Há por ai um tópico sobre a Natalidade, que servirá para se compreender a flata de politica e motiviação para que a natalidade aumente em Portugal.
Hoje está a ser divulgado um estudo sobre a nossa população, Portugal figurar entre os pais do mundo onde a população é das mais envelhecidas.
Contudo o artigo que vou colocar contrasta com o que se vive ao nível da saude e na formação de novos médicos.
Com média de entrada elevadas, com escassez de clinicos em determinadas especialidade e deparamo-nos com isto:
Hoje está a ser divulgado um estudo sobre a nossa população, Portugal figurar entre os pais do mundo onde a população é das mais envelhecidas.
Contudo o artigo que vou colocar contrasta com o que se vive ao nível da saude e na formação de novos médicos.
Com média de entrada elevadas, com escassez de clinicos em determinadas especialidade e deparamo-nos com isto:
O SNS poderá vir a ter sérios problemas a partir de 2013 devido à idade avançada dos médicos em algumas especialidades. Esta é uma das conclusões do estudo coordenado por Paula Santana, «Recursos Humanos no Serviço Nacional de Saúde», que avalia o período entre 2002 e 2005.
Paula Alexandra Almeida - in Primeiro Janeiro)
Apesar de previsivelmente até 2011 não se verificarem problemas adicionais aos já existentes, relativamente aos médicos de Medicina Geral e Familiar, a partir de 2013 a geração dos 50-54 anos começa a atingir o limite de idade, sendo que este grupo representa hoje 2.729 médicos (40 por cento dos efectivos).
Efectivamente, de acordo com as conclusões do estudo realizado pelo Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Coimbra sob coordenação de Paula Santana, em 2005 “o grupo de idades mais representativa era a dos 50-54 anos, seguida do dos 45-49 anos”. No entanto, apesar de entre 2002 e 2005 ter aumentado o número de médicos com idades entre os 50-54 anos (em 2002 a classe mais expressiva era a dos 45-49 anos), o número de médicos com idade inferior a 29 anos diminuiu.
O estudo registou também uma acentuada feminização da profissão médica “verificando-se maior peso dos profissionais de sexo feminino, sobretudo nos Cuidados de Saúde Primários (CSP), tendo-se acentuado entre 2002 e 2005, e sendo mais evidente em idades mais jovens”. São analisadas, ainda, diferenças entre Cuidados Hospitalares (CH) e CSP, tendo-se concluído que nos CH “os médicos são mais velhos do que as médicas. A média das idades aumentou entre 2002 e 2005 e nas regiões Norte e Algarve os profissionais eram mais jovens, encontrando-se a classe mais envelhecida no Alentejo”.
Já para os médicos dos CSP “a evolução de 2002 para 2005 confirmou a tendência de envelhecimento deste grupo de profissionais, não se tendo verificado rejuvenescimento nem entre os profissionais do sexo masculino nem do sexo feminino. A região Norte continuou a distinguir-se pela maior juventude dos seus profissionais e o peso das mulheres aumentou no conjunto dos médicos dos CSP”.
Foram elaborados dois cenários, considerando duas hipóteses de saídas por aposentação: no cenário 1 todos os profissionais que atingem a idade mínima de aposentação (com base no regime de transição previsto pela Lei), até 31 de Dezembro de cada ano, já não serão contabilizados no efectivo do ano seguinte; no cenário 2 uma percentagem destes profissionais continua no activo, para além da idade mínima de aposentação. “
Prevê-se que o número de médicos especialistas, em Portugal continental, continuará a crescer de forma significativa entre 2006 e 2011 (16,0 por cento no cenário 1 e 16,2 por cento no cenário 2)”.
O estudo prevê também um elevado número de novos especialistas para 2010, devido ao facto de em 2005 “o número de entradas no Internato ter sido muito superior ao verificado nos anos imediatamente anteriores e posteriores, o que se reflecte nas especialidades de 5 anos que são a grande maioria (23 num total de 42 especialidades consideradas)”.
Mas há problemas nalgumas especialidades. Efectivamente, “o número de especialistas de Medicina Geral e Familiar apresenta um crescimento muito moderado, no período 2006-2011”, destacando-se o ano de 2008 “por ser aquele onde se prevê haver um maior aumento no número de entradas, consequência do elevado número de entradas no Internato em 2005”. No entanto, “apesar de haver uma tendência geral para um aumento do número de novos especialistas nos próximos anos, também o número de saídas se prevê cada vez maior”.
Já para as especialidades de Otorrinolaringologia e de Patologia Clínica o aumento relativo do efectivo é inferior a 10 por cento. Por outro lado, e Genética Médica é a especialidade para a qual se prevê maior crescimento entre 2006 e 2011, passando de 2 para 21 profissionais durante este período. Segue-se Oncologia Médica (125 por cento), Infecciologia (63,4 por cento), Imunoalergologia (48,5 por cento), Dermatovenereologia (31,2 por cento), Medicina Física e de Reabilitação (30,9 por cento), Medicina Interna (29,6 por cento) e Pediatria (29,1 por cento). Seja como for, até 2013 a substituição da classe médica em algumas especialidades é impossível. Ainda de acordo com o estudo, neste momento seriam precisos, para cobrir a população do continente, mais 404 médicos de Medicina Geral e Familiar (para um ratio de 1.500 hab/médico). “Mas se o ratio aumentasse para 1.560 hab/médico teríamos a população, potencialmente, coberta”, assegura Paula Santana, numa projecção que, afirma, “estará muito próxima da realidade”. Todavia persiste o grande problema da distribuição destes profissionais pelo País.
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Estrangeiros
Mais profissionais
O estudo analisou 126.257 profissionais do SNS. Número que, aliás, cresceu 8 por cento em relação a 2002. Em 2005 existiam no SNS 23.125 médicos, contra 22.863 em 2002, tendo-se registado um crescimento de 1,1 por cento. E em 2005 havia menos médicos a trabalhar em mais do que uma instituição. Quanto aos enfermeiros, entre 2002 e 2005 registou-se um crescimento de 9,1 por cento. Também os médicos estrangeiros cresceram de 1.484 em 2002 para 2.113 em 2005, tendência que se verificou em todos as categorias profissionais do SNS analisadas pelo estudo. A proporção de estrangeiros nos profissionais do SNS cresceu de 3,8 por cento em 2002 para 4,7 por cento em 2005.
Paula Alexandra Almeida - in Primeiro Janeiro)Apesar de previsivelmente até 2011 não se verificarem problemas adicionais aos já existentes, relativamente aos médicos de Medicina Geral e Familiar, a partir de 2013 a geração dos 50-54 anos começa a atingir o limite de idade, sendo que este grupo representa hoje 2.729 médicos (40 por cento dos efectivos).
Efectivamente, de acordo com as conclusões do estudo realizado pelo Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Coimbra sob coordenação de Paula Santana, em 2005 “o grupo de idades mais representativa era a dos 50-54 anos, seguida do dos 45-49 anos”. No entanto, apesar de entre 2002 e 2005 ter aumentado o número de médicos com idades entre os 50-54 anos (em 2002 a classe mais expressiva era a dos 45-49 anos), o número de médicos com idade inferior a 29 anos diminuiu.
O estudo registou também uma acentuada feminização da profissão médica “verificando-se maior peso dos profissionais de sexo feminino, sobretudo nos Cuidados de Saúde Primários (CSP), tendo-se acentuado entre 2002 e 2005, e sendo mais evidente em idades mais jovens”. São analisadas, ainda, diferenças entre Cuidados Hospitalares (CH) e CSP, tendo-se concluído que nos CH “os médicos são mais velhos do que as médicas. A média das idades aumentou entre 2002 e 2005 e nas regiões Norte e Algarve os profissionais eram mais jovens, encontrando-se a classe mais envelhecida no Alentejo”.
Já para os médicos dos CSP “a evolução de 2002 para 2005 confirmou a tendência de envelhecimento deste grupo de profissionais, não se tendo verificado rejuvenescimento nem entre os profissionais do sexo masculino nem do sexo feminino. A região Norte continuou a distinguir-se pela maior juventude dos seus profissionais e o peso das mulheres aumentou no conjunto dos médicos dos CSP”.
Foram elaborados dois cenários, considerando duas hipóteses de saídas por aposentação: no cenário 1 todos os profissionais que atingem a idade mínima de aposentação (com base no regime de transição previsto pela Lei), até 31 de Dezembro de cada ano, já não serão contabilizados no efectivo do ano seguinte; no cenário 2 uma percentagem destes profissionais continua no activo, para além da idade mínima de aposentação. “
Prevê-se que o número de médicos especialistas, em Portugal continental, continuará a crescer de forma significativa entre 2006 e 2011 (16,0 por cento no cenário 1 e 16,2 por cento no cenário 2)”.
O estudo prevê também um elevado número de novos especialistas para 2010, devido ao facto de em 2005 “o número de entradas no Internato ter sido muito superior ao verificado nos anos imediatamente anteriores e posteriores, o que se reflecte nas especialidades de 5 anos que são a grande maioria (23 num total de 42 especialidades consideradas)”.
Mas há problemas nalgumas especialidades. Efectivamente, “o número de especialistas de Medicina Geral e Familiar apresenta um crescimento muito moderado, no período 2006-2011”, destacando-se o ano de 2008 “por ser aquele onde se prevê haver um maior aumento no número de entradas, consequência do elevado número de entradas no Internato em 2005”. No entanto, “apesar de haver uma tendência geral para um aumento do número de novos especialistas nos próximos anos, também o número de saídas se prevê cada vez maior”.
Já para as especialidades de Otorrinolaringologia e de Patologia Clínica o aumento relativo do efectivo é inferior a 10 por cento. Por outro lado, e Genética Médica é a especialidade para a qual se prevê maior crescimento entre 2006 e 2011, passando de 2 para 21 profissionais durante este período. Segue-se Oncologia Médica (125 por cento), Infecciologia (63,4 por cento), Imunoalergologia (48,5 por cento), Dermatovenereologia (31,2 por cento), Medicina Física e de Reabilitação (30,9 por cento), Medicina Interna (29,6 por cento) e Pediatria (29,1 por cento). Seja como for, até 2013 a substituição da classe médica em algumas especialidades é impossível. Ainda de acordo com o estudo, neste momento seriam precisos, para cobrir a população do continente, mais 404 médicos de Medicina Geral e Familiar (para um ratio de 1.500 hab/médico). “Mas se o ratio aumentasse para 1.560 hab/médico teríamos a população, potencialmente, coberta”, assegura Paula Santana, numa projecção que, afirma, “estará muito próxima da realidade”. Todavia persiste o grande problema da distribuição destes profissionais pelo País.
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Estrangeiros
Mais profissionais
O estudo analisou 126.257 profissionais do SNS. Número que, aliás, cresceu 8 por cento em relação a 2002. Em 2005 existiam no SNS 23.125 médicos, contra 22.863 em 2002, tendo-se registado um crescimento de 1,1 por cento. E em 2005 havia menos médicos a trabalhar em mais do que uma instituição. Quanto aos enfermeiros, entre 2002 e 2005 registou-se um crescimento de 9,1 por cento. Também os médicos estrangeiros cresceram de 1.484 em 2002 para 2.113 em 2005, tendência que se verificou em todos as categorias profissionais do SNS analisadas pelo estudo. A proporção de estrangeiros nos profissionais do SNS cresceu de 3,8 por cento em 2002 para 4,7 por cento em 2005.
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