Crise na negociação salarial levou à radicalização de posições entre a administração e a comissão de trabalhadores.
Os cerca de 500 trabalhadores da Faurecia de Palmela, uma das empresas fornecedoras da Autoeuropa, poderão avançar para a greve se a administração da empresa não aceitar as reivindicações apresentadas no âmbito da negociação salarial.
O impasse mantém-se desde Outubro de 2006, mas subiu de tom na última reunião entre a administração e a comissão de trabalhadores (CT), na passada segunda-feira. Em comunicado, a CT informa que a empresa ameaçou transferir a produção para a unidade de Ourense, perto de Vigo, caso os funcionários mantenham a sua posição.
O principal diferendo assenta não no valor do aumento salarial - que aponta para 2,4 por cento - mas sim na "perda de regalias" por parte dos trabalhadores.
Segundo Daniel Bernardino, porta-voz da CT, a empresa quer substituir o subsídio de refeição pela utilização gratuita do refeitório e reduzir o pagamento do trabalho extraordinário ao fim-de-semana de 200 para 150 por cento. Para além disso, pretende diminuir, em 7,5 por cento, o prémio do seguro de saúde e reduzir o prémio anual de produtividade de 750 euros para 500 euros. Em contrapartida, a Faurecia promete não fazer despedimentos até ao final de 2009.
A CT, que hoje vai reunir-se para convocar um plenário e propor formas de luta, já apresentou uma contraproposta - aceitando a refeição gratuita e pedindo um aumento de seis euros no subsídio de transporte -, mas "não está disposta a negociar sob ameaças", frisa Daniel Bernardino.
Período difícil
A Faurecia está a ultrapassar um período difícil desde que perdeu para a Inapal, no ano passado, o fornecimento dos painéis de porta do Volkswagen Scirocco. Meses antes, tinha perdido para o mesmo concorrente o fornecimento do pára-choques do Volkswagen EOS.
A empresa de Palmela tem conseguido colmatar a folga na capacidade de produção com os contratos que estabeleceu com a PSA (grupo Peugeot-Citroën) e com outros clientes de menor dimensão, mas a sua manutenção em solo nacional depende muito da assinatura de um novo contrato para fornecimento do veículo que irá suceder ao Sharan, caso se confirme a produção deste modelo na unidade de montagem que a Volkswagen mantém em Palmela.
2,4%
O aumento salarial previsto na Faurecia é de 2,4 por cento
O principal diferendo é a perda de regalias do trabalhador
Fonte: Publico Online
Os cerca de 500 trabalhadores da Faurecia de Palmela, uma das empresas fornecedoras da Autoeuropa, poderão avançar para a greve se a administração da empresa não aceitar as reivindicações apresentadas no âmbito da negociação salarial.
O impasse mantém-se desde Outubro de 2006, mas subiu de tom na última reunião entre a administração e a comissão de trabalhadores (CT), na passada segunda-feira. Em comunicado, a CT informa que a empresa ameaçou transferir a produção para a unidade de Ourense, perto de Vigo, caso os funcionários mantenham a sua posição.
O principal diferendo assenta não no valor do aumento salarial - que aponta para 2,4 por cento - mas sim na "perda de regalias" por parte dos trabalhadores.
Segundo Daniel Bernardino, porta-voz da CT, a empresa quer substituir o subsídio de refeição pela utilização gratuita do refeitório e reduzir o pagamento do trabalho extraordinário ao fim-de-semana de 200 para 150 por cento. Para além disso, pretende diminuir, em 7,5 por cento, o prémio do seguro de saúde e reduzir o prémio anual de produtividade de 750 euros para 500 euros. Em contrapartida, a Faurecia promete não fazer despedimentos até ao final de 2009.
A CT, que hoje vai reunir-se para convocar um plenário e propor formas de luta, já apresentou uma contraproposta - aceitando a refeição gratuita e pedindo um aumento de seis euros no subsídio de transporte -, mas "não está disposta a negociar sob ameaças", frisa Daniel Bernardino.
Período difícil
A Faurecia está a ultrapassar um período difícil desde que perdeu para a Inapal, no ano passado, o fornecimento dos painéis de porta do Volkswagen Scirocco. Meses antes, tinha perdido para o mesmo concorrente o fornecimento do pára-choques do Volkswagen EOS.
A empresa de Palmela tem conseguido colmatar a folga na capacidade de produção com os contratos que estabeleceu com a PSA (grupo Peugeot-Citroën) e com outros clientes de menor dimensão, mas a sua manutenção em solo nacional depende muito da assinatura de um novo contrato para fornecimento do veículo que irá suceder ao Sharan, caso se confirme a produção deste modelo na unidade de montagem que a Volkswagen mantém em Palmela.
2,4%
O aumento salarial previsto na Faurecia é de 2,4 por cento
O principal diferendo é a perda de regalias do trabalhador
Fonte: Publico Online
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