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A importância dos créditos de carbono

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    A importância dos créditos de carbono

    A importância dos créditos de carbono

    Os Créditos de Carbono são certificados que autorizam o direito de poluir. O princípio é simples. O Protocolo de Kyoto obrigou os paises industrializados e responsáveis por 80% da poluição mundial a diminuírem suas emissões de gases formadores do efeito estufa, como o monóxido de carbono, enxofre e metano em 5,2%, base 1990, entre os anos de 2008 e 2012.

    “Para atingir esta meta, os países poderiam ter diminuição da atividade econômica e aumento de desemprego; sendo assim, a ONU autorizou ao país, que não conseguir fazer essa economia internamente, participar de empreendimentos em países em desenvolvimento que diminuam ou evitem a emissão desses gases. Ou seja, podem compensar a poluição que produzem em casa com diminuição de poluição nos países em desenvolvimento como o Brasil, a Índia e a China ou subdesenvolvidos como os países da África”, explica Fernando Quércia, sócio do escritório Fernando Quércia e Advogados Associados.


    O sistema criado pelo Protocolo chama-se MDL – Mecanismo do Desenvolvimento Limpo. Há várias empresas autorizadas pela ONU a desenvolverem projetos para redução de emissões de gases. Entre as atividades mais indicadas são a substituição de óleo diesel ou carvão mineral em caldeiras por biomassa ou biodiesel, substituição do óleo diesel de geradores por biodiesel, reflorestamento, captação do gás metano de aterros sanitários ou fazendas de suínos e a substituição total ou parcial do óleo diesel pelo biodiesel em caminhões, ônibus, tratores, locomotivas, barcos e outras atividades previstas no MDL.


    As empresas poluidoras compram em bolsa ou diretamente das empresas empreendedoras as toneladas de carbono seqüestradas ou não emitidas através de um bônus chamado Certificado de Redução de Emissões. Cada tonelada de carbono está cotada hoje a entre $15 e $18 Euros (há um ano eram $ 5 Euros), valor que deve ir a $30 ou $40 Euros entre 2008 e 2012, quando a economia de 5,2% tornar-se obrigatória.


    “O interessante do mecanismo é que o comprador não adquire nenhum tipo de direito de participação na empresa do país em desenvolvimento, mas apenas o potencial de absorção do gás carbônico e de outros gases gerado pela atividade, afirma Quércia.


    As quantidades de toneladas de CO2 ou outros gases economizadas ou seqüestradas da atmosfera, são calculadas por empresas especializadas de acordo com determinações de órgãos técnicos da ONU. Por exemplo, uma tonelada de óleo diesel trocado por biodiesel gera o direito a 3,5 toneladas de créditos. Um hectare de floresta de eucalipto absorve por hectare, por ano, 12 toneladas de gás carbônico. Um grande aterro sanitário que capte o metano e o transforme em eletricidade, pode ter o direito a milhões de toneladas de créditos por ano.


    “Os projetos devem ser feitos por empresas e entidades especializadas, como o Conselho nacional de Defesa Ambiental. Há diversas exigências do protocolo e da ONU que devem ser respeitadas para que o projeto seja um sucesso. Por exemplo, para serem enquadrados dentro do MDL os empreendimentos devem ser novos, ou seja, não são aceitas florestas já existentes como, a floresta amazônica ou plantações de eucalipto antigas”, completa Quércia.
    http://blog.ecoinformacao.com/2007/1...os-de-carbono/


    Os países que estão a preservar as suas florestas estão mesmo a receber estes créditos dos países poluidores?

    #2
    Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
    http://blog.ecoinformacao.com/2007/1...os-de-carbono/


    Os países que estão a preservar as suas florestas estão mesmo a receber estes créditos dos países poluidores?
    Estiveste a ver o documentário da rtp agora ao 12h

    Comentário


      #3
      Originalmente Colocado por Lorran Ver Post
      Estiveste a ver o documentário da rtp agora ao 12h
      Sim, estive, mas esta é uma questão que acompanho há já bastante tempo e que ando para colocar aqui também há vários meses!

      Na verdade a indústria madeireira, que não olha a nada senão ao santo dinheiro (lá está, de novo, o problema do "umbiguismo"...), está-se borrifando para o futuro do planeta. Naturalmente os países pobres da América do Sul (mas não só), possuidores das mais ricas florestas do mundo, a braços com miséria extrema são tentados a suprir no imediato as suas carências com uma riqueza que, na verdade, pertence ao planeta inteiro e não apenas a eles!

      Descurar estes problemas, como tem acontecido, tem tido como resultado directo as alterações climáticas, o degelo polar, a alteração das correntes marítimas e o consequente aumento dos desastres naturais...

      Comentário


        #4
        Infelizmente este é um tema não muito popular, mas as inundações em alguns instantes, as estações do ano que já não conhecem o calendário e, no geral, os resultados visíveis das alterações dos ciclos naturais costumam ser...

        Comentário


          #5
          Bonito, mas enquanto países como a Índia e a China não entrarem no esquema, nada feito - é apenas uma maneira de nos sacar mais impostos.

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
            Bonito, mas enquanto países como a Índia e a China não entrarem no esquema, nada feito - é apenas uma maneira de nos sacar mais impostos.
            Se todos os países poluentes contribuírem calhará menos a cada um...

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
              os países pobres da América do Sul (mas não só), possuidores das mais ricas florestas do mundo, a braços com miséria extrema são tentados a suprir no imediato as suas carências com uma riqueza que, na verdade, pertence ao planeta inteiro e não apenas a eles!
              Isto faz-me lembrar aquele livro de geografia norte-americano que retira a amazónia ao Brasil... Pôs lá: área internacional ou algo de género

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                #8
                Na verdade os interesses financeiros conseguem subverter até a mais bondosa das ideias...:

                Quem será beneficiado pelos créditos de carbono?

                Recursos naturais preservados podem, em breve, ser sinônimo de dinheiro e, quem sabe, da aplicação prática do conceito de desenvolvimento sustentado. Países que não têm que diminuir suas emissões de dióxido de carbono (CO2), segundo normas preliminares (ainda não ratificadas) estabelecidas pela Conferência das Partes, realizada na cidade de Quioto, no Japão, em 1997, podem desenvolver projetos com o objetivo de emitir as chamadas CERs (Reduções Certificadas de Emissões, tradução da sigla em inglês). Os CERs são derivativos financeiros, ou créditos, interessantes às empresas dos países que devem, obrigatoriamente, reduzir as emissões de CO2, o mais nocivo de todos os gases de efeito estufa. No entanto, mais do que entender esse processo, é preciso também compreender o que pode estar implícito na onda do crédito de carbono, o qual muitos teimam em chamar de commodity.

                Para entender a estrutura básica desse processo, basta voltar à década de 80, quando estudos científicos passaram a levantar suspeitas de que a temperatura média do planeta estaria aumentando. A partir dessas suspeitas, o Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente (Pnuma) e a Organização Metereológica Mundial criaram o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, sigla em inglês). Foram as conclusões dos estudos do IPCC sobre mudanças climáticas que deram apoio científico à Framework Convention on Climate Changes (Convenção-Quadro das Nações Unidas Sobre a Mudança do Clima), a qual foi assinada por cerca de 175 países, durante a Rio 92. Com o surgimento dessa Convenção, também conhecida como FCCC, seus países signatários passaram a reunir-se periodicamente para discutir e tentar solucionar o aumento da temperatura da Terra.

                Concluindo que a principal causa das mudanças climáticas pelas quais passa o planeta é o aumento da concentração de gases que provocam o efeito estufa, a Conferência das Partes chegou à proposta do Protocolo de Quioto. É nesse Protocolo que os países em desenvolvimento, e que mantêm, ao menos relativamente, preservados os seus recursos naturais, podem passar a se inspirar para desenvolver projetos visando sustentabilidade social e ambiental. Isso porque, a essência do Protocolo determina que quem polui deve assumir financeiramente as conseqüências disso. Assim, quem mais poluiu desde a Revolução Industrial (os países que hoje são chamados desenvolvidos) deverá pagar pelos prejuízos causados ao ambiente, ou compensar essa falta investindo, por exemplo, na recuperação e manutenção de áreas verdes, cuja maior parte ainda está nos países pobres.

                Seqüestro do Carbono

                Considerando a incalculável quantidade de dióxido de carbono já emitida por esses países no decorrer das décadas, é simples imaginar que a conta do prejuízo é bastante alta. Assim, para amenizar o seu pagamento, o Protocolo de Quioto disseminou a idéia do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) e das CERs. O objetivo do MDL é a busca de alternativas de tecnologias limpas (não-poluidoras) para, por exemplo, a geração de energia, reduzindo as emissões de CO2 na atmosfera. Há também os projetos voltados para a área florestal, que devem ajudar a diminuir o CO2 presente na atmosfera pela absorção feita pela vegetação através da fotossíntese. É o que se chama de "seqüestro do carbono".

                Para entender o que significam o MDL e as CERs é preciso ter clara a divisão existente entre os países, e que ficou estabelecida no Protocolo de Quioto. Eles estão divididos em dois grupos: os que precisam reduzir suas emissões de poluentes e aqueles que não estão obrigados a tais reduções. O Brasil, assim como outros países em desenvolvimento que não precisam diminuir suas emissões de dióxido de carbono, pode vender essa redução através dos créditos de carbono conseguidos com as CERs.

                As transações internacionais ao redor dos créditos de carbono já estão acontecendo. No início de julho, a Holanda enviou um representante do seu Ministério do Ambiente e Desenvolvimento Urbano para negociar créditos de carbono com governo e empresários brasileiros. A Holanda é um dos 39 países que estão obrigados pelo Protocolo de Quioto a reduzir, de 2008 a 2012, emissões de dióxido de carbono e outras substâncias nocivas a um índice 5,2% menor do que o índice global registrado em 1990. A iniciativa holandesa pode render 250 milhões de euros, que serão destinados à redução de 200 milhões de toneladas de carbono. É certo que os países que têm tomado a dianteira nessas transações financeiras internacionais estão em vantagem sobre os demais. Os preços da tonelada de carbono ainda não foram fixados pelo mercado.

                Perigo

                Até agora tudo parece estar em pleno acordo com as regras do capitalismo, porém há, ainda, muitas perguntas sem respostas. Quem são os donos, os avalistas e os auditores dos créditos de carbono? Quem será beneficiado pelos créditos? Esse modelo irá beneficiar o meio ambiente e as camadas mais pobres da população ou os empresários e donos do poder político e econômico dos países mais ricos?
                Para a economista Amyra El Khalili, presidente da ONG CTA (Consultant, Trader and Adviser), o que existe hoje é, na verdade, uma grande confusão entre os conceitos de commodity ambiental e crédito de carbono. Segundo ela, um conceito nada tem a ver com o outro, e o cerne da confusão pode estar na junção das palavras "commodity" e "ambiental". A tradução ao pé da letra do termo commodity é:

                mercadoria, aquilo que é vendido para a obtenção de lucro, ou, ainda, aquilo que é comprado e vendido numa bolsa de mercadoria. "Uma commodity visa o lucro imediato, portanto é algo contrário ao meio ambiente, mais precisamente a sua conservação", explica a economista. "O carbono não é uma commodity porque as suas emissões têm de ser reduzidas. Se fosse uma commodity, o carbono teria de visar o lucro e, para tanto, sua emissão deveria ser incentivada. Quanto mais toneladas de carbono fossem emitidas, maior seria o seu preço de mercado". Por essas razões, o tal seqüestro de carbono tem de ser entendido como um processo e não como uma commodity.

                Khalili explica que unir as palavras commodity e ambiental não é tarefa fácil. "Os beneficiários, que são os países em desenvolvimento, têm de estar no topo da discussão. Só vamos conseguir fazer uma commodity ambiental quando se resolver o problema da exclusão social existente principalmente nos países pobres", avalia a economista. Para ela, o proprietário da commodity ambiental tem de ser a comunidade, o povo, a nação, e deve visar o "lucro social", a criação de um ambiente sustentado e equilibrado entre necessidades humanas e conservação de recursos naturais.

                Os produtos que resultam de projetos para a conservação de recursos naturais (como a madeira), e cujo público beneficiado é a própria comunidade responsável pelo seu manejo, pode ser considerado uma commodity ambiental. Ela também pode ser financeira quando beneficia um grupo de empresários ou uma empresa. Porém, Khalili enfatiza que a ambiental deve estar sempre na base de sustentação da estrutura da commodity financeira. "O mundo todo já tomou o rumo da degradação seguindo este sistema. Há exclusão social e fome por toda a parte. Há fraudes e corrupção nas maiores empresas do mundo. Se o mercado financeiro internacional está falido, porque devemos continuar acreditando neste modelo?"

                Até agora, o que se tem feito com relação à comercialização de créditos de carbono é o inverso disso. Os créditos são títulos que podem favorecer empresários especuladores do mercado financeiro de países pobres ou ricos. Os excluídos correm o risco de ficar de fora desse processo. "Nossos recursos naturais não podem ser comercializados como créditos de carbono. É preciso esclarecer quem vai ser responsável pelo controle desse mercado. A sociedade e a mídia precisam participar desse debate, e exigir que as commodities ambientais não tomem o rumo da simples repetição e perpetuação de um modelo econômico e financeiro falido, no qual o bem maior é o dinheiro e não a qualidade de vida", conclui a economista.
                http://www.comciencia.br/reportagens/clima/clima04.htm

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                  http://blog.ecoinformacao.com/2007/1...os-de-carbono/


                  Os países que estão a preservar as suas florestas estão mesmo a receber estes créditos dos países poluidores?
                  Eu estaria tentado a acreditar na boa vontade de muitos dos envolvidos, a verdade porem é que a busca desenfreada de lucros sem olhar a meios demonstra, que ainda há um longo caminho a percorrer para que as industrias e empresários, os paises emergentes, e principalmente a falta de escrupulos e desonestidade ambiental sejam erradicados.

                  Isto sem falar que os €€€€€€ as £££££££ e os $$$$$$ compram muitos corruptos.

                  Para isso é bom visualizar programas como este.

                  ECO Crimes RTP 2 Estreia

                  É emitido hoje novo episódio, pelas 21.00H.

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                    Eu estaria tentado a acreditar na boa vontade de muitos dos envolvidos, a verdade porem é que a busca desenfreada de lucros sem olhar a meios demonstra, que ainda há um longo caminho a percorrer para que as industrias e empresários, os paises emergentes, e principalmente a falta de escrupulos e desonestidade ambiental sejam erradicados.

                    Isto sem falar que os €€€€€€ as £££££££ e os $$$$$$ compram muitos corruptos.

                    Para isso é bom visualizar programas como este.

                    ECO Crimes RTP 2 Estreia

                    É emitido hoje novo episódio, pelas 21.00H.

                    De facto a preocupação de enriquecer depressa não importando a que preço não tem limites...

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
                      De facto a preocupação de enriquecer depressa não importando a que preço não tem limites...
                      é o nosso amado capitalismo

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por Goiás Ver Post
                        é o nosso amado capitalismo
                        Infelizmente, embora nem todos os que perfilham o capitalismo concordem com a criminosa gula madeireira naquelas paragens!

                        Comentário


                          #13
                          Alteração climáticas são irreversíveis

                          Estudo afirma que o aquecimento global é irreversível:
                          http://www.npr.org/templates/story/s...oryId=99888903

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por ElGamal Ver Post
                            Estudo afirma que o aquecimento global é irreversível:
                            http://www.npr.org/templates/story/s...oryId=99888903
                            Estas são as noticias que deviam abrir o telejornal, e não o caso freeport que ja enjoa....

                            Comentário


                              #15
                              Só se me oferece fazer um único comentário...

                              No seguimento de Kyoto, e e enquanto perdurar a prática de compra de créditos de carbono aos países sub-desenvolvidos pelos chamados países industrializados, a coisa não vai lá. Venha quem vier.

                              Mais curioso será constatar que aqueles que compram os créditos (e que mencionei acima), são aqueles que não ratificaram o protocolo de Kyoto.

                              Para mim, este é o cerne da questão. Tudo o resto é paisagem e manobras de diversão.

                              Cpts.,

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por Corleone Ver Post
                                Só se me oferece fazer um único comentário...

                                No seguimento de Kyoto, e e enquanto perdurar a prática de compra de créditos de carbono aos países sub-desenvolvidos pelos chamados países industrializados, a coisa não vai lá. Venha quem vier.

                                Mais curioso será constatar que aqueles que compram os créditos (e que mencionei acima), são aqueles que não ratificaram o protocolo de Kyoto.

                                Para mim, este é o cerne da questão. Tudo o resto é paisagem e manobras de diversão.

                                Cpts.,
                                Que solução, então?

                                Comentário


                                  #17
                                  O "problema" do dióxido de carbono é uma falsa questão.

                                  Sem ele nos níveis actuais, já há muito estaríamos numa nova época glacial.
                                  O dióxido de carbono é essencial para a sobrevivência do planeta e da vida.
                                  Serve de tampão para extremos de temperatura.

                                  Sempre existiu, sempre existirá, é inofensivo ( até muitas centenas de X o seu valor actual), é indispensável para a vida .

                                  O problema surgiu quando o CO2 passou a ser considerado uma moeda supra económica, não é o euro, o dólar a libra, é o CO2 a moeda de troca industrial. A partir do momento que foi considerado moeda todo um marketing, lobby, veio classifica-lo de "apocalíptico".

                                  Não nego que tenhamos alguma influencia nos seus valores atmosféricos.
                                  Na natureza o CO2 é cíclico ( tal como quase todos os outros elementos, e constituintes terrestres, até mesmo as rochas).

                                  A atmosfera não é estática, o clima não +e estático a terra não é estática, os pólos não são estáticos, tudo é ciclo e já tivemos valores BEM maiores de CO2 na atmosfera que coincidiu curiosamente com o maior BOOM de biodiversidade que há registo.

                                  O problema não é o CO2, há produtos de origem industrial BEM mais perigosos/tóxicos e a esses ninguém liga.

                                  O que é vergonhoso é a aplicação de algo como o CO2 como MOEDA de troca, e pior que isso como ferramenta de terror sobre as populações leigas.

                                  Qualquer estudo publicado sobre este assunto é facilmente contestado por outro sobre o mesmo tema. Não há consenso sobre os níveis sobre a nossa quota parte de culpa, mas sabemos perfeitamente os seus efeitos e são tudo menos perigosos.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Projectos de cooperação em áreas ambientais

                                    Portugal obtém créditos de carbono com ajuda aos PALOP Portugal está a ajudar os países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP) a criar mecanismos ambientais na área do protocolo de Quioto, recebendo em troca créditos no âmbito das emissões de carbono.

                                    "Portugal precisa de créditos de carbono e tem aqui um caminho estrategicamente muito interessante, porque pode obter créditos de carbono e ao mesmo tempo estreitar relações" com esses países, disse à Agência Lusa o ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional.

                                    Em entrevista à Agência Lusa, no final de uma visita de três dias a Cabo Verde que hoje terminou, Nunes Correia explicou que Portugal tem vindo a assinar protocolos "praticamente com todos os países da CPLP", sendo que já o fez com os cinco países africanos, Guiné-Bissau em 2005, Moçambique em 2006, e Angola, Cabo Verde e S. Tomé no ano passado.

                                    Portugal, explicou o ministro, vai apoiar a criação da Autoridade Nacional Designada desses países, uma entidade que terá nomeadamente a competência de aprovar projectos passíveis de reduzir os efeitos das alterações climáticas.

                                    A criação da Autoridade é necessária no quadro do protocolo de Quioto e permite aos países beneficiarem de projectos de cooperação em áreas ambientais.

                                    Isso é "bom para os países que fazem cooperação, porque obtém créditos de CO2 (dióxido de carbono), e é bom para os países que recebem essa cooperação, porque os ajuda a trilhar um caminho positivo do ponto de vista de emissões" de gases, frisou Nunes Correia.

                                    O ministro considera que a cooperação no âmbito da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) é intensa, exemplificando com a realização de dois em dois anos de uma cimeira de ministros do Ambiente (em 2010 será em Cabo Verde), a par dos Encontros Lusófonos, também de dois em dois anos, uma cimeira a nível de directores-gerais.

                                    O próximo encontro, que se realiza em Lisboa, em Abril, vai discutir alterações climáticas mas também o ordenamento do território, disse Nunes Correia.

                                    Os projectos de cooperação em curso nos PALOP

                                    A nível da cooperação bilateral, se em relação a Timor-Leste se situa praticamente no apoio legislativo, com os países africanos há muitos projectos em curso, disse o responsável, exemplificando com SICLIMAB, um projecto para Cabo Verde, Guiné-Bissau e S. Tomé e Príncipe de estudo do clima e das temperaturas. Cabo Verde foi dotado de um sistema de previsão do tempo e do estado do mar à escala regional.

                                    Em Cabo Verde vão também ser formados inspectores ambientais com apoio português, o mesmo acontecendo em relação a Angola, onde é visível também a cooperação portuguesa através da empresa Águas de Portugal, junto da empresa pública águas de Luanda.

                                    A empresa Águas de Portugal está também presente em Moçambique, numa parceria com a Águas de Moçambique, além de que recentemente a gestão do lixo foi entregue a uma empresa portuguesa, havendo ainda o apoio na formação de inspectores ambientais, disse o ministro.

                                    Em Moçambique, ainda segundo Nunes Correia, há vários projectos no domínio da gestão da água, como no Lumbo ou em Maxaquene, sendo também a água que merece mais parcerias em S. Tomé e Príncipe e na Guiné-Bissau, aqui especialmente "na gestão dos recursos trans-fronteiriços".

                                    Na Guiné-Bissau deve terminar este ano o projecto Carboveg, de quantificação de carbono, enquanto em S. Tomé foi concluída a instalação de estações de monitorização das águas dos rios Ouro e Abade.

                                    Segundo o ministro, o governo português está a fazer um levantamento das principais necessidades dos países da CPLP na área ambiental, com prioridade para Moçambique, Guiné-Bissau e S. Tomé e Príncipe, neste caso especialmente apoio legislativo.

                                    Portugal tem ainda um projecto para formação para todos os países sobre avaliação de impacto ambiental, e vai reforçar a cooperação com Angola nas áreas do tratamento de resíduos, educação ambiental, alterações climáticas e conservação da natureza. A Parque Expo abrirá também um escritório em Luanda até final do ano.
                                    http://sic.aeiou.pt/online/noticias/...+aos+PALOP.htm

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                                      #19
                                      Originalmente Colocado por Foliv Ver Post
                                      O "problema" do dióxido de carbono é uma falsa questão.

                                      Sem ele nos níveis actuais, já há muito estaríamos numa nova época glacial.~
                                      Eu penso que devemos ser cautelosos com esta matéria, pois toda a vida na Terra está em jogo.

                                      O maior problema do CO2 é que pode iniciar um ciclo de realimentação positiva: aumento de CO2 -> aumento de temperatura -> aumento de CO2 -> e assim sucessivamente.

                                      O resultado pode ser uma elevação brutal da temperatura da terra até ser atingido um novo patamar de estabilidade. As consequências seriam tão dramáticas que esta questão merece uma atenção muito especial...

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                                        #20
                                        Nós, os seres humanos, já somos demais. Deveria, isso sim, haver um controlo racional e social da natalidade. Num mundo onde existem milhões de crianças órfãs sem lar nem amor, vemos clínicas a ganhar milhões para satisfazer o sonho de casais inférteis de ter um filho. São estes e muitos outros desequilíbrios que destroem o nosso planeta.
                                        As reservas de peixe estão nesta altura a 30% do que estavam há um século atrás. Somos demais, demasiado interessados em reproduzirmo-nos e em ocupar o lugar de todas as espécies que nos rodeiam.
                                        Mas, ai de quem diga tamanho sacrilégio, que é um herege!

                                        Fico estarrecido ao saber que dentro de duas décadas, 70% das espécies estarão extintas e que as gerações vindouras só as conhecerão através de imagens.
                                        Eu choro ao ver o olhar de súplica no olhos de uma foca bebé a ser morta para capricho humano, ou uma baleia questionando-se “Porquê?” enquanto se esvai em sangue trespassada pelos arpões desta humanidade desumana que se destrata.

                                        Preocupo-me com o CO2, pois quando alguém se aflige com uma vaga de calor e se refugia no ar condicionado ou ventoinha, esquece-se que no mesmo momento estarão ursos polares “em pele e osso” sem hipótese de apanhar as suas presas devido ao degelo e condenadas a não sobrevirem à próxima hibernação. Essas criaturas não têm médicos, assistência social, fundo de desemprego, associações de solidariedade, nem conforto, nem carinho, nem ninguém para as socorrer. Contam com elas próprias e com a nossa sensatez para sobreviverem. Elas, sem nós, passavam muito bem. Nós seres humanos, somos um vírus que está a atacar este planeta e só vamos acabar quando encontrarmos um outro planeta hospedeiro que nos acolha.
                                        E o pior é o facto de termos consciência disso; só assim se explica que se gastem biliões a enviar sondas para outros planetas, em vez de se “matar” a fome de tantos milhões que estão a morrer sem nada para comer.

                                        Quanto às florestas, elas não são só números: são o sustento da nossa própria existência, e quando ela for posta em causa, então esperemos que não seja já tarde demais para todos.
                                        Por isso, falarmos de cotas, é tão-somente a ponta do iceberg. O ser humano é corrupto e corruptível por natureza, e a Natureza é quem mais sofre com isso.

                                        Não tenho medo de dizer o que penso, por muito que isso custe a muitos ouvir, pois só estou a dar voz àqueles que não têm quem fale por eles: os animais, e as florestas.

                                        A ganância do ser humano já levou à crise económica em que nos encontramos. Só espero que agora não se refugiem na exploração daqueles que não se podem defender dum mundo doente de gente.

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                                          #21
                                          Originalmente Colocado por BLADE RUNNER Ver Post
                                          Fico estarrecido ao saber que dentro de duas décadas, 70% das espécies estarão extintas
                                          Isto não é verdade...

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                                            #22
                                            Originalmente Colocado por eu Ver Post
                                            Isto não é verdade...
                                            Pelo que tenho lido é o que se espera em 2030/35. Estão englobadas também as espécies vegetais e insectos, naturalmente.

                                            Mas a essência da questão não é saber se serão mais 10 ou menos 10 ou 20% das espécies. A questão é a morte anunciada da vida tal qual a conhecemos hoje, justificada pela busca do lucro e o consumismo desenfreado.

                                            Quando me refiro que já somos demais e que estamos a esgotar as reservas de peixe nos oceanos (p.ex.) só estou a constatar o desiquilíbrio que está a haver na cadeia alimentar, sendo que nós estando no topo não poderemos ser em demasia.
                                            Há 500 anos o nosso planeta era povoado por cerca de 100 milhões de pessoas.
                                            Há apenas 100 anos éramos 1 bilião.
                                            No ano 2000 éramos 5 biliões
                                            Hoje ultrapassámos já a fasquia dos 7 biliões.
                                            em 2030 estima-se que dupliquemos este número.
                                            Só pergunto. Quando e onde é que isto vai parar?
                                            Qualquer dia começamos a comermo-nos uns aos outros, literalmente falando.

                                            Felizmente nem tudo é mau, pois grande parte das nossas crianças já têm uma consciência ambiental, reciclam, evitam poluir, e tentam ser amigas do ambiente. Talvez estejamos a começar a fazer algo de importante, começando pelos mais novos.

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                                              #23
                                              Concordo inteiramente com o ponto de vista do Blade Runner.
                                              Acho que há demasiados seres humanos no planete, e continuamos a aumentar em numero.

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                                                #24
                                                Como é possível

                                                Que você suporte a barra

                                                De olhar nos olhos do que morre em suas mãos

                                                E ver no mar se debater em sofrimento

                                                E até sentir-se um vencedor nesse momento


                                                Seus netos vão-te perguntar em pouco tempo

                                                Pelas Baleias que cruzavam oceanos

                                                Que eles liam em velhos livros

                                                Ou nos filmes dos arquivos

                                                Nos programas vespertinos de televisão




                                                "As Baleias" - Roberto Carlos

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                                                  #25
                                                  Embora não sirva de nada, saliento estas partes :
                                                  Originalmente Colocado por BLADE RUNNER Ver Post
                                                  (...)
                                                  Eu choro ao ver o olhar de súplica no olhos de uma foca bebé a ser morta para capricho humano, ou uma baleia questionando-se “Porquê?” enquanto se esvai em sangue trespassada pelos arpões desta humanidade desumana que se destrata.

                                                  Preocupo-me com o CO2, pois quando alguém se aflige com uma vaga de calor e se refugia no ar condicionado ou ventoinha, esquece-se que no mesmo momento estarão ursos polares “em pele e osso” sem hipótese de apanhar as suas presas devido ao degelo e condenadas a não sobrevirem à próxima hibernação. Essas criaturas não têm médicos, assistência social, fundo de desemprego, associações de solidariedade, nem conforto, nem carinho, nem ninguém para as socorrer.Contam com elas próprias e com a nossa sensatez para sobreviverem. Elas, sem nós, passavam muito bem. Nós seres humanos, somos um vírus que está a atacar este planeta e só vamos acabar quando encontrarmos um outro planeta hospedeiro que nos acolha.
                                                  (...)

                                                  Quanto às florestas, elas não são só números: são o sustento da nossa própria existência, e quando ela for posta em causa, então esperemos que não seja já tarde demais para todos.
                                                  Por isso, falarmos de cotas, é tão-somente a ponta do iceberg. O ser humano é corrupto e corruptível por natureza, e a Natureza é quem mais sofre com isso.
                                                  (...)

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por BLADE RUNNER Ver Post
                                                    (...)
                                                    Felizmente nem tudo é mau, pois grande parte das nossas crianças já têm uma consciência ambiental, reciclam, evitam poluir, e tentam ser amigas do ambiente. Talvez estejamos a começar a fazer algo de importante, começando pelos mais novos.
                                                    Acho que a nossa possivel ( será que ainda vamos a tempo? ) salvação vai passar mesmo pelo desaparecimento dos "dinossauros" actuais, e pela mentalidade que as novas gerações começam a ter...


                                                    Infelizmente "é preciso começar de novo", não acredito que quem está hoje no poder, tanto politico como das grandes industrias, esteja muito importado com coisas que não sejam lucros...

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Acho que não é necessário pensar muito para ver onde isto vai chegar... vamos atingir tal número que os recursos do planeta não serão suficientes para nos alimentar a todos e nas lutas pelos recursos cada vez mais escassos vamos acabar uns com os outros, conduzindo talvez até à extinção completa da espécie humana, tendo levado com ela a grande maioria das espécies existentes actualmente... finalmente, sem o factor desestabilizador da espécie humana, novas oportunidades surgirão para outras espécies evoluírem e porventura tomar o nosso lugar...

                                                      vai uma aposta como tenho razão? a natureza humana não engana...

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por D4Dpower Ver Post
                                                        Acho que não é necessário pensar muito para ver onde isto vai chegar... vamos atingir tal número que os recursos do planeta não serão suficientes para nos alimentar a todos e nas lutas pelos recursos cada vez mais escassos vamos acabar uns com os outros, conduzindo talvez até à extinção completa da espécie humana, tendo levado com ela a grande maioria das espécies existentes actualmente... finalmente, sem o factor desestabilizador da espécie humana, novas oportunidades surgirão para outras espécies evoluírem e porventura tomar o nosso lugar...

                                                        vai uma aposta como tenho razão? a natureza humana não engana...
                                                        Até lá ainda muita água vai passar...

                                                        Mas não há nada como ser optimista..

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por Echos Ver Post
                                                          Como é possível

                                                          Que você suporte a barra

                                                          De olhar nos olhos do que morre em suas mãos

                                                          E ver no mar se debater em sofrimento

                                                          E até sentir-se um vencedor nesse momento


                                                          Seus netos vão-te perguntar em pouco tempo

                                                          Pelas Baleias que cruzavam oceanos

                                                          Que eles liam em velhos livros

                                                          Ou nos filmes dos arquivos

                                                          Nos programas vespertinos de televisão




                                                          "As Baleias" - Roberto Carlos

                                                          Estava a ouvir essa música quando escrevi.

                                                          Pelos vistos já há muitos anos se falava nisso... e continuamos em grande inércia.

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                                                            #30
                                                            http://www.youtube.com/watch?v=Fn9lIHw0_7Q

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                                                            AD fim dos posts Desktop

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