Já não há paciência para o discurso do "excesso de velocidade como causa maior da sinistralidade nas estradas portuguesas".
Consegue ser revoltante assistir a tanto descaramento e desonestidade intelectual por parte daqueles que deveriam ser os primeiros a denunciar os verdadeiros problemas ao invés de se demitirem e esconderem atrás da desculpa fácil e enganadora do "excesso de velocidade", apenas porque são obrigados a respeitar a cadeia de comando e as herarquias superiores que, por sua vez, estão na mão dos políticos - os menos interessados em mudar o estado de coisas.
Arranjaram um pai para a criança... "o excesso de velocidade"!
E o que é mais revoltante nisto é que o argumento é ridiculamente fácil de desmontar. Se não vejamos:
Como se explica que, as estradas onde se circula, DE LONGE, com a maior velocidade e onde a velocidade limite legal é mais frequentemente ultrapassada, e EM MUITO, são precisamente as estradas onde se regista a menor percentagem de sinistralidade?!
Refiro-me obviamente às auto-estradas. Gostava que me explicassem... será pela maior qualidade das mesmas?! Não tenho dúvidas!
Fala-se em 30% de sinistros devido a despites como claro indicador de que a causa é o excesso de velocidade. À primeira vista eu próprio tenderia a concordar com essa análise... No entanto, numa análise mais atenta chega-se rapidamente à conclusão que os despistes ocorrem invariavelmente nas mesmas zonas - já bem conhecidas das autoridades e designadas como PONTOS NEGROS - situação que a presença da chuva costuma agravar.
Então eu pergunto-me: se o problema é o excesso de velocidade, porque raio é que os despites ocorrem SÓ em zonas muito específicas?! Será porque são zonas perigosas?! Não tenho dúvidas!
Estarão mal sinalizadas?! Não tenho dúvidas! É provavelmente por isso, aliado a um traçado subitamente mais sinuoso ou de piso mais escorregadio/irregular, que são consideradas zonas perigosas. Ou será por acaso?!
Estarão mal fiscalizadas?! Não tenho dúvidas! Se fossem bem fiscalizadas a polícia seria a primeira a alertar para o perigo eminente fazendo-se notar com a sua presença nessa zonas - ao invés de estar ausente, ou pior, de estar escondida - numa clara atitude PEDAGÓGICA e acima de tudo PREVENTIVA, o que não só contribuiria para suscitar maior prudência por parte do condutor para um perigo que se aproxima e do qual, muito provavelmente, não tem conhecimento, como também a polícia estaria assim em condições legítimas de denunciar às autoridades competentes os potenciais focos de sinistralidade de modo a serem melhorados ou corrigidos.
Mas não! Ao que é que se assiste? À caça à multa! Porquê?! Porque é mais fácil, é mais barato e dá, no imediato, mais dinheiro...
Eu digo no imediato, porque as ditas autoridades ainda não perceberam que a vida humana não tem preço e por cada uma que se perde, e infelizmente perdem-se muitas nas estradas portuguesas, é o país inteiro que fica a perder e como tal também eles próprios.
Por isso, mais uma vez pegunto: se o problema é o excesso de velocidade, porque é que a percentagem da sinistralidade nas auto-estradas, de grande movimento como a A1, é tão baixa quando a velocidade a que nela se circula é tão elevada e sempre(ou quase sempre) acima do limite legal?
Consegue ser revoltante assistir a tanto descaramento e desonestidade intelectual por parte daqueles que deveriam ser os primeiros a denunciar os verdadeiros problemas ao invés de se demitirem e esconderem atrás da desculpa fácil e enganadora do "excesso de velocidade", apenas porque são obrigados a respeitar a cadeia de comando e as herarquias superiores que, por sua vez, estão na mão dos políticos - os menos interessados em mudar o estado de coisas.
Arranjaram um pai para a criança... "o excesso de velocidade"!
E o que é mais revoltante nisto é que o argumento é ridiculamente fácil de desmontar. Se não vejamos:
Como se explica que, as estradas onde se circula, DE LONGE, com a maior velocidade e onde a velocidade limite legal é mais frequentemente ultrapassada, e EM MUITO, são precisamente as estradas onde se regista a menor percentagem de sinistralidade?!
Refiro-me obviamente às auto-estradas. Gostava que me explicassem... será pela maior qualidade das mesmas?! Não tenho dúvidas!
Fala-se em 30% de sinistros devido a despites como claro indicador de que a causa é o excesso de velocidade. À primeira vista eu próprio tenderia a concordar com essa análise... No entanto, numa análise mais atenta chega-se rapidamente à conclusão que os despistes ocorrem invariavelmente nas mesmas zonas - já bem conhecidas das autoridades e designadas como PONTOS NEGROS - situação que a presença da chuva costuma agravar.
Então eu pergunto-me: se o problema é o excesso de velocidade, porque raio é que os despites ocorrem SÓ em zonas muito específicas?! Será porque são zonas perigosas?! Não tenho dúvidas!
Estarão mal sinalizadas?! Não tenho dúvidas! É provavelmente por isso, aliado a um traçado subitamente mais sinuoso ou de piso mais escorregadio/irregular, que são consideradas zonas perigosas. Ou será por acaso?!
Estarão mal fiscalizadas?! Não tenho dúvidas! Se fossem bem fiscalizadas a polícia seria a primeira a alertar para o perigo eminente fazendo-se notar com a sua presença nessa zonas - ao invés de estar ausente, ou pior, de estar escondida - numa clara atitude PEDAGÓGICA e acima de tudo PREVENTIVA, o que não só contribuiria para suscitar maior prudência por parte do condutor para um perigo que se aproxima e do qual, muito provavelmente, não tem conhecimento, como também a polícia estaria assim em condições legítimas de denunciar às autoridades competentes os potenciais focos de sinistralidade de modo a serem melhorados ou corrigidos.
Mas não! Ao que é que se assiste? À caça à multa! Porquê?! Porque é mais fácil, é mais barato e dá, no imediato, mais dinheiro...
Eu digo no imediato, porque as ditas autoridades ainda não perceberam que a vida humana não tem preço e por cada uma que se perde, e infelizmente perdem-se muitas nas estradas portuguesas, é o país inteiro que fica a perder e como tal também eles próprios.
Por isso, mais uma vez pegunto: se o problema é o excesso de velocidade, porque é que a percentagem da sinistralidade nas auto-estradas, de grande movimento como a A1, é tão baixa quando a velocidade a que nela se circula é tão elevada e sempre(ou quase sempre) acima do limite legal?
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