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    Caixa está a ser investigada

    No âmbito das operações públicas de venda da REN e da Martifer ocorreram alegadas irregularidades com várias contas no balcão das amoreiras. A CMVM e o Banco de Portugal já estão a investigar.

    Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) por supostas irregularidades envolvendo algumas contas no balcão das Amoreiras. As situações anómalas ocorreram no âmbito das operações públicas de venda de partes do capital da Martifer e da REN. Aparentemente, em Agosto, foram abertas um conjunto de 96 contas bancárias, envolvendo várias centenas de clientes, nas quais foram cometidas uma série de irregularidades. Estas contas serviam para concorrer ao rateio das acções da Martifer e da REN que estavam a ser colocadas no mercado, potenciando o número de acções que eram obtidas. Mas, no final, os títulos seriam para um cliente importante do balcão que, supostamente, seria o beneficiado da situação. Aliás, segundo apurou o Diário Económico, algumas das pessoas envolvidas nas contas com alegadas anomalias são funcionários do referido cliente.

    A situação é do conhecimento da Caixa. “No âmbito das Ofertas Públicas de Venda da Martifer e da REN, a Caixa Geral de Depósitos apurou que, na sua agência das Amoreiras, se verificou uma situação aparentemente anómala na abertura de algumas contas, envolvendo, além do mais, um cliente significativo do referido balcão”, explicou fonte oficial da Caixa.

    A Caixa detectou a situação quando pessoas começaram a receber cartas de contas que não tinham aberto e dirigiram-se a balcões para regularizar o problema. Foi a partir daí que se iniciou o primeiro processo de averiguação interna e que se percebeu a dimensão da situação em causa. Depois, o caso foi reportado às entidades competentes. “A Caixa, logo que detectou a referida situação, aparentemente anómala, tomou a iniciativa de participar todos os factos, que apurou às competentes autoridades, designadamente, ao Banco de Portugal e à CMVM”, confirmou fonte oficial. Acrescentando que foram fornecidos “sempre todos os elementos àquelas entidades”.

    Os reguladores do sector financeiro preferiram não fazer qualquer comentário, mas o Diário Económico sabe que as investigações estão a decorrer, não havendo ainda conclusões. Paralelamente, a CMVM fez outra auditoria a agências da Caixa por todo o país. A CGD afirma que a situação do balcão das Amoreiras é um caso isolado. “Não foi detectado mais nenhuma outra situação idêntica à verificada na agência das Amoreiras em qualquer outro balcão, em qualquer ponto do país”. Ainda assim, o Diário Económico sabe que, durante as investigações, poderão ter sido descobertos outros casos que incorrem em eventuais irregularidades.

    A situação ocorrida na agência das Amoreiras teve consequências internas na Caixa. “Os funcionários, principais responsáveis directos pela gestão local da agência, foram afastados das suas respectivas funções e estão, naturalmente, a ser objecto da competente acção disciplinar”, referiu fonte oficial. Além disto, os mecanismos de controlo interno foram “ainda mais apertados, de modo a prevenir, na medida do possível, que situação semelhante não possa voltar a ocorrer no futuro”. O caso da agência das Amoreiras tem sido usado nas reuniões internas da Caixa para fazer pedagogia junto dos funcionários: é um exemplo do que não deve acontecer.

    Clientes não são prejudicados
    Alguns clientes, quando receberam as cartas da Caixa Geral de Depósitos referente a contas que não tinham aberto, notaram também que estavam a ser cobradas comissões referentes à gestão de carteiras de títulos. Ou seja, potencialmente estas pessoas poderiam ser prejudicadas, mas a CGD garante que nada disso aconteceu. “A situação, até agora apurada, não acarretou qualquer prejuízo para os clientes indirectamente envolvidos, restando dizer que é claro que estarão isentos de qualquer despesa ou prejuízo” decorrente do que ocorreu na agência das Amoreiras, concluiu fonte oficial do banco público.

    Rateio garante igualdade entre investidores
    O rateio é o sistema que, sempre que a procura é superior à oferta, garante igualdade entre os investidores de cada categoria, de forma a que uns não fiquem com muito mais acções do que outros. Por exemplo, na privatização da REN, a forte procura levou à grande redução do número de acções a atribuir a cada accionista: quem pré--reservou 40 mil acções no primeiro período, ficou com 330. O rateio é um número, abaixo de um, pelo qual é multiplicado o valor de acções pedidas, para se apurar o valor final a que terá direito. Há investidores que, convencidos de que certas privatizações são um bom negócio, procuram ficar com mais acções do que aquelas a que teriam direito, mas tal só é possível se tiverem várias contas ou recorrerem a outras pessoas. É frequente a especulação acerca destas manobras, mas esta é a primeira vez em que as autoridades detectaram, com fortes indícios, a sua prática.

    Lei é clara nas regras para abrir contas
    As regras para a abertura de contas bancárias são claras e estão definidas no aviso 11/2005 do Banco de Portugal. O documento clarifica o “dever especial de cuidado” na abertura das contas, nomeadamente em termos de identificação dos titulares e poderes de movimentação das mesmas. A identificação é um dos pontos-chave, exigindo-se os documentos originais ou cópias certificadas, e sendo mesmo proibido permitir ou fazer qualquer movimento sem que todos os elementos iniciais estejam cumpridos. Naturalmente, só quem possui os poderes de movimentação das contas pode fazê-lo. Para além do Banco de Portugal, o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras estabelece a articulação com a CMVM nos casos em que “estiver em causa o exercício da actividade de intermediação de instrumentos financeiros.

    Muita procura, pouca oferta
    No conjunto da Oferta Pública de Subscrição e venda ao público em geral e trabalhadores, a procura das acções da Martifer superou em 102 vezes a oferta – o que permitiu um encaixe de 191,7 milhões de euros, após custos e descontos para trabalhadores. Com muita procura para pouca oferta (25 milhões de acções), os 25% de capital social alienado acabaram repartidos entre 63 mil accionistas, cada um com um máximo de 90 acções ( ou 100, com os lotes de dez sorteados). Tendo o preço da oferta inicial sido fixado nos oito euros, valor máximo do intervalo, a empresa de Carlos e Jorge Martins (37,5%) e António Mota (37,5%) valia 800 milhões de euros quando começou a negociar no mercado, a 27 de Junho. A estreia da Martifer em bolsa, trouxe-lhe ganhos de 31,5%, com as acções a chegar aos 12 euros (uma valorização de 50%) na abertura da sessão. Passado o entusiasmo provou-se a justiça do preço inicial: à hora do fecho de ontem, as acções valiam 8,48 euros, preço médio dos títulos desde Setembro.

    A mais desejada
    A procura às acções da REN excedeu em 100 vezes a oferta disponível e em 80 a oferta institucional (19% do Estado mais 5% da EDP). Com 119 milhões de acções para uma procura de 12 mil milhões de investidores, quem deu ordens de compra ao máximo permitido a pequenos subscritores e emigrantes (dez mil acções) e público em geral (40 mil) recebeu um máximo de 480 títulos, a 2,75 euros cada – valor máximo do intervalo estabelecido. O máximo atribuído a quem só concorreu à tranche do público em geral foi de 330 acções e aos emigrantes e pequenos subscritores coube um máximo de 150 acções. No total, os 24% do capital social da REN foram divididos por cerca de 200 mil accionistas. No primeiro dia em bolsa, a 10 de Julho, as acções da REN dispararam 27,27%, revelando-se o título mais líquido do dia e fechando nos 3,5 euros. Desde então, o valor não tem sofrido grandes oscilações, mantendo-se, no entanto, quase sempre acima daquele No fecho de ontem, a REN cotava nos 3,68 euros.

    in: http://diarioeconomico.sapo.pt/edici...o/1066020.html

    Depois do BCP .... polémica na CGD ...

    #2
    A situação descrita da CGD nada tem a ver com a do BCP.

    Naquela verificou-se anormalidades a nível local e em apenas uma agência em que funcionários alegadamente terão cometido ilegalidades, tendo sido prontamente abertos processos disciplinares e os visados afastados de funções.

    No BCP as eventuais iliegalidades situam-se a nivel da cúpula directiva e a nível interno nada foi feito, aliás nem podia pois para já parece que tudo foi feito com a conivência do banco. Tem que ser agora a CMVM e o BP a investigar. Resta a questão ainda sobre qtos funcionários/directores/gestores/presidentes do conselho consultivo do bcp foram afastados de funções...

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por Celsius Ver Post
      A situação descrita da CGD nada tem a ver com a do BCP.

      Naquela verificou-se anormalidades a nível local e em apenas uma agência em que funcionários alegadamente terão cometido ilegalidades, tendo sido prontamente abertos processos disciplinares e os visados afastados de funções.

      No BCP as eventuais iliegalidades situam-se a nivel da cúpula directiva e a nível interno nada foi feito, aliás nem podia pois para já parece que tudo foi feito com a conivência do banco. Tem que ser agora a CMVM e o BP a investigar. Resta a questão ainda sobre qtos funcionários/directores/gestores/presidentes do conselho consultivo do bcp foram afastados de funções...
      Eu não disse em lado nenhum que eram iguais ... são irregularidades que acontecerem em ambas as instituições ...

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por michaelvasconcelos Ver Post
        Eu não disse em lado nenhum que eram iguais ... são irregularidades que acontecerem em ambas as instituições ...


        Eu tb não disse que disseste!

        Apenas explicitei as várias diferenças, para dpois não se tirarem conclusões precipitadas!

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