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Empresas nacionais fogem para a Romenia

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    Empresas nacionais fogem para a Romenia

    Deslocalização ou investimento 2007-12-19 00:05
    Empresas nacionais fogem para a Roménia

    Já são mais de cinquenta as empresas portuguesas que estão a aproveitar a Roménia para baixarem os custos e explorarem oportunidades de negócio. Martifer, Efacec, Aerosoles e BCP são alguns exemplos.

    Mónica Silvares

    Mão-de-obra de baixo custo. ‘Know-how’. Elevadas qualificações. Localização central. Estas são algumas das principais características que levaram pelo menos 58 empresas portuguesas a deslocar parte da sua produção para a Roménia, de acordo com os dados avançado ao Diário Económico pela AICEP. A entrada deste país da Europa de Leste na União Europeia (UE) veio acelerar o interesse das empresas nacionais em estar presentes neste mercado.

    Um dos casos mais emblemáticos é por exemplo o da Aerosoles. É uma das empresas nacionais de grande sucesso e decidiu deslocar para a Roménia a produção de sapatos injectados à sola. “O ‘know how’ e os baixos custos da mão de obra foram algumas das razões que estiveram por trás da decisão de avançar para a Roménia”, explicou fonte oficial da empresa, que dá emprego a 160 trabalhadores na Roménia. A Roménia assegura na íntegra todo o processo de fabrico dos sapatos, mas depois a distribuição é feita a partir de Portugal ou do entreposto na Holanda.

    São, pelo menos, quatro as empresas de calçado romenas que têm capital português. Mas no sector têxtil e do vestuário esse número eleva-se para 15. “Grande parte das empresas têxteis foi para a Roménia para beneficiar dos baixos custos de produção. A ideia é produzir para todos os mercados e não apenas para o mercado romeno”, explica Paulo Nunes de Almeida. O presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) precisou ainda que “a ideia é aproveitar os salários mais baixos, as responsabilidades menores para com o pessoal – por exemplo, para despedir basta um aviso prévio de 15 dias –, e ainda aproveitar o ‘know-how’ que este mercado tem em termos de produção têxtil. Ao contrário do que acontece com a Aerosoles, as empresas têxteis optam por fazer a distribuição a partir da Roménia “porque é um mercado longínquo e os custos de transporte são muito elevados”. Além disso, reforça ainda Nunes de Almeida “quer se trate de marca própria ou de encomendas de terceiros, o ‘design’ é feito em Portugal e os produtos mais complexos também. O cerne do negócio fica sempre em Portugal”.

    A ERT, empresa de revestimentos têxteis ou a Malhas Gato Preto são alguns exemplos de empresas têxteis que avançaram para este mercado. Mas há também quem desista. A Tebe, outra têxtil, optou por produzir parcialmente as suas malhas circulares na Roménia, entre 2001 e 2006, recorrendo a uma parceria com uma empresa romena. “O preço da mão-de-obra levou-nos para lá”, avança Carlos Filipe Castro. Mas o responsável da empresa afirma que já não estão neste mercado, embora não tenha avançado as razões.

    Na mesma situação está a Gesfinu, uma empresas de engenharia que foi para a Roménia, Polónia e Eslováquia de mão dada com a Martifer. Mas acabou por ceder à sua posição à empresa dos irmãos Martins “por razões estratégicas”, explicou Lima Rebelo, garantindo que “a empresa continua interessada no mercado”.

    Mas nem todas as empresas portuguesas que têm os olhos postos na Roménia o fazem com o intuito de deslocar parte da produção. “Muitas empresas estão a avançar porque este é um mercado com enorme potencial”, defende o economista e empresário António Nogueira Leite. “A opção não assenta apenas em mão-de-obra barata, mas das capacidades locais que permitem potenciar a actividade das empresas”, explica. Os fundos estruturais são outros dos pontos que podem ajudar as empresas nacionais a interessarem-se por este mercado, até porque como frisa Nogueira Leite “sempre que a economia portuguesa cresce pouco, as empresas portuguesas vão procurar oportunidades noutros locais”.


    Empresas portuguesas na Roménia

    Aerosoles
    No âmbito da sua estratégia de crescimento, a Aerosoles decidiu deslocalizar para a Roménia a produção de sapatos injectados à sola. Começou com um regime de subcontratação, mas em Janeiro de 2004 adquiriu uma empresa e agora dão emprego a cerca de 160 trabalhadores. “O ‘know how’ e os baixos custos da mão de obra foram algumas das razões que estiveram por trás da decisão de avançar para a Roménia”, explicou fonte oficial da empresa, acrescentando ainda “o facto de este ser um mercado no centro da UE, que permite grande flexibilidade logística”.

    Martifer
    O quadro regulatório em termos de política energética foi uma das principais razões que levou a Martifer a avançar para a Roménia. Isso e a abundância de matéria-prima (cereais) para a produção de biodisel, explicou Jorge Martins. O CEO reconhece que o país “é quase insignificante no volume de negócios da empresa”, mas avança que o objectivo é continuar a investir não só na primeira fábrica de biodiesel que lá construíram, mas também nos parques eólicos e nas estruturas metálicas para as quais vão criar capacidade produtiva já no próximo ano. Jorge Martins escusou-se a dar o valor do investimento.

    Gesfinu
    A Gesfinu, uma empresas de engenharia que foi para a Roménia, Polónia e Eslováquia de mão dada com a Martifer. Mas acabou por ceder à sua posição à empresa dos irmãos Martins. Lima Rebelo garante que “a empresa continua interessada no mercado”, embora esteja, “a analisar outros mercados”. “Em termos de energia eólica este mercado tem um excelente potencial, apesar das dificuldades de ligação à rede. Mas não deixa de ser um mercado interessante”, precisa. Para já a empresa reentrou na Polónia e está a estudar avançar para outros mercados.

    Infosistemas
    “A Roménia tem muitos recursos a sair das universidades e é por isso que estamos interessados neste mercado”, explica Gonçalo Caeiro. O director-geral da empresa que agora esta envolvida no desenvolvimento de software informático de combate ao branqueamento de capitais lamenta o facto de na Roménia na área de IT os salários estarem muito inflacionados porque todas as empresas francesas, alemãs desta área se deslocalizaram para a Roménia. “Portugal se tivesse os recursos necessário era o ponto óptimo”, explica já que os EUA são um dos grandes mercados para esta empresa.

    Fonte: DiarioEconomico

    Não só as empresas estrangeiras a deslocar a sua produção para outros paises.

    #2
    Solução?

    Baixar o ordenado mínimo para 50€ ou aboli-lo até...veriam como mais nenhuma se ía embora...

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      #3
      Filhos da P***... vamos atrás deles!!!

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        #4
        Se fossem só essas empresas ... principalmente o sector têxtil está a sair todo para lá .

        Comentário


          #5
          E tem todo o direito a deslocalizar....

          Se é o que é necessário para conseguirem alguma cota de mercado, então força nisso...

          Portugal não pode concorrer com a mão de obra barata que outros países oferecem, e nem tem que poder concorrer, isso seria mau sinal...

          O caminho de da economia Portuguesa não passa por baixos salarios e funcões indiferenciadas, com baixo nivel de qualificações, isso fica para o chineses....

          Portugal tem que ter mão de obra especializada, altamente qualificada e requisitada, tornando-se insubstituível e não deslocalizável...e com alto rendimento.

          Temos que implementar industrias tecnológicas, inovadoras, altamente especializadas e de grande qualidade, com iguais características na sua mão de obra..

          Tem que se qualificar a sério a população, e investir a sério na industria tecnológica seja ela qual fôr...

          O tempo do salário mínimo para a maioria da população tem que desaparecer para a economia crescer..

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            #6
            É aqui uma ligeira confusão ...

            Uma coisa é deslocalizar, outra é atacar o mercado.

            O BCP não vai mudar para lá os seus balcões....

            Agora, temos de ver a Roménia como outro mercado qualquer. Está ali, vamos a ele. Qual o problema ?

            Conheço casos de perfeito fracasso na deslocalização da produção de Portugal para a Roménia.

            Agora, vender chouriços, vinhos, pregos e parafusos, quanto mais melhor.
            Não se esqueçam das garantias bancárias...

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              #7
              Originalmente Colocado por Bruno Grilo Ver Post
              Solução?

              Baixar o ordenado mínimo para 50€ ou aboli-lo até...veriam como mais nenhuma se ía embora...
              Tudo o que é produção de baixo custo em Portugal está condenado, é uma questão de tempo.

              E depois o país está no pior sitio que podia estar, que é no meio, não pode competir com os salários baixos, mas depois não tem mão de obra qualificada para conseguir atrair empresas qualificadas (mas lá vai tentando).

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