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Sobre deputados, liberdade de voto e do Parlamento !

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    Sobre deputados, liberdade de voto e do Parlamento !

    Ainda que se referindo a uma matéria em concreto, aplica-se totalmente a tudo o mais que o Parlamento aprova !

    http://dn.sapo.pt/2008/10/07/opiniao...fico_casa.html


    (Pena aquela boca sobre Alvalade no final...)

    Está toda a gente muito preocupada por os homossexuais não se poderem casar - eu estou muito mais preocupado por os deputados não poderem pensar. Ao aprovar a disciplina de voto (com excepção de uma mascote da JS, que está autorizada a votar a favor da proposta e assim demonstrar a extraordinária "pluralidade" dos socialistas) numa matéria claríssima de costumes e de consciência individual como é o casamento dos homossexuais, o PS enfiou mais uma machadada na credibilidade do Parlamento e dos seus deputados. Obrigado, Alberto Martins.

    A bancada parlamentar do Partido Socialista, que tanto se orgulha da sua liberdade, é assim como uma claque de futebol: o chefe manda bater palmas, eles batem palmas; o chefe manda sentar, eles sentam-se; o chefe manda levantar a mão, eles levantam a mão. Sinto até um certo embaraço por um dia ter pensado que cada deputado tinha o seu próprio cérebro e que era com ele que votava na Assembleia de República. Graças ao badalado projecto de lei do Bloco de Esquerda, o grupo parlamentar do PS teve a amabilidade de me mostrar o quanto eu estava enganado.

    Por isso, pedia humildemente aos especialistas em ciência política que tivessem a caridade de esclarecer esta alma baralhada: para que raio serve, afinal, a disciplina de voto? Porque é que devemos permitir que os deputados que nós elegemos e cujos salários nós todos pagamos votem como se a única coisa que os distinguisse de um rebanho fosse a gravata? Para que é que existem 230 deputados na Assembleia da República se no momento mais nobre da sua actividade - a votação das propostas - eles não estão autorizados a decidir segundo a sua consciência? É que se cada deputado está impossibilitado de se exprimir individualmente, uns 20 tipos chegavam e sobravam para distribuir proporcionalmente os votos do País. Se a disciplina de voto é a regra, então há pelo menos 210 cabeças a mais em São Bento.

    E tão grave quanto a disciplina de voto do PS é a sua justificação. Segundo Strecht Ribeiro, vice-presidente do grupo parlamentar, os socialistas não estão a votar contra o casamento dos homossexuais. Nada disso. O que eles estão é a votar contra "o oportunismo político" do Bloco de Esquerda. Ou seja, o PS acredita que a situação actual dos gays é manifestamente injusta. Mas entende que esta não é a altura certa para reparar a injustiça. Extraordinário. Nós vivemos num país onde o partido que nos governa entende que até a correcção de injustiças que não dependem de mais nada senão da aprovação de uma lei deve obedecer a um timing certo. E os oportunistas políticos são os outros, claro. Partidos destes não deviam sentar-se no Parlamento. Partidos destes deviam sentar-se nas bancadas do Estádio de Alvalade.|

    #2
    Tirando o facto do texto ser tendencioso à brava (desde quando o voto partidário é exclusivo do PS??, basta pensarmos 10 segundos e lembramos-nos todos de pelo menos um exemplo de cada partido onde isso já aconteceu) é uma bela crítica e tem tudo de oportuna!!


    No entanto o facto de apenas se referir ao PS tira-lhe 80% do crédito... é pena!

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      #3
      À muito tempo que a disciplina de voto já devia ter acabado.

      Apesar de se votar em partidos, e não em pessoas(deputados), parto do principio que o deputado pensa na maioria das vezes igual ao partido

      é isso e a criação de outra câmara do parlamento em que nem sequer haveria vinculação partidária activa e votasse em pessoas.

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por Rasec Ver Post
        Tirando o facto do texto ser tendencioso à brava (desde quando o voto partidário é exclusivo do PS??, basta pensarmos 10 segundos e lembramos-nos todos de pelo menos um exemplo de cada partido onde isso já aconteceu) é uma bela crítica e tem tudo de oportuna!!


        No entanto o facto de apenas se referir ao PS tira-lhe 80% do crédito... é pena!

        Pois, realmente vê-se que o autor do texto destila algum ódio àquele partido em particular.

        Mas o que diz àcerca da disciplina de voto, independentemente de qq partido, é lamentável e diz muito da maneira como o país é gerido.

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          #5
          Como em tudo, tem de haver alguma regulamentação e regras a cumprir.

          É perfeitamente normal que o partido condicione o sentido de voto dos seus deputados, pois eles são lá colocados por ele e a ele devem obedecer.
          Ninguem pense que um partido poria em perigo a aprovação de uma qualquer lei devido a um ou vários seus deputados votarem em sentido contrario ao seu.
          No dia em que os deputados sejam directamente eleitos pelos eleitores, então ai a conversa muda de figura.

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