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Ministério sabia que subida das notas a alunos do 12.º era ilegal

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    Ministério sabia que subida das notas a alunos do 12.º era ilegal

    Ministério sabia que subida das notas a alunos do 12.º era ilegal

    25.09.2008 - 08h14 Isabel Leiria


    Os serviços de acesso ao ensino superior, tutelados pelo ministro Mariano Gago, sabem, pelo menos desde 3 de Setembro, que os certificados de equivalência ao 12.º que receberam dos serviços do Ministério da Educação, referentes a alunos de alguns currículos estrangeiros, foram calculados de forma ilegal. Isto, por se basearem numa proposta de lei que não estava, e não está, em vigor.

    Mas, a avaliar pelas respostas enviadas ao PÚBLICO na passada segunda-feira, 22 de Setembro, pelo director-geral do Ensino Superior, António Mourão, nada foi feito. "A Direcção-Geral do Ensino Superior aceita como válidos todos os documentos equivalentes ao 12.º ano, devidamente autenticados pelas entidades emissoras que têm competência para tal", lia-se na resposta escrita. Garantia-se ainda que não tinha sido comunicada, "por parte destas entidades, qualquer situação de erro de serviço ou eventualmente irregular".

    Ora, no dia 3 de Setembro, o coordenador do Gabinete de Assuntos Jurídicos e de Concessão de Equivalências da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC), Pedro Martins, tinha informado Acácio Baptista, director de Serviços do Acesso ao Ensino Superior e a pedido deste, o seguinte: "Os cálculos das classificações das equivalências das habilitações obtidas pelos alunos nas escolas estrangeiras sediadas em Portugal foram efectuadas com base na proposta de portaria a cujo envio oportunamente procedemos a esses serviços."

    Na troca de informações, a que o PÚBLICO teve acesso, acrescentava-se que a referida proposta tinha sido enviada para aprovação do secretário de Estado da Educação, "crendo-se que até ao final da corrente semana [de 3 de Setembro] será apreciado por este membro do Governo".

    Assim, quer a DGIDC, responsável pela emissão de certificados de equivalência ao 12.º a alunos que concluíram currículos estrangeiros, quer a Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES) sabiam que estavam a ser dadas notas ao abrigo de uma eventual alteração legislativa, mais favorável para os alunos, que ainda não tinha acontecido.

    Alteração não foi publicada

    O PÚBLICO voltou ontem a contactar o Ministério do Ensino Superior, para perguntar como é que os serviços aceitaram como válidos, para efeitos de acesso ao superior, certificados emitidos desta forma. Mas, até às 20h00, não obteve resposta.

    A referida proposta de portaria definia novas tabelas de equivalência para os currículos do International Baccalaureate (IB Diploma), ingleses e norte-americanos e tinha efeitos retroactivos até 2005/2006. Estes planos de estudo existem numa dúzia de escolas em Portugal, como o St. Julian, o Frank Carlucci American International School of Lisbon ou o Colégio Planalto.

    Ao todo, poderão ter sido beneficiados nas suas notas - que nalguns casos serviram para concorrer ao superior e entrar no curso desejado - perto de duas centenas de alunos. A grande maioria concluiu o secundário este ano e há ainda estudantes que, tendo acabado nos dois anteriores, também pediram novas vias.

    O diploma, proposto pela DGIDC, deu entrada na Secretaria de Estado da Educação em Agosto e foi assinado pelo secretário de Estado Valter Lemos a 5 de Setembro. Ontem, o assessor de imprensa do Ministério da Educação (ME), Rui Nunes, informou que a portaria não seguirá para Diário da República.

    A 9 de Setembro, Pedro Martins informou Acácio Baptista que já tinha enviado cópia dos documentos referentes à "revogação da Portaria n.º 433/2005, de 19 de Abril". É este o diploma que regula as equivalências ao Bacharelato Internacional, um curso de nível secundário reconhecido internacionalmente. O diploma só poderia ser revogado, quando fosse publicada a alteração em Diário da República.

    Recorde-se que foi perante as dúvidas suscitadas pelo PÚBLICO junto do ME - certificados a que teve acesso revelavam subidas de notas e a omissão da legislação aplicável - que Valter Lemos mandou averiguar a legalidade dos documentos. O ministério só comentará o caso depois das conclusões da Inspecção-Geral de Educação.

    http://ultimahora.publico.clix.pt/no...867&idCanal=58
    Esperemos que não haja uma filhota de alguém importante como da outra vez

    #2
    Originalmente Colocado por André Ver Post
    Esperemos que não haja uma filhota de alguém importante como da outra vez

    Até aposto...

    Até aposto que sei porque elaboraram uma nova proposta de lei... só foi pena que n houve tempo de aprová-la em tempo útil...

    Comentário


      #3
      Com a facilidade com que se compram canudos em Portugal, esse é o menor dos problemas.

      Desde a gestão a medicina, basta ter dinheiro e nem é preciso perceber alguma coisa do curso.

      O resultado pode ser visto tb por aqui.

      Comentário


        #4
        Pois é, parece que ninguém do(s) ministério(s) quer criar ondas e preferem abafar o assunto:

        Comentário


          #5
          Ao que parece, de facto a prepotência não incomoda muito...

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
            Ao que parece, de facto a prepotência não incomoda muito...

            Se estivesse um outro partido no governo, era motivo para o PM ser chamado pelo PR a prestar declarações

            Comentário


              #7
              Isto é a procissão a passar e o pessoal a pensar q ainda nem chegou ao adro. E qd se der conta de q há mesmo uma procissão... adivinhem de quem será o nariz q vão colocar no andor principal!

              Comentário


                #8
                De cada vez que vejo um governo a fazer malabarismos já sei que andam a treinar a próxima geração de políticos.

                Não percebo muito bem o vosso espanto...

                Comentário


                  #9
                  Até para se comprar um canudo há que ter mérito.

                  E se for de uma boa escola, ainda melhor.

                  Gosto é de ver aqueles que não têm jeito nem para tirar um canudo como deve ser, e depois culpam o mundo.

                  Mas parece que agora ainda é mais fácil. Basta ir aqui:

                  www.novasoportunidades.gov.pt

                  e está lá tudo explicadinho. Não é preciso inventar.

                  Comentário


                    #10
                    Infelizmente confirma-se.

                    Comentário


                      #11
                      Dezenas de alunos podem perder lugar no superior

                      A Direcção-Geral do Superior confirma que pelo menos 40 alunos de colégios com cursos estrangeiros podem ver a sua colocação no superior alterada. Em causa está a aplicação pelo serviço de equivalências do Ministério da Educação de uma melhoria de notas baseada numa portaria inválida

                      Dezenas de alunos podem perder lugar no superior
                      Dezenas de alunos de currículos estrangeiros, cujas médias do secundário terão sido melhoradas ao abrigo de uma portaria inválida, arriscam ver alteradas as colocações no ensino superior, caso se confirme que ultrapassaram indevidamente outros candidatos. A confirmação foi dada ao DN por Mourão Dias, director-geral do Ensino Superior.

                      Esta direcção-geral (DGES) emitiu ontem um esclarecimento sobre este caso que acaba por suscitar novas dúvidas em relação ao papel de Pedro Martins, director do Gabinete de Assuntos Jurídicos e de Concessão de Equivalências (GAJURCE). Um serviço da Direcção-geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular, do Ministério da Educação.

                      Segundo revelou terça-feira o jornal Público, terá sido Pedro Martins a assinar - com base numa portaria assinada mas anulada pelo secretário de Estado da Educação, Valter Lemos - os certificados de equivalência que permitiram melhorar "até dois valores" as médias de vários alunos de colégios estrangeiros, como o St. Julian's ou o Frank Carlucci American International School of Lisbon. Uma situação que levou à abertura de um inquérito na Inspecção-Geral de Educação (IGE). Agora, parece confirmar-se que o GAJURCE também nada fez para avisar a DGES sobre o facto de estas equivalências serem inválidas.

                      Director de serviço em causa

                      Segundo a DGES, no dia 3 de Setembro, na sequência de contactos "informais" sobre o tema, foi recebido um fax assinado por Pedro Martins onde se confirmava que os cálculos das equivalências de alunos estrangeiros tinham sido feitos "com base na proposta" da referida portaria. Informava-se ainda que a proposta tinha seguido para apreciação de Valter Lemos, "crendo-se" que seria apreciada até ao final dessa semana.

                      A 9 de Setembro, "data-limite" para a validação das médias - já que estava eminente a divulgação das listas com 54 mil colocados no superior - chegou à DGES uma cópia da portaria, assinada por Valter Lemos. Sobre o anulamento, Mourão Dias disse ao DN "não ter tido conhecimento" de qualquer aviso do GAJURCE.

                      A portaria teria dois efeitos nas médias: por um lado afectava os certificados do secundário. Por outro, as notas obtidas pelos alunos nos exames feitos nas suas escolas, que poderiam ser usados como provas de ingresso ao superior.

                      "Como a portaria ainda não tinha sido publicada em Diário da República, decidimos não a aplicar às notas dos exames, que foram calculadas com base na legislação em vigor", explicou Mourão Silva. Mas os certificados enviados pelo GAJURCE dependiam "apenas" do Ministério da Educação, por isso foram aceites. Até porque as regras de acesso têm mecanismos que permitem rectificar as colocações em caso de irregularidades.

                      Mourão Dias disse "não poder confirmar" se os certificados foram ou não indevidamente inflacionados: "Quem poderá dizer isso é o Ministério da Educação. Estamos à espera dessa informação, com carácter de urgência", explicou. Contactado pelo DN, o assessor de imprensa do Ministério confirmou apenas que Valter Lemos "assinou e anulou" a portaria. E também que foi este quem ordenou o inquérito à IGE.





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                      Só me occore um comentário: Triste palhaçada

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                        #12
                        Agora já entraram, vai ser uma batalha judicial para saírem

                        Até parece que este não é o país que há 2 anos, permitiu a repetição de exame, fazendo-se uma lei à pressa e aplicando-a retroactivamente numa autêntica ilegalidade

                        Mas eu gostava é de saber o nome dos beneficiados

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                          #13
                          Originalmente Colocado por André Ver Post
                          Agora já entraram, vai ser uma batalha judicial para saírem
                          Agora, imagina o problema daqueles que nunca conseguiram entrar...

                          Não há Justiça em Portugal.

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