Arroz em risco de ser racionado
CÁTIA ALMEIDA
O receio da escassez de arroz começou a ter efeitos mais temidos. É que além da escalada do preço há já restrições nas vendas ao consumidor. A cadeia americana Sam's Club, do gigante Wal-Mart, e as lojas inglesas Tilda, estão a racionar as vendas, limitando a quantidade de arroz que cada cliente pode comprar.
Em Portugal, a situação já é preocupante porque há menos arroz disponível no mercado, mas ainda não há racionamento. Contudo, isso poderá ocorrer se a Tailândia restringir as exportações, afirmou ao DN Pedro Monteiro, secretário-geral da Associação Nacional dos Industriais de Arroz (ANIA).
De acordo com o Banco Mundial, a Tailândia, que é o maior exportador de arroz do mundo, poderá restringir as vendas, tal como já aconteceu com outros países. O Vietname e a Índia, respectivamente segundo e terceiro produtores mundiais, foram mais radicais e baniram as exportações. Quanto aos Estados Unidos, quarto no ranking, não é a melhor opção para a União Europeia, por ter introduzido no mercado no ano passado arroz geneticamente modificado, o que acabou por ser proibido na Europa, sustentou Pedro Monteiro.
Por esta razão, e por ter havido uma má colheita na Guiana e no Suriname, "a Tailândia é o refúgio para Portugal". Ainda por cima depois de o Brasil ter suspendido as exportações para proteger o mercado interno. O ministro da agricultura, Reinhold Stephanes, revelou esta decisão na quarta-feira, dizendo que a suspensão das vendas começou na semana passada.
Portugal produz arroz tipo carolino para o mercado interno, mas tem de importar todo o arroz agulha que é consumido (80 mil toneladas por ano). O racionamento nas vendas nos Estados Unidos e em Inglaterra está a afectar sobretudo o mercado grossista, embora Pedro Monteiro considere que este é um sinal de alerta muito importante.
O Japão, maior importador de arroz do mundo, vai pedir à Organização Mundial de Comércio que impeça os cortes nas exportações.
http://dn.sapo.pt/2008/04/25/dnbolsa...racionado.html
CÁTIA ALMEIDA
O receio da escassez de arroz começou a ter efeitos mais temidos. É que além da escalada do preço há já restrições nas vendas ao consumidor. A cadeia americana Sam's Club, do gigante Wal-Mart, e as lojas inglesas Tilda, estão a racionar as vendas, limitando a quantidade de arroz que cada cliente pode comprar.
Em Portugal, a situação já é preocupante porque há menos arroz disponível no mercado, mas ainda não há racionamento. Contudo, isso poderá ocorrer se a Tailândia restringir as exportações, afirmou ao DN Pedro Monteiro, secretário-geral da Associação Nacional dos Industriais de Arroz (ANIA).
De acordo com o Banco Mundial, a Tailândia, que é o maior exportador de arroz do mundo, poderá restringir as vendas, tal como já aconteceu com outros países. O Vietname e a Índia, respectivamente segundo e terceiro produtores mundiais, foram mais radicais e baniram as exportações. Quanto aos Estados Unidos, quarto no ranking, não é a melhor opção para a União Europeia, por ter introduzido no mercado no ano passado arroz geneticamente modificado, o que acabou por ser proibido na Europa, sustentou Pedro Monteiro.
Por esta razão, e por ter havido uma má colheita na Guiana e no Suriname, "a Tailândia é o refúgio para Portugal". Ainda por cima depois de o Brasil ter suspendido as exportações para proteger o mercado interno. O ministro da agricultura, Reinhold Stephanes, revelou esta decisão na quarta-feira, dizendo que a suspensão das vendas começou na semana passada.
Portugal produz arroz tipo carolino para o mercado interno, mas tem de importar todo o arroz agulha que é consumido (80 mil toneladas por ano). O racionamento nas vendas nos Estados Unidos e em Inglaterra está a afectar sobretudo o mercado grossista, embora Pedro Monteiro considere que este é um sinal de alerta muito importante.
O Japão, maior importador de arroz do mundo, vai pedir à Organização Mundial de Comércio que impeça os cortes nas exportações.
http://dn.sapo.pt/2008/04/25/dnbolsa...racionado.html
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