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Um segundo.

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    Um segundo.

    Pessoal, só um textito que me lembrei de escrever...

    Este episódio é fictício, mas baseado em muitos outros reais que transformam vidas, servindo apenas para reflectir um pouco.

    Sexta feira, 22h30.

    O Zé, de 20 anos, pára em casa da Joana, para lhe dar boleia, como combinado. Seguem juntos, com o Miguel e o Pedro, para mais uma noite. O ambiente é descontraído, uns dizem piadas, mandam bocas e no meio da conversa, tentam decidir aonde ir para uma mais uma noite, com o objectivo de se descontraírem, dançarem, passearem, beber um copito.

    Noutro ponto da cidade, pouco tempo antes, António, sai do escritório. Cansado, depois de uma semana de trabalho muito cansativa, prepara-se para ir para casa. Hoje teve de ficar até mais tarde, pois esteve a preparar uma reunião que vai ter segunda de manhã com um novo potencial cliente da empresa. Durante esta semana, o stress, horas extraordinárias e noites mal dormidas foram a regra. Entra no carro, tendo apenas em mente a vontade de chgar a casa e aproveitar bem este fim de semana para descansar e ir passear com a mulher e os filhos.

    Os quatro amigos continuam a caminho. Joana está a falar ao telemóvel com mais uma amiga, a combinar um ponto de encontro.

    António, ainda a rever mentalmente alguns dos pontos da reunião, segue para casa, pelo percurso que faz diariamente há mais de 10 anos. Já conhece cada sinal, cada árvore, cada centímetro de alcatrão que encontra no caminho. De repente, ao chegar a um cruzamento, devido ao seu cansaço, António entra no mesmo desrespeitando um sinal de cedência de passagem. Nesse mesmo instante, o veículo onde seguem os quatro amigos está a passar no cruzamento! Zé ainda guina o volante, mas o embate foi inevitável! No segundo anterior, António estava a pensar na reunião. Joana falava ao telemóvel. O Zé e o Miguel trocavam umas piadas e o Pedro ria-se das mesmas. No segundo a seguir, o cenário é desolador! Um casal, que estava a sair de um veículo estacionado nas redondezas, apercebe-se do embate. O homem pega no telemóvel e marca o 112 nervosamente, enquanto a sua esposa, em choque limita-se a olhar para os dois veículos, agora meros bocados de metal retorcido. Enquanto ele, de uma forma nervosa e em choque se aproxima dos carros, tentando comunicar com o operador do INEM, a sua esposa permanece imobilizada, ao longe, vindo-lhe as lágrimas aos olhos. Zé está inconsciente, Joana chora, em pânico. Pedro e Miguel também não reagem. António, sai do carro cambaleando e ainda sem se aperceber do que acabou de acontecer, com queimaduras na cara resultantes do disparo dos airbag's e com dores intensas no joelho direito.

    Outros veículos param no local do acidente, acorrendo algumas pessoas aos sinistrados.

    Passado alguns minutos, chegam as primeiras viaturas de socorro. Para António, que mal consegue andar, cansado e baralhado, o mundo parou. Só pergunta: 'O que é que aconteceu?' Ouvem-se uns gritos 'estão mortos!!' 'Deixem passar a ambulância!' 'Coitados, tão novos...'

    Passado um bocado dirige-se um agente da Polícia: 'O senhor é o condutor do veículo azul? Está ferido? Apresente-me os seus documentos e os da viatura, sff.' António olha para o mesmo, sem esboçar reacção.

    Entretanto, os bombeiros conseguem desencarcerar o veículo, tirando Joana, a qual continua em pânico e lavada em lágrimas, com sangue espalhado em vários pontos do corpo, mas felizmente sem ferimentos graves. Zé continua desmaiado, vindo a acordar 2 meses mais tarde no Hospital, paraplégico. Pedro e Miguel morreram no local.

    Foi um segundo, uma desatenção, um piscar de olhos. Um cenário de quatro amigos descontraídos e divertidos transformado em tragédia. Um homem perfeitamente comum, conhecido por ser um bom amigo, um bom pai de família, tinha acabado de causar tamanha tragédia. Porque é que aconteceu? Porque é que o tempo não volta atrás? Porquê eles? Tanta gente má no mundo, porquê eles?!??? O sentimento é de revolta, impotência, mágoa profunda, tristeza, desespero, todo um cocktail de emoções negativas.

    Foi só um texto que me apeteceu escrever. Quantas vezes pensamos que é só mais um copito, é só hoje que afundo o pedal um pouco, não há problema em atender esta chamada, guiamos a pensar noutra coisa, neste STOP a visibilidade é boa, etc?
    Editado pela última vez por LuisMiguel; 16 February 2008, 20:32.

    #2
    sem palavras, ate fiquei arrepaiado


    conseguiste retratar uma situaçao que podia muito ser evitada e que podia ter salvo vidas e que sao pao nosso de cada dia neste nosso Portugal oportunista e criminoso a nivel da conduçao praticada


    so uma coisa me vem a cabeça nestas situaçoes


    PORQUÊ????????? porquê que ele nao parou??? porquê que nao ia mais devagar??? porquê que nao parou no stop????
    Editado pela última vez por Drifter; 16 February 2008, 20:50.

    Comentário


      #3
      Um história que deve ser relembrada antes de qualquer um se meter à estrada....por assim dizer.

      Pena o final, mas por vezes ainda é pior, quando vai um Zé Leitao a conduzir a sua ford transit a deitar algo para a estrada ( semelhante a óleo) , até que vem atrás um senhor a conduzir o seu carrito com a família e filhos, e tem um embate frontal num muro, ou simplesmente "corre por uma ravina"...

      É assim a vida, a natureza....


      De qualquer forma, boa história ;)

      Cumprimentos, e prudência ...

      Comentário


        #4
        faz pensar.

        é por essas e por outras que nao gosto que ninguem me conduza. prefiro ter o controlo total do carro.. assim ao menos sei quando é que estou bom e quando é que nao estou bom para conduzir..

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por _Drifter_ Ver Post
          sem palavras, ate fiquei arrepaiado


          conseguiste retratar uma situaçao que podia muito ser evitada e que podia ter salvo vidas e que sao pao nosso de cada dia neste nosso Portugal oportunista e criminoso a nivel da conduçao praticada


          so uma coisa me vem a cabeça nestas situaçoes


          PORQUÊ????????? porquê que ele nao parou??? porquê que nao ia mais devagar??? porquê que nao parou no stop????



          Então nao vês essa pergunta tantas vezes respondida neste fórum??

          Pq são sitios c boa visibilidade, pq o Stop nem lá devia estar, pq a velocidade até seria adequada p via, pq as pessoas se consideram responsaveis e razoaveis, esquecendo-se q existem inumeros outros factores q diminuem a nossa atenção e q a mesma pode variar muitissimo, independentemente do quão responsaveis cada um de nós se julga.

          Gostei mto desta obra ficional e mtas vezes vejo acidentes horriveis nos sitios mais improvaveis de acontecerem e nas circunstancias mais inesperadas. Com perda de vidas, infelizmente.

          Comentário


            #6
            Só digo isto, eu conduzo quase sempre sem música ligada, distrai, mas há pessoas que quase não conseguem perceber isso, carro sem música não é carro.

            Eu não gosto de confusão no carro, distrai.

            Para mim conduzir é um exercício de concentração.

            Detesto conduzir cansado e com sono.

            Comentário


              #7
              Bom texto

              Infelizmente relata as histórias de muitos acidentes que realmente existiram...

              Basta um segundo, todos nós já nos distraímos e pisamos o risco, normalmente sem consequências.

              Comentário


                #8
                Se o texto não é plagiado está bom. Tens boa técnica de escrita.

                Comentário


                  #9
                  ...

                  Originalmente Colocado por Pininfarina Ver Post
                  Se o texto não é plagiado está bom. Tens boa técnica de escrita.

                  Diria mais, temos "guionista" e olha que pagam bem pois há poucos...

                  Comentário


                    #10
                    Os meus parabéns ao autor do tópico, bom texto

                    Quanto ao assunto que trata, aplico-lhe o velho ditado: "Mais vale perder um minuto de vida do que a vida num minuto"

                    Lembrem-se disto a cada momento...

                    Comentário


                      #11
                      Muito bom texto mesmo. Retrata um pouco o facto de que tudo está bem, e de repente sem sequer dar tempo para pensar, ou refletir, tudo acaba, num dia normal como tantos outros numa vida rotineira que se repete à tantos anos.

                      Comentário


                        #12
                        uma curta-metragem/publicidade para a PRP assim não era nada mal pensado...

                        Comentário


                          #13
                          Parabens pelo texto Luis e principalmente pela mensagem q o teu post/tópico transmitem

                          Comentário


                            #14
                            Cinco estrelas. Parabéns.

                            Se ao menos as pessoas pensassem todas assim quando se "metem à estrada" certamente muitas vidas seriam poupadas! Mas o cumprimento das regras por cá é o que se vê, sempre discutível, sempre a questionar-se o porquê desta ou daquela regra...

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por MAZDA 6 Ver Post
                              "Mais vale perder um minuto de vida do que a vida num minuto"
                              ja dizia o graciano saga !

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por Luís Miguel Ver Post
                                Pessoal, só um textito que me lembrei de escrever...

                                Este episódio é fictício, mas baseado em muitos outros reais que transformam vidas, servindo apenas para reflectir um pouco.

                                Sexta feira, 22h30.

                                O Zé, de 20 anos, pára em casa da Joana, para lhe dar boleia, como combinado. Seguem juntos, com o Miguel e o Pedro, para mais uma noite. O ambiente é descontraído, uns dizem piadas, mandam bocas e no meio da conversa, tentam decidir aonde ir para uma mais uma noite, com o objectivo de se descontraírem, dançarem, passearem, beber um copito.

                                Noutro ponto da cidade, pouco tempo antes, António, sai do escritório. Cansado, depois de uma semana de trabalho muito cansativa, prepara-se para ir para casa. Hoje teve de ficar até mais tarde, pois esteve a preparar uma reunião que vai ter segunda de manhã com um novo potencial cliente da empresa. Durante esta semana, o stress, horas extraordinárias e noites mal dormidas foram a regra. Entra no carro, tendo apenas em mente a vontade de chgar a casa e aproveitar bem este fim de semana para descansar e ir passear com a mulher e os filhos.

                                Os quatro amigos continuam a caminho. Joana está a falar ao telemóvel com mais uma amiga, a combinar um ponto de encontro.

                                António, ainda a rever mentalmente alguns dos pontos da reunião, segue para casa, pelo percurso que faz diariamente há mais de 10 anos. Já conhece cada sinal, cada árvore, cada centímetro de alcatrão que encontra no caminho. De repente, ao chegar a um cruzamento, devido ao seu cansaço, António entra no mesmo desrespeitando um sinal de cedência de passagem. Nesse mesmo instante, o veículo onde seguem os quatro amigos está a passar no cruzamento! Zé ainda guina o volante, mas o embate foi inevitável! No segundo anterior, António estava a pensar na reunião. Joana falava ao telemóvel. O Zé e o Miguel trocavam umas piadas e o Pedro ria-se das mesmas. No segundo a seguir, o cenário é desolador! Um casal, que estava a sair de um veículo estacionado nas redondezas, apercebe-se do embate. O homem pega no telemóvel e marca o 112 nervosamente, enquanto a sua esposa, em choque limita-se a olhar para os dois veículos, agora meros bocados de metal retorcido. Enquanto ele, de uma forma nervosa e em choque se aproxima dos carros, tentando comunicar com o operador do INEM, a sua esposa permanece imobilizada, ao longe, vindo-lhe as lágrimas aos olhos. Zé está inconsciente, Joana chora, em pânico. Pedro e Miguel também não reagem. António, sai do carro cambaleando e ainda sem se aperceber do que acabou de acontecer, com queimaduras na cara resultantes do disparo dos airbag's e com dores intensas no joelho direito.

                                Outros veículos param no local do acidente, acorrendo algumas pessoas aos sinistrados.

                                Passado alguns minutos, chegam as primeiras viaturas de socorro. Para António, que mal consegue andar, cansado e baralhado, o mundo parou. Só pergunta: 'O que é que aconteceu?' Ouvem-se uns gritos 'estão mortos!!' 'Deixem passar a ambulância!' 'Coitados, tão novos...'

                                Passado um bocado dirige-se um agente da Polícia: 'O senhor é o condutor do veículo azul? Está ferido? Apresente-me os seus documentos e os da viatura, sff.' António olha para o mesmo, sem esboçar reacção.

                                Entretanto, os bombeiros conseguem desencarcerar o veículo, tirando Joana, a qual continua em pânico e lavada em lágrimas, com sangue espalhado em vários pontos do corpo, mas felizmente sem ferimentos graves. Zé continua desmaiado, vindo a acordar 2 meses mais tarde no Hospital, paraplégico. Pedro e Miguel morreram no local.

                                Foi um segundo, uma desatenção, um piscar de olhos. Um cenário de quatro amigos descontraídos e divertidos transformado em tragédia. Um homem perfeitamente comum, conhecido por ser um bom amigo, um bom pai de família, tinha acabado de causar tamanha tragédia. Porque é que aconteceu? Porque é que o tempo não volta atrás? Porquê eles? Tanta gente má no mundo, porquê eles?!??? O sentimento é de revolta, impotência, mágoa profunda, tristeza, desespero, todo um cocktail de emoções negativas.

                                Foi só um texto que me apeteceu escrever. Quantas vezes pensamos que é só mais um copito, é só hoje que afundo o pedal um pouco, não há problema em atender esta chamada, guiamos a pensar noutra coisa, neste STOP a visibilidade é boa, etc?
                                Fiquei sem saber afinal de quem foi a culpa? ou será que a culpa foi outra vez de um copo a mais, até leva a crer que num mundo sem copos nunca haveria acidentes

                                Comentário


                                  #17
                                  "De repente, ao chegar a um cruzamento, devido ao seu cansaço, António entra no mesmo desrespeitando um sinal de cedência de passagem."

                                  Comentário


                                    #18
                                    bravo!!! diria espantoso apesar de sabermos que é com uma enorme frequencia que em portugal/ Mundo inteiro vive desta forma onde uns destroem os outros retratados num texto simplesmente brilhante seria capaz de Mobilizar forças e sensibilizar os demais utentes das nossas estradas...

                                    PS: Agora fico a pensar como seria isto colocado como campanha de sensibilização????? fiquei seriamente surpreendido com tamanha sensibilização estás de parabéns pra mim já subiste 1 ponto hehehehe cumprimentos e conduzão com prudencia

                                    Comentário


                                      #19
                                      simplesmente brutal.. Muito Parabens


                                      como ja foi dito ficava excelente como campanha de sensibilizacao

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por Kopien Ver Post
                                        Só digo isto, eu conduzo quase sempre sem música ligada, distrai, mas há pessoas que quase não conseguem perceber isso, carro sem música não é carro.

                                        Eu não gosto de confusão no carro, distrai.

                                        Para mim conduzir é um exercício de concentração.

                                        Detesto conduzir cansado e com sono.

                                        eu também sou um pouco assim, prefiro ter o ruído do motor, e mesmo assim gosto quando ele é pouco...

                                        Em relação a conduzir com sono nunca me aconteceu, aliás até parece que me tira o sono.

                                        Cumps

                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por PedroPereira Ver Post
                                          eu também sou um pouco assim, prefiro ter o ruído do motor, e mesmo assim gosto quando ele é pouco...

                                          Em relação a conduzir com sono nunca me aconteceu, aliás até parece que me tira o sono.

                                          Cumps

                                          primeiro: Dizer que o texto está muito bom se não é o relato de uma situação real está muito bem apresentado.

                                          segundo: PedroPereira, Não digas Nunca eu também dizia que conduzir me acordava ou nunca adormecia num carro até que depois de um mês de trabalho intensivo, na viagem de regresso a casa só me lembro de acordar com umas luzes de frente para mim, guinei o volante par a direita e o carro comportou-se bem, sinceramente não me lembro das últimas curvas por onde passei mas felizmente segui para casa com uma lição muito grande na bagagem.

                                          NUNCA DIGAS NUNCA

                                          vou repetir mas nunca é demais
                                          mais vale um minuto na vida que a vida num minuto e devagar se vai ao longe

                                          Comentário


                                            #22
                                            Quando vou sosinho a conduzir, música desligada, e olhar para todos os cantos possiveis, quando vou com outras pessoas as vezes deixo porem a musica baixa, porque normalmente também não vão a falar e ajudam com alguma situação inesperada.

                                            Ouvir o motor e sentir o carro também acho fundamental, para termos controlo do mesmo.

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por Kopien Ver Post
                                              Só digo isto, eu conduzo quase sempre sem música ligada, distrai, mas há pessoas que quase não conseguem perceber isso, carro sem música não é carro.

                                              Eu não gosto de confusão no carro, distrai.
                                              Para mim conduzir é um exercício de concentração.
                                              Detesto conduzir cansado e com sono.
                                              Epá... depende muito de cada um, sabes? Eu, por exemplo, tenho problemas de concentração num só assunto. Assim, a música ajudou-me durante anos de estudo e é a primeira coisa que ouço assim que chego ao carro... porque se ela n estiver lá, começo a distrair-me com tudo o que haja à volta (paisagem, outros carros, etc). Com ela ligada, o meu cérebro já tem com que se distrair enquanto estou a conduzir... parece esquisito, mas é mesmo assim.

                                              Comentário


                                                #24
                                                Posso dizer que quando comecei a namorar com a minha futura (muito em breve) esposa, ela achava estranho que quando ia a conduzir quase não falava para ela... Sou uma pessoa com grande poder de concentração em tudo: era a estudar, agora a trabalhar, a conduzir, a ouvir musica... tudo...
                                                E concordo com a música no carro... carro sem música não é carro...

                                                Cumps

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Excelente texto para uma situação tão comum infelizmente.

                                                  Aproveito para reforçar a ideia já lançada de tentar tornar esse texto / adaptação numa campanha de prevenção.

                                                  Se os meios oficiais não ajudarem, hoje em dia já se consegue chegar a bastante lado com a net por exemplo.

                                                  Cumps

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    musica? sem ser exageradamente alta, mas é sempre bom ir a ouvir um bom som no carro... =D

                                                    Comentário

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