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Outsourcing custa ao estado 958 milhões de euros

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    Outsourcing custa ao estado 958 milhões de euros

    Administração Pública: Despesa cresceu 155 milhões
    Serviços externos custam 958 milhões

    O Governo tem feito da redução da despesa pública um dos seus cavalos de batalha, mas se tem conseguido fazer com que o aumento dos gastos com salários seja menor, o mesmo não se pode dizer em relação à aquisição de serviços. Entre 2006 e 2007 a despesa com remunerações aumentou 63 milhões de euros, ou seja, 0,8 por cento, enquanto os gastos com a aquisição de serviços subiu perto de 155 milhões de euros, isto é, 19,3 por cento.

    No total o Estado gastou perto de 958 milhões de euros com a aquisição de serviços e 8,330 milhões de euros com salários.

    Para o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), que fez as contas ao aumento da despesa com a aquisição de serviços, isto “revela a intensificação do recurso do Estado ao outsourcing, ou seja, a contratação de serviços a privados.

    “Na Saúde, por exemplo, temos visto o Ministério prescindir de funcionários com contratos a prazo para depois esses mesmos trabalhadores executarem os mesmos serviços mas numa empresa privada”, denunciou Bettencourt Picanço em conversa com o CM. Com isto, e segundo o sindicalista, o Estado gasta mais dinheiro porque em vez de pagar, por exemplo, 500 euros ao funcionário passa a pagar 700 euros à empresa.

    “Isto é, aumenta o desemprego e a colocação de trabalhadores na eufemística mobilidade especial e alguém engole as verbas poupadas engordando os lucros invisíveis”, refere o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado.

    O Ministério que mais gastou com a aquisição de serviços foi o da Justiça, onde esta despesa disparou 65 milhões de euros em relação ao ano anterior. Seguiu-se o Ministério dos Negócios Estrangeiros com um acréscimo de 51,3 milhões de euros e a Defesa com uma subida de 26,2 milhões de euros.

    APELO AO VETO PRESIDENCIAL

    O Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado considera discriminatório que os funcionários públicos tenham de descontar mais um por cento dos seus salários que os restantes trabalhadores para que lhes seja reconhecido o direito à protecção social em caso de desemprego. Por esta razão, o sindicato presidido por Bettencourt Picanço pediu ao Presidente da República que vete o Decreto-Lei número 187 sobre a Protecção no Desemprego na Administração Pública ou, pelo menos, que solicite a sua fiscalização preventiva pelo Tribunal Constitucional. A organização sindical alega que este decreto “viola o princípio da igualdade” ao fazer com que os funcionários descontem uma taxa social total de 12 por cento, enquanto os restantes trabalhadores descontam 11 por cento.

    DESPESAS COM AQUISIÇÃO DE SERVIÇOS

    Ministério: 2006 / 2007



    Justiça: 75,3 / 140,3

    Negócios Estrangeiros: 33,7 / 85,0

    Defesa: 229,7 / 255,9

    Agricultura: 34,0 / 43,0

    Saúde: 26,9 / 33,2

    Administração Interna 105,5 / 108,7

    Educação: 28,6 / 30,0

    Obras Públicas: 6,5 / 7,5

    Finanças e Adm. Pública 138,0 / 138,4

    Ciência: 5,6 / 5,2

    Trabalho: 13,1 / 13,3

    Ambiente: 28,2 / 23,5

    Cultura: 27,1 / 22,8

    Economia: 17,9 / 14,9

    Valores em milhões de euros

    Fonte: Direcção-Geral do Orçamento

    APONTAMENTOS

    AGRICULTURA

    Na Agricultura, o Ministério que até agora mais funcionários colocou em situação de mobilidade especial, a despesa com aquisição de serviços aumentou nove milhões de euros.

    CORTES

    Houve três ministérios que conseguiram reduzir os gastos com esta rubrica em 2007. Foram eles os ministérios do Ambiente (menos 4,7 milhões de euros), Cultura (menos 4,3 milhões de euros) e Economia(menos três milhões de euros).

    PARCIALIDADE

    O STE aponta a possibilidade de a contratação de serviços abrir a porta à parcialidade de pareceres jurídicos. Isto porque se um serviço pedir um parecer a um jurista que seja funcionário desse serviço obterá uma opinião independente e imparcial. Já o mesmo pode não acontecer quando esse parecer é pedido a uma empresa privada, com outros interesses.

    NOTAS

    JUSTIÇA INVESTE NA INFORMÁTICA

    O Ministério da Justiça gastou mais 65 milhões de euros com a aquisição de serviços, em parte, devido à informa-tização dos tribunais, como a introdução da gravação digital.

    PRESIDÊNCIA PORTUGUESA DA UE

    Assumir a liderança da UE implica custos adicionais com serviços para o Ministério dos Negócios Estran-geiros, como por exemplo a despesa com deslocações.

    DEFESA APOSTA NA MODERNIZAÇÃO

    A modernização das Forças Armadas nacionais tem uma elevada responsa-bilidade no aumento de 26,2 milhões de euros nas despesas com aquisição de Serviços na Defesa.
    Sandra Rodrigues dos Santos

    Ou seja, afinal a poupança que seria conseguida com o despedimento de funcionários do estado é algo real e palpável.

    Vê-se no aumento do desemprego, no manter dos baixos vencimento, na saúde, na educação.

    Alguém tem poupado bastante, de facto.

    #2
    Outsourcing só serve para encher intermediários. Mas infelizmente, é visto como um bom sistema.

    Comentário


      #3
      Esses custos não são nada!...

      O que interessa é que hajam menos funcionários públicos. Estes é que são o problema.

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por Zell Ver Post
        Outsourcing só serve para encher intermediários. Mas infelizmente, é visto como um bom sistema.
        Podes concretizar esse teu ponto de vista?
        É que o outsourcing está a ser o caminho a seguir a nível mundial.

        É a teoria do gasta-se mais agora em serviços especializados, para poupar no futuro ao não ter responsabilidades (€€€) sobre as pessoas que agora estão directamente envolvidas, ao invés de ter que "gramar" com elas toda a vida.

        O mail profissional mais "chocante" que recebi até hoje foi algo do estilo:

        "blablabla, graças ao vosso esforço, conseguimos despedir 1250 funcionários, blablabla".

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por Zell Ver Post
          Outsourcing só serve para encher intermediários. Mas infelizmente, é visto como um bom sistema.

          Prepara-te ...

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por Zell Ver Post
            Outsourcing só serve para encher intermediários. Mas infelizmente, é visto como um bom sistema.
            Olha que se for bem planeado, pode ser uma boa solução.
            Pensa nisto, por exemplo, em informatica, não tens encargos com recursos humanos, logo pagas 12 mensalidades e não 14, não há ausencias por ferias ou doença, pois o contrato é ter 1, 2, 3, etc, pessoas, independente do resto. E depois não há indmização para fazer uma redução do departamento, por ex, basta renegociar o contrato.

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por Nightwisher Ver Post
              Olha que se for bem planeado, pode ser uma boa solução.
              Pensa nisto, por exemplo, em informatica, não tens encargos com recursos humanos, logo pagas 12 mensalidades e não 14, não há ausencias por ferias ou doença, pois o contrato é ter 1, 2, 3, etc, pessoas, independente do resto. E depois não há indmização para fazer uma redução do departamento, por ex, basta renegociar o contrato.
              E isso é bom e mau para quem?

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                Prepara-te ...
                Quantos são?

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por Zell Ver Post
                  Quantos são?

                  Ohhh sr. Major Valentim, não o havia reconhecido assim disfarçado ...

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por TIFFOSI Ver Post
                    Podes concretizar esse teu ponto de vista?
                    É que o outsourcing está a ser o caminho a seguir a nível mundial.

                    É a teoria do gasta-se mais agora em serviços especializados, para poupar no futuro ao não ter responsabilidades (€€€) sobre as pessoas que agora estão directamente envolvidas, ao invés de ter que "gramar" com elas toda a vida.

                    O mail profissional mais "chocante" que recebi até hoje foi algo do estilo:

                    "blablabla, graças ao vosso esforço, conseguimos despedir 1250 funcionários, blablabla".
                    E achas isso bem?

                    Mas até podia, como noutras 18934723982405 coisas nesta vida, ser bom em determinadas circunstâncias, se fosse feito por pessoas honestas. Aí é que a porca torce o rabo.
                    O que é que temos na prática? Trabalho precário e mal pago na maioria, para quem executa na realidade o trabalho, enquanto uma boa fatia fica nas mãos do intermediário, e não raras as vezes, como muito bem sabem, não é só um.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                      Ohhh sr. Major Valentim, não o havia reconhecido assim disfarçado ...

                      Irra! Não lhe quero nem o cheiro!

                      Comentário


                        #12
                        Já estou a ver os headlines: "Funcionários publicos em Portugal atingem 90% da população!".

                        Outsource é uma tecnica utilizada por todo o mundo, é preciso é saber gerir, em Inglaterra até criaram montes de standards e documentação especializada para isso. Portanto o problema não sei se está no outsource ou na incompetência.

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por Zell Ver Post
                          E isso é bom e mau para quem?
                          Bom para quem contrata outsourcing.
                          Eu trabalho numa empresa de prestação de serviços informaticou e estou a quase totalidade do tempo em clientes da minha empresa.
                          Para mim não é mau, que tenho ferias na mesma, faço parte do quadro etc.
                          O local de trabalho é que pode não ser fixo.
                          Mas todos gaham, pois uma parte do contratado esta no cliente, outra parte está num escritorio central, com custos repartidos por todos os clientes, e assim todos ficam a ganhar.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por Nightwisher Ver Post
                            Bom para quem contrata outsourcing.
                            Eu trabalho numa empresa de prestação de serviços informaticou e estou a quase totalidade do tempo em clientes da minha empresa.
                            Para mim não é mau, que tenho ferias na mesma, faço parte do quadro etc.
                            O local de trabalho é que pode não ser fixo.
                            Mas todos gaham, pois uma parte do contratado esta no cliente, outra parte está num escritorio central, com custos repartidos por todos os clientes, e assim todos ficam a ganhar.
                            Mas esta tua situação já não é bem aquilo que comentei há pouco. Evidentemente que se for bom para todos, nada há a objectar.

                            Comentário


                              #15
                              Sempre é melhor que ter um pintor num serviço que só pinta uma vez por ano e o resto é tempo livre

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por kushinadaime Ver Post
                                Sempre é melhor que ter um pintor num serviço que só pinta uma vez por ano e o resto é tempo livre
                                Mesmo que o encargo financeiro com pintor que só pinta uma vez por ano for inferior ao outro .

                                "E o burro sou eu?"

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por Zell Ver Post
                                  E achas isso bem?

                                  Mas até podia, como noutras 18934723982405 coisas nesta vida, ser bom em determinadas circunstâncias, se fosse feito por pessoas honestas. Aí é que a porca torce o rabo.
                                  O que é que temos na prática? Trabalho precário e mal pago na maioria, para quem executa na realidade o trabalho, enquanto uma boa fatia fica nas mãos do intermediário, e não raras as vezes, como muito bem sabem, não é só um.
                                  Estás a misturar as coisas, outsourcing não tem nada a ver com pessoas honestas ou desonestas, trabalho precário ou mal pago ou não.

                                  Se tu me disseres que há situações assim, aí concordo, mas é como tudo na vida.

                                  Dou-te um exemplo: o estado português precisa de X. Para obter esse X ou vai ter que investir em formação ou contratar/adquirir novos recursos (humanos/materiais) e no caso dos recursoss humanos possivelmente terá que contar com eles até ao fim da vida quando só necessitaria deles pelo prazo Y.

                                  A opção outsourcing, provavelmente que lhe irá sair mais cara no presente, possivelmente apresenta outro tipo de soluções, outra experiência, as empresas externas cobram e MUITÍSSIMO bem, mas será uma etapa de Y tempo e os encargos para o estado terminarão no fim do prazo, ie, acabaram-se encargos adicionais para além do estipulado, significa poupar €€€.

                                  Muito basica/resumidamente é esta a "lei" do outsourcing, que está a ganhar cada vez mais força, não há como a contrariar e dou-te mesmos muitos exemplos de onde situações destas se passam.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Acho bem que o Estado recorra ao Outsourcing, desde que atravez de concurso publico devidamente fiscalizado.
                                    Se o Estado não tem meios ou competencia para executar certos serviços, então que contrate que o saiba fazer com qualidade.
                                    O Estado deve se focar somente nos serviços essenciais á nação de forma a desempenhar bem essa função.

                                    Comentário


                                      #19
                                      Gradualemnte o outsourcing é o caminho a seguir.
                                      O estado deve aumentar os niveis de fiscalização e exigencia e ir substituido o estado fornecedor pelo estado aquisidor/fiscalizador.

                                      O numero de vinculos directos ao estado evera ser reduzido ao essencial

                                      Comentário


                                        #20
                                        Não concordo quando dizem que o outsourcing é o caminho a seguir, pode ou não ser!


                                        É preciso analisar caso a caso para verificar qual a melhor opção.

                                        Será que empresas que trabalham só para o estado andam a trabalhar por caridade?

                                        Comentário


                                          #21
                                          O meu trabalho de final de curso foi sobre as vantagens do outsourcing.

                                          Assim em 30 segundos as principais vantagens são:
                                          Menos custo futuro. Evita problemas com despedimentos
                                          O Estado não paga tempos mortos
                                          Poupa-se a secretária, a cadeira, o telefone, a electricidade, o espaço, o papel que o funcionário gasta
                                          A empresa de otsourcing beneficia de economias de escala. E outras.

                                          As desvantagens:
                                          Os outsourcings não vestem a camisola (mas no Estado ninguem veste)
                                          Menos espirito de equipa com o resto dos trabalhadores ((mas no Estado ninguem tem)
                                          Fuga de informação (ela acontece na mesma)


                                          Bom jantar

                                          Comentário


                                            #22
                                            Não sei pq mas ninguém falou no ponto essencial que é o facto de o estado estar a gastar mais dinheiro e os serviços estarem piores.

                                            O outsourcing não é novidade no estado nem é de todo prejudicial, mas nos moldes actuais torna-se caricato quando ao querer combater a má gestão se opta por gerir pior.


                                            Um pouco como aquela anedota da equipa portuguesa de remo:

                                            O REMADOR PORTUGUÊS

                                            "Lê-se numa crónica, que no ano de 1994 se celebrou uma competição
                                            de remo entre duas equipas, compostas por trabalhadores de uma empresa portuguesa e de uma empresa japonesa.

                                            Dada a partida, os remadores japoneses começaram a destacar-se desde o
                                            primeiro instante. Chegaram à meta primeiro e a equipa portuguesa chegou com uma hora de atraso.

                                            De regresso a casa, a Direcção reuniu-se para analisar as causas de tão desastrosa actuação e chegaram à seguinte conclusão: Detectou-se que na equipa japonesa havia um chefe de equipa e dez remadores, enquanto na equipa portuguesa havia um remador e dez chefes de serviço, facto que seria alterado no ano seguinte.

                                            No ano de 95 e após ser dada a partida, a equipa japonesa começou a ganhar vantagem desde a primeira remadela. Desta vez, a equipa portuguesa chegou com duas horas de atraso. A Direcção voltou a reunir após forte reprimenda da Administração e viram que na equipa japonesa havia um chefe de equipa e dez remadores, enquanto que a portuguesa, após as medidas adoptadas com o fracasso do ano anterior, era composta por um chefe de serviço, dois
                                            assessores da administração, sete chefes de secção e um remador.

                                            Após minuciosa análise, chega-se à seguinte conclusão: O REMADOR É INCOMPETENTE.

                                            No ano de 96, a equipa japonesa voltou a adiantar-se, mal foi dada a partida.
                                            A embarcação portuguesa, que este ano tinha sido encomendada ao Departamento de Novas Tecnologias, chegou com quatro horas de atraso.
                                            Após a regata e para análise dos resultados, convocou-se uma reunião ao mais alto nível, no último piso do edifício, chegando-se à seguinte conclusão: Este ano a equipa japonesa não inovou, tendo optado novamente por dez remado-res e um chefe de equipa.
                                            A equipa portuguesa, após uma auditoria externa e um assessora-mento especial do Dep. de Informática, optou por uma formação mais vanguardista, composta por um chefe de serviço, três chefes de secção, dois auditores da Arthur Andersen e quatro Securitas que controlavam a actividade do remador, ao qual se tinha aberto um processo disciplinar e retirado todos os bónus e incentivos, devido ao fracasso dos anos anteriores.

                                            Após prolongadas reuniões decidiu-se que, para a regata de 97, "um novo remador será contratado para o efeito a uma empresa de trabalho temporário, já que o comportamento do actual indiciava mostras de desinteresse a partir do vigésimo quinto quilómetro e uma indiferença quase total junto à linha da meta."

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                                              #23
                                              Originalmente Colocado por TIFFOSI Ver Post
                                              Estás a misturar as coisas, outsourcing não tem nada a ver com pessoas honestas ou desonestas, trabalho precário ou mal pago ou não.

                                              Se tu me disseres que há situações assim, aí concordo, mas é como tudo na vida.

                                              Dou-te um exemplo: o estado português precisa de X. Para obter esse X ou vai ter que investir em formação ou contratar/adquirir novos recursos (humanos/materiais) e no caso dos recursoss humanos possivelmente terá que contar com eles até ao fim da vida quando só necessitaria deles pelo prazo Y.

                                              A opção outsourcing, provavelmente que lhe irá sair mais cara no presente, possivelmente apresenta outro tipo de soluções, outra experiência, as empresas externas cobram e MUITÍSSIMO bem, mas será uma etapa de Y tempo e os encargos para o estado terminarão no fim do prazo, ie, acabaram-se encargos adicionais para além do estipulado, significa poupar €€€.

                                              Muito basica/resumidamente é esta a "lei" do outsourcing, que está a ganhar cada vez mais força, não há como a contrariar e dou-te mesmos muitos exemplos de onde situações destas se passam.
                                              Eu quando comento um assunto, é com base na realidade, não é no seu ideal teórico. Na realidade, sendo o outsourcing e o que o rodeia realizado por pessoas, tem tudo a ver com as suas qualidades e defeitos.
                                              Eu reconheço as vantagens do outsourcing e se for benéfico para todos, óptimo! Mas aquilo que eu conheço na primeira pessoa, diz-me o contrário. Diz-me até um pouco aquilo que está na anedota que o Nthor colocou.
                                              Se nos exemplos que tu conheces não há nada de mal, significa que nem todos os casos são maus, só. Mas nunca disse o contrário.

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                                                #24
                                                Originalmente Colocado por GT4Pro Ver Post
                                                O meu trabalho de final de curso foi sobre as vantagens do outsourcing.

                                                Assim em 30 segundos as principais vantagens são:
                                                Menos custo futuro. Evita problemas com despedimentos
                                                O Estado não paga tempos mortos
                                                Poupa-se a secretária, a cadeira, o telefone, a electricidade, o espaço, o papel que o funcionário gasta
                                                A empresa de otsourcing beneficia de economias de escala. E outras.

                                                As desvantagens:
                                                Os outsourcings não vestem a camisola (mas no Estado ninguem veste)
                                                Menos espirito de equipa com o resto dos trabalhadores ((mas no Estado ninguem tem)
                                                Fuga de informação (ela acontece na mesma)


                                                Bom jantar
                                                Em que te baseias para dizeres isso?

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                                                  #25
                                                  O outsourcing para o Estado, ou para uma empresa qualquer, assenta no pressuposto de haver um projecto com longevidade prevista e cujos objectivos devem ser cumpridos durante esse período de tempo que dura o outsourcing. Não tenho nada contra. Depende só de que tipo de objectivos visamos atingir: se é para fazer tarefas operacionais não percebo o recurso ao outsourcing mas se fôr para mudanças conjunturais ou mesmo estruturais onde são só precisos recursos especializados por um determinado período de tempo, porque não?
                                                  Paga-se mais por 6 meses, 1 ano ou mesmo 2 anos, mas fica sempre mais barato do que manter quadros efectivos até aos seus 65 anos de idade...

                                                  É a minha opinião.

                                                  Cumps.

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                                                    Não sei pq mas ninguém falou no ponto essencial que é o facto de o estado estar a gastar mais dinheiro e os serviços estarem piores.

                                                    O outsourcing não é novidade no estado nem é de todo prejudicial, mas nos moldes actuais torna-se caricato quando ao querer combater a má gestão se opta por gerir pior.


                                                    Um pouco como aquela anedota da equipa portuguesa de remo:

                                                    O estado tem gasto muito mais dinheiro e os serviços estão iguais ou piores!


                                                    Pronto, já disse!
                                                    E é verdade.

                                                    PS: O texto é brutal, mas infelizmente é mesmo isso que pensamos

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                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por augustus Ver Post
                                                      O outsourcing para o Estado, ou para uma empresa qualquer, assenta no pressuposto de haver um projecto com longevidade prevista e cujos objectivos devem ser cumpridos durante esse período de tempo que dura o outsourcing. Não tenho nada contra. Depende só de que tipo de objectivos visamos atingir: se é para fazer tarefas operacionais não percebo o recurso ao outsourcing mas se fôr para mudanças conjunturais ou mesmo estruturais onde são só precisos recursos especializados por um determinado período de tempo, porque não?
                                                      Paga-se mais por 6 meses, 1 ano ou mesmo 2 anos, mas fica sempre mais barato do que manter quadros efectivos até aos seus 65 anos de idade...

                                                      É a minha opinião.

                                                      Cumps.
                                                      Isso não corresponde completamente a realidade, a contratação de empresas privadas para desempenhar tarefas ao estado, não é de hoje, nem sequer foi só feito por governos ps.

                                                      Mas ao contrario do que nos querem fazer querer, a despesa do estado tem aumentado, principalmente devido a contratação externa, ao fim dos recursos humanos que estavam disponíveis no estado e que passaram para o desemprego, à consequente falta de fiscalização as empresas que prestam este tipo de serviços.

                                                      Essa semântica da demagogia é curiosa, já que é por causa dessa maneira de pensar que o desemprego esta nos níveis actuais, quem trabalha até aos 65 não é "mantido", trabalha a troco de vencimento e se o faz até aos 65 fá-lo pq o governo entendeu que deveria obrigar quem trabalha a reformar-se apenas com essa idade.

                                                      Esquecendo-se que muitos começaram a trabalhar com 10 e 12 anos de idade.

                                                      Continua...

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por Zell Ver Post
                                                        Em que te baseias para dizeres isso?
                                                        Em cinco anos a trabalhar numa empresa de outsourcing e em seis meses de estudo da seguinte bibliografia.

                                                        AXELROD, C. Warren - Outsourcing Information Security - Artech House, 2004. 248 p. ISBN: 1580535313
                                                        BAPTISTA DA COSTA, Carlos – Auditoria Financeira, teoria e prática –7ª edição, Editora Rei dos Livros, 2000. 599 p. ISBN: 972-51-0957-0
                                                        CORBETT, Michael F. - The Outsourcing Revolution: Why it Makes Sense and How to Do it Right - Dearborn Financial Publishing, 2004. 244 p. ISBN: 0793192145
                                                        DEROSE, Garry J. - Outsourcing Training and Education – ASTD, 1999. 247 p. ISBN: 1562861123
                                                        FEINBERG, Richard; RUYTER, Ko; BENNINGTON, Lynne - Cases in Call Center Management: Great Ideas (Th)at Work - Purdue University Press, 2005. 366 p. ISBN: 1557533423
                                                        GOTTSCHALK, Petter; SOLLI-SæTHER, Hans - Managing Successful IT Outsourcing Relationships - Idea Group Publishing, 2006. 314 p. ISBN: 1591407605
                                                        GREAVER II, Maurice F. - Strategic Outsourcing: A Structured Approach to Outsourcing Decisions and Initiatives – AMACOM, 1999. 314 p. ISBN: 0814404340
                                                        McIVOR, Ronan - The Outsourcing Process: Strategies for Evaluation and Management - Cambridge University Press, 2005. 340 p. ISBN: 0521844118
                                                        MOEILER, Robert; WITT, Herbert – Fundamentals of Control in Brink’s Modern Internal Auditing. P. 2.1-2.63
                                                        SAWYER, Laurence B.; DITTENHOFER, Mortimer A.; ACHEINER; James – Control in Sawyer’s Internal Audit – 5th Edition – The Institute of Internal Auditors. P.57-118. ISBN: 0-89413-509-0
                                                        OLVE, Nils-Göran; ROY, Jan; WETTER, Magnus - Performance Drivers: A Practical Guide to Using the Balanced Scorecard - John Wiley & Sons, 1999. 360 p. ISBN: 0471986232
                                                        PAGE. Stephen B. - Establishing a System of Policies and Procedures - Stephen Page, 2002. 168 p. ISBN: 1929065000



                                                        Outras obras
                                                        PORTUGAL, Instituto Português de Auditores Internos – Práticas Profissionais de Auditoria Interna – Lisboa, IPAI, 2003. 255p.
                                                        PORTUGAL, Price Waterhouse – Controlo Interno: Aspectos Gerais – Lisboa, Price Waterhouse, 95 p.



                                                        (Na realidade o trabalho comparava as vantagens do outsourcing- que está mais do que provado académicamente que são muito mais que as desvantagens - com o efeito no controlo interno duma empresa.
                                                        Até que ponto ter outsourcing compromete o controlo interno?)

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Gastou esse dinheiro em outsourcing, e na minha opinião compensa...

                                                          Evidentemente que os terceiros a quem foram adjudicados os serviços, estão a ter lucro ao vender os seus serviços..

                                                          ...a pergunta então é porque é que o estado não pode ter os mesmos níveis de produtividade e de qualidade de serviço que esses privados???

                                                          ... a resposta é o peso, a burocracia, a complexidade falta de coordenação da maquina do estado, que desperdiça recursos ( tempo, dinheiro,instalações) em trabalhos e cargos não produtivos, ou contraproducentes, ou opostos...

                                                          Assim, enquanto toda a maquina do estado não for devidamente optimizada, reformada, e modernizada, tem que se recorrer a terceiros para fazer o trabalho que o estado não sabe fazer, ou não faz.

                                                          Estasse então a pagar duplamente, aos funcionários do estado e a terceiros, para realizar o mesmo serviço, que supostamente deveria ser feito por uma entidade...estado

                                                          enquanto a reforma do estado não estiver completa, infelizmente é assim que que se consegue apresentar trabalho....

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Bem

                                                            Originalmente Colocado por augustus Ver Post
                                                            O outsourcing para o Estado, ou para uma empresa qualquer, assenta no pressuposto de haver um projecto com longevidade prevista e cujos objectivos devem ser cumpridos durante esse período de tempo que dura o outsourcing. Não tenho nada contra. Depende só de que tipo de objectivos visamos atingir: se é para fazer tarefas operacionais não percebo o recurso ao outsourcing mas se fôr para mudanças conjunturais ou mesmo estruturais onde são só precisos recursos especializados por um determinado período de tempo, porque não?
                                                            Paga-se mais por 6 meses, 1 ano ou mesmo 2 anos, mas fica sempre mais barato do que manter quadros efectivos até aos seus 65 anos de idade...

                                                            É a minha opinião.

                                                            Cumps.
                                                            Além disso o pagar mais não se limita a 6 meses, 1 ou 2 anos, como bem sabes os custos das empresas sobem pelos mais variados factores e mesmo que a subida seja mínima (como um empregado que depois de ser despedido consegue ser indemnizado pelo seu trabalho) uma empresa que hoje pede 500 mil por um serviço daqui a seis meses irá pedir mais, bastante mais, ao passo que os vencimentos pagos estão vergonhosamente baixos.

                                                            Contratação externa sim, mas sujeita a concurso público com critérios rigorosos e sujeito a rescisão com motivo valido, além de que obviamente nos serviços essenciais, aqueles que são da competência exclusiva do estado, a contratação externa não devia ser permitida.

                                                            O outsourcing apresenta tb um outro problema grave a medio curto prazo, que é estimular do aumento do desemprego com todas a consequências económicas e sociais que daí advêm para o país.

                                                            A ultima coisa que precisamos é de mais um travão ao desenvolvimento do pais.

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