFARMED), a Amorim e Irmãos, em Ponte de Sor, do empresário Américo Amorim, a empresa de venda de mobiliário Moviflor e a cadeia de hotéis de luxo Savoi, da Madeira, propriedade de Stefano Saviotti.

    "Uma senhora a quem arrendei um quarto quando vivia na rua de Antero Quental, no Porto, por 30 contos, tinha muito dinheiro, dava muitas prendas, mas não trabalhava. Um dia, perguntei-lhe o que ela fazia. Contou-me que era com os editais que ganhava dinheiro, fazendo-se passar por uma pessoa da Justiça", contou a arguida. A sua primeira experiência foi contactar uma pessoa a quem tinha sido penhorado um Jipe. "Disse-lhe que por 15 contos resolvia o problema".

    O "negócio" foi ganhando volume, dava dinheiro e a "vida era fácil", admite a ex-auxiliar de acção médica actualmente detida em Santa Cruz do Bispo, em Matosinhos. As únicas ressalvas relativamente à acusação são a referência à instigação aos crimes alegadamente feita por outra arguida e a garantia de só conhecer mais seis dos restantes 29 implicados. "Ela foi a minha desgraça", sublinhou.

    Marido dava-lhe "porrada"

    A falsa juíza, que em várias ocasiões também se intitulou advogada, solicitadora, inspectora de Finanças ou da Segurança Social, procurou ainda ilibar das acusações o marido, também sentado no banco dos réus. "Cheguei a levar porrada dele. Ou escolhia o meu marido ou a burla. Escolhi a burla", disse, descrevendo ainda ter actuado para pagar despesas de três filhos. "A tentação foi muito grande. Hoje não voltava a esta vida. Gostava muito de voltar a estar com os meus filhos".

    Num tom aparentemente calmo e pausado, a falsa juíza assumiu o esquema montado para as burlas. Ligava para indivíduos que sabia serem devedores às Finanças, Segurança Social, ou a empresas e começava por intitular-se juíza de algum tribunal. De seguida, dizia estar na posse de um processo de execução que previa a penhora de contas bancárias dos devedores ou, até, o encerramento dos estabelecimentos comerciais de que eram donos.

    "Eu telefonava a horas em que era muito difícil confirmar a existência das dívidas. Mas dava os números de fax verdadeiros dos tribunais, para serem enviados os comprovativos dos pagamentos e para as pessoas acreditarem", contou ainda, na segunda sessão do julgamento no Tribunal de São João Novo. A próxima sessão está marcada para dia 16.


    Medo das escutas

    A principal acusada falava ao telemóvel com as potenciais vítimas, mas explica que mudava frequentemente de número e aparelho "com medo das escutas".



    Dinheiro no casino

    Após as entidades contactadas transferirem verbas para as contas indicadas, julgando que estavam a pagar dívidas, o dinheiro era levantado no multibanco, transferido para outras contas ou investido, através de cartão, em fichas no Casino da Póvoa. O dinheiro era depois convertido em notas.






    #2
    [:O] O que vai acontecer aos putos agora?

    Comentário

    AD fim dos posts Desktop

    Collapse

    Ad Fim dos Posts Mobile

    Collapse
    Working...
    X