"Programa de choque" foi ontem anunciado para a área de oftalmologia pela ministra da Saúde
Eduarda Ferreira </B>
As necessidades em oftalmologia sofridas por muita da população portuguesa, sobretudo a mais idosa, vão ser objecto de um "programa de choque". Trata-se da resposta oficial e no seio do Serviço Nacional de Saúde, à crescente "exportação" de doentes em desespero de causa. Com 28 milhões de euros vai ser paga uma substancial recuperação das listas de espera em consultas e cirurgias à catarata. Tudo a fazer nos hospitais públicos, com meios do SNS. E com médicos do sistema pagos pelo que fizerem a mais do que é tido como a média da sua produção.
"Os médicos são os que há, mas a organização é feita de modo diferente", afirmou a ministra da Saúde para explicar o processo do "programa de choque". Assim, os compromissos ontem assinados com os hospitais e centros de oftalmologia públicos estabelecem que em consultas e cirurgias se produzam mais serviços com um acréscimo entre 10% a 30% face à média nacional nesta especialidade. Com isso, ganham mais os hospitais, os médicos e outros profissionais afectos.
Sobre se este método corresponderia a compensar quem antes não apresentasse produtividade, Ana Jorge comentou que "não é totalmente assim". Explicou ainda que foi encontrada uma média nacional e que os hospitais que estejam muito abaixo dela terão que aumentar a produtividade nesta área em 30%; acrescentou, no entanto, que "não é possível definir um número de cirurgias" como média aceitável, dado que "a oftalmologia não tem só cataratas,mas outros problemas mais graves".
Os quatro centros de Elevado Desempenho ficam sedeados no S.João( Porto), nos Universitários de Coimbra, no Santa Maria e S.José (Lisboa). Eles ajudarão a resolver os problemas em regiões onde os recursos são mais escassos em oftalmologia, como os distritos de Viana do Castelo, Guarda e Leiria, bem como as zonas do Algarve e Alentejo.
As 30 mil cirurgias adicionais serão feitas entre o próximo 1 de Julho e o mesmo mês de 2009. O mesmo acontecerá com as 75 mil primeiras consultas.Para acesso a esta aceleração nos cuidados, o doente deve requerer a consulta no centro de saúde; daí será referenciado para o seu hospital ou para o CED. O tempo máximo de acesso à consulta a alcançar em Julho de 2009 está fixado em quatro meses. No mesmo ano e mês, a cirurgia da catarata tem prometido um tempo de espera máximo de cinco meses e um tempo médio de três meses.
Com estas 30 mil cirurgias e 75 mil primeiras consultas adicionais, o Ministério da Saúde quer reduzir a lista das mais de 110 mil pessoas em espera por consulta, das quais cerca de 25 mil terão como recomendação a cirurgia. Esta já é aguardada por cerca de 30 mil doentes.
Eduarda Ferreira </B>
As necessidades em oftalmologia sofridas por muita da população portuguesa, sobretudo a mais idosa, vão ser objecto de um "programa de choque". Trata-se da resposta oficial e no seio do Serviço Nacional de Saúde, à crescente "exportação" de doentes em desespero de causa. Com 28 milhões de euros vai ser paga uma substancial recuperação das listas de espera em consultas e cirurgias à catarata. Tudo a fazer nos hospitais públicos, com meios do SNS. E com médicos do sistema pagos pelo que fizerem a mais do que é tido como a média da sua produção.
"Os médicos são os que há, mas a organização é feita de modo diferente", afirmou a ministra da Saúde para explicar o processo do "programa de choque". Assim, os compromissos ontem assinados com os hospitais e centros de oftalmologia públicos estabelecem que em consultas e cirurgias se produzam mais serviços com um acréscimo entre 10% a 30% face à média nacional nesta especialidade. Com isso, ganham mais os hospitais, os médicos e outros profissionais afectos.
Sobre se este método corresponderia a compensar quem antes não apresentasse produtividade, Ana Jorge comentou que "não é totalmente assim". Explicou ainda que foi encontrada uma média nacional e que os hospitais que estejam muito abaixo dela terão que aumentar a produtividade nesta área em 30%; acrescentou, no entanto, que "não é possível definir um número de cirurgias" como média aceitável, dado que "a oftalmologia não tem só cataratas,mas outros problemas mais graves".
Os quatro centros de Elevado Desempenho ficam sedeados no S.João( Porto), nos Universitários de Coimbra, no Santa Maria e S.José (Lisboa). Eles ajudarão a resolver os problemas em regiões onde os recursos são mais escassos em oftalmologia, como os distritos de Viana do Castelo, Guarda e Leiria, bem como as zonas do Algarve e Alentejo.
As 30 mil cirurgias adicionais serão feitas entre o próximo 1 de Julho e o mesmo mês de 2009. O mesmo acontecerá com as 75 mil primeiras consultas.Para acesso a esta aceleração nos cuidados, o doente deve requerer a consulta no centro de saúde; daí será referenciado para o seu hospital ou para o CED. O tempo máximo de acesso à consulta a alcançar em Julho de 2009 está fixado em quatro meses. No mesmo ano e mês, a cirurgia da catarata tem prometido um tempo de espera máximo de cinco meses e um tempo médio de três meses.
Com estas 30 mil cirurgias e 75 mil primeiras consultas adicionais, o Ministério da Saúde quer reduzir a lista das mais de 110 mil pessoas em espera por consulta, das quais cerca de 25 mil terão como recomendação a cirurgia. Esta já é aguardada por cerca de 30 mil doentes.
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