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Mobbing - Ser Posto de Parte

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    Mobbing - Ser Posto de Parte

    Já alguém sofreu, ou tomou conhecimento desta situação ?

    A reportagem até está bem elaborada.

    Eu pessoalmente vi isto acontecer a uma ex-colega, de bestial a besta, e isto porque o director teve sonhos húmidos ...


    19 Outubro 2008 - 00h00
    Tema de capa

    Posto de parte

    Humilhados, postos de parte, ofendidos, encostados à parede no local de trabalho. A vida deles só teve uma cor - negra. Cristina, Júlio, Pedro, Luís, Vítor e Alice sabem bem o significado da palavra inglesa ‘mobbing’, designação moderna para assédio laboral. São trabalhadores empurrados para a demissão, a todo o custo.

    “Quando as pessoas revelavam menos disponibilidade, ou não se sentiam bem num projecto, a administração pedia-me, sumariamente, para as despedir. Como? Causando-lhes más condições de trabalho, deslocando-as para locais onde perdessem muito tempo em deslocações, ou dando-lhes colaboradores abaixo da média para aquelas funções. Não me deixavam remunerar horas-extraordinárias, nem sequer dar-lhes compensações” – conta Júlio (nome fictício), 40 anos, então director de Recrutamento numa empresa de serviços que factura, anualmente, mais de 200 milhões de euros.
    “A pressão do mercado começou a trabalhar a cabeça do administrador”, conta Júlio. E já nem a política de baixos salários e o não pagamento de horas-extraordinárias e feriados lhe valia. “Devo ter extinto um ou dois postos de trabalho de forma claramente ilegal. Noutros, disse aos trabalhadores que estavam desajustados. E foram indemnizados, talvez, em um quinto do devido por lei”.

    Certo dia, Júlio recusou-se a cumprir aquele tipo de ordens. “O administrador chamou-me e começou por me elogiar como negociador. Eu disse-lhe para ir directo ao assunto. Tinha extinto o meu posto e proibiu os meus colaboradores de entrarem no trabalho.” Júlio e mais três foram despedidos. Até que o seu sucessor “erradicou” outros postos de trabalho a ele ligados. “Que eu saiba saíram umas 20 pessoas.”

    Para as vítimas de assédio moral, o trabalho transforma-se em violência. “Surgem com o tempo neuroses ansiosas, que se repercutem em perdas de memória e lapsos sucessivos que a entidade patronal vai usar contra os empregados; surge o stress pós-_-traumático, associado ao facto de a ida para o trabalho ser vivida como uma catástrofe, que se revela em alergias intestinais; desvalorização e problemas de auto--estima, com repercussões ao nível da vida, de uma forma global; e descontrolo emocional, que pode incorrer contra a vítima” – descreve a psicóloga clínica Ana Marques Lito. E a maioria das vítimas sofre ‘horrores’, culpando-se pelo que lhe está a acontecer.

    De acordo com Luís Pais, consultor em Recursos Humanos e advogado de Direito do Trabalho, acontece geralmente a estas pessoas ficarem fragilizadas para toda a vida profissional. Ficam também descrentes nas instituições e inibem-se na busca de emprego.

    Mas quando uma associação é o patrão pode haver problemas acrescidos. “Sai uma direcção e entra outra. Há sempre o medo da perseguição de uma direcção, em relação a outras, de vir a descobrir um ou outro problema e nas eleições poderem usá-los para derrubar” – explica Cristina Leite, 36 anos. E garante que isto lhe aconteceu na Associação de Comerciantes do Porto. “Eu trabalhava directamente com um director [entre sete]. Porque eu respondia só a ele, uma directora achou que estávamos de conluio” – conta. E quando a direcção se demite em bloco, fica apenas aquela directora e mais outro. “Todos os dias eu tinha a minha secretária remexida. Desapareceram-me documentos”, denuncia. Para cúmulo, apenas 15 dias depois do nascimento do filho, Cristina já ia trabalhar, quase diariamente.

    — E a licença de maternidade? “Não a gozei. Fui trabalhar praticamente todos os dias com o meu filho. Tinha de fechar a porta do gabinete à chave para lhe dar de mamar.” Um dia, o bebé adoeceu com gravidade e a mãe ausentou-se cinco dias do trabalho. “Quando regressei tinha a sala trancada. Fui deslocada para outra sala, sem computador, sem telefone”, conta Cristina. “Cada vez que precisava de ir à minha sala – e até coisas pessoais lá ficaram – vinha um director vigiar-me.” Cristina vivia o terror da ameaça de desemprego. “Saí da Associação em Maio do ano passado [entregou uma carta de despedimento por justa causa] e ainda não encontrei trabalho.” Perdeu rendimentos, meteu um processo em tribunal e agora está a divorciar-se.

    Em Novembro de 2007, o médico do trabalho António de Sousa Uva relatou, na conferência ‘Assédio Moral no Local de Trabalho: Emergência de uma Nova Realidade”, na Universidade Técnica de Lisboa, que “os trabalhadores sujeitos a assédio moral têm cerca de quatro vezes mais queixas de alterações de sono, de irritabilidade e de ansiedade, em relação aos não expostos a essa violência.” Para o médico, “a dimensão do problema é cerca de cinco vezes superior à discriminação em relação à religião, origem étnica ou opção sexual, ainda que a sua visibilidade pública seja bem menor” – aludindo ao segundo Estudo Europeu Sobre as Condições de Trabalho (2007).

    Pedro (nome fictício), 41 anos, passou duas vezes por esta provação. Logo passado dois meses de ser contratado para organizar um departamento de uma empresa ligada à Banca, foi convidado para chefiar esse sector. No exercício de funções eliminou trabalhadores temporários e precários. E, após seis meses, promoveram-no a director de outra empresa do grupo. “Pediram-me logo para despedir o director abaixo de mim.” Pedro rogou 15 dias para o avaliar. E achou-o uma mais-valia. “Só que, sem me dizerem nada, ele desapareceu.” Para o lugar deste contrataram um subdirector, que ele se viu obrigado a reportar que não dava o rendimento necessário. “É aí que me dizem que eu é que não me estava a enquadrar no espírito da organização.”

    Como Pedro trabalhava 18 horas diárias, achou oportuno ir de férias. Quando voltou, o presidente do conselho de administração do grupo deu-lhe “talvez a maior descasca da vida” e foi logo substituído pelo subdirector. “Fui colocado no departamento que tinha como chefia directa aquela pessoa que eu me tinha recusado a despedir.” Seis meses depois – e “mesmo com descida de ordenado, categoria e com perda ilegal da isenção de horário” ambos fizeram um trabalho comercial excepcional. “Valia a pena continuar porque era o segundo caso de assédio moral que me acontecia. E eu saí psicologicamente bem do primeiro.”

    Foi outra vez de férias e, no regresso, a sua secretária já pertencia a outra pessoa. Foi colocado num departamento de vendas com um só colega (e director). Um tempo depois, o departamento passou a ‘outsorcing’ e Pedro foi despedido por extinção do posto de trabalho. “Senti-me humilhado porque, estando eu a ter uma boa performance, diziam que eu não prestava para nada”, confessa.

    Em muitos casos, segundo o consultor em Recursos Humanos e advogado, Luís Pais, a ‘perseguição’ começa quase sempre com a retirada de condições de trabalho (subsídios, regalias sociais, isenção de horário e carros, telemóvel e/ou computador portátil), depois é criado um ambiente hostil, mudando de gabinete (para junto dos colegas, quando estava em privado) e retirando o secretariado, até o computador. A situação piora quando a vítima muda de funções. E agrava--se ao retirarem-lhe as tarefas.

    Caso semelhante passou-se com Luís (nome fictício), 42 anos, então director-_-geral (entre três) de uma empresa líder de mercado na sua área. “Entre mim e o responsável máximo da empresa havia um mínimo de denominadores comuns que permitiam uma relação profissional profícua”, diz Luís. Toda a vida teve cargos semelhantes. “Tinha bons clientes, a equipa era boa e isso reflectia-se na facturação corrente e na capacidade desses clientes gerarem mais negócios.” Até que o casamento perfeito ficou abalado quando a empresa se reorganizou. Os dois outros directores-gerais assumiram duas ‘superdirecções’.

    “Foram tomadas medidas coercivas que implicaram a diminuição do meu estatuto e remuneração”, queixa-se Luís. “Disseram-me: ‘ou é assim ou vais-te embora.’” Mas ele interpôs uma providência cautelar (que está em fase de audiências) para repor a sua situação contratual. “Deixei de ter gabinete, telemóvel e internet. E puseram-me uma queixa-crime por furto do carro da empresa, que eles bloquearam.” O ex-director não aguentou a pressão e meteu baixa médica. Quando regressou, perdeu a sua unidade de negócios e foi proibido de contactar clientes. “Todos os dias circulavam e-mails, emanados da administração, nos quais eu era o tópico. Fiquei confinado a uma espécie de segregação laboral. As pessoas evitavam cruzar-se comigo.” Ele sentia-se “isolado” na empresa. “De repente há uma colega que se vai queixar à administração que eu tinha comportamentos menos sérios com ela, dando a entender que a assediava.” Luís entrou de baixa e, desde Fevereiro, congelaram-lhe o salário – “sem razão”.

    O assédio no trabalho é encarado, segundo a doutoranda e investigadora do SOCIUS – unidade de investigação integrada no Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), da Universidade Técnica de Lisboa, – Ana Verdasca, como um sintoma de disfuncionalidade organizacional. Há características que associam esta prática ao local de trabalho: “conflito de papéis, escasso controlo sobre o trabalho desempenhado, cargas de trabalho excessivas, pressão para crescente eficiência, elevados níveis de stress e competitividade, reestruturações empresariais, estilos de liderança autocrática, comportamentos políticos, conflitos não resolvidos, insatisfação com o clima psicossocial de trabalho e ausência de processos que facilitem a comunicação entre os indivíduos e a resolução positiva dos problemas correntes de trabalho.”

    Não era este o estilo de Vítor Carlos, de 51 anos, como número dois da MegaMeios (na área da publicidade e meios). Só que a empresa renovou a administração, em 2003, e “começou a haver fricções entre a empresa e o mercado”, conta. A sede foi vendida e cresce a “pressão psicológica” sobre a direcção.
    Aquela que tinha sido uma supergestão, passou a ser acusada de pouco produtiva. O director foi o primeiro a chegar a acordo de demissão, mas Vítor já não conseguiu isso. E o seu novo superior foi logo incumbido “de resolver as coisas da forma menos ortodoxa”, garante. “Após várias pressões, arranjaram dois não-_-factos para me porem um processo disciplinar.” Entregou as chaves do carro, o computador e foi para casa aguardar a resolução do caso – que acabou em despedimento por justa causa. “Quando fiz a contestação do processo eles ficaram aflitos. E então chamaram a senhora Alice Ribeiro para depor contra mim”.

    O instrutor do processo chamou Alice, 47 anos. “Primeiro fez-me jurar que só diria a verdade. Depois, já queria que eu afirmasse uma coisa que não era verdade, justificando que o senhor Vítor tinha conhecimento dos factos do processo.” Mas Alice tinha praticado um dos actos imputados a Vítor Carlos, sem o conhecimento dele. Quando o instrutor viu que não conseguia fazê-la falar o que lhe interessava, ameaçou-a. “Ele disse: ‘veja lá o que é que está a fazer. É porque, a seguir, é você que pode ir para a rua.’”

    Com isso, Alice perdeu o respeito dos subordinados. “Eu tive aumento ‘zero’ e a pessoa que trabalha directamente comigo foi aumentada em 10%. Invocaram que era para o incentivar a ser autónomo.” Ela passou então a fazer trabalhos rotineiros e, nos mais difíceis, pressionavam-na, antecipando os prazos-limite.

    Saída de um processo de divórcio, com dois filhos a estudar, um dia antes do seu aniversário Alice é despedida (por extinção do posto de trabalho) pela direcção. Quiseram indemnizá-la num valor que facilmente chegaria aos 100 mil euros. Mas não aceitou porque assim concordaria com os termos do despedimento.

    O advogado Acácio Pita Negrão explica que “a jurisprudência portuguesa, perante casos de mobbing, analisa três facetas: a prática de determinados comportamentos hostis – como palavras, escritos ou gestos; a sua duração e a repetição de tais comportamentos; e as consequências destes, sobre a saúde física e psíquica da vítima e sobre o seu emprego”. Apesar de não ser crime, “o mobbing encontra-se concretizado nos artigos 18.º, 23.º e 24.º do Código do Trabalho, e nos artigos 31.º a 34.º da Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho.”

    Diz Paulo Morgado Carvalho, inspector-_-geral do Trabalho, que “podemos referir que o assédio moral surge cada vez com maior frequência ligado à violação do direito do trabalhador à ocupação efectiva (prestação efectiva de trabalho, surgindo o mesmo totalmente esvaziado de funções em situação de total inactividade), o que constitui a violação de uma garantia do trabalhador consagrada no artigo 122º do Código do Trabalho”. A violação deste direito confere uma contra-ordenação muito grave, punível entre 1920 e 57 600 euros, atendendo à dimensão da empresa e culpa do infractor.
    No Tribunal do Trabalho do Barreiro uma subdirectora de Operações viu a sua entidade patronal, Rádio Popular – Electrodomésticos, SA, obrigada a indemnizá-la. “Condena-se a ré pela prática de assédio moral na autora [a empregada], numa indemnização no valor de 20 mil euros a título de danos não patrimoniais, ficando a indemnização por danos patrimoniais, a liquidar em execução de sentença” – lê-se na sentença. E foi a empresa também condenada ao pagamento de todas as compensações que a empregada tem direito. Os representantes legais da loja recorreram da decisão.
    SUGESTÃO AOS POTENCIAIS ALVOS DE ASSÉDIO MORAL:

    Não fale da sua vida pessoal;
    Tenha atenção para não cometer qualquer falta e mantenha a objectividade;
    Controle as suas emoções _(mantenha-se forte);
    Desencoraje o agressor;
    Faça amizades no emprego (só assim receberá ajuda e solidariedade);
    Recorra a apoio médico (se decidir pôr baixa diga que o motivo _é assédio moral);
    Anote tudo e guarde toda a informação das agressões;
    Peça ajuda (contacte os Recursos _Humanos, ou o sindicato _e/ou um advogado).

    PROFISSÕES MAIS CASTIGADAS
    Gestão, contabilidade e funções administrativas – 26%
    Saúde – 9%
    Ensino – 9%
    Empregados de balcão, recolha _de dados, centrais telefónicas, _secretariado – 9%
    Pesquisa, investigação, métodos, informática – 9%
    Comércio, vendas, técnico-_comercial – 9%
    Produção, fabricação, obras – 4%

    (Taxa de incidência): _Sector privado – 50% _Sector público – 50%
    Fonte: III Inquérito Europeu sobre Condições de Trabalho (Paoli e Marllié, 2001)

    QUEIXAS REBECIDAS

    Pedidos de intervenção da Autoridade para _as Condições do Trabalho
    2005: 315
    2006: 241
    2007: 252
    2008: 105
    REVISÃO DO CÓDIGO DO TRABALHO

    Os sindicalistas da UGT preparam uma proposta para que na revisão do Código do Trabalho – concertada entre o Governo e os parceiros sociais – se passe a criminalizar o assédio moral (ou mobbing). Se assim acontecer, o diploma sobre a Segurança, Saúde e Higiene no Trabalho dará aos empregados maior protecção nas condições laborais. Contudo, deve-se frisar que o assédio moral no trabalho não acontece apenas numa relação entre patrão e empregado, pode dar-se entre colegas. De acordo com os dados mais recentes da Autoridade para as Condições do Trabalho, das 913 queixas de assédio moral apresentadas desde 2005, 221 partiram dos sindicatos.

    PORTUGUESES DESCONHECEM O MOBBING

    Em Portugal parece existir uma ausência de conhecimento generalizada sobre que é assédio moral no trabalho. No seu projecto de doutoramento, Ana Verdasca perguntou a um grupo de inquiridos se tinham sido assediadas nos últimos 12 meses, de acordo com a definição apresentada. Só 5,9% acreditavam ser frequentemente assediados; 25,8% ocasionalmente assediados; e 69,3% nunca. Mas quando as mesmas pessoas responderam à “listagem de comportamentos de assédio” (ver questionário) tudo mudou: 39,8% eram frequentemente assediados; 44,2% ocasionalmente assediados; e 16% nunca. Já no estudo ‘Igualdade de Oportunidades no Trabalho – Perspectiva de Género numa Sociedade Solidária’, Dinâmia/ISCTE e CEFOSAP/UGT (2007), coordenado pela professora universitária Glória Rebelo, 13,2% dos inquiridos afirmaram ter sido vítimas de assédio moral. Destes, 21,4% das mulheres reconhece ter sido vítima de assédio no trabalho e só 4% dos homens o reconhece. A maioria, 64,3%, afirma que o foram sob a forma “verbal”; 21,5% referiu outros tipos de assédio, e dois grupos de 7,1% dos inquiridos respondeu ter sido vítima de assédio físico e de assédio sexual. Acontece que em Portugal há poucos estudos sobre esta prática – que tem uma taxa de incidência média na Europa entre 1 e 4% para os casos severos _e entre 8 e 10% para casos menos severos – o que, segundo a investigadora Ana Verdasca, nos confere “um atraso” de cerca de 10 _a 15 anos face à realidade dos países da Europa do Norte.

    COMO RESISTIR A TEMPO

    Boa constituição psíquica e mental (evita cair em depressão severa);
    Autoconfiança (que não deve ser uma atitude de fachada);
    Apoio integral dos mais próximos (cônjuge e/ou familiares);
    Dispor de apoios dos colegas (ainda que muitos prefiram não se solidarizar);
    Apoio de um responsável na empresa (médico de trabalho _u representante do pessoal);
    Profissionalmente deve ser irrepreensível;Tentar manter um sorriso, evitar a ironia e jogar na indiferença;
    Bruno Contreiras Mateus
    Fonte

    #2
    E eu a pensar que era o Moby no clubbing da Casa da Música.



    Saludos

    Comentário


      #3
      Isso nas empresas deve ser veneno, mas imagina na Função Pública actual...

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por Pé Leve Ver Post
        Isso nas empresas deve ser veneno, mas imagina na Função Pública actual...

        Segundo a estatística apresentada, é 50/50 de incidência no privado e no publico

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por sempreabrir Ver Post
          E eu a pensar que era o Moby no clubbing da Casa da Música.



          Saludos
          E eu a pensar que fosse alguma coisa que eu tinha feito

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
            Segundo a estatística apresentada, é 50/50 de incidência no privado e no publico
            Certo, mas o que eu quero dizer é que perante este clima que se instalou na FP, relativamente às recentes e profundas alterações incrementadas, o que esse tipo de situação, a ser real, representa como "nova ferramenta" é algo de muito perigoso!...

            Comentário


              #7
              Eu fui vítima. Uma situação muito semelhante à do Pedro (nome fictício).

              O que mais me chocou foi a forma fria e calculista como [os meus patrões] fizeram as coisas.

              Dispuseram-se a tudo para me fazer crer que era o maior incompetente à face da terra e que a razão e a lei estavam todas do lado deles!

              E eu - ignorante em termos de direito na altura - deixei-me levar em parte da conversa. Optei por me demitir, por deixarem de estar reunidas as condições mínimas para trabalhar para gente daquela estirpe.

              O meu problema estava mais do que identificado: eu não conseguia dar graxa, não faz o meu feitio. E dizia e defendia aquilo que pensava, não o que outros queriam que eu pensasse. Ora, claro está que comecei a entrar em conflito com quem estava melhor colocado do que eu junto da chefia (ou seja, engraxava bem)... et voilá.

              Quiseram pagar-me um valor 5x inferior ao que tinha direito por trabalho extraordinário. E teriam levado a deles avante, não fosse eu, ao longo dos anos, ter-me precavido e guardado os comprovativos daquelas horas prestadas. Mesmo assim, mesmo sabendo eles que eu tinha estas provas, tive de levar o caso a tribunal porque eles mantiveram-se inflexíveis até à última. Chegaram-se logo à frente, a tempo de evitar que entrassemos para a sala de audiências.

              Embora revoltado, não me deixei ir abaixo. Tive a sorte de entretanto ter aberto um concurso público para uma área que me interessava bastante e consegui, após ano e meio de provas, entrar. Hoje sou um FP, estou bem . E com muito orgulho, porque a concorrência era mais que muita... era o tónico que eu precisava para provar errado quem chegou a duvidar das minhas capacidades.

              Entretanto, fruto das minhas novas funções, deixei de ser ignorante. Se soubesse o que sei hoje, jamais me teria demitido. Teria deixado que me despedissem e depois iria buscar uma indemnização ainda maior. E teria sido tão fácil...

              Devo dizer que na altura achei a IGT uma nulidade. Cheguei a ir lá na tentativa de pedir aconselhamento e informar-me dos meus direitos, mas dei de caras com um sr. Inspector (presumo) que estava mais preocupado com a hora de saída do que em perceber o meu caso . Espero que hoje já tenham mudado a atitude.

              Quando meti um advogado ao barulho já era tarde. Só deu para salvar as horas extraordinárias. Do mal, o menos...

              Outra nota importante: eu era efectivo. Pensava que tinha segurança no vínculo. Afinal, descubro da pior forma que um contrato sem termo, no sector privado, pouco ou nada vale em termos de segurança.

              A empresa ainda hoje - e tal como muitas outras - continua a cometer as mais diversas ilegalidades, tendo já sido condenada várias vezes.

              Basicamente joga-se com a ignorância das pessoas sobre os seus direitos, com uma IGT (agora ACT) muito branda na sua actividade e com uma justiça muito morosa a decretar e a fazer cumprir sentenças.

              Parece-me, no entanto, que as coisas hoje estão ligeiramente melhores, até porque vai havendo, felizmente, um outro tipo de consciência para este tipo de situações.

              Mas há ainda muito a fazer. E só não se faz mais porque não existe vontade política.

              Senão ACT, Tribunais e Finanças, essencialmente, punham esta gentinha toda na linha. Era só poderem...

              Bom, que este testamento consiga eventualmente ajudar alguém, é o que desejo

              Comentário


                #8
                Excelente reportagem, bem explicita das influencias que mexem nos nossos mercados e as vitimas criam.
                Bom tópico Excalibur já tinha ponderado levantar essa questão.

                Comentário


                  #9
                  Deve ser terrível...

                  Se me visse envolvido em semelhante teia-de-aranha preferia trabalhar nas obras do que aturar fdp como esses.

                  E talvez não se livrassem de levar uns murros na fuça antes de lhes virar as costas...

                  Comentário


                    #10
                    todos os casos q tive conhecimento, foram todos da funçao publica!

                    varias colegas da minha mulher ja passaram por isso, e temo um pouco pela situaçao dela no futuro, nimguem esta livre de ser marginalizado!
                    pelo q ela me contou é um clima do pior q se pode ter no local de trabalho, nao imaginam todos os colegas e chefes a pedirem a minha mulher para nao ter nenhum tipo de contacto com as melhores amigas dela...caso contrario...

                    Comentário


                      #11
                      Os casos que conheço tambem foram na FP. O objectivo era abrir vagas em cargos importantes para os amigos do partido politico no governo

                      Comentário


                        #12
                        já vi isso acontecer na minha empresa a mais que uma pessoa, basicamente não lhes dão trabalho, a ver se elas se vão embora por estar todos os dias na seca. Havia lá um moço que encarou a situação muito bem, ficava todos os dias na net, a ver filmes e series... por acaso nunca mais o vi, já deve ter ido embora...

                        Comentário


                          #13
                          Infelizmente é cada vez mais frequente do que se possa pensar.

                          Conheço varios casos, dois são me proximos e com resultados destintos, num a pessoa perdeu as forças para lutar entrou em depressão e acabou por ser demitir, no outro foi precisamente o contrario, era um cargo alto da empresa, so tinha a administraçao por cima dele, apercebeu-se das coisas e foi mais inteligente do que eles, a situação arrastou-se por muito tempo mas acabou por vir embora... com os bolsos bem cheios.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por feedfeed Ver Post
                            já vi isso acontecer na minha empresa a mais que uma pessoa, basicamente não lhes dão trabalho, a ver se elas se vão embora por estar todos os dias na seca. Havia lá um moço que encarou a situação muito bem, ficava todos os dias na net, a ver filmes e series... por acaso nunca mais o vi, já deve ter ido embora...

                            Ha uns tempos circulava uma noticia, não sei se verdadeira ou não, que havia um banco português que fazia isso a funcionarios ja com uma certa idade, mandava-os para uma sala ler jornais etc.

                            Comentário


                              #15
                              Presente!

                              Sei bem o que é isso! E estão a conseguir os objectivos....

                              Comentário


                                #16
                                Eu tenho um caso bem próximo de mim, em que a pessoa durante 3 anos foi alvo de perseguição por parte do chefe hierárquico. Basicamente fazia coisas que não lembrava ao diabo. A pessoa é técnica de informática no estado, sempre exerceu essa função e uns meses depois de começarem a trabalhar juntos surge uma formação para dar, feita pelo Sindicato, acontece que ambos possuem CAP, e o superior neste caso é o Engº Infº achou que quer deveria leccionar a formação era ele, o que não aconteceu, o técnico é que deu a formação. Desde esta altura foi um desespero. A gota de água surge no verão passado, quando destacam este funcionário do edificio principal onde exercia as suas funções, para o Espaço Internet, onde se limitava a estar sentado e a monotorizar as pessoas que usavam os Pc's. A pessoa em causa estava a contratos, isto passa-se quase no fim do 3º. Numa das muitas reuniões é perguntado ao funcionario ( como manda a lei ) se pode trabalhar até as 19:30 e se tem disponibilidade de trabalhar ao Sabado, ao que ele diz que não, pois tem que ir buscar os filhos ao infantario até as 19.00 e ao fim de semana tomar conta deles pois a esposa trabalha. Chega o final do contrato e ( Pasmem-se ), informam este funcionario de que até haver concurso para o quadro ele passará a recibos verdes ( sim, isso mesmo ). O Engº sabendo que ele está a recibos, troca-lhe os horários, sabendo de ante mão que a pessoa não pode. Foram 3 anos nisto, perseguições, ordens descabidas ( tipo o funcionario com uma perna engessada, 2 canadianas e manda-o levar um Pc para o 1º andar ). Ahh e depois havia as perseguições na hora de entrada ao serviço, se ele se atrasava 5 min, era imediatamente feita participação ao orgão superior ( Presidente da Instituição ). Foram quase 4 anos de sofrimento, muito. Chegando a conclusão que se tratava efectivamente de perseguição, este funcionario foi retirado da alçada do Engº, que no entanto por terceiros continua a tentar lá chegar para marterizar o moço.

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por rosinha2000 Ver Post
                                  Eu tenho um caso bem próximo de mim, em que a pessoa durante 3 anos foi alvo de perseguição por parte do chefe hierárquico. Basicamente fazia coisas que não lembrava ao diabo. A pessoa é técnica de informática no estado, sempre exerceu essa função e uns meses depois de começarem a trabalhar juntos surge uma formação para dar, feita pelo Sindicato, acontece que ambos possuem CAP, e o superior neste caso é o Engº Infº achou que quer deveria leccionar a formação era ele, o que não aconteceu, o técnico é que deu a formação. Desde esta altura foi um desespero. A gota de água surge no verão passado, quando destacam este funcionário do edificio principal onde exercia as suas funções, para o Espaço Internet, onde se limitava a estar sentado e a monotorizar as pessoas que usavam os Pc's. A pessoa em causa estava a contratos, isto passa-se quase no fim do 3º. Numa das muitas reuniões é perguntado ao funcionario ( como manda a lei ) se pode trabalhar até as 19:30 e se tem disponibilidade de trabalhar ao Sabado, ao que ele diz que não, pois tem que ir buscar os filhos ao infantario até as 19.00 e ao fim de semana tomar conta deles pois a esposa trabalha. Chega o final do contrato e ( Pasmem-se ), informam este funcionario de que até haver concurso para o quadro ele passará a recibos verdes ( sim, isso mesmo ). O Engº sabendo que ele está a recibos, troca-lhe os horários, sabendo de ante mão que a pessoa não pode. Foram 3 anos nisto, perseguições, ordens descabidas ( tipo o funcionario com uma perna engessada, 2 canadianas e manda-o levar um Pc para o 1º andar ). Ahh e depois havia as perseguições na hora de entrada ao serviço, se ele se atrasava 5 min, era imediatamente feita participação ao orgão superior ( Presidente da Instituição ). Foram quase 4 anos de sofrimento, muito. Chegando a conclusão que se tratava efectivamente de perseguição, este funcionario foi retirado da alçada do Engº, que no entanto por terceiros continua a tentar lá chegar para marterizar o moço.
                                  Eu não sei, mas acho que perdia a cabeça e esse sujeito não ia ficar em muito bom estado!

                                  Comentário


                                    #18
                                    Aos que já responderam, o meu obrigado pelo contributo.



                                    Mas compreendo que deve ser uma situação deveras aborrecida e "stressante".

                                    Uma situação que ocorreu, lembro-me eu (tive conhecimento por conversa com um colega dessa pessoa) ocorreu numa multinacional do sector automóvel, a pessoa em causa foi colocada num pequeno gabinete sem luz directa, com uma secretária, sem telefone, sem computador, e sem lhe ser atribuído qualquer trabalho ou tarefa, ou seja durante 8 horas, estaria numa espécie de limbo, ele que tinha desempenhado um cargo no sector comercial da organização.

                                    Esta situação arrastou-se durante meses, ele adquiriu um PC portátil, (estamos a falar há cerca de 10 anos) e passou a fazer uma compilação pessoal de dados automóveis, de catálogos, de artigos das revistas, etc, etc.
                                    Acabou com a sua negociação para uma pré reforma, tendo de ser indemnizado, hoje segundo sei, dá consultoria nalgumas oficinas.



                                    Fica aqui mais informação sobre o Mobbing

                                    O MOBBING NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

                                    A primeira coisa que nos aparece diante dos olhos, quando comparamos com o “mobbing” das firmas, é o escandaloso arrastar-se no tempo de ações “mobizantes” em vítimas que trabalham em estruturas públicas.


                                    O motivo é bastante compreensível: nas firmas, pode-se afastar/aposentar/demitir alguém rapidamente, mas na Administração Pública isso é muito difícil. Mas não impossível.


                                    Isso poderia parecer uma vantagem para quem é vítima do mobbing (ou melhor, o mobizado deve aprender a aproveitar o tempo que corre a seu favor!) mas em realidade, muitas vezes se converte em um terrível, longo, e doloroso sofrimento. Quem sofre por mobbing na Administração Pública vive, em realidade, a tentação de entregar os pontos e de deixar-se vencer de maneira mais fácil do que um que sofre o mesmo problema numa firma privada.


                                    O grande número de vítimas de mobbing na Administração Pública não podem deixar-se levar por um erro: não existe um mobbing mais grave no público ou no privado. Trata-se sempre da mesma coisa.


                                    Um dos motivos que está na origem do grande número desses que sofrem por mobbing na Administração Pública, sem dúvida, é o grande número de trabalhadores que ali estão empregados: quanto mais aumenta o número, mais anônimas se farão as pessoas que, para subir (à sua maneira) e diferenciar-se do resto da massa, começam a pisar os seus subalternos – as vezes, uma só, outras vezes uma inteira repartição.


                                    Uma das diferenças entre o público e o privado, é que, quase sempre, na Administração Pública, o mobbing é inserido na Organização ou reorganização da mesma.



                                    Basta pensar nas mudanças de governo quando devem ser substituídos os Diretores gerais, que, por sua vez, escolhem homens de confiança. Basta pensar também no desproporcional excesso de trabalho dos dependentes: pensamos no papel – neste caso, positivo – da informatização da Administração Pública.


                                    Mas é preciso também desmascarar os que, falsamente, dizem sofrer mobbing, aqueles que fingem situações para esconder sua deficiência no serviço. Não generalizamos, mas seguramente dentro da Administração Pública existem indivíduos que não correspondem àquilo que o próprio contrato de trabalho impõe.

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                                      #19
                                      Originalmente Colocado por air Ver Post
                                      Eu não sei, mas acho que perdia a cabeça e esse sujeito não ia ficar em muito bom estado!
                                      muito complicado, e muitos calmantes acredita

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por air Ver Post
                                        Eu não sei, mas acho que perdia a cabeça e esse sujeito não ia ficar em muito bom estado!

                                        É isso que esses indivíduos pretendem, que actues de forma a perderes razão.

                                        E há muitos sítios onde essa forma de actuar existe.

                                        Por exemplo acaba por ir de encontro ao que o nunomplopes, escreveu no seu tópico A razão da agressão.

                                        Porque isto é uma forma de agredir a pessoa, provocando-a.


                                        Comentário


                                          #21
                                          Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                                          É isso que esses indivíduos pretendem, que actues de forma a perderes razão.

                                          E há muitos sítios onde essa forma de actuar existe.

                                          Por exemplo acaba por ir de encontro ao que o nunomplopes, escreveu no seu tópico A razão da agressão.

                                          Porque isto é uma forma de agredir a pessoa, provocando-a.


                                          Nem mais, e o problema é que este funcionário é extremamente nervoso, e o Engº sabia que era fácil fazer-lhe saltar a tampa. E muitos colegas diziam ao funcionario que era isso que ele queria, levar uns socos, mas no final quem se ria era o Engº, pois o funcionário seria despedido com justa causa

                                          Comentário


                                            #22
                                            não era mais facil poder despedir e contratar livremente? do que andarmos sempre com metodos esquesitos?

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por pmct Ver Post
                                              não era mais facil poder despedir e contratar livremente? do que andarmos sempre com metodos esquesitos?
                                              Sem duvida.

                                              O mercado de trabalho para ser eficaz tem de ser dinamico e não condicionado.

                                              Comentário


                                                #24
                                                Originalmente Colocado por pmct Ver Post
                                                não era mais facil poder despedir e contratar livremente? do que andarmos sempre com metodos esquesitos?
                                                Estava a ver que não aparecias !!

                                                Mais um daqueles problemas que se resolvia com um Código de Trabalho em condições !

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por pmct Ver Post
                                                  não era mais facil poder despedir e contratar livremente? do que andarmos sempre com metodos esquesitos?
                                                  Mas vai-se despedir pessoas que são competentes e simplesmente porque a empregada da Limpeza ou o Manel da Contabilidade não gosta dela??

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por pmct Ver Post
                                                    não era mais facil poder despedir e contratar livremente? do que andarmos sempre com metodos esquesitos?
                                                    Tipo "A Maria não me dá graxa, vai ser despedida!"

                                                    Achas bem?

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Se um dia houver uma revolução o PMCT arrisca-se a ser linchado pela multidão ou ver os seus bens serem retidos pelo estado.

                                                      Nem tanto ao mar nem tanto a terra.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por rosinha2000 Ver Post
                                                        Mas vai-se despedir pessoas que são competentes e simplesmente porque a empregada da Limpeza ou o Manel da Contabilidade não gosta dela??
                                                        eu não poso ter alguem na minha empresa que não goste.
                                                        mas isso é óbvio! não?

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por Zylmhuin VII Ver Post
                                                          Tipo "A Maria não me dá graxa, vai ser despedida!"

                                                          Achas bem?
                                                          se o dono da chafarica se imcompatibilizou com a maria tem que a gramar na empresa?

                                                          se as empresas paga segurança social em dobro do colaboradores, e estes tem subsidio de desemprego, não ha nenhuma justificação para quer não se aplique o metodo
                                                          fire and hire

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            A flexibilização era uma ideia, mas e os princípios de Abril (lol)?

                                                            Portugal é um país a tender para a esquerda e a (aparente) segurança no trabalho sobrepõe-se a qualquer coisa contrária, mesmo que pudesse eventualmente contribuir para nos colocar numa situação melhor, ainda que no caso não seja linear.

                                                            Comentário

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