http://www.correiodamanha.pt/noticia...anal=230&p=200
Crianças precisam de mimo, atenção e carinho, mas cuidado com os caprichos
Os pequenos reis da casa
Madalena tem cinco anos, é filha única e está habituada a ter o que quer. Quando a mãe lhe diz que não a alguma coisa, grita, chama-lhe nomes, diz que vai fazer queixa ao pai e atira-se para o chão no meio da rua. O pai culpabiliza-se pela carga laboral excessiva e cede facilmente aos caprichos da filha. Francisco tem quadro anos, um irmão mais velho e dois irmãos gémeos mais novos. Mede sistematicamente forças com os pais e recusa-se a obedecer a pedidos simples como apanhar do chão os brinquedos ou as canetas que deixou cair. Estes são exemplos de crianças mimadas e difíceis que, segundo alguns especialistas, correm sério risco de se tornarem adolescentes tiranos e adultos profundamente egoístas.
O psicólogo espanhol Javier Urra, autor de ‘O Pequeno Ditador’, diz que “os erros na educação nos primeiros sete anos de vida de uma criança pagam-se posteriormente”. Este especialista refere também que as crises de crianças como a Madalena ou o Francisco são, regra geral, culpa dos pais.
Os especialistas, porém, dividem-se em relação ao comportamento dos mais novos. O professor Gomes Pedro, pediatra com largos anos de experiência e director do serviço de pediatria do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, em conjunto com a psicóloga Filipa Sobral realçaram ao CM que “a atribuição de um diagnóstico de criança rebelde ou ditadora é feita por adultos e, ainda por cima, com um cariz inequivocamente agressivo ou, pelo menos, negativo”. Referem ainda que “logo nas primeiras horas de vida é possível identificar se o bebé se consola melhor ou pior, se é mais ou menos difícil na sua capacidade de se organizar e como reage ao stress”.
Os pediatras, psicólogos, psiquiatras, educadores e terapeutas são unânimes quando sublinham que uma criança precisa de mimo, de atenção e de carinho. Mas discordam quanto a métodos educativos.
No seu manual, Javier Urra diz que os pais, “ao se preocuparem com a satisfação de qualquer capricho dos filhos, convertem-se em pais obedientes que preferem ser vistos como amigos e companheiros e não impõem regras com receio que os filhos sofram”.
Já o psiquiatra norte-americano Russel A. Barkley, com mais de vinte obras publicadas, acredita que muitas vezes as crianças sofrem desordens psicológicas e que isso se reflecte no seu comportamento mais ou menos rebelde.
O psiquiatra português Daniel Sampaio é contra a ideia do “pai camarada” e acredita que o ideal é existir a diferença de gerações.
Quanto às birras, Gomes Pedro frisa que elas existem e que são expressões normais do comportamento infantil.
COMPARAÇÃO PREJUDICA
Muitas vezes pais, avós, tios e amigos têm tendência para comparar o comportamento e a personalidade entre as crianças da família. No entanto, todos os pediatras e demais especialistas recordam que se deve respeitar a individualidade de cada criança e que dois irmãos gémeos podem ter personalidades completamente distintas e até opostas. Assim, não se deve comparar irmãos, primos e amigos, mesmo que sejam crianças de idades aproximadas.
Outra recomendação que os especialistas na matéria deixam é que os adultos têm obrigatoriamente de ter uma boa dose de paciência e de boa-disposição para brincar com os mais novos no final de um esgotante dia de trabalho e para acordarem cedo aos fins-de-semana sem resmungar. Os psicólogos acreditam também que é extremamente importante, não o tempo que os pais estão com os filhos, mas a forma como esse mesmo tempo é aproveitado.
ATITUDE DEPENDE DA EDUCAÇÃO
O facto de ser filho único contribui, ou não, para uma criança ser excessivamente mimada e eventualmente um adulto egoísta? As opiniões dividem-se. “Toda a criança deve ser mimada ao mesmo tempo que deve conhecer quais os seus limites. O desenvolvimento moral de cada criança, designadamente o desenvolvimento das suas atitudes de respeito, de confiança, de solidariedade e de tolerância, não tem a ver com o sexo ou com a ordem de nascimento. O desenvolvimento resulta da combinatória das características herdadas e da educação dentro de cada família”, esclarece o director do serviço de pediatria do Hospital de Santa Maria, Gomes Pedro.
CRIANÇA TIRANA É INTOLERANTE E VIVE EM FAMÍLIAS PEQUENAS
Os largos anos de trabalho com crianças e jovens permitem ao psicólogo clínico espanhol Francisco Javier Urra afirmar que, na maior parte das vezes, a culpa dos filhos serem rebeldes, malcriados, ditadores e excessivamente mimados é unicamente dos pais.
O psicólogo, que vem a Portugal promover a edição portuguesa do seu livro ‘O Pequeno Ditador – da Criança Mimada ao Adolescente Agressivo’ (Esfera dos Livros), não tem dúvidas de que, regra geral, a culpa é dos pais e dos educadores.
“Nos três primeiros anos de vida, a criança desenvolve os conceitos de emoção e sociabilidade. Cada dia, cada norma, cada exemplo revela-se fundamental. E na sociedade subsiste um conceito de permissividade. É o deixar fazer. Transmite-se aos mais novos que tudo vale a pena, em vez de tentar mostrar que existe uma diferença entre o bem e o mal”, explica em declarações ao CM.
Para Javier Urra, o facto de uma criança ser filha única, filha tardia ou ter uma grande diferença de idade dos irmãos, “facilita a que seja um pequeno ditador porque ou não tem irmãos com quem partilhar e discutir ou os irmãos são muito mais velhos e este acaba por ser sempre o benjamim”.
No seu livro, o psicólogo explica que a “geração dos filhos tiranos” nasceu em 1985 e que as famílias destas crianças já não são necessariamente o pai e a mãe na mesma casa, mas muitas vezes progenitores separados ou solteiros.
Javier Urra diz também que “a criança tirana vive em famílias pequenas, costuma ser intolerante, individualista, exigente de acção imediata, tendendo para o isolamento e para o hedonismo”.
COERÊNCIA ENTRE PAIS
Outra questão que se coloca quando se fala em educar uma criança, é o facto de muitas vezes o pai dizer uma coisa e a mãe outra.
“Isso não devia acontecer nunca, uma vez que em termos educativos deve existir coerência entre os pais, os avós, os tios...”, explica o psicólogo.
O livro de Javier Urra possui uma série de casos reais e também um índice adaptado à realidade portuguesa de Instituições e Associações de Interesse.
O clínico espanhol foi o primeiro provedor de Menores em Espanha e é patrono da UNICEF. Publicou ‘Pequeno Ditador’ no ano passado e já vendeu 180 mil exemplares.
MUDAR DE COMPORTAMENTO
O psiquiatra norte-americano Russell Barkley, especialista em crianças e adolescentes, defende que o comportamento das crianças ditadoras e rebeldes pode ser alterado. Em ‘Filhos Teimosos e Rebeldes’ (Estrela Polar) – recomendado pela Associação Portuguesa de Terapias Comportamental e Cognitiva –, que agora chega a Portugal, apresenta um método para reduzir os conflitos familiares. “Muitas crianças respondem bem a este método e não é impossível reeducar um filho”, afirmou ao CM Russell Barkley.
Ao contrário do espanhol Javier Urra, este psiquiatra diz que “o facto de uma criança ser filha única não tem implicações directas com o comportamento que possa vir a manifestar”. Contrariando ideias feitas, o especialista norte-americano não acusa os pais pela ditadura dos filhos: “Há uma combinação de factores para a criança ser desafiadora, entre eles desordens psicológicas e ambientes de stress.”
CONSELHOS ÚTEIS
ROTINA PRÓPRIA
Os bebés manifestam desde muito cedo as suas ‘manhas’ na hora de dormir. É essencial que um bebé tenha um ritmo estipulado, que se deite sempre à mesma hora e que durma na sua cama, excepto em períodos de doença ou má disposição. É que com poucos meses de vida, uma criança começa a adquirir o seu espaço e pode começar também a ditar as suas regras.
CULPABILIZAR-SE
Os pais não se devem culpabilizar pelo comportamento dos filhos, nem se isolarem com receio de birras ou manifestações públicas. “A Educação é uma base de vínculos e de afectos onde não há culpas”, recorda o professor Gomes Pedro.
CASTIGOS
Se decidir castigar uma criança deve explicar-lhe exactamente por que razão está a castigá-la e como deve proceder no futuro.
FALAR ALTO
Falar alto ou gritar com uma criança não ajuda. Deve antes valorizar-se as suas pequenas acções. Mostre-se contente quando o seu filho desempenha alguma tarefa, isso ajudá-lo-á a ganhar autonomia e confiança.
ESTEJA ATENTO
É essencial que os pais se informem, desde cedo, como é que as crianças se comportam em casa, no infantário e na escola e se tiverem dúvidas devem falar com o pediatra ou com o educador.
AMBIENTE TRANQUILO
Um lar harmonioso ajuda uma criança. Berros, cenas de violência ou discussões não são desejáveis.
CONVERSAR
Não ignore o seu filho. Converse sempre com ele, mesmo que ele seja um bebé de colo. A comunicação é um laço afectivo.
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É complicado, quem tem filhos sabe disso... Regra geral não cedemos aos caprichos da Rainha lá de casa, mas em certas ocasiões já cedemos...
Aprendi também que em lugares públicos, quando vejo uns pais a reprimirem uma criança, não fico a olhar, aliás ignoro.
Crianças precisam de mimo, atenção e carinho, mas cuidado com os caprichos
Os pequenos reis da casa
Madalena tem cinco anos, é filha única e está habituada a ter o que quer. Quando a mãe lhe diz que não a alguma coisa, grita, chama-lhe nomes, diz que vai fazer queixa ao pai e atira-se para o chão no meio da rua. O pai culpabiliza-se pela carga laboral excessiva e cede facilmente aos caprichos da filha. Francisco tem quadro anos, um irmão mais velho e dois irmãos gémeos mais novos. Mede sistematicamente forças com os pais e recusa-se a obedecer a pedidos simples como apanhar do chão os brinquedos ou as canetas que deixou cair. Estes são exemplos de crianças mimadas e difíceis que, segundo alguns especialistas, correm sério risco de se tornarem adolescentes tiranos e adultos profundamente egoístas.
O psicólogo espanhol Javier Urra, autor de ‘O Pequeno Ditador’, diz que “os erros na educação nos primeiros sete anos de vida de uma criança pagam-se posteriormente”. Este especialista refere também que as crises de crianças como a Madalena ou o Francisco são, regra geral, culpa dos pais.
Os especialistas, porém, dividem-se em relação ao comportamento dos mais novos. O professor Gomes Pedro, pediatra com largos anos de experiência e director do serviço de pediatria do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, em conjunto com a psicóloga Filipa Sobral realçaram ao CM que “a atribuição de um diagnóstico de criança rebelde ou ditadora é feita por adultos e, ainda por cima, com um cariz inequivocamente agressivo ou, pelo menos, negativo”. Referem ainda que “logo nas primeiras horas de vida é possível identificar se o bebé se consola melhor ou pior, se é mais ou menos difícil na sua capacidade de se organizar e como reage ao stress”.
Os pediatras, psicólogos, psiquiatras, educadores e terapeutas são unânimes quando sublinham que uma criança precisa de mimo, de atenção e de carinho. Mas discordam quanto a métodos educativos.
No seu manual, Javier Urra diz que os pais, “ao se preocuparem com a satisfação de qualquer capricho dos filhos, convertem-se em pais obedientes que preferem ser vistos como amigos e companheiros e não impõem regras com receio que os filhos sofram”.
Já o psiquiatra norte-americano Russel A. Barkley, com mais de vinte obras publicadas, acredita que muitas vezes as crianças sofrem desordens psicológicas e que isso se reflecte no seu comportamento mais ou menos rebelde.
O psiquiatra português Daniel Sampaio é contra a ideia do “pai camarada” e acredita que o ideal é existir a diferença de gerações.
Quanto às birras, Gomes Pedro frisa que elas existem e que são expressões normais do comportamento infantil.
COMPARAÇÃO PREJUDICA
Muitas vezes pais, avós, tios e amigos têm tendência para comparar o comportamento e a personalidade entre as crianças da família. No entanto, todos os pediatras e demais especialistas recordam que se deve respeitar a individualidade de cada criança e que dois irmãos gémeos podem ter personalidades completamente distintas e até opostas. Assim, não se deve comparar irmãos, primos e amigos, mesmo que sejam crianças de idades aproximadas.
Outra recomendação que os especialistas na matéria deixam é que os adultos têm obrigatoriamente de ter uma boa dose de paciência e de boa-disposição para brincar com os mais novos no final de um esgotante dia de trabalho e para acordarem cedo aos fins-de-semana sem resmungar. Os psicólogos acreditam também que é extremamente importante, não o tempo que os pais estão com os filhos, mas a forma como esse mesmo tempo é aproveitado.
ATITUDE DEPENDE DA EDUCAÇÃO
O facto de ser filho único contribui, ou não, para uma criança ser excessivamente mimada e eventualmente um adulto egoísta? As opiniões dividem-se. “Toda a criança deve ser mimada ao mesmo tempo que deve conhecer quais os seus limites. O desenvolvimento moral de cada criança, designadamente o desenvolvimento das suas atitudes de respeito, de confiança, de solidariedade e de tolerância, não tem a ver com o sexo ou com a ordem de nascimento. O desenvolvimento resulta da combinatória das características herdadas e da educação dentro de cada família”, esclarece o director do serviço de pediatria do Hospital de Santa Maria, Gomes Pedro.
CRIANÇA TIRANA É INTOLERANTE E VIVE EM FAMÍLIAS PEQUENAS
Os largos anos de trabalho com crianças e jovens permitem ao psicólogo clínico espanhol Francisco Javier Urra afirmar que, na maior parte das vezes, a culpa dos filhos serem rebeldes, malcriados, ditadores e excessivamente mimados é unicamente dos pais.
O psicólogo, que vem a Portugal promover a edição portuguesa do seu livro ‘O Pequeno Ditador – da Criança Mimada ao Adolescente Agressivo’ (Esfera dos Livros), não tem dúvidas de que, regra geral, a culpa é dos pais e dos educadores.
“Nos três primeiros anos de vida, a criança desenvolve os conceitos de emoção e sociabilidade. Cada dia, cada norma, cada exemplo revela-se fundamental. E na sociedade subsiste um conceito de permissividade. É o deixar fazer. Transmite-se aos mais novos que tudo vale a pena, em vez de tentar mostrar que existe uma diferença entre o bem e o mal”, explica em declarações ao CM.
Para Javier Urra, o facto de uma criança ser filha única, filha tardia ou ter uma grande diferença de idade dos irmãos, “facilita a que seja um pequeno ditador porque ou não tem irmãos com quem partilhar e discutir ou os irmãos são muito mais velhos e este acaba por ser sempre o benjamim”.
No seu livro, o psicólogo explica que a “geração dos filhos tiranos” nasceu em 1985 e que as famílias destas crianças já não são necessariamente o pai e a mãe na mesma casa, mas muitas vezes progenitores separados ou solteiros.
Javier Urra diz também que “a criança tirana vive em famílias pequenas, costuma ser intolerante, individualista, exigente de acção imediata, tendendo para o isolamento e para o hedonismo”.
COERÊNCIA ENTRE PAIS
Outra questão que se coloca quando se fala em educar uma criança, é o facto de muitas vezes o pai dizer uma coisa e a mãe outra.
“Isso não devia acontecer nunca, uma vez que em termos educativos deve existir coerência entre os pais, os avós, os tios...”, explica o psicólogo.
O livro de Javier Urra possui uma série de casos reais e também um índice adaptado à realidade portuguesa de Instituições e Associações de Interesse.
O clínico espanhol foi o primeiro provedor de Menores em Espanha e é patrono da UNICEF. Publicou ‘Pequeno Ditador’ no ano passado e já vendeu 180 mil exemplares.
MUDAR DE COMPORTAMENTO
O psiquiatra norte-americano Russell Barkley, especialista em crianças e adolescentes, defende que o comportamento das crianças ditadoras e rebeldes pode ser alterado. Em ‘Filhos Teimosos e Rebeldes’ (Estrela Polar) – recomendado pela Associação Portuguesa de Terapias Comportamental e Cognitiva –, que agora chega a Portugal, apresenta um método para reduzir os conflitos familiares. “Muitas crianças respondem bem a este método e não é impossível reeducar um filho”, afirmou ao CM Russell Barkley.
Ao contrário do espanhol Javier Urra, este psiquiatra diz que “o facto de uma criança ser filha única não tem implicações directas com o comportamento que possa vir a manifestar”. Contrariando ideias feitas, o especialista norte-americano não acusa os pais pela ditadura dos filhos: “Há uma combinação de factores para a criança ser desafiadora, entre eles desordens psicológicas e ambientes de stress.”
CONSELHOS ÚTEIS
ROTINA PRÓPRIA
Os bebés manifestam desde muito cedo as suas ‘manhas’ na hora de dormir. É essencial que um bebé tenha um ritmo estipulado, que se deite sempre à mesma hora e que durma na sua cama, excepto em períodos de doença ou má disposição. É que com poucos meses de vida, uma criança começa a adquirir o seu espaço e pode começar também a ditar as suas regras.
CULPABILIZAR-SE
Os pais não se devem culpabilizar pelo comportamento dos filhos, nem se isolarem com receio de birras ou manifestações públicas. “A Educação é uma base de vínculos e de afectos onde não há culpas”, recorda o professor Gomes Pedro.
CASTIGOS
Se decidir castigar uma criança deve explicar-lhe exactamente por que razão está a castigá-la e como deve proceder no futuro.
FALAR ALTO
Falar alto ou gritar com uma criança não ajuda. Deve antes valorizar-se as suas pequenas acções. Mostre-se contente quando o seu filho desempenha alguma tarefa, isso ajudá-lo-á a ganhar autonomia e confiança.
ESTEJA ATENTO
É essencial que os pais se informem, desde cedo, como é que as crianças se comportam em casa, no infantário e na escola e se tiverem dúvidas devem falar com o pediatra ou com o educador.
AMBIENTE TRANQUILO
Um lar harmonioso ajuda uma criança. Berros, cenas de violência ou discussões não são desejáveis.
CONVERSAR
Não ignore o seu filho. Converse sempre com ele, mesmo que ele seja um bebé de colo. A comunicação é um laço afectivo.
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É complicado, quem tem filhos sabe disso... Regra geral não cedemos aos caprichos da Rainha lá de casa, mas em certas ocasiões já cedemos...
Aprendi também que em lugares públicos, quando vejo uns pais a reprimirem uma criança, não fico a olhar, aliás ignoro.
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