Aqui estou eu para mais test-drives e impressões:
Ora bem,isto começou porque um amigo do meu pai de longa data, pôs o seu velho chasso à venda por 500 euros...
A isso adicionou-se a necessidade de termos aqui mais um carro, por causa do incómodo, de no tempo das revisões ficar sem carro... Assim temos aqui uma chance de contactar com esta proposta: Por um lado um carro que já é raro e praticamente não se vê, por outro a vontade de ter algo mais recente,enfim duas realidades em confronto...
Assim sendo cabeu-me a mim as análises a esta « máquina»:
Tendo em conta o ano de 1988 tenho que confessar que tinha muitas reservas, em vários aspectos, nomeadamente, prestações e consumos e tendo em conta o uso que lhe era dado o carro haveria de estar algo preso e destruído...
Primeira impressão foi algo traumatizadora: o carro só pegou à segunda, mas isso é normal , pelo que diz no livro das instruções, dado que quando o motor está frio, deve-se puxar a alavanca do choke. Passado este falso susto, veio o som do motor... Surpreende para quem espera algo banal! Muito mais encorpado, enbrutado a relembrar à velha guarda.
Os interiores deste carro, tendo em conta o ano de construção estão bem conseguidos, embora algo austeros ( como se esperava) primam pelo rigor da qualidade e da montagem, (embora as pegas da porta já estejam nas últimas).
Barulhos parasitos não tem e o brilho dos materiais mantem-se...
O conforto é aceitável e o espaço no seu interior desafolgado sendo que bagageira é enorme!
Bom após estas primeiras impressões, chegou a hora de o conduzir: os primeiros andamentos foram leves e comedidos para o carro atingir uma temperatura normal, notei no entanto, que o carro estava algo preso, por andar parado muito tempo... Bom mais isso nem foi grande problema, mal ele atingiu o valor normal, numa estrada sem movimento, meti uma segunda e fiquei deveras empolgado pelo andamento deste motor 1.4 CVH a carburador, com baixas promissoras seguido de altas violentas e rápidas! O som é um ronco grave um pouco à americana...
A sonoridade é bastante interessante, bastando um toque na embraiagem para em pleno andamento ouvi-lo a derrapar mesmo em segunda e a desenvolver decididamente até perto de redline (6450 rpms).
A caixa está interessante, sendo que as mudanças são rápidas até à quarta, a quinta neste carro serve apenas para poupar ou andar mais calmamente.
Basta pensar que este em quarta atinge os 167 reais, para entender que mesmo com um curso comprido, ele não é propriamente lento a subir de regime. Só notei alguma falta de fulgor nas recuperações, mas nestes carros de condução mais bruta, o que se faz é meter uma abaixo ( é para isso que serve a caixa) e ele dispara alegremente...
O Orion 1.4 Ghia pesa 870 kgs, isto para um motor 1.4 a carburador de 75 cavalos, faz estragos, embora à partida não pareça, o carro tem um design engraçado mas não faz jus a uma conotação desportiva embora este até tenha tecto de abrir e a palavra Ghia escrita da forma que está parece uma designação GT...Este carro acredito que não tenha pretensões desportivas, mas é sem dúvida despachado e solícito. Em consumos, surpreendeu também: Andaram em torno dos 6,5 litros em misto. Esta versão, felizmente tinha 5 velocidades e não eram automáticas e nem apenas 4. A versão com catalisador gastava mais, andava menos... A versão RS Turbo deve ser esmagadora!!!
A estabilidade deste Orion, é como seria de esperar sentida com algum embalo, pois os pneus são 175, e nota-se o balanço da carroçaria ( sem barra estabilizadora). Os travões são pouco potentes, sendo um aspecto de fácil resolução, optando por outros. Embora isto, seja tudo relativo, basta conduzir com sensatez e avança-se sem grandes problemas.
O equipamento é pobre, mas algo que se enquadrava na altura: Não tem vidros eléctricos, não tem computador de bordo, regulação dos encostos de cabeça , não tem AC, não tem direcção assistida ( sim isso mesmo, mas até era das leves lol), não tem fecho centralizado, não tem ABS, vidros laterais eléctricos, encostos traseiros, coisas todas que vinham como opcionais ( que mesmo assim surpreendiam). As que não vinham sequer como opcionais era o airbag... Tem é os 5 cintos de segurança.
As portas têm um fechar que não envergonha ( tipo portas de papel como de alguns carros que já conduzi), e a estrutura parece ser sólida. Este carro penso que serve para as voltas ocasionais e temporárias.
Tem «apenas» 92.000 km, que num carro com esta idade não é nada. Em termos de fiabilidade nunca parou até hoje, foi sempre revisões e está a andar.Tem sido um tanque de guerra.
PS: No meio disto até fui brindado com um rádio Alpine lool.
Ora bem,isto começou porque um amigo do meu pai de longa data, pôs o seu velho chasso à venda por 500 euros...
A isso adicionou-se a necessidade de termos aqui mais um carro, por causa do incómodo, de no tempo das revisões ficar sem carro... Assim temos aqui uma chance de contactar com esta proposta: Por um lado um carro que já é raro e praticamente não se vê, por outro a vontade de ter algo mais recente,enfim duas realidades em confronto...
Assim sendo cabeu-me a mim as análises a esta « máquina»:
Tendo em conta o ano de 1988 tenho que confessar que tinha muitas reservas, em vários aspectos, nomeadamente, prestações e consumos e tendo em conta o uso que lhe era dado o carro haveria de estar algo preso e destruído...
Primeira impressão foi algo traumatizadora: o carro só pegou à segunda, mas isso é normal , pelo que diz no livro das instruções, dado que quando o motor está frio, deve-se puxar a alavanca do choke. Passado este falso susto, veio o som do motor... Surpreende para quem espera algo banal! Muito mais encorpado, enbrutado a relembrar à velha guarda.
Os interiores deste carro, tendo em conta o ano de construção estão bem conseguidos, embora algo austeros ( como se esperava) primam pelo rigor da qualidade e da montagem, (embora as pegas da porta já estejam nas últimas).
Barulhos parasitos não tem e o brilho dos materiais mantem-se...
O conforto é aceitável e o espaço no seu interior desafolgado sendo que bagageira é enorme!
Bom após estas primeiras impressões, chegou a hora de o conduzir: os primeiros andamentos foram leves e comedidos para o carro atingir uma temperatura normal, notei no entanto, que o carro estava algo preso, por andar parado muito tempo... Bom mais isso nem foi grande problema, mal ele atingiu o valor normal, numa estrada sem movimento, meti uma segunda e fiquei deveras empolgado pelo andamento deste motor 1.4 CVH a carburador, com baixas promissoras seguido de altas violentas e rápidas! O som é um ronco grave um pouco à americana...
A sonoridade é bastante interessante, bastando um toque na embraiagem para em pleno andamento ouvi-lo a derrapar mesmo em segunda e a desenvolver decididamente até perto de redline (6450 rpms).
A caixa está interessante, sendo que as mudanças são rápidas até à quarta, a quinta neste carro serve apenas para poupar ou andar mais calmamente.
Basta pensar que este em quarta atinge os 167 reais, para entender que mesmo com um curso comprido, ele não é propriamente lento a subir de regime. Só notei alguma falta de fulgor nas recuperações, mas nestes carros de condução mais bruta, o que se faz é meter uma abaixo ( é para isso que serve a caixa) e ele dispara alegremente...
O Orion 1.4 Ghia pesa 870 kgs, isto para um motor 1.4 a carburador de 75 cavalos, faz estragos, embora à partida não pareça, o carro tem um design engraçado mas não faz jus a uma conotação desportiva embora este até tenha tecto de abrir e a palavra Ghia escrita da forma que está parece uma designação GT...Este carro acredito que não tenha pretensões desportivas, mas é sem dúvida despachado e solícito. Em consumos, surpreendeu também: Andaram em torno dos 6,5 litros em misto. Esta versão, felizmente tinha 5 velocidades e não eram automáticas e nem apenas 4. A versão com catalisador gastava mais, andava menos... A versão RS Turbo deve ser esmagadora!!!
A estabilidade deste Orion, é como seria de esperar sentida com algum embalo, pois os pneus são 175, e nota-se o balanço da carroçaria ( sem barra estabilizadora). Os travões são pouco potentes, sendo um aspecto de fácil resolução, optando por outros. Embora isto, seja tudo relativo, basta conduzir com sensatez e avança-se sem grandes problemas.
O equipamento é pobre, mas algo que se enquadrava na altura: Não tem vidros eléctricos, não tem computador de bordo, regulação dos encostos de cabeça , não tem AC, não tem direcção assistida ( sim isso mesmo, mas até era das leves lol), não tem fecho centralizado, não tem ABS, vidros laterais eléctricos, encostos traseiros, coisas todas que vinham como opcionais ( que mesmo assim surpreendiam). As que não vinham sequer como opcionais era o airbag... Tem é os 5 cintos de segurança.
As portas têm um fechar que não envergonha ( tipo portas de papel como de alguns carros que já conduzi), e a estrutura parece ser sólida. Este carro penso que serve para as voltas ocasionais e temporárias.
Tem «apenas» 92.000 km, que num carro com esta idade não é nada. Em termos de fiabilidade nunca parou até hoje, foi sempre revisões e está a andar.Tem sido um tanque de guerra.
PS: No meio disto até fui brindado com um rádio Alpine lool.