Desde há algum tempo que, quase todas as manhãs, às portas dos consulados europeus com maior população na Venezuela, como os de Itália, Espanha e Portugal, pode observar-se uma quantidade significativa de pessoas, que se concentra nestas sedes diplomáticas para levar a cabo diligências com respeito à sua dupla nacionalidade.
Nos arredores destes recintos, respira-se um ambiente de descontentamento generalizado. Sobretudo em relação aos acontecimentos que assolam o país todos os dias. A insegurança, a incerteza política e económica, o desemprego e a diminuição da qualidade de vida são algumas das razões que motivaram muitos jovens a decidir seguir novos rumos fora da Venezuela.
Uma das pessoas que partilha dessa visão é Ana Maria Riveiro, uma advogada madeirense que afirma que foi tirar o passaporte da comunidade europeia para os seus filhos devido à insegurança. "Não queria emigrar, mas acho que se as coisas não mudarem, vou ter que ir embora". No entanto, se tomar a decisão de ir, não será para o país dos seus pais. "Acho que teria que ir para a Austrália, já que grande parte da minha família reside lá, actualmente. Para além disso, é um país onde se permite que os jovens cresçam, ao contrário de Portugal, que é um país de velhos".
O consulado português em Caracas recebe, em média, 300 pessoas por dia para assuntos diversos.
Haifa Vazquez, uma jornalista hispano-venezuelana de 27 anos, aguardava na fila em frente ao edifício Bancaracas até que permitissem que subisse até ao consulado espanhol para retirar as senhas a fim de requisitar o passaporte. Esta jovem confessou-nos que acha que a situação do país está terrível. "Quero ir definitivamente para Espanha. Sou jornalista e aqui não há trabalho".
Já Maribel de Valencia, uma catalã residente na Venezuela, foi ao consulado espanhol junto com o filho para registar o casamento deste com uma venezuelana. Esta senhora afirmou que apesar da crise que se vive, não pensa deixar a sua vida na Venezuela. "Não tenho pensado ir porque tenho a minha vida aqui e vou defendê-la até ao último momento".
No consulado italiano, a situação não é diferente. Com efeito, a vendedora Alexandra Bartoloni de 27 anos, assegurou estar preocupada pelas últimas decisões governamentais. "Tirei o meu passaporte devido aos problemas que assolam o país". Confessou estar à espera de alguma medida radical que atente contra as suas liberdades para empreender a sua viagem. "Tenho família em Roma e trabalharia no que fosse preciso".
Por outro lado, o advogado Doménico Bonano, que trabalha como gestor desde há um ano no consulado italiano, disse que o movimento nesta sede diplomática cresceu bastante a partir das últimas declarações do presidente Hugo Chávez em relação às nacionalizações das companhias eléctricas e de telecomunicações. "Desde há um mês que tem havido muitas mais pessoas interessadas em tirar a cidadania europeia. A maioria faz isso por segurança e outros para ir para os Estados Unidos".
Antonella Fonseca, uma jovem venezuelana estudante de comunicação social que decidiu emigrar para Espanha, disse, em declarações feitas a partir de Madrid, que tomou essa decisão depois de ver os seus sonhos ameaçados pela insegurança política e social da Venezuela. Sublinhou a necessidade que os jovens venezuelanos têm de conhecer outras realidades fora do seu país. "A Venezuela precisa de venezuelanos com mentes mais abertas que na hora da verdade apostem na recuperação do país deste período tão obscuro".
Esta situação da emigração latino-americana alarmou os países europeus. Em especial Espanha, que segundo números da Organização Mundial da Migração, recebeu mais de 500 mil pessoas nos últimos cinco anos.
o socialismo de chavez esta a dar resultados NOT
Nos arredores destes recintos, respira-se um ambiente de descontentamento generalizado. Sobretudo em relação aos acontecimentos que assolam o país todos os dias. A insegurança, a incerteza política e económica, o desemprego e a diminuição da qualidade de vida são algumas das razões que motivaram muitos jovens a decidir seguir novos rumos fora da Venezuela.
Uma das pessoas que partilha dessa visão é Ana Maria Riveiro, uma advogada madeirense que afirma que foi tirar o passaporte da comunidade europeia para os seus filhos devido à insegurança. "Não queria emigrar, mas acho que se as coisas não mudarem, vou ter que ir embora". No entanto, se tomar a decisão de ir, não será para o país dos seus pais. "Acho que teria que ir para a Austrália, já que grande parte da minha família reside lá, actualmente. Para além disso, é um país onde se permite que os jovens cresçam, ao contrário de Portugal, que é um país de velhos".
O consulado português em Caracas recebe, em média, 300 pessoas por dia para assuntos diversos.
Haifa Vazquez, uma jornalista hispano-venezuelana de 27 anos, aguardava na fila em frente ao edifício Bancaracas até que permitissem que subisse até ao consulado espanhol para retirar as senhas a fim de requisitar o passaporte. Esta jovem confessou-nos que acha que a situação do país está terrível. "Quero ir definitivamente para Espanha. Sou jornalista e aqui não há trabalho".
Já Maribel de Valencia, uma catalã residente na Venezuela, foi ao consulado espanhol junto com o filho para registar o casamento deste com uma venezuelana. Esta senhora afirmou que apesar da crise que se vive, não pensa deixar a sua vida na Venezuela. "Não tenho pensado ir porque tenho a minha vida aqui e vou defendê-la até ao último momento".
No consulado italiano, a situação não é diferente. Com efeito, a vendedora Alexandra Bartoloni de 27 anos, assegurou estar preocupada pelas últimas decisões governamentais. "Tirei o meu passaporte devido aos problemas que assolam o país". Confessou estar à espera de alguma medida radical que atente contra as suas liberdades para empreender a sua viagem. "Tenho família em Roma e trabalharia no que fosse preciso".
Por outro lado, o advogado Doménico Bonano, que trabalha como gestor desde há um ano no consulado italiano, disse que o movimento nesta sede diplomática cresceu bastante a partir das últimas declarações do presidente Hugo Chávez em relação às nacionalizações das companhias eléctricas e de telecomunicações. "Desde há um mês que tem havido muitas mais pessoas interessadas em tirar a cidadania europeia. A maioria faz isso por segurança e outros para ir para os Estados Unidos".
Antonella Fonseca, uma jovem venezuelana estudante de comunicação social que decidiu emigrar para Espanha, disse, em declarações feitas a partir de Madrid, que tomou essa decisão depois de ver os seus sonhos ameaçados pela insegurança política e social da Venezuela. Sublinhou a necessidade que os jovens venezuelanos têm de conhecer outras realidades fora do seu país. "A Venezuela precisa de venezuelanos com mentes mais abertas que na hora da verdade apostem na recuperação do país deste período tão obscuro".
Esta situação da emigração latino-americana alarmou os países europeus. Em especial Espanha, que segundo números da Organização Mundial da Migração, recebeu mais de 500 mil pessoas nos últimos cinco anos.
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