Zapatero congela salários dos altos cargos do Estado para combater a crise em Espanha
Nuno Ribeiro, Madrid
Pacote de medidas apresentado pelo primeiro-
-ministro inclui também
a redução da oferta
de empregos públicos
18
Zapatero garante que as medidas tomadas desde o início do ano injectaram 18 mil milhões de euros na economia espanhola
a O presidente do Governo espanhol, José Luís Rodriguez Zapatero, anunciou ontem, em Madrid, o congelamento dos salários dos altos cargos da administração e a redução da oferta de emprego público. Estas acções, que entram em vigor em 2009, inserem-se num pacote de medidas para combater o que Zapatero definiu como "desaceleração económica".
A outra estrela do que o líder espanhol classificou como "plano de austeridade" é a redução em 30 por cento da oferta de emprego público para 2009. O congelamento salarial abrange os altos quadros da administração geral do Estado e dirigentes de entidades empresariais, organismos e fundações públicas.
O executivo espanhol reconhece que é "limitado" o impacto orçamental destas medidas - cerca de 250 milhões de euros - mas tomou-as para que funcionem como exemplo para outras administrações públicas. Uma referência às 17 comunidades autónomas e aos mais de oito mil municípios do país.
Para além destas medidas, o pacote inclui, também, um aumento das verbas para infra-estruturas acima da média do gasto público e uma reforma da formação profissional. Num prazo menos imediato, através de legislação a ser aprovada em Agosto próximo, foi anunciada a privatização parcial dos serviços de gestão dos aeroportos, embora a maioria do capital continue a ser público.
"No cômputo geral, as medidas que tomámos desde o início do ano implicam uma injecção de 18 mil milhões de euros na nossa economia", assinalou o premier espanhol. O executivo já aprovou a dedução de 400 euros no IRS para assalariados, reformados e trabalhadores por conta própria, a supressão do imposto de património e as devoluções mensais do IVA às empresas.
Em Julho, será a vez da entrada em vigor do VIVE, plano de dois anos para o sector do automóvel, com uma dotação de anual de 1,5 mil milhões de euros em créditos para o financiamento da substituição de veículos com mais de 15 anos. Para Janeiro do próximo ano, são reduzidas em 20 por cento as taxas notariais, o que visa facilitar a actividade empresarial.
Zapatero admitiu que o crescimento económico espanhol para este ano estará abaixo dos dois por cento. "Será um crescimento débil a curto prazo, mas com uma recuperação vigorosa a partir do segundo semestre de 2009", assinalou. O presidente do Governo assumiu, contudo, que a combinação de um fraco crescimento com uma elevada inflação "trará dificuldades". E admitiu efeitos negativos desta situação no emprego.
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Zapatero garante que as medidas tomadas desde o início do ano injectaram 18 mil milhões de euros na economia espanhola
Espanha abranda e Portugal sofre
http://jornal.publico.clix.pt/magoo/...6197&sid=53880
Mais uma lição dos nuestros hermanos para combater a crise...enquanto cá o Estado se prepara para adquirir novos carros topo de gama para os dirigentes da CP e outras entidades do Estado...
Nuno Ribeiro, Madrid
Pacote de medidas apresentado pelo primeiro-
-ministro inclui também
a redução da oferta
de empregos públicos
18
Zapatero garante que as medidas tomadas desde o início do ano injectaram 18 mil milhões de euros na economia espanhola
a O presidente do Governo espanhol, José Luís Rodriguez Zapatero, anunciou ontem, em Madrid, o congelamento dos salários dos altos cargos da administração e a redução da oferta de emprego público. Estas acções, que entram em vigor em 2009, inserem-se num pacote de medidas para combater o que Zapatero definiu como "desaceleração económica".
A outra estrela do que o líder espanhol classificou como "plano de austeridade" é a redução em 30 por cento da oferta de emprego público para 2009. O congelamento salarial abrange os altos quadros da administração geral do Estado e dirigentes de entidades empresariais, organismos e fundações públicas.
O executivo espanhol reconhece que é "limitado" o impacto orçamental destas medidas - cerca de 250 milhões de euros - mas tomou-as para que funcionem como exemplo para outras administrações públicas. Uma referência às 17 comunidades autónomas e aos mais de oito mil municípios do país.
Para além destas medidas, o pacote inclui, também, um aumento das verbas para infra-estruturas acima da média do gasto público e uma reforma da formação profissional. Num prazo menos imediato, através de legislação a ser aprovada em Agosto próximo, foi anunciada a privatização parcial dos serviços de gestão dos aeroportos, embora a maioria do capital continue a ser público.
"No cômputo geral, as medidas que tomámos desde o início do ano implicam uma injecção de 18 mil milhões de euros na nossa economia", assinalou o premier espanhol. O executivo já aprovou a dedução de 400 euros no IRS para assalariados, reformados e trabalhadores por conta própria, a supressão do imposto de património e as devoluções mensais do IVA às empresas.
Em Julho, será a vez da entrada em vigor do VIVE, plano de dois anos para o sector do automóvel, com uma dotação de anual de 1,5 mil milhões de euros em créditos para o financiamento da substituição de veículos com mais de 15 anos. Para Janeiro do próximo ano, são reduzidas em 20 por cento as taxas notariais, o que visa facilitar a actividade empresarial.
Zapatero admitiu que o crescimento económico espanhol para este ano estará abaixo dos dois por cento. "Será um crescimento débil a curto prazo, mas com uma recuperação vigorosa a partir do segundo semestre de 2009", assinalou. O presidente do Governo assumiu, contudo, que a combinação de um fraco crescimento com uma elevada inflação "trará dificuldades". E admitiu efeitos negativos desta situação no emprego.
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Zapatero garante que as medidas tomadas desde o início do ano injectaram 18 mil milhões de euros na economia espanhola
Espanha abranda e Portugal sofre
http://jornal.publico.clix.pt/magoo/...6197&sid=53880
Mais uma lição dos nuestros hermanos para combater a crise...enquanto cá o Estado se prepara para adquirir novos carros topo de gama para os dirigentes da CP e outras entidades do Estado...
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