Também, com resultados como os obtidos neste fim de semana, esperavam o quê ?
Cá os testes são para ser usados, ou vão querer continuar a imputar a culpa dos acidentes sempre à velocidade ?
Cá os testes são para ser usados, ou vão querer continuar a imputar a culpa dos acidentes sempre à velocidade ?
Espanha vai endurecer penalizações por conduzir sob o efeito de álcool e drogas
12.11.2007, Nuno Ribeiro, MadridOperações mobilizando equipas conjuntas detectaram resultados preocupantes no país europeu onde se consome mais cocaína e haxixe
Numa operação de fiscalização realizada no último fim-de-semana de Outubro nas províncias de Badajoz e Saragoça 7,5 por cento dos 409 testes de estupefacientes feitos a condutores tiveram resultados positivos. Até ao fim do ano, a legislação espanhola vai ser alterada para combater com mais dureza a condução sob o efeito das drogas.
"Havia uma impunidade absoluta com as drogas ao volante, o que se traduzia numa falta de consciência dos automobilistas", reconhece Bartolomé Vargas, o magistrado que, desde Maio último, coordena a Fiscalia da Segurança Viária de Espanha. "Até agora conduzir sob o efeito de estupefacientes era um delito não aplicado, mas acreditamos ter dado um passo em frente irreversível", acentuou Vargas.
Para tal, foram constituídas equipas conjuntas de agentes da Guarda Civil de Trânsito, médicos da Direcção-Geral de Tráfego e magistrados. A operação, que foi publicitada anteriormente pela rádio pública, incidiu nas estradas de Badajoz, junto à fronteira portuguesa, e da cidade de Saragoça. Os condutores eram "convidados" a fazer um simples teste de saliva.
Um método que, em dez minutos, detecta a presença de substâncias consumidas até 12 horas antes. Em caso de detecção de drogas, os automobilistas foram submetidos a consulta pelos médicos presentes no local e, numa ambulância situada no controlo, era recolhido sangue ou urina, para posterior análise.
Cocktail de álcool e drogas
Apenas dois automobilistas negaram-se a submeter à prova, pelo que foram sancionados com 600 euros de multa, perderam seis dos 12 pontos da sua carta de condução e ficarão dois meses impedidos de conduzir.
"Temos de analisar os números com cautela, uma vez que os controlos só foram realizados em duas províncias", comentou Bartolomé Vargas. "Se a média foi de 7,5 por cento, tivemos um pico de 11 pontos na noite de sábado [27 de Outubro] em Saragoça, com 17 positivos em 128 testes realizados", precisou o magistrado.
Este pico ultrapassa mesmo outro índice: o de 10 por cento de resultados positivos relativos a presença de droga nas autópsias efectuadas pelo Instituto Nacional de Toxicologia aos mortos em acidentes de tráfego.
Também existem evidências do consumo de estupefacientes entre os feridos que ficaram incapacitados.
Os testes e análises posteriores à operação de Outubro revelaram um verdadeiro cocktail de álcool e drogas nos automobilistas com testes positivos.
Entre os estupefacientes, a cocaína dominava, seguida do haxixe e das anfetaminas. Nada de estranho: a Espanha é o primeiro país europeu no ranking dos consumos de cocaína e haxixe, e o quinto de ecstasy.
Para enfrentar o problema, está em fase de conclusão a revisão do Código Penal no referente à segurança viária. Até ao fim do ano, o Parlamento aprovará normas que serão aplicadas no dia imediato à publicação do diploma e que endurecerão as penas aos automobilistas que conduzam sob o efeito do álcool e de drogas.
Assim, será considerado delito, e não apenas falta, conduzir com mais de 1,2 gramas de álcool no sangue e a condução sob o efeito de estupefacientes será penalizada com prisão entre três a seis meses. Esta pena poderá ser substituída por trabalho para a comunidade, entre 31 a 90 dias, e o automobilista condenado, além de pagar uma forte sanção económica, pede a carta de condução por um período de um a quatro anos.
7,5 % dos condutores fiscalizados em Badajoz e em Saragoça, numa operação em Outubro, tinham consumido estupefaciantes
12.11.2007, Nuno Ribeiro, MadridOperações mobilizando equipas conjuntas detectaram resultados preocupantes no país europeu onde se consome mais cocaína e haxixe
Numa operação de fiscalização realizada no último fim-de-semana de Outubro nas províncias de Badajoz e Saragoça 7,5 por cento dos 409 testes de estupefacientes feitos a condutores tiveram resultados positivos. Até ao fim do ano, a legislação espanhola vai ser alterada para combater com mais dureza a condução sob o efeito das drogas.
"Havia uma impunidade absoluta com as drogas ao volante, o que se traduzia numa falta de consciência dos automobilistas", reconhece Bartolomé Vargas, o magistrado que, desde Maio último, coordena a Fiscalia da Segurança Viária de Espanha. "Até agora conduzir sob o efeito de estupefacientes era um delito não aplicado, mas acreditamos ter dado um passo em frente irreversível", acentuou Vargas.
Para tal, foram constituídas equipas conjuntas de agentes da Guarda Civil de Trânsito, médicos da Direcção-Geral de Tráfego e magistrados. A operação, que foi publicitada anteriormente pela rádio pública, incidiu nas estradas de Badajoz, junto à fronteira portuguesa, e da cidade de Saragoça. Os condutores eram "convidados" a fazer um simples teste de saliva.
Um método que, em dez minutos, detecta a presença de substâncias consumidas até 12 horas antes. Em caso de detecção de drogas, os automobilistas foram submetidos a consulta pelos médicos presentes no local e, numa ambulância situada no controlo, era recolhido sangue ou urina, para posterior análise.
Cocktail de álcool e drogas
Apenas dois automobilistas negaram-se a submeter à prova, pelo que foram sancionados com 600 euros de multa, perderam seis dos 12 pontos da sua carta de condução e ficarão dois meses impedidos de conduzir.
"Temos de analisar os números com cautela, uma vez que os controlos só foram realizados em duas províncias", comentou Bartolomé Vargas. "Se a média foi de 7,5 por cento, tivemos um pico de 11 pontos na noite de sábado [27 de Outubro] em Saragoça, com 17 positivos em 128 testes realizados", precisou o magistrado.
Este pico ultrapassa mesmo outro índice: o de 10 por cento de resultados positivos relativos a presença de droga nas autópsias efectuadas pelo Instituto Nacional de Toxicologia aos mortos em acidentes de tráfego.
Também existem evidências do consumo de estupefacientes entre os feridos que ficaram incapacitados.
Os testes e análises posteriores à operação de Outubro revelaram um verdadeiro cocktail de álcool e drogas nos automobilistas com testes positivos.
Entre os estupefacientes, a cocaína dominava, seguida do haxixe e das anfetaminas. Nada de estranho: a Espanha é o primeiro país europeu no ranking dos consumos de cocaína e haxixe, e o quinto de ecstasy.
Para enfrentar o problema, está em fase de conclusão a revisão do Código Penal no referente à segurança viária. Até ao fim do ano, o Parlamento aprovará normas que serão aplicadas no dia imediato à publicação do diploma e que endurecerão as penas aos automobilistas que conduzam sob o efeito do álcool e de drogas.
Assim, será considerado delito, e não apenas falta, conduzir com mais de 1,2 gramas de álcool no sangue e a condução sob o efeito de estupefacientes será penalizada com prisão entre três a seis meses. Esta pena poderá ser substituída por trabalho para a comunidade, entre 31 a 90 dias, e o automobilista condenado, além de pagar uma forte sanção económica, pede a carta de condução por um período de um a quatro anos.
7,5 % dos condutores fiscalizados em Badajoz e em Saragoça, numa operação em Outubro, tinham consumido estupefaciantes
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