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    SAD's, Bolsa e OPA's

    Acções dos clubes são um investimento passional, mas a blindagem das SAD afasta os investidores. Esta semana é a vez de o Benfica entrar em bolsa.

    Para o accionista típico, uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) é o melhor que poderia acontecer, porque tende a valorizar as suas acções. Mas no caso das SAD, o investidor é também adepto, e treme só de pensar em ver o seu clube nas mãos de um investidor financeiro. Este é apenas mais um dos paradoxos do investimento nos clubes cotados, que obedecem a regras bem diferentes daquelas que ditam a evolução das empresas “normais”.

    Na prática, uma compra é praticamente a única forma de fazer dinheiro, de forma relevante, com as acções de um clube. Isto porque qualquer interessado terá, como em qualquer empresa, de pagar acima dos preços de mercado para ter ambições de sucesso numa OPA. No entanto, e devido sobretudo à natureza específica das SAD e à sua grande ligação aos respectivos clubes de futebol, as três maiores SAD nacionais estão praticamente “blindadas” contra este tipo de operações. Isto quer dizer que desaparece um dos maiores atractivos para fazer um investimento. Esta política, por um lado, agrada ao adepto mas, por outro, afasta investidores meramente financeiros.

    A SAD do Futebol Clube do Porto (FCP) é aquela que, aparentemente, está mais exposta a uma OPA, porque não detém, directa ou indirectamente, a maioria do capital. Na verdade, o clube detém 40% da SAD, juntando-se mais 1,07% nas mãos de vários administradores, sobretudo Jorge Nuno Pinto da Costa. Seguem-se os espanhóis da Chamartin, que adquiriram uma participação de 18% através da compra da Amorim Imobiliária, que a detinha. Os restantes accionistas qualificados são António Oliveira, antigo jogador do Porto e também seleccionador nacional, com 11%, e o irmão Joaquim Oliveira, dono da Olivedesportos, com 10%. Apesar de o clube não ter a maioria do capital, as acções por si detidas têm direitos especiais de veto em algumas situações, o que significa que, mesmo que alguém comprasse os restantes 60%, ficaria com um poder debilitado, porque o clube poderia bloquear medidas como a simples alteração de estatutos.

    Benfica e Sporting são casos mais evidentes. O clube da Luz detém 51% da SAD e assim se pretende manter, enquanto o rival de Alvalade está na posse de mais de 78% do capital.

    Estas estruturas accionistas blindadas impedem os accionistas de poderem beneficiar de ganhos resultantes de uma OPA, tal como tem acontecido recentemente com clubes ingleses, como os “gigantes” Manchester United e Liverpool, adquiridos por empresários norte-americanos.

    Poucas acções para negociar

    Por outro lado, tanto capital concentrado nas mãos dos clubes reduz o número de acções disponível para negociação. Este fenómeno dá maior volatilidade aos títulos e também contribui para afastar investidores financeiros, porque um papel pouco líquido não lhes dá a garantia de poderem sair facilmente do título.

    Analisando o comportamento das acções de Porto e Sporting esta temporada, regista-se alguma correlação com os resultados desportivos, sobretudo em momentos sensíveis da época. “Quando há derrotas surpreendentes ou um maior entusiasmo dos adeptos, na segunda-feira de manhã recebemos alguns telefonemas de clientes” para negociar acções das SAD, afirmou ao DE um operador, que admite o fraco interesse dos investidores que apostam noutros títulos, numa óptica financeira.

    A ‘performance’ nas provas europeias, com reflexo económico, são disso exemplo, mas também momentos em que está em disputa o título. Após o último empate do FC Porto em Paços de Ferreira, que permitiu ao Sporting ficar apenas a um ponto do rival, as acções da Porto SAD chegaram a perder 4%, embora acabassem por recuperar. Em sentido inverso, o Sporting esteve boa parte da sessão a subir mais de 2%.

    A verdade é que, face aos 5 euros a que as acções foram vendidas, poucas hipóteses surgiram para fazer um lucro. Tanto Sporting como Porto chegaram a negociar claramente acima dos 5 euros iniciais, sobretudo em momentos de grandes conquistas em campo. Só o carácter emocional explica que, não dando o título de campeão nacional qualquer receita directa, as cotações tendam a disparar com essas vitórias. Quem comprou no início e mantém a carteira intacta, está a perder, só pelo efeito das cotações, perto de 50% do investimento.


    Fonte: DiarioEconomico

    #2
    POr acaso...será possível (sempre na teoria) o Porto comprar o Benfica, ou vice-versa?

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por Real Ver Post
      POr acaso...será possível (sempre na teoria) o Porto comprar o Benfica, ou vice-versa?
      O SLB comprar o FCP sim, pois o clube só tem 40% das acções da SAD, o que permitiria o SLB assumir a gestão.
      O contrario não seria possivel pois o Benfica tem 51% da SAD, inviabilizando assim a tomada do controlo por parte do comprador.

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