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O pequeno Ditador

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    O pequeno Ditador

    http://www.correiodamanha.pt/noticia...anal=230&p=200

    Crianças precisam de mimo, atenção e carinho, mas cuidado com os caprichos
    Os pequenos reis da casa

    Madalena tem cinco anos, é filha única e está habituada a ter o que quer. Quando a mãe lhe diz que não a alguma coisa, grita, chama-lhe nomes, diz que vai fazer queixa ao pai e atira-se para o chão no meio da rua. O pai culpabiliza-se pela carga laboral excessiva e cede facilmente aos caprichos da filha. Francisco tem quadro anos, um irmão mais velho e dois irmãos gémeos mais novos. Mede sistematicamente forças com os pais e recusa-se a obedecer a pedidos simples como apanhar do chão os brinquedos ou as canetas que deixou cair. Estes são exemplos de crianças mimadas e difíceis que, segundo alguns especialistas, correm sério risco de se tornarem adolescentes tiranos e adultos profundamente egoístas.

    O psicólogo espanhol Javier Urra, autor de ‘O Pequeno Ditador’, diz que “os erros na educação nos primeiros sete anos de vida de uma criança pagam-se posteriormente”. Este especialista refere também que as crises de crianças como a Madalena ou o Francisco são, regra geral, culpa dos pais.

    Os especialistas, porém, dividem-se em relação ao comportamento dos mais novos. O professor Gomes Pedro, pediatra com largos anos de experiência e director do serviço de pediatria do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, em conjunto com a psicóloga Filipa Sobral realçaram ao CM que “a atribuição de um diagnóstico de criança rebelde ou ditadora é feita por adultos e, ainda por cima, com um cariz inequivocamente agressivo ou, pelo menos, negativo”. Referem ainda que “logo nas primeiras horas de vida é possível identificar se o bebé se consola melhor ou pior, se é mais ou menos difícil na sua capacidade de se organizar e como reage ao stress”.

    Os pediatras, psicólogos, psiquiatras, educadores e terapeutas são unânimes quando sublinham que uma criança precisa de mimo, de atenção e de carinho. Mas discordam quanto a métodos educativos.

    No seu manual, Javier Urra diz que os pais, “ao se preocuparem com a satisfação de qualquer capricho dos filhos, convertem-se em pais obedientes que preferem ser vistos como amigos e companheiros e não impõem regras com receio que os filhos sofram”.

    Já o psiquiatra norte-americano Russel A. Barkley, com mais de vinte obras publicadas, acredita que muitas vezes as crianças sofrem desordens psicológicas e que isso se reflecte no seu comportamento mais ou menos rebelde.

    O psiquiatra português Daniel Sampaio é contra a ideia do “pai camarada” e acredita que o ideal é existir a diferença de gerações.

    Quanto às birras, Gomes Pedro frisa que elas existem e que são expressões normais do comportamento infantil.

    COMPARAÇÃO PREJUDICA

    Muitas vezes pais, avós, tios e amigos têm tendência para comparar o comportamento e a personalidade entre as crianças da família. No entanto, todos os pediatras e demais especialistas recordam que se deve respeitar a individualidade de cada criança e que dois irmãos gémeos podem ter personalidades completamente distintas e até opostas. Assim, não se deve comparar irmãos, primos e amigos, mesmo que sejam crianças de idades aproximadas.

    Outra recomendação que os especialistas na matéria deixam é que os adultos têm obrigatoriamente de ter uma boa dose de paciência e de boa-disposição para brincar com os mais novos no final de um esgotante dia de trabalho e para acordarem cedo aos fins-de-semana sem resmungar. Os psicólogos acreditam também que é extremamente importante, não o tempo que os pais estão com os filhos, mas a forma como esse mesmo tempo é aproveitado.

    ATITUDE DEPENDE DA EDUCAÇÃO

    O facto de ser filho único contribui, ou não, para uma criança ser excessivamente mimada e eventualmente um adulto egoísta? As opiniões dividem-se. “Toda a criança deve ser mimada ao mesmo tempo que deve conhecer quais os seus limites. O desenvolvimento moral de cada criança, designadamente o desenvolvimento das suas atitudes de respeito, de confiança, de solidariedade e de tolerância, não tem a ver com o sexo ou com a ordem de nascimento. O desenvolvimento resulta da combinatória das características herdadas e da educação dentro de cada família”, esclarece o director do serviço de pediatria do Hospital de Santa Maria, Gomes Pedro.

    CRIANÇA TIRANA É INTOLERANTE E VIVE EM FAMÍLIAS PEQUENAS

    Os largos anos de trabalho com crianças e jovens permitem ao psicólogo clínico espanhol Francisco Javier Urra afirmar que, na maior parte das vezes, a culpa dos filhos serem rebeldes, malcriados, ditadores e excessivamente mimados é unicamente dos pais.

    O psicólogo, que vem a Portugal promover a edição portuguesa do seu livro ‘O Pequeno Ditador – da Criança Mimada ao Adolescente Agressivo’ (Esfera dos Livros), não tem dúvidas de que, regra geral, a culpa é dos pais e dos educadores.

    “Nos três primeiros anos de vida, a criança desenvolve os conceitos de emoção e sociabilidade. Cada dia, cada norma, cada exemplo revela-se fundamental. E na sociedade subsiste um conceito de permissividade. É o deixar fazer. Transmite-se aos mais novos que tudo vale a pena, em vez de tentar mostrar que existe uma diferença entre o bem e o mal”, explica em declarações ao CM.

    Para Javier Urra, o facto de uma criança ser filha única, filha tardia ou ter uma grande diferença de idade dos irmãos, “facilita a que seja um pequeno ditador porque ou não tem irmãos com quem partilhar e discutir ou os irmãos são muito mais velhos e este acaba por ser sempre o benjamim”.

    No seu livro, o psicólogo explica que a “geração dos filhos tiranos” nasceu em 1985 e que as famílias destas crianças já não são necessariamente o pai e a mãe na mesma casa, mas muitas vezes progenitores separados ou solteiros.

    Javier Urra diz também que “a criança tirana vive em famílias pequenas, costuma ser intolerante, individualista, exigente de acção imediata, tendendo para o isolamento e para o hedonismo”.

    COERÊNCIA ENTRE PAIS

    Outra questão que se coloca quando se fala em educar uma criança, é o facto de muitas vezes o pai dizer uma coisa e a mãe outra.

    “Isso não devia acontecer nunca, uma vez que em termos educativos deve existir coerência entre os pais, os avós, os tios...”, explica o psicólogo.

    O livro de Javier Urra possui uma série de casos reais e também um índice adaptado à realidade portuguesa de Instituições e Associações de Interesse.

    O clínico espanhol foi o primeiro provedor de Menores em Espanha e é patrono da UNICEF. Publicou ‘Pequeno Ditador’ no ano passado e já vendeu 180 mil exemplares.

    MUDAR DE COMPORTAMENTO

    O psiquiatra norte-americano Russell Barkley, especialista em crianças e adolescentes, defende que o comportamento das crianças ditadoras e rebeldes pode ser alterado. Em ‘Filhos Teimosos e Rebeldes’ (Estrela Polar) – recomendado pela Associação Portuguesa de Terapias Comportamental e Cognitiva –, que agora chega a Portugal, apresenta um método para reduzir os conflitos familiares. “Muitas crianças respondem bem a este método e não é impossível reeducar um filho”, afirmou ao CM Russell Barkley.

    Ao contrário do espanhol Javier Urra, este psiquiatra diz que “o facto de uma criança ser filha única não tem implicações directas com o comportamento que possa vir a manifestar”. Contrariando ideias feitas, o especialista norte-americano não acusa os pais pela ditadura dos filhos: “Há uma combinação de factores para a criança ser desafiadora, entre eles desordens psicológicas e ambientes de stress.”

    CONSELHOS ÚTEIS

    ROTINA PRÓPRIA

    Os bebés manifestam desde muito cedo as suas ‘manhas’ na hora de dormir. É essencial que um bebé tenha um ritmo estipulado, que se deite sempre à mesma hora e que durma na sua cama, excepto em períodos de doença ou má disposição. É que com poucos meses de vida, uma criança começa a adquirir o seu espaço e pode começar também a ditar as suas regras.

    CULPABILIZAR-SE

    Os pais não se devem culpabilizar pelo comportamento dos filhos, nem se isolarem com receio de birras ou manifestações públicas. “A Educação é uma base de vínculos e de afectos onde não há culpas”, recorda o professor Gomes Pedro.

    CASTIGOS

    Se decidir castigar uma criança deve explicar-lhe exactamente por que razão está a castigá-la e como deve proceder no futuro.

    FALAR ALTO

    Falar alto ou gritar com uma criança não ajuda. Deve antes valorizar-se as suas pequenas acções. Mostre-se contente quando o seu filho desempenha alguma tarefa, isso ajudá-lo-á a ganhar autonomia e confiança.

    ESTEJA ATENTO

    É essencial que os pais se informem, desde cedo, como é que as crianças se comportam em casa, no infantário e na escola e se tiverem dúvidas devem falar com o pediatra ou com o educador.

    AMBIENTE TRANQUILO

    Um lar harmonioso ajuda uma criança. Berros, cenas de violência ou discussões não são desejáveis.

    CONVERSAR

    Não ignore o seu filho. Converse sempre com ele, mesmo que ele seja um bebé de colo. A comunicação é um laço afectivo.

    --------------------------

    É complicado, quem tem filhos sabe disso... Regra geral não cedemos aos caprichos da Rainha lá de casa, mas em certas ocasiões já cedemos...

    Aprendi também que em lugares públicos, quando vejo uns pais a reprimirem uma criança, não fico a olhar, aliás ignoro.

    #2
    Nada que um bom tabefe não resolva. heheheh
    Editado pela última vez por SilverArrow; 28 February 2007, 11:22. Razão: tabefe e não babefe

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por SilverArrow Ver Post
      Nada que um bom babefe não resolva. heheheh
      Se o babefe nao resultar, sempre se pode tar um tabefe...

      Comentário


        #4
        Com a minha filha cheguei á conclusão que nem com 'babefe' nem tabefe (pura e simplesmente não resultava).
        O que faço é quando faz asneiras explico-lhe que está mal e ponho-a a pensar no seu quarto uns 5 ou 10 minutos(sem fechar porta), é remédio santo.

        Comentário


          #5
          uma coisa que me fez impressão foi ver um pai a dar um tabefe na filha num supermercado porque a miúda agarrou em qualquer coisa doce e escondeu...acho que resultava mais tirar-lhe aquilo da mão e explicar-lhe com calma que não se deve fazer..

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por Peacelove Ver Post
            uma coisa que me fez impressão foi ver um pai a dar um tabefe na filha num supermercado porque a miúda agarrou em qualquer coisa doce e escondeu...acho que resultava mais tirar-lhe aquilo da mão e explicar-lhe com calma que não se deve fazer..
            Mas se calhar já há reincidências...

            É muito fácil julgar sem saber os antecedentes...

            Comentário


              #7
              É complicado mas não sou contra o tabefe ( a minha mulher é). O meu tem 10 meses e ontem levou uma palmada no rabo e ficou ofendido a fazer a beicinha.

              O artista estava a tentar arrancar o pedal do piano. Eu já o avisei várias vezes. Até porque antes de lá mexer olha para ver se eu lhe digo alguma coisa…

              De resto à noite chora sempre e não quer dormir. Ao fim de 5 minutos a chorar, cai para o lado e q nem um anginho. Se lhe pegar ao colo, ando ali até tarde e o puto não dorme.

              Acho que devemos seguir o nosso instinto e acima de tudo felicita-los qd fazem bem e repreender qd fazem merd.a. Só assim ficam preparados para a vida.

              Lógico, os avós ficam escandalizados qd eu mando um par de berros a um bebé de 10 meses. Mas eu que lido com ele todos os dias e sobretudo: eu é q mando e não ele.


              Ok admito: o puto manda lá em casa em termos práticos

              Comentário


                #8
                Os meus não trem essa veleidade.
                Pedem como qualquer criança, mas quand digo não é não e ponto final.

                Comentário


                  #9
                  Só tenho a agradecer por este interessante tópico.

                  Tenho um filhote de 9 meses (quase 10) e muitas perguntas me vêm ultimamente à cabeça.

                  Sobre dar chapadas...

                  Não quero ir por aí.. lembro-me de como ficava a odiar o meu pai ou a minha mãe quando raramente levava um tabefe e mais tarde uma chapada na cara, não imagino isso sistematicamente. Não dará azo a Futuras relações amor-ódio?

                  Por causa disso tive mais tarde uma discussão tal com o meu pai que acabou quase a porrada à homem... e isso nunca mais esquecemos. Senti-me mesmo mal e ele também.

                  Muitos dos nossos comportamentos agressivos vêm dessa revolta e vontade de vingança.

                  Sou pai há pouco tempo mas penso que tem que haver uma hierarquia e o sentido de "negociação" ou seja para ter o objectivo X tem que se cumprir a regra Y e K etc... não cumpre as regras da casa não tem o que deseja.

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por Jorge Correia Ver Post
                    Só tenho a agradecer por este interessante tópico.

                    Tenho um filhote de 9 meses (quase 10) e muitas perguntas me vêm ultimamente à cabeça.

                    Sobre dar chapadas...

                    Não quero ir por aí.. lembro-me de como ficava a odiar o meu pai ou a minha mãe quando raramente levava um tabefe e mais tarde uma chapada na cara, não imagino isso sistematicamente. Não dará azo a Futuras relações amor-ódio?

                    Por causa disso tive mais tarde uma discussão tal com o meu pai que acabou quase a porrada à homem... e isso nunca mais esquecemos. Senti-me mesmo mal e ele também.

                    Muitos dos nossos comportamentos agressivos vêm dessa revolta e vontade de vingança.

                    Sou pai há pouco tempo mas penso que tem que haver uma hierarquia e o sentido de "negociação" ou seja para ter o objectivo X tem que se cumprir a regra Y e K etc... não cumpre as regras da casa não tem o que deseja.
                    Claro que depende do "tabefe". Não é andar a porrada ao puto por tudo e por nada.

                    Mas eu quando era puto apanhei uma ou duas vezes e olhando para trás dá para ver que eles (pais) até tinham razão!

                    Comentário


                      #11
                      Devem ser os tais fedelhos-indigo, perdão, crianças de luz ou qualquer coisa parecida...

                      Comentário


                        #12
                        Amar também é saber dizer não.

                        Comentário


                          #13
                          Com a minha filha de 15 meses reconheço que às vezes cedo, mas muitas vezes digo não e mostro-lhe a mão... Fica a chorar e depois pára.

                          Brinquedos não tem muitos, porque muitas vezes ela quer e depois chega a casa e já não liga. Por isso teve brinquedos novos nos anos e no Natal.

                          Para dormir, é ela que pede para dormir...

                          Mas é complicado.

                          Comentário


                            #14
                            apenas por curiosidade ontem, pela rádio, ouvi parte de uma notícia em que uns juízes portugueses redigiram num acordão que não dar uns "tabefes" de vez em quando pode ser encarado como negligência na educação familiar ao que a UE vinha dizer que o tal acordão está contra os direitos da criança/homem (?).
                            Alguém ouviu algo semelhante?

                            Comentário


                              #15
                              Eu sou precisamente da opinião de que uma bofetada na hora certa pode evitar muitos problemas futuros.

                              Eu levei, e só acho que me fizeram bem. Diz a minha mãe que felizmente nunca fui de fazer birra, se é não, é não e acabou. Sempre mantive essa forma de aceitar as coisas. Mas acho que foi mesmo da educação e da forma como as coisas me eram explicadas. Quando fazia asneiras, levava.

                              A verdade é que hoje no meu grupo de amigos/conhecidos, sei identificar aqueles que não levaram umas estaladas e estavam habituados a fazerem-lhes as vontadinhas todas quando eram putos. São maioritariamente raparigas, e tornam-se extremamente estúpidas e irritantes.

                              Com 20 anos não sabem ouvir um não, ou nem sequer uma opinião contraria à delas, amuam, e ficam todas inchadas se dizem "vamos a Aveiro" e eu digo "apetece-me ir à Torreira" nem é preciso ir, basta dar a opinião, já está a tenda armada. Para mim isto é culpa da educação que teve.

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por Tubular Bells Ver Post
                                ou nem sequer uma opinião contraria à delas, amuam, e ficam todas inchadas se dizem "vamos a Aveiro" e eu digo "apetece-me ir à Torreira" nem é preciso ir, basta dar a opinião, já está a tenda armada.
                                Nem sabes como te entendo...

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por crossroads Ver Post
                                  apenas por curiosidade ontem, pela rádio, ouvi parte de uma notícia em que uns juízes portugueses redigiram num acordão que não dar uns "tabefes" de vez em quando pode ser encarado como negligência na educação familiar ao que a UE vinha dizer que o tal acordão está contra os direitos da criança/homem (?).
                                  Alguém ouviu algo semelhante?
                                  O Supremo Tribunal efectivamente há algum tempo redigiu um acordão desse tipo, o que foi um escândalo à altura em Portugal. E agora a "todo-poderosa" UE vem dizer que não deveria haver esse tipo de acordãos. Só falta Portugal apanhar com uma multa...

                                  Pessoalmente sou a favor de aplicar uma reprimenda na altura certa. Essa reprimenda pode ser um tabefe (e às vezes, basta ser um "aconchegar" com a mão, e não força bruta), mas também pode ser um claro "não". Mas se se diz "não" agora, não se pode dizer "sim" 2 minutos depois. Porque aí, lá se vai a autoridade dos pais.

                                  O que me irrita, são os pais que deixam fazer tudo aos meninos, e que no momento nem um "não" sabem dizer, por os meninos ficarem "traumatizados". Quantas vezes já vi crianças em supermercados (por exemplo) deitadas no chão com birras e os pais nada fazem...?

                                  Esta discussão levaria depois a teorizar sobre a educação e postura dos miúdos nas escolas, mas isso já é outro assunto.

                                  PS: Tenho 1 filha com 7 anos e 1 filho com 3 anos.

                                  João Rodrigues

                                  Comentário


                                    #18
                                    Eu sou da opinião de que cada caso é um caso, e não há muito a generalizar!



                                    os putos podem ser terriveis ou não, motivados por factores externos ou não, serem geneticamente mais propicios a serem uns "reguilhas" ou não......

                                    Comentário


                                      #19
                                      A autoridade não tem a ver com tabefes. É uma atenção constante e intervenção na hora.

                                      Se a intervenção leva ao tabefe ou não, tanto me faz. Não critico.

                                      Penso que o papel de um pai é difícil e não é qualquer um que o pode desempenhar. Deveria ter-se uma licença especial.

                                      Ainda ontem veio nas notícias um puto no UK com 8 anos e com 80kg. Come que nem uma besta, não faz exercício e não está interessado. Parece que come um snack de 20 em 20 min.

                                      Conclusão, as autoridades querem tirar o filho da custódia dos pais, pois a seguir esta conduta, a criança irá sofrer danos irreversíveis. Já tem diabetes...

                                      E isto leva-nos a meditar de que a educação de uma criança cabe principalmente aos pais, mas é algo que a sociedade tem de intervir, ou seja, diz respeito a nós todos. Seja por questões de saúde pública, seja nos desvios comportamentais que nos irão afectar a todos.

                                      É por isso, que quando num restaurante, hipermercado ou coisa dessas, vejo um puto a levar umas palmadinhas no rabo para ver se fica calmo, tem a minha implícita aprovação.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por Jorge Correia Ver Post
                                        Só tenho a agradecer por este interessante tópico.

                                        Tenho um filhote de 9 meses (quase 10) e muitas perguntas me vêm ultimamente à cabeça.

                                        Sobre dar chapadas...

                                        Não quero ir por aí.. lembro-me de como ficava a odiar o meu pai ou a minha mãe quando raramente levava um tabefe e mais tarde uma chapada na cara, não imagino isso sistematicamente. Não dará azo a Futuras relações amor-ódio?

                                        Por causa disso tive mais tarde uma discussão tal com o meu pai que acabou quase a porrada à homem... e isso nunca mais esquecemos. Senti-me mesmo mal e ele também.

                                        Muitos dos nossos comportamentos agressivos vêm dessa revolta e vontade de vingança.

                                        Sou pai há pouco tempo mas penso que tem que haver uma hierarquia e o sentido de "negociação" ou seja para ter o objectivo X tem que se cumprir a regra Y e K etc... não cumpre as regras da casa não tem o que deseja.
                                        Bofetada, por muita vontade que as vezes tenhas não, mas uma boa palmada nos "cueiros" faz o mesmo efeito e sem a humilhação que tu dizes que sentiste.

                                        Não deves tambem (e isto é a minha opniao de pai de uma castiça de 8 anos e irmão mais velho de outros 3) fazer cumprir as regras na optica do prémio .... corres o risco de chegar ao ponto em que só com prémios "impossiveis" consegues resultados, as regras cumprem-se porque são regras, se todos as cumprirem as coisas correm bem e se calhar até á premios para todos. Este tem sido o meu método e teho tidos optimos resultados...
                                        Editado pela última vez por koluirty; 28 February 2007, 12:10. Razão: Não reparei nos "objectivos"

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                                          #21
                                          O meu sobrinho infelizmente é muito mimado e faz as birras todas para ter aquilo que quer e têm dez anos é mesmo um puto mimado chora se não têm aquilo que quer, enfim os culpados foram os pais agora com dez anos nunca mais aprende.

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                                            #22
                                            Originalmente Colocado por Carlos.L Ver Post
                                            A autoridade não tem a ver com tabefes. É uma atenção constante e intervenção na hora.

                                            Se a intervenção leva ao tabefe ou não, tanto me faz. Não critico.

                                            Penso que o papel de um pai é difícil e não é qualquer um que o pode desempenhar. Deveria ter-se uma licença especial.

                                            Ainda ontem veio nas notícias um puto no UK com 8 anos e com 80kg. Come que nem uma besta, não faz exercício e não está interessado. Parece que come um snack de 20 em 20 min.

                                            Conclusão, as autoridades querem tirar o filho da custódia dos pais, pois a seguir esta conduta, a criança irá sofrer danos irreversíveis. Já tem diabetes...

                                            E isto leva-nos a meditar de que a educação de uma criança cabe principalmente aos pais, mas é algo que a sociedade tem de intervir, ou seja, diz respeito a nós todos. Seja por questões de saúde pública, seja nos desvios comportamentais que nos irão afectar a todos.

                                            É por isso, que quando num restaurante, hipermercado ou coisa dessas, vejo um puto a levar umas palmadinhas no rabo para ver se fica calmo, tem a minha implícita aprovação.
                                            Não é que concordo com um Liberal

                                            Há que incutir responsabilidade. A educação é um processo longo e basta um erro para acabar com tudo.

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                                              #23
                                              Nós não tirámos nenhum curso para ser pais e certamente por vezes erramos na educação dos nossos filhos (errar é humano)... mas impor uma certa autoridade e ter mão firme (não é NÂO!!!) ou uma palmada de vez em quando nunca traumatizaram nenhum de nós em miúdos... não aprendemos a ser pais (...antes de o ser, logicamente), mas como já passámos pelo papel de filhos poderemos tirar partido disso!

                                              Comentário


                                                #24
                                                Originalmente Colocado por crossroads Ver Post
                                                Nem sabes como te entendo...
                                                eu tambem entendo!

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por koluirty Ver Post
                                                  Bofetada, por muita vontade que as vezes tenhas não, mas uma boa palmada nos "cueiros" faz o mesmo efeito e sem a humilhação que tu dizes que sentiste.

                                                  Não deves tambem (e isto é a minha opniao de pai de uma castiça de 8 anos e irmão mais velho de outros 3) fazer cumprir as regras na optica do prémio .... corres o risco de chegar ao ponto em que só com prémios "impossiveis" consegues resultados, as regras cumprem-se porque são regras, se todos as cumprirem as coisas correm bem e se calhar até á premios para todos. Este tem sido o meu método e teho tidos optimos resultados...
                                                  Isso concordo uma boa palmada nos "cueiros" na hora certa, o que sinceramente nao acho aprovavel e a chapada na cara em bebes ou criancas.

                                                  A questao do premio esta certa e agradeco estes conselhos para posterior aplicacao.

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                                                    #26
                                                    ... também concordo com a opção do prémio!!!

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por zerorpm Ver Post
                                                      Não é que concordo com um Liberal

                                                      Há que incutir responsabilidade. A educação é um processo longo e basta um erro para acabar com tudo.
                                                      Já te disse que Liberal é a tia.

                                                      Se as pessoas têm medo de errar, então esse é o seu problema.

                                                      Lembro-me da minha mãe, como profissional de Saúde e como Mãe, uma vez dar um conselho a alguém que inclusivé tinha em casa o livro do Dr. Spock e que mesmo assim as coisas estavam a falhar: Que numa situação de emergência pegasse no livro (que é grosso, por sinal) e o mandasse à cabeça da adorável criancinha. Era o melhor uso a dar ao livro.

                                                      As pessoas são tão complicadas...

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Eu estive á beira de ser uma pequena ditadora...

                                                        Mas o meu pai (que nunca me bateu), bastava fazer-me um olhar que eu punha-me em sentido eheh

                                                        Ja ca minha mae foi diferente, sempre fiz mta birra, esperneava e tudo, nao para ter o que queria (ate pq sabia q nao tinhamos posses para isso), mas para nao fazer o que nao gostava.. E la me safava (com mto berro e mto escandalo :S)

                                                        Qd for mae a minha filha n será como eu n! Ai de...

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por Jorge Correia Ver Post
                                                          Só tenho a agradecer por este interessante tópico.

                                                          Tenho um filhote de 9 meses (quase 10) e muitas perguntas me vêm ultimamente à cabeça.

                                                          Sobre dar chapadas...

                                                          Não quero ir por aí.. lembro-me de como ficava a odiar o meu pai ou a minha mãe quando raramente levava um tabefe e mais tarde uma chapada na cara, não imagino isso sistematicamente. Não dará azo a Futuras relações amor-ódio?

                                                          Por causa disso tive mais tarde uma discussão tal com o meu pai que acabou quase a porrada à homem... e isso nunca mais esquecemos. Senti-me mesmo mal e ele também.

                                                          Muitos dos nossos comportamentos agressivos vêm dessa revolta e vontade de vingança.

                                                          Sou pai há pouco tempo mas penso que tem que haver uma hierarquia e o sentido de "negociação" ou seja para ter o objectivo X tem que se cumprir a regra Y e K etc... não cumpre as regras da casa não tem o que deseja.

                                                          Também levei os meus tabefezitos e não me fizeram mal nenhum... bem pelo contrário! Contudo, como é óbvio, sou contra a violência desproporcionada ou até gratuita.
                                                          Todas as crianças são diferentes: a umas basta um ralhete (às vezes um simples olhar) a outras é preciso uma ameaça mais séria.


                                                          Lembro-me de um primo meu que levava porrada até mais não. No entanto continuava sempre na dele e levava a melhor. Naquele caso o castigo físico era objectivamente desajustado pois, na ideia dele, compensava perfeitamente: levava porrada, mas ninguém o impedia de gozar o "proveito" das suas malandrices. Teria sido muito mais eficaz os pais imporem-se mais sancioná-lo de outra maneira.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Não é não e eles têm de aprender desde pequenos o seu significado.
                                                            Como já disseram, uma palmada na hora certa faz milagres e não mata ninguém. Há quem nao goste.
                                                            Para mim é inadmissivel que o puto faça um berreiro num sitio qualquer, e eu nao possa chamar a atenção do meu filho sem que alguem me olhe de lado.

                                                            Tinha ele pouco mais de um ano, ainda mal andava, e lembrou-se de fazer uma birra das grossas em pleno supermeracdo pq queria um brinquedo qualquer. acreditem que o berreiro foi tanto que perdi a cabeça e lhe dei duas valentes palmadas no rabo e o enfiei no carro. Por azar houve uma senhora que me chamou á atençao que eu nao o devia ter feito pq a criança só estava a exprimir a sua vontade e nao era legal eu estar a bater-lhe pq ela podia chamar a policia.
                                                            Vocês nao estão bem a ver a situação, sabado á tarde no continente do C. Vasco da Gama cheio de gente e o raio da velha com ar de beata a dar-me lições de como educar o meu filho. A primeira coisa que fiz foi perguntar-lhe se tinha filhos, respondeu-me que era casada com Deus. Azar o dela. só sei que o meu marido teve de me tirar dali pq eu estava capaz de bater na velha. Eu e mais umas quantas mães e pais.

                                                            Eles são uns diabinhos em ponto pequeno. E nós também o fomos. Dizem que quando somos pais pagamos por aquilo que fizemos. Azar o meu

                                                            Comentário

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