Anúncio

Collapse
No announcement yet.

G. W. Bush: mentiroso patológico?

Collapse

Ads nos topicos Mobile

Collapse

Ads Nos topicos Desktop

Collapse
X
Collapse
Primeira Anterior Próxima Última
 
  • Filtrar
  • Tempo
  • Show
Clear All
new posts

    G. W. Bush: mentiroso patológico?

    Bush and his team caught up in their web of lies
    4/12/2006 6:00:00 PM GMT


    The President of the United States and his advisers are desperately struggling to distance themselves from the disastrous consequences of their constant lies. An article on the Tunis Hebdo warns that no matter how clever George W. Bush and his team are, sooner or later their lies will be exposed.

    Bush, whose foreign policies are dictated by the Christian right and the Israeli lobby, have, since the 2003 invasion of Iraq, suffered one setback after another. A recent study by two prominent U.S. professors states that the “combination unwavering support for Israel…has inflamed Arab and Islamic opinion and jeopardized U.S. security."

    The report also accuses the “pro-Israeli lobby [AIPAC]," of "actively working" to influence American diplomacy. "Other special interest groups have managed to skew U.S. foreign policy in directions they favored, but no lobby has managed to divert U.S. foreign policy as far from what the American national interest would otherwise suggest, while simultaneously convincing Americans that U.S. and Israeli interests are essentially identical." The two professors, one from Harvard, Stephen Wolt, and the other from the university of Chicago, John Mearsheimer, also insist on the fact that Israel “doesn’t act like a loyal ally.” They also cite a report from the Government Accountability Office stating that Israel spies on the United States more than any other ally.

    The price paid for following Israel in its obsession that Iraq’s defeat would open an era of Israeli-American hegemony is huge. More than 100,000 Iraqi civilians have died because of Bush’s lies. At least 2,300 Americans have died - because of their President’s lies. And about $177 billion have been spent so far in Iraq and Afghanistan because of lies. “I hate to admit it but it appears clear the President of the United States is a pathological liar," says political scientist George Harleigh, who worked in the Nixon and Reagan administration. "His pattern of deception exceeds anything we saw in the Nixon era."

    Members of the U.S. Congress, Republican and Democrat, agree. Many predict a foreseeable Republican defeat in the mid-term elections next November, with Bush’s approval ratings hitting new lows, mainly because of the Iraq War. (Recent polls show that 66% Americans are against the war). "The biggest threat any Republican running for election or re-election this year faces is not from the Democrats but from the President," says a GOP political consultant who, for obvious reasons, demanded anonymity. "George W. Bush is a major liability to Republicans in the mid-term elections."

    To save their face, Bush and his team continue to lie. They all lied, without exception, about the Iraq War. When news broke last week that Bush personally authorized the leak of secret intelligence ahead of the Iraq War to justify the invasion, Republicans couldn’t defend their corrupt and morally-bankrupt leader, admitting privately that Bush’s Presidency will go down in history as a monumental failure. And Democrats cited Bush’s repeated denials of any knowledge of secret information leaks.


    The greatest lie resides in Saddam Hussein’s alleged weapons of mass destruction. The Washington Post reported today on another example of how Bush lied to the world, detailing a deliberate White House pattern of misinformation on the so-called “biological warfare” trailers captured soon after U.S. troops invaded Iraq. It turned out that the trailers had nothing to do with biological warfare. Intelligence officers in the field knew it and they informed the White House. Yet Bush ignored the truth and trumpeted the trailers as "proof" that Saddam possessed weapons of mass destruction.

    The invasion itself was based on a lie. According to a very recent revelation, Bush was determined to invade Iraq two months before the war began, even if he failed to win a UN resolution to back it, or if UN arms inspectors didn’t find weapons of mass destruction in Iraq. Bush personally revealed his intentions to Tony Blair during a private meeting in Washington. And the current lie is about the democratization of the Iraqi society, while in reality, the Iraqis are caught up in a civil war that claims the lives of at least 50 people a day.

    The Bush Administration also lies about its widespread abuse of human rights, in U.S.-run prisons in Guantanamo Bay, Afghanistan, Iraq as well as the CIA’s secret jails in Europe and some Arab countries. They also lie to cover up the actual death toll of U.S. soldiers as well as the material damage in Afghanistan and Iraq.

    And the charges of torture, human rights violations and even out-right murder by American soldiers continues. Bush can pretend that it is not happening, but the truth always does return. It’s a certainty that many Americans realize but so many refuse to admit.




    #2
    esse FDP esta a demorar a morrer com um tiro nos cornos!!!**** BUSH


    terrorista ....

    Comentário


      #3
      ele sempre mentiu, sobre tudo e mais alguma coisa.

      se as pessoas ainda nao viram, nao é agora que vão ver.

      Comentário


        #4
        O cromo é mesmo uma anedota!

        E ainda por cima não me lembro de um único presidente dos EUA classificado como mentiroso compulsivo!

        A imagem dos EUA depois da passagem deste traste pela casa barnca vai ficar nos anais dos comic books.

        Comentário


          #5
          Ferrarix, fonte?

          O que vai ficar nos anais dos comic books é a educação (ou falta dela) de alguns forunistas... (*hint* tokyo *hint*)

          Comentário


            #6
            up...

            A fonte vem ou não?

            Parece que a falta de respeito é mal generalizado... [|)]

            Se é para lançares tópicos destes se calhar estavas melhor com um blog ou como pivot da tvi.

            Comentário


              #7
              nao é preciso grande fonte.

              sao factos conhecidos e REconhecidos pela propria casa branca. FACTOS, nao invençoes (que tb as ha)

              ha é alguns que teimam em nao ver...ou dao sempre a volta para encaixar na sua forma de ver o mundo.

              Comentário


                #8
                citação:Originalmente colocada por Eliselotus

                nao é preciso grande fonte.

                sao factos conhecidos e REconhecidos pela propria casa branca. FACTOS, nao invençoes (que tb as ha)

                ha é alguns que teimam em nao ver...ou dao sempre a volta para encaixar na sua forma de ver o mundo.
                Factos?

                Colocam aqui uma notícia de alguém que com um esquema qualquer conseguiu ouvir uma conversa privada entre Bush e Blair, que os americanos não revelam o número de soldados mortos no Iraque, que um estudo realizado por 2 professores americanos (que curiosamente não mencionam os nomes, mas garantem que são 2 "prominent professors") prova que não sei bem o quê...

                É nesta notícia que eu devo acreditar?

                Ainda para mais quando depois de pedida a fonte da notícia o autor estranhamente deixa de participar no tópico? (e que minutos depois postou num outro...).

                Espero bem que não seja mais um artigo da indymedia, é que se assim for não vale a pena estar a comentar o que quer que seja...

                Comentário


                  #9
                  wolrdtiki vai para guantanamo...ou para o cds...nao sejas ....

                  Comentário


                    #10
                    citação:Originalmente colocada por tokyo

                    wolrdtiki vai para guantanamo...ou para o cds...nao sejas ....
                    Correndo o risco de me repetir, há por aqui pessoas com um défice de educação...

                    ps: depois do "fdp devia morrer com um tiro nos cornos" o belo do "vai para guantanamo"...

                    A moderação tirou a tarde?...

                    Comentário


                      #11
                      worldtiki, o bush é o maior!

                      satisfeito?:D

                      Comentário


                        #12
                        Recomendo a leitura do artigo:

                        "Bush e a alienação fundamentalista religiosa",

                        trata-se de um excelente artigo escrito por um Psicologo Clinico e profesor de Sociologia, podem ler o artigo no link seguinte:

                        http://br.geocities.com/carlos.guimaraes/Potter.html

                        Comentário


                          #13
                          citação:Originalmente colocada por Eliselotus

                          worldtiki, o bush é o maior!

                          satisfeito?:D
                          Eliselotus, não tenho nenhum problema em discutir o que quer que seja com quem tenha uma opinião contrária, não faria sentido nem seria uma discussão se assim não fosse.

                          Agora não tolero faltas de respeito à minha pessoa nem que baixem o nível da conversa como o nosso colega tokyo tenta fazer...

                          Se é para isso podem muito bem ficar com a bicicleta.

                          Comentário


                            #14
                            o Tokyo em cada post que faz ofende alguem. ja vai pra 101 assim, mas enfim...

                            as asneiras do bush sao por demais conhecidas!
                            alias, ele está é rodeado de gente que consegue fazer o que ele quer.
                            ele sozinho seria incapaz de fazer mal a uma mosca. nao por nao querer, mas por n saber o que fazer com uma mosca e um pano de cozinha:D

                            assim a mais famosa...é mesmo a das armas d destruiçao em massa. desde relatorios inventados, gente que morreu de forma muito "duvidosa" logo numa altura em que se dizia que sabiam algo muito "polemico", discursos completamente vagos, outros que eram mesmo contraditorios (ou seja, nem sabiam o que dizer:D)...

                            o escandalo do WTC em que os serviços secretos mandaram argolada atras de argolada, ainda ninguem percebeu quem é que eles queriam enganar...ha muitas teorias sobre esse dia, o que se passou, o que era para se ter passado, etc.
                            a unica que nao faz qualquer sentido e é mesmo impossivel é a avançada pelo pentagono:D

                            ha tantas!..

                            Comentário


                              #15
                              Esse Bush se não tivesse nascido teria de ser inventado, para quebrar (perigosamente, diria eu...) o tédio mundial...

                              A questão é: Como é possível um imbecil ter nas mãos o futuro da humanidade?...

                              Comentário


                                #16
                                alguem pode mudar o nick do worldtiki para zoglover?

                                hehehe uma mãe aguia n faria melhor para defender as suas crias...

                                Comentário


                                  #17
                                  "A questão é: Como é possível um imbecil ter nas mãos o futuro da humanidade?..."

                                  Quem ?? Aquele tipo do Irão ??

                                  Comentário


                                    #18
                                    citação:Originalmente colocada por ebay

                                    "A questão é: Como é possível um imbecil ter nas mãos o futuro da humanidade?..."

                                    Quem ?? Aquele tipo do Irão ??
                                    Também, meu caro, também...

                                    Pois, merece uma correcção: Como é possível o futuro da humanidade estar nas mãos de um qualquer imbecil?...

                                    Comentário


                                      #19
                                      citação:Originalmente colocada por Pé Leve

                                      Também, meu caro, também...

                                      Pois, merece uma correcção: Como é possível o futuro da humanidade estar nas mãos de um qualquer imbecil?...
                                      Engraçado que quem vai tratar do "assunto" do Irão é o tal do primeiro "imbecil"... [|)]

                                      Comentário


                                        #20
                                        Não sou de grandes sustos nem ansiedades..mas desta vez confesso que não estou confortável com a situação e médio/curto prazo...especialmente porque os israelistas, se de facto se sentirem ameaçados, não vão esperar que as coisas lhes caiam em cima da cabeça.

                                        Comentário


                                          #21
                                          o do irão tb nao é grande peça, embora a discussao dos ultimos tempos seja so pra empatar tempo e para o bush arranjar uma ponta de justificaçao para atacar o irão. o ataque ja está agendado à mts anos.

                                          a partir de agora ja está tudo feito. quer o iraniano tenha razao (nao usa aquilo para produzir bombas nucleares), quer nao tenha, ha suspeitas...para o bush isso serve, isso é suficiente para iludir a maioria, vai de bomba.

                                          depois, como é obvio, lançam a bela da areia, dizem que é para o bem do povo, que é para tirar o presidente (nem sei se é presidente, rei, whatever...), etc.

                                          respondam lá[:P]
                                          quem controla boa parte da distribuiçao do petroleo na europa?
                                          que paises sao grandes produtores de petroleo?
                                          onde é que o preço do petroleo mal subiu nos ultimos 10 anos e continua quase ao preço de agua?

                                          sim, mas a mensagem que passa é que é por vingança do WTC e é pra bem do pais, etc:D

                                          Comentário


                                            #22
                                            Pois é, caro Eliselotus, mas só vê quem quer...

                                            Comentário


                                              #23
                                              Bush e a Alienação Fundamentalista Religiosa


                                              Carlos Antonio Fragoso Guimarães

                                              Psicólogo Clínico e Professor de Sociologia



                                              Um dos principais sinais de retrocesso intelectual que encontramos
                                              invariavelmente em épocas de crise econômico-social é a adesão de pessoas a
                                              vertentes (religiosas ou políticas) que se caracterizam por um radicalismo
                                              severo e uma inflação do sentimento de pertença a um grupo ou instituição que
                                              "assuma" o papel de protetora e detentora da "VERDADE", não importa que tipo de
                                              verdade (cada grupo se auto-intula detentor esxclusivo da mesma e a percepção
                                              desta quase sempre se apoia sobre um estrado de poder econômico e/ou político):
                                              se a dos Adventistas Norte-Americanos que estavam certos da volta de Cristo em
                                              1844, mas que nem por ter se concretizaram deixaram de existir e se expandir
                                              pelo mundo, ou da racista Ku-Klux Klan, ou, no Brasil, a da paramilitar católica
                                              TFP, que tanto apoio deu ao golpe militar de 1964, não admitindo mais nenhuma
                                              religião além da católico-romana (da linha da direita, bem entendido,
                                              notavelmente distante do pensamento lúcido da Teologia da Libertação de Dom
                                              Hélder Câmara, Frei Betto, Dom José Maria Pires, Leonardo Boff e tantos outros
                                              lumiares do pensamento progressista na Igreja) e ultimamente vem novamente - e,
                                              diria, infelizmente - dado o ar de sua graça, seja por sua direta ressurreição
                                              ou em sua contrapartida atual nos chamados Arautos de Deus, ou em uma versão
                                              mais soft de parte e da Renovação Carismática, de mesma origem norte-americana
                                              e Pentecostal das seitas fundamentalistas evangélicas que alienam ultimamente o
                                              Brasil. 50 anos de esforços por parte de católicos e protestantes - em especial
                                              os luteranos e os anglicanos - no intuito de se conseguir uma reaproximação das
                                              duas correntes religiosas quase foram por água abaixo quando o Cardeal Joseph
                                              Ratzinger, coordenador da "Congreação para a Defesa da Fé" (atual nome do que
                                              restou e se transformou da Inquisição) publicou um documento chamado Dominus
                                              Jesus onde ele sustenta que a única religião é a católica e as demais, incluindo
                                              as igrejas protestantes, seriam meras usupadoras ou caminhos errôneos. Os
                                              exemplos poderiam ser multiplicados.
                                              O fundamentalismo, porém, se entendido como a radicalização de verdades -
                                              destacando as que trazem algum retorno em forma de poder - não é apanágio
                                              exclusivo das religiões. Hoje em dia, diante da expansão da globalização
                                              econômica, fundamentalista também é a visão do neoliberalismo e da globalização
                                              sobre o deus "mercado" a devorar pessoas, países e instituições, em nome da
                                              competitividade e do lucro no menor tempo possível.
                                              Um dos maiores investidores financeiros do mundo, Geoge Soros ( que foi
                                              durante bom tempo o patrão do ex-presidente do Banco Central do Brasil da
                                              horrível era FHC, Armínio Fraga ) é mesmo franco ao reconhecer em seu livro "A
                                              Crise do Capitalismo" que a última coisa que alguém pode esperar do mercado é
                                              compaixão e solidariedade. Se alguém procura isso no mercado, vai simplesmente
                                              se afligir ao descobrir que errou de endereço. Ele é mesmo enfático ao afirmar
                                              que no mercado o único objetivo é acumular o máximo possível. Assim, o mercado é
                                              uma arena de todos contra todos, acirrando a competição a graus obsesivos e
                                              anormais. No decorrer de seu livro, ele confirma que a crise do capitalismo
                                              (atualmente numa tentativa de ser encoberta por outros acontecimentos) decorre
                                              da visão de mundo econômica dominante que tranforma tudo, até as coisas que
                                              subjetiva e historicamente sempre foram consideradas "sagradas", em mercadorias
                                              ou pretextos para a obtenção de poder e lucro, sem permitir qualquer
                                              possibilidade psicológica para a gratuidade.
                                              A ganância econômica possui um braço político cada vez mais visível, ainda
                                              que cade vez mais cínico, com irrefutáveis toques fundamentalistas à Ética
                                              Protestante. A direita norte-americana de Bush é bom exemplo disto. Sua
                                              ideologia e planos de ação fica extremamente visível no seguinte artigo do
                                              jornalista Argermiro Ferreira, correspondente internacional, publicado no jornal
                                              Tribuna da Imprensa do Rio de Janeiro, em 25/03/2004:

                                              Dick Cheney e a nova estratégia de dominação mundial dos EUA

                                              O último ataque do vice-presidente Dick Cheney ao candidato John
                                              Kerry, da oposição democrata, é mais do que mero golpe eleitoreiro de
                                              alguém que fugiu do serviço militar à época do Vietnã (o próprio Cheney,
                                              alegando ter "outras prioridades") contra um herói militar legítimo -
                                              voluntário que lutou na Ásia, voltou com o peito cheio de medalhas e foi
                                              para a rua protestar contra a guerra que considerava um erro (John Kerry).
                                              Contra Kerry, acusado de "fraco" em defesa e segurança nacional para
                                              enfrentar o terrorismo, o falcão que ainda repete a mentira das armas do
                                              Iraque retoma o discurso de uma nova Guerra Fria. Já não invoca o fantasma
                                              do "império do mal" comunista. Na embalagem nova, amedronta a nação com
                                              outro "mal", o terrorismo, para manter ou elevar o orçamento militar
                                              multibilionário e garantir a supremacia militar no mundo.
                                              As imagens das torres em chamas e do Pentágono atingido ajudaram a
                                              falsificar a de George W. Bush, outro que teve proteção para fugir do
                                              serviço militar, como uma espécie de herói de guerra. Se ele continua a
                                              ser o terno vazio com o bolso recheado com milhões de dólares, como em
                                              2000, Cheney é bem mais do que isso - é um dos formuladores do novo
                                              pensamento militar e estratégico de dominação mundial.

                                              A visão estratégica dos "neocons"

                                              A estratégia de segurança nacional do governo Bush já existia antes dos
                                              ataques de 11 de Setembro - antes mesmo de a direita republicana recrutar
                                              o atual presidente, de recursos intelectuais limitados, para o papel que
                                              desempenha agora. E Cheney, secretário da Defesa no primeiro governo Bush
                                              e um dos arquitetos da Guerra do Golfo de 1991, foi partidário da
                                              estratégia desde que ela começou a ser formulada.
                                              Enquanto alguns sonhavam com potenciais efeitos positivos do fim da
                                              Guerra Fria e da ameaça vermelha, que justificara os orçamentos da corrida
                                              armamentista que se seguira à II Guerra Mundial, o sonho do complexo
                                              militar-industrial era outro. Uma nova visão de política externa emergia
                                              no grupo de ideólogos neoconservadores (os "neocons") que serviram ao
                                              primeiro Bush e voltaram com o segundo.
                                              Obviamente não estavam alheios a ela as poderosas corporações de
                                              petróleo com grandes interesses no Oriente Médio ou com seus próprios
                                              planos potenciais para essa região, da Chevron à Haliburton, passando pela
                                              Bechtel e outras, mais as beneficiárias de contratos bilionários do
                                              Pentágono. Não por acaso executivos delas passaram a integrar cargos
                                              críticos na atual equipe de segurança nacional.

                                              Receita de uma nova Guerra Fria

                                              A receita ideológica assumida pelo atual governo, na política externa e
                                              na estratégia de segurança nacional, começou a nascer logo depois da
                                              primeira Guerra do Golfo, no grupo neocon de que participavam Cheney e seu
                                              chefe de gabinete I. Lewis Libby e onde se destacava o atual secretário
                                              Adjunto da Defesa Paul Wolfowitz - número 3 do Pentágono ao tempo de
                                              Cheney, número 2 sob Donald Rumsfeld.
                                              Eles redigiram em 1991 o documento Defense Planning Guidance
                                              (Orientação de Política de Defesa), que expressa uma visão de dominação
                                              militar unilateral dos EUA. A visão foi reciclada e aprofundada pelos
                                              mesmos neocons em 1997, com seu Projeto do Novo Século Americano (PNAC),
                                              retomando expressão lançada ainda na década de 1940 pelo fundador da
                                              revista "Time", Henry Luce.
                                              É sintomático que dois documentos do governo Bush produzidos como
                                              respostas ao desafio terrorista do 11 de Setembro, o secreto "Rebuilding
                                              America's Defenses: Strategy, Forces and Resources for a New Century"
                                              (RAD: Reconstruindo as Defesas da América) e "National Security Strategy"
                                              (NSS: Estratégia de Segurança Nacional), oficializem o que, na verdade, já
                                              estava no DPG e no PNAC, anos antes do 11/9.
                                              Fica claro, assim, que os ataques ao World Trade Center e Pentágono
                                              foram usados como pretexto pelos neocons, no governo. Impingiu-se, com
                                              base neles, a receita ideológica de uma nova Guerra Fria, garantindo a
                                              dominação global americana. Diz o NSS, ao expor os novos desafios à
                                              segurança nacional, que o inimigo já não precisa, como no passado, de
                                              grandes exércitos e capacidade industrial para por a América em perigo.

                                              A doutrina, muito antes do pretexto

                                              Agora, segundo o NSS, grupos de indivíduos podem "trazer caos e
                                              sofrimento ao nosso território a custo inferior ao de um único tanque".
                                              Nessa guerra assimétrica (nova expressão do Pentágono), "os terroristas se
                                              organizam para dirigir contra nós o poder das tecnologias modernas". Mas a
                                              estratégia já existia antes do 11/9. Não se tentou adotá-la antes porque
                                              os neocons sairam do governo com a derrota de Bush em 1992.
                                              É compreensível a proliferação de teorias conspiratórias na Internet.
                                              Seria tão difícil arranjar pretexto para a nova doutrina como o foi para a
                                              Doutrina Truman em 1947, quando o governo, para convencer os americanos
                                              sobre a ameaça vermelha, teve de amedrontar o país - "scare hell out of
                                              the American people", conforme a frase célebre, na época, do republicano
                                              Arthur Vandenberg, que deu apoio a Truman.
                                              Osama Bin Laden, enfim, realizou o sonho dos neocons. A imagem das
                                              torres em chamas é ameaça até mais concreta, para os americanos, do que a
                                              do comunismo na Guerra Fria. Diante dela a Pax Americana, com guerras sem
                                              fim ("guerras perpétuas para paz perpétua", como disse Gore Vidal),
                                              ocupação militar, tropas espalhadas pelo mundo todo, garantindo os
                                              interesses econômicos, pode parecer menos criminosa.
                                              argemiroFerreira@hotmail.com
                                              Ainda que tenhamos muito a lamentar quanto ao ocorrido no dia 11 de setembro
                                              de 2001, devemos nos lembrar que nas torres do World Trade Center pereceram não
                                              apenas americanos cristãos, como também ateus, judeus, e mesmo árabes e
                                              ocidentais mulçumanos. Se houve fanatismo cego da parte dos perpetradores de tal
                                              crime hediondo, não menos fundamentalista foi o discurso e as ações das
                                              autoridades civis norte-americanas. A guerra contra o terrorismo no Afeganistão
                                              - onde certamente a maior parte da população não se vinculava à Al Quaeda de
                                              Osama Bin Laden, embora globalmente sofressem já há muito tempo nas mãos dos
                                              Talibãs (sem que,a té esta data fatídica, o ocidente fizesse muito caso disso) -
                                              acabou por se apresentar como um show exagerado de demonstração de poderio
                                              bélico e da punjunça de quem detem o poder econômico (ironicamente, a família
                                              Bin Laden, riquíssima por suas empresas de Engenharia, possuem ótimas relações
                                              com os Estados Unidos, inclusive com a família Bush). E pelo que notamos, os
                                              cabeças não pretendem parar sua luta contra o "terrorismo" por aqui. Certamente
                                              o Iraque será a bola da vez.
                                              O presidente norte-americano, George W. Bush - que, desde o início de sua
                                              questionável vitória na confusa última eleição americana, tinha um alto índice
                                              de IMpopularidade e a "má" (???) sorte de assumir o governo num período de
                                              crescente recessão, mas com sólidos vínculos as empresas petrolíferas
                                              norte-americanas - vomitou palavras de forte caráter fundamentalista após a
                                              triste terça-feira 11 de setembro: "A luta é do bem (América) contra o mal
                                              (terrorismo islâmico, ou, do jeito que a coisa vai indo, todo o islã). Ou se é
                                              contra o terrorismo e a favor da América, ou se é contra os Estados Unidos e
                                              contra a América". O projeto de retaliação originalmente se chamaria "Justiça
                                              Infinita", mas diante de termos quase messiânicos e diante de pressões, foi
                                              mudado para "Liberdade Duradora" - mas liberdade para quem? Para todo os povos
                                              do mundo? Geralmente, Bush ao fazer sus discursos sobre sua luta contra o
                                              terrorismo, sempre termina com a frase "Deus Salva a América". Bin Laden, pro
                                              sua vez, usa praticamente os mesmos termos, dizendo que a guerra é entre o bem
                                              (o islamismo tal como ele o entende) e o mal (a América). Ele também termina
                                              seus discursos dizendo "Graça e gratidão a Deus". Resta saber em nome de que
                                              Deus ambos falam... Do Deus dos exércitos, que prefere rios de sangue e dor ao
                                              perdão e a compreensão? Não parece haver realmente diferença qualitativa de quem
                                              responde ao terror com terror....
                                              Como fala com muita lucidez Leonardo Boff:
                                              "Bush interpretou a barbárie de 11 de setembro como guerra contra a
                                              humanidade, contra o bem e o mal, contra a democracia e a economia globalizada
                                              de mercado, que tantos benefícios (na pressuposição dele, chefe da nação mais
                                              poderosa e hegemônica) trouxeram para a humanidade. Quem for contra tal leitura,
                                              é inimigo, é o outro, é o diferente e o estrangeiro que cabe combater e
                                              eliminar. Tal estratégia pode levar violência para dentro dos EUA e para todos
                                              os quadrantes do mundo. Há uma globalização do inimigo (antes, era a ex-União
                                              Soviética), que tem traços árabes, como já teve traços japoneses, vietnamitas,
                                              latinos da América-Central, etc. É a violência total do sistema contra todos os
                                              seus críticos e opositores." (veja os textos de Leonardo Boff sobre os diversos
                                              fundamentalismos e os acontecimentos decorrentes do dia 11 de setembro em
                                              www.leonardoboff.com).

                                              Correio da Cidadania
                                              Fundamentalismo Religioso por Dentro da Casa Branca
                                              Newton Carlos, Analista Internacional

                                              Lunáticos estão no coração do governo Bush, escreveu George Manbiot no
                                              "Guardian", de Londres, jornal sério, o que há de melhor na imprensa
                                              européia. Como ele chegou a essa conclusão? A partir de fatos
                                              aparentemente menores. O Partido Republicano, de Bush, teve a sua
                                              convenção estadual do Texas, onde Bush foi governador eleito e reeleito.
                                              Republicanos da fração caubói, Bush e Texas se encaixam uns nos outros
                                              como se fossem uma coisa só, com seus chapéus e botas estilo faroeste e
                                              pistolas, como se verá.
                                              Manbiot tomou como exemplo as decisões adotadas pelos representantes de
                                              Harris County, que cobre uma grande parte de Houston, o que o Texas tem de
                                              mais cosmopolita. Na cabeça temas domésticos habituais, com as abordagens
                                              de sempre. Homossexualismo contraria "as verdades vindas de Deus". Deve
                                              ser rejeitado e combatido qualquer mecanismo de controle ou proibição da
                                              posse de armas de fogo. É preciso conter a entrada de imigrantes, mesmo
                                              que para isso seja necessário levantar cercas de arame farpado
                                              eletrificadas. Ou construir fortificações ao longo da fronteira com o
                                              México.
                                              Proximidade de "fundo" com questões prioritárias da agenda de um país a
                                              quase dez mil quilômetros de distância. O Texas nunca se interessou por
                                              problemas de relações internacionais, o despreparo de Bush foi prova
                                              disso. Como explicar que Israel tenha assumido destaque no conjunto de
                                              preocupações dos republicanos de Harris County? De acordo com um
                                              participante da convenção, é lá que acontecerá o ajuste final. Os
                                              republicanos texanos decidiram que Israel tem o direito de ficar com toda
                                              Jerusalém e a Cisjordânia ocupada. Nada de remover colônias judaicas ou
                                              mesmo devolver partes dos territórios tomados na guerra de 67.
                                              Os Estados Unidos devem pressionar os países árabes para que “absorvam"
                                              refugiados palestinos expulsos de suas terras. Israel pode fazer o que bem
                                              entender "com o objetivo de eliminar o terrorismo". Para compreender o que
                                              levou Israel a tornar-se ponto focal numa assembléia de caipiras texanos é
                                              preciso recuar ao século 19. Dois pregadores imigrantes relacionaram
                                              passagens até então não relacionadas da Bíblia numa narrativa de aparência
                                              consistente. Jesus voltará à Terra quando estiverem dadas certas
                                              pré-condições. A primeira delas é a criação do Estado de Israel. A segunda
                                              a ocupação, por parte de Israel, do restante das "terras bíblicas" - o que
                                              envolve grande parte do Oriente Médio. Um terceiro templo deve ser
                                              construído onde é hoje a esplanada das mesquitas, em Jerusalém. Legiões de
                                              “anticristos" se levantarão contra Israel e a guerra conduzirá a um
                                              confronto final no vale de Armageddon. Depois disso, os judeus serão
                                              queimados ou convertidos ao cristianismo e o Messias voltará à terra. O
                                              que faz tais cenários tão ao gosto dos cristãos fundamentalistas é uma
                                              profecia confortadora: antes da grande batalha, os "verdadeiros crentes"
                                              serão sugados de suas roupas e colocados numa sala de espera no Paraíso.
                                              Desse lugar privilegiado, com a proteção da mão direita de Deus, verão
                                              seus inimigos serem massacrados ou devorados. No momento, os "verdadeiros
                                              crentes" trabalham nas pré-condições. Ajudam colônias judaicas nos
                                              territórios palestinos ocupados, querem que os Estados Unidos ampliem
                                              ainda mais seu apoio a Israel e "antevêem" o duelo de última instância com
                                              o mundo islâmico, eixo do mal, Nações Unidas, União Européia,
                                              especialmente a França etc. Pesquisadores acreditam que entre 15 e 18 por
                                              cento do eleitorado americano pertencem a igrejas ou movimentos que
                                              subscrevem isso.
                                              Leonardo Boff também observa a existência de um outro tipo de
                                              fundamentalismo, intelectual, que comparece no paradigma científico moderno:
                                              "Ele está assentado sobre a violência contra a natureza. Bem dizia Francis
                                              Bacon, pai da moderna metodologia científica: há de se torturar a natureza como
                                              o faz o inquisidor com seu inquirido, até que ela entregue todos os seus
                                              segredos. Impõe-se esse método violento, fundado no corte e na compartimentação
                                              da realidade una e diversa, como a única forma aceitável de acesso ao real.
                                              Desmoralizam-se outras formas de conhecimento que vão além ou ficam aquém dos
                                              caminhos da razão instrumental-analítica-mecanicista. Ocorre que o projeto da
                                              tecno-ciência gestou o princípio da auto-destruição da vida. A máquina de morte
                                              já construída pode pôr fim à biosfera e impossibilitar o projeto planetário
                                              humano. Na guerra bacteriológica, basta meio quilo de toxina do botulismo para
                                              matar um bilhão de pessoas. Existem atualmente, segundo fontes oficiais, cerca
                                              de trinta quilos de toxina de botulismo nos estoques de armas químicas nas
                                              chamadas grandes potências".
                                              As formas de recrutamento e sedução destes grupos fundamentalistas (atualmente
                                              unindo religião e política) por meio de seitas são extraordinariamente simples e
                                              eficazes: diante das dificuldades do mundo atual (muitas delas criados por
                                              grupos econômicos calvinistas), basta aceitar e aderir a alguma de suas Igrejas,
                                              professando a aceitação do Cristo segundo suas interpretações, integrando-se
                                              plenamente à comunidade dos fiés - e a pessoa se sente emocionalmente amparada e
                                              se sentindo parte de uma grande família, naquilo que é chamado de Conformismo
                                              pela Psicologia da Gestalt-Terapia que também diz que ao lado desta vem quase
                                              sempre o mecanismo neurótico de defesa chamado de Confluência, ou seja, se me
                                              sinto inseguro ou emocionalmente fraco, procuro suprir isto com a opinião de uma
                                              congregação, que poderá me dar a impressão de suprir e dar forças. A opinião
                                              desta será então a minha opinião e assim me confundo com uma causa do grupo,
                                              podendo surgir daí o sectarismo e o fanatismo religioso. Também existe a questão
                                              do poder econômico da seita, já que o postulante terá de se esforçar para
                                              converter outras pessoas e pagar, com estas, a obrigação do dízimo. Desta forma,
                                              segundo a idéia deles, se tem o céu garantido e a salvação da alma como uma
                                              certeza, já que apenas os escolhidos se dão conta do "verdadeiro Deus" que,
                                              claro, é o deles. As demais pessoas estão perdidas, equivocadas ou condenadas,
                                              dependendo de como elas se posicionam ante eles, os eleitos, e cabem a estes
                                              fazer de tudo para expandir sua verdade e salvar a humanidade...
                                              Existem, pois, vários fundamentalismos, atualmente, e todos têm em comum
                                              serem agressivos, rudes e parciais, competitivos e desumanos. No entanto, o
                                              fundamentalismo religioso é o mais falado.
                                              O mais recente fato , porém, que despertou a susceptibilidade intolerante e
                                              alienante dos radicais religiosos cristãos foi o sucesso (e a cosenqüente
                                              resistência) à obra literária e -mais ainda, por ser mais popular - ao filme
                                              Harry Potter, personagem criado pela escritora britânica J. K. Rowling. Não
                                              importa que estórias infantis dos Grimms, de Hans Christian Andersen, de
                                              Monteiro Lobato, de John Tolkien e tantos outros falem de magia, elfos, duendes,
                                              fadas e sacis-pererês. Na guerra das "electronics Churchs" para se ter domínio
                                              do universo intelectual de milhões, se uma obra acaba por se tranformar em um
                                              sucesso e, de alguma forma, faz as pessoas pensarem (e não foram poucos os que
                                              conseguiram perceber e pesquisar, a partir de livros como Harry Potter, que os
                                              chamados bruxos e bruxas - os originais, da Europa Pré-Cristã não passavam de
                                              homens e mulheres que cultivavam uma religião apenas diferente da cristã e
                                              possuiam conhecimentos vastos em fitoterapia e medicina natural. Vários livros
                                              de acadêmicos e historiadores já falavam sobre isso, mas como eram lidos por
                                              poucos, as "pequenas Igrejas, Grandes Negócios" e mega-instituições religiosas
                                              pouco lhes deram crédito. O horror da época da "caça às bruxas", tanto por
                                              católicos quanto por protestantes, em especial contra as figuras femininas,
                                              podem ser melhor avaliados em averrações históricas, como no caso da cidade de
                                              Trier, na Alemanha, que no século XV mandou para a fogueira, em uma só semana,
                                              798 das 800 mulheres da cidade! Salém, nos EUA, é também um outro caso famoso).
                                              Se levarmos em conta os números absurdos que apontam o sucesso da obra Harry
                                              Potter (mais de 130 milhões de exemplares vendidos, sendo o filme assistido por
                                              mais de 25 milhões), começamos a enteder o incômdo e a movimentação destes
                                              setores conservadores. Ora, para muitas "pequenas igrejas, grandes negócios" e
                                              outras maiores, já multinacionais e mercantilizadoras do intelecto e da
                                              autocrítica de seus fiéis, isso é aviso de que é necessário garantir a dis****
                                              do dízimo, ou melhor, da mente dos seus fiéis, impondo a sua verdade como se
                                              impõe a superioridade de um time de futebol: e nesse caso, quanto mais barulho,
                                              melhor. Também é bom se salientar que boa parte da reação contrária ao
                                              imaginário mágico de Potter e outras obras advém da ética protestante puritana
                                              norte-americana, de base calvinista, com suas ramificações no Brasil e no mundo
                                              (a já citada Igreja Adventista, Testemunhas de Jeová, e outras de cunho
                                              milenarista/fundamentalista), e da ala católica mais tradicionalista e mais
                                              ligada ao capitalismo, numa comprovação do que já dizia o sociólogo Max Weber no
                                              início do século XX em seu conhecido A Ética Protestante e o Espirito do
                                              Capitalismo. Weber demonstrou como a ética ascética dos puritanos ajudou a
                                              construir o sistema capitalista, em seu afã pelo trabalho para escapar das
                                              tentações mundanas, eles reinvestiam os lucros obtidos novamente no trabalho.
                                              Claro que chegou um tempo em que a máquina funcionava de tal forma, que a
                                              motivação religiosa original foi quase esquecida. Porém, a própria máquina
                                              poderia ser utilizada no próprio âmbito religioso: quanto mais racionalizado e
                                              insípido, portanto, "desencantado" o mundo, mais fácil ater a atenção na
                                              produção e controle ideológico de fiéis, portanto, maiores os lucros econômicos
                                              e políticos passíveis de serem obtidos, já que o trabalho e adequação
                                              disciplinar aqui, neste mundo de pecados, preparam o fiel para o Reino de Deus -
                                              Reino este que mais lhes convêm interpretar. O sonhar e o imaginar devem ser
                                              sacrificados ao altar da submissão da autoridade do sujeito supostamente
                                              detentor de um conhecimento divino e mecânico sobre o mundo.
                                              Ainda pior que tudo, a luta por uma uniformização do pensamento espiritual de
                                              algumas seitas evangélicas, da TFP, dos Arautos de Deus e de parte da Renovação
                                              Carismática Católica passa ao largo (mesmo sabendo ou reconhecendo) dos estudos
                                              de psicologia profunda e da Mitologia, em especial com Carl Gustav Jung, Mircea
                                              Eliade e Joseph Campbell, que demonstram a importância da fantasia, da
                                              imaginação mítica, para a maturação psíquica profunda do indivíduo, em especial
                                              nas imagens arquetípicas que possuem uma significação simbólica que desperta
                                              forças latentes do inconsciente e que são encontradas em todas as tradições do
                                              mundo, que incluem sempre invariavelmente figuras como o Rei Sábio, a Grande
                                              Mãe, O Mago, A Bruxa, e, em especial, o Herói: aquela pessoa que aparentemente
                                              simples é chamada para uma série de desafios onde passa por provações de toda a
                                              sorte, morrendo e renascendo simbolicamente, mas sempre conquistando sua
                                              individuação e sabedorias próprias para, enfim, ao regressar ao lar, repassar o
                                              que aprendeu. Este é o enredo tanto das histórias dos tempos homéricos (A
                                              Odisséia), quando dos tempos medievais (o ciclo de contos do Rei Arthur), quanto
                                              da modernidade (o maravilhoso O Senhor dos Anéis). Desprezar isso é querer
                                              reduzir o ser humano a uma máquina programada por um sistema (e o sistema
                                              evangélico norte-americano, com seus empresários tele-evangelistas e
                                              tele-radialistas são bastante competentes nisso, servindo de modelo aos
                                              imitadores do Brasil), onde não se tolera uma visão de mundo diferente daquele
                                              do sistema dominante. Não esquecendo que o Capitalismo teve, em suas origens, um
                                              grande incentivo dos puritanos protestantes, vemos que a alienada e violenta
                                              (portanto, bem pouco cristã) reação contra a literatura mítica e a filmes como
                                              Potter e o Senhor dos Anéis parece ser ais uma das facetas terríveis da
                                              Globalização econômica que exige uma forma de pensamento insípido. Caberia
                                              perguntar se o tal Anticristo que estes ilustres "doutores" tanto vêem fora não
                                              estaria realmente, como mecanismo de projeção, em suas mentes sedentas de poder.
                                              Seria bom que se começassem a dar um crédito de confiança na capacidade das
                                              pessoas de pensarem por sí-próprias. Caso contrário, pulularam cada vez mais
                                              intermediários e intérpretes da VERDADE, ganhando bastante e fazendo muito
                                              barulho por nada. Espero que outros filmes, como O Senhor dos Anéis, e antigos
                                              seriados como A Feiticeira e Jeannie é um Gênio também possam escapar das garras
                                              da inquisição do século XXI.

                                              Comentário


                                                #24
                                                Incrível como ainda há pessoas que elogiam a via de acção dos EUA
                                                e do seu líder político (se aquilo alguma vez tem perfil de líder...).
                                                E depois a desculpa é sempre a mesma: porque "trataram" da questão do
                                                Iraque (que nem existia), porque vão "tratar" da questão do Irão...
                                                Estamos a falar dum país que não só se auto-proclamou polícia mundial
                                                como ainda por cima se acha no direito de atacar antes e perguntar
                                                depois.

                                                Mas como esse país precisa de manter a máquina de guerra em movimento,
                                                há que arranjar pretextos para fazerem uso dela.
                                                E se já agora puderem deitar a mão a mais petróleo, melhor.

                                                E, realmente, ninguém tira aquele anormal de lá...

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  citação:Originalmente colocada por Boxer

                                                  Incrível como ainda há pessoas que elogiam a via de acção dos EUA
                                                  e do seu líder político (se aquilo alguma vez tem perfil de líder...).
                                                  E depois a desculpa é sempre a mesma: porque "trataram" da questão do
                                                  Iraque (que nem existia), porque vão "tratar" da questão do Irão...
                                                  Estamos a falar dum país que não só se auto-proclamou polícia mundial
                                                  como ainda por cima se acha no direito de atacar antes e perguntar
                                                  depois.

                                                  Mas como esse país precisa de manter a máquina de guerra em movimento,
                                                  há que arranjar pretextos para fazerem uso dela.E se já agora puderem deitar a mão a mais petróleo, melhor.

                                                  E, realmente, ninguém tira aquele anormal de lá...
                                                  Concordo, mas alguem tem que parar os malucos do medio oriente!!!;)

                                                  Comentário

                                                  AD fim dos posts Desktop

                                                  Collapse

                                                  Ad Fim dos Posts Mobile

                                                  Collapse
                                                  Working...
                                                  X