in "http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/edicion_impresa/financas/pt/desarrollo/1100649.html":
O meu ponto de vista em http://diariodebordo.blogs.motociclismo.pt/2874371/
"V"
Para quem trabalha nas grandes cidades e não utiliza os transportes públicos, o carro é o meio preferido. No entanto, se optar pela mota, poupa no combustível e, sobretudo, no estacionamento.
Se lhe dissermos que muita gente, inclusivamente talvez o leitor, gasta quase 380 euros por mês só para ir trabalhar, provavelmente não acreditará. E, se acrescentarmos que esta factura mensal pode descer para menos de um terço se optar por se deslocar de mota - em detrimento do automóvel - pedirá para lhe mostrarmos as contas.
Olhando para a estrutura do que gastamos para nos deslocarmos para o trabalho de automóvel - combustível, portagens e estacionamento - chegamos a um número perto dos 380 euros, dos quais a maior fatia é gasta, sobretudo, para estacionar o carro durante o dia. Para esta simulação, partimos do cenário de alguém que trabalha em Lisboa e vive a 30 quilómetros, tendo de pagar portagem diariamente. Utilizamos como referência o consumo de combustível do carro mais vendido em Portugal, em 2007, o Renault Mégane II Break. Assim, o gasto mensal com combustível ascende a 94 euros, o valor das portagens (média de A5, Vasco da Gama e 25 de Abril) a 43 euros e o estacionamento, no centro de Lisboa, a 242 euros, a maior fatia da despesa.
Em contraponto, escolhemos uma de várias scooters de 125 cc, ideais para a cidade mas que servem igualmente para deslocações maiores, a Honda S-Wing 125. Neste caso, a factura fica nos 106 euros, repartida entre 43 euros de portagens (o mesmo valor que o carro por ser da mesma classe) e os 63 euros de combustível. Utilizando a mota, não poupa só no combustível (ambos os veículos do exemplo são muito eficientes), como elimina, de uma só vez, os mais de 200 euros gastos mensalmente para ter o carro à porta do local de trabalho.
Assim, a comparação quantitativa resume-se a uma despesa de 380 euros por mês deslocando-se de automóvel e a 106 euros, se optar pela mota.
É claro que há outros ganhos conseguidos com a deslocação de mota, nomeadamente em termos de tempo. Tempo nas filas de trânsito - particularmente difícil nas horas de ponta - e o tempo perdido à procura daquele lugar de estacionamento cada vez mais raro, para evitar deixar o veículo nos dispendiosos parques subterrâneos. A mota poupar-lhe-á tempo e paciência, mas nem tudo são vantagens.
Em primeiro lugar, fica à mercê das condições meteorológicas. Se chove, tem só duas hipóteses: ou recorre a outro meio de transporte ou se sujeita a uma penosa viagem. Em segundo lugar, o carro ganha no conforto. Para muita gente, um pouco de música ouvida no carro a caminho do escritório é uma boa forma de começar o dia, enquanto se está sentado confortavelmente, mesmo que parado no trânsito. Por último, o carro leva mais gente e, se quiser poupar tempo e dinheiro, nada como levar toda a família no mesmo veículo, quando tal é possível, deixando as crianças na escola e trazendo apenas um carro à cidade. Algo que a mota, com todo o seu prazer de enfrentar o vento, não lhe permite fazer.
Se lhe dissermos que muita gente, inclusivamente talvez o leitor, gasta quase 380 euros por mês só para ir trabalhar, provavelmente não acreditará. E, se acrescentarmos que esta factura mensal pode descer para menos de um terço se optar por se deslocar de mota - em detrimento do automóvel - pedirá para lhe mostrarmos as contas.
Olhando para a estrutura do que gastamos para nos deslocarmos para o trabalho de automóvel - combustível, portagens e estacionamento - chegamos a um número perto dos 380 euros, dos quais a maior fatia é gasta, sobretudo, para estacionar o carro durante o dia. Para esta simulação, partimos do cenário de alguém que trabalha em Lisboa e vive a 30 quilómetros, tendo de pagar portagem diariamente. Utilizamos como referência o consumo de combustível do carro mais vendido em Portugal, em 2007, o Renault Mégane II Break. Assim, o gasto mensal com combustível ascende a 94 euros, o valor das portagens (média de A5, Vasco da Gama e 25 de Abril) a 43 euros e o estacionamento, no centro de Lisboa, a 242 euros, a maior fatia da despesa.
Em contraponto, escolhemos uma de várias scooters de 125 cc, ideais para a cidade mas que servem igualmente para deslocações maiores, a Honda S-Wing 125. Neste caso, a factura fica nos 106 euros, repartida entre 43 euros de portagens (o mesmo valor que o carro por ser da mesma classe) e os 63 euros de combustível. Utilizando a mota, não poupa só no combustível (ambos os veículos do exemplo são muito eficientes), como elimina, de uma só vez, os mais de 200 euros gastos mensalmente para ter o carro à porta do local de trabalho.
Assim, a comparação quantitativa resume-se a uma despesa de 380 euros por mês deslocando-se de automóvel e a 106 euros, se optar pela mota.
É claro que há outros ganhos conseguidos com a deslocação de mota, nomeadamente em termos de tempo. Tempo nas filas de trânsito - particularmente difícil nas horas de ponta - e o tempo perdido à procura daquele lugar de estacionamento cada vez mais raro, para evitar deixar o veículo nos dispendiosos parques subterrâneos. A mota poupar-lhe-á tempo e paciência, mas nem tudo são vantagens.
Em primeiro lugar, fica à mercê das condições meteorológicas. Se chove, tem só duas hipóteses: ou recorre a outro meio de transporte ou se sujeita a uma penosa viagem. Em segundo lugar, o carro ganha no conforto. Para muita gente, um pouco de música ouvida no carro a caminho do escritório é uma boa forma de começar o dia, enquanto se está sentado confortavelmente, mesmo que parado no trânsito. Por último, o carro leva mais gente e, se quiser poupar tempo e dinheiro, nada como levar toda a família no mesmo veículo, quando tal é possível, deixando as crianças na escola e trazendo apenas um carro à cidade. Algo que a mota, com todo o seu prazer de enfrentar o vento, não lhe permite fazer.
"V"
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