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Pininfarina, Bertone o Futuro?

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    Pininfarina, Bertone o Futuro?

    Boas, estou a ler uma entrvista na quattroute deste mês a Giorgetto Giugiaro, e o homem lá desabafa que as coisas para os criativos estão de mal a pior,por assim dizer, não em particular para este homem que com 71 anos é por exemplo conselheiro do seu amigo de 72 anos Fernandini Piech,mitica grande figura do grupo VW Porche.

    Interessante saber que o Grande Punto foi oferecido à FIAT quando ainda lá estava o Agnelli e no periodo em que se deu o rompimento com a GM e dinheiro novo estava pronto para ser usado de forma controlada.

    Este criativo está actualmente a trabalhar na personalização de comboios de alta velocidade e a titulo de curiosidade vem algumas das mais conhecidas obras com a sua assinatura:
    -O primeiro VW Golf que se tornou num ícone da indústria automóvel.
    - O primeiro Lancia Delta
    - o De Lorean DMC 12 que pelos vistos foi um devaneio americano sem final feliz
    - O RENAULT 21, do qual diz ter sido um modelo que preferia nunca ter desenhado.
    - O MINI de segunda geração
    - O primeiro Punto e o Grande Punto
    - O primeiro Panda

    Ora bem tirando estas coisitas e de tar cheio de guito tem pena de não ter participado em nenhum projecto para a FIAT de à 4 anos para cá o que inclui o 500, o Mito e o futuro supercompacto segmento A.Entertanto tem idializado o carro que sempre sonhou fazer, um automóvel de 3,5 com a habitabilidade de um VW GOlf de 4,20m.
    O G.G. diz também que o Futuro são os compactos (a não ser que venha uma guerra mundial e destrua 60% do parque autoóvel mundial essa teoria é quase certa).

    Conclusão será que o futuro de alguns criativos conhecidos por conceberem carros grandes está ameaçado?

    #2
    humm eu acho que não. sempre se venderam series 3, classes c e afins...para muitas pessoas andar num carro pequeno é sinonimo de pobreza e toda a gente sabe o país em que vivemos. acredito que as vendas possam decrescer mas acho que os carros maiores nunca vão desaparecer. basta ver o caminho que o mercado está a tomar com os SUVS...

    Comentário


      #3
      os impostos acabarão por fazer vingar os carros mais pequenos.

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por sarapatanas Ver Post
        humm eu acho que não. sempre se venderam series 3, classes c e afins...para muitas pessoas andar num carro pequeno é sinonimo de pobreza e toda a gente sabe o país em que vivemos. acredito que as vendas possam decrescer mas acho que os carros maiores nunca vão desaparecer. basta ver o caminho que o mercado está a tomar com os SUVS...
        Cujos modelos de tamanho gigante estão tb a desaparecer ...

        O que está a proliferar é a expansão do mercado dos suv médios (mais por uma questão de moda ou estética do que por qq outra coisa) e pequenos em substituição dos segmentos E,D e C tradicionais e em muitos destes casos trata-se de um downsizing tb. Na europa já de há uns anos a esta parte que os carros de segmento B passaram a ter a maior fatia global de vendas (aqui tem-se passado o contrário mas somos um caso especial lol), e como o capelo diz, pressões económicas e ecológicas farão com que carros pequenos sejam o futuro.

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por xiapadai Ver Post
          Boas, estou a ler uma entrvista na quattroute deste mês a Giorgetto Giugiaro, e o homem lá desabafa que as coisas para os criativos estão de mal a pior,por assim dizer, não em particular para este homem que com 71 anos é por exemplo conselheiro do seu amigo de 72 anos Fernandini Piech,mitica grande figura do grupo VW Porche.

          Interessante saber que o Grande Punto foi oferecido à FIAT quando ainda lá estava o Agnelli e no periodo em que se deu o rompimento com a GM e dinheiro novo estava pronto para ser usado de forma controlada.

          Este criativo está actualmente a trabalhar na personalização de comboios de alta velocidade e a titulo de curiosidade vem algumas das mais conhecidas obras com a sua assinatura:
          -O primeiro VW Golf que se tornou num ícone da indústria automóvel.
          - O primeiro Lancia Delta
          - o De Lorean DMC 12 que pelos vistos foi um devaneio americano sem final feliz
          - O RENAULT 21, do qual diz ter sido um modelo que preferia nunca ter desenhado.
          - O MINI de segunda geração
          - O primeiro Punto e o Grande Punto
          - O primeiro Panda

          Ora bem tirando estas coisitas e de tar cheio de guito tem pena de não ter participado em nenhum projecto para a FIAT de à 4 anos para cá o que inclui o 500, o Mito e o futuro supercompacto segmento A.Entertanto tem idializado o carro que sempre sonhou fazer, um automóvel de 3,5 com a habitabilidade de um VW GOlf de 4,20m.
          O G.G. diz também que o Futuro são os compactos (a não ser que venha uma guerra mundial e destrua 60% do parque autoóvel mundial essa teoria é quase certa).

          Conclusão será que o futuro de alguns criativos conhecidos por conceberem carros grandes está ameaçado?
          Claro que não. Se forem mesmo criativos tanto desenham Smarts como RR.
          Desde que lhes dêem um bom briefing, o resto é pôr os neurónios a trabalhar na direcção certa.


          Tenho de ler essa entrevista. Cada vez que o Giugiaro as dá, acaba sempre por nos dar alguma acção de bastidores, e acaba por ser fascinante perceber o porque de certas coisas que saem para a rua.

          Quanto ao futuro do automóvel, há uns anos atrás, por altura do 30 ou 35º aniversário da Italdesign, Giugiaro já vinha defendendo automóveis mais compactos, em como realmente não necessitamos de banheiras de 5 metros.

          Ele colocou uma medida chave, em como com 4,6m chega para todas as necessidades espaciais que possamos ter.

          A questão é que actualmente, na maior parte dos carros o espaço é bastante mal aproveitado e costumam ser os carros pequenitos que nos dão soluções geniais na obtenção do mesmo. O ultimo exemplar dessa busca incessante por 1cm, está nas soluções de engenharia e design do toyota iQ.

          Segundo a Toyota, com as soluções que eles encontraram para o iQ, se aplicadas ao Yaris, este teria espaço suficiente para haver uma versão de 7 lugares.

          Basta imaginar algo com 4,6m com essa optimização de espaço.... teriamos um mini-bus

          Eu compreendo o ponto de vista deste designer. Um tipo olha para o que está à sua volta, e percebe que poderia ser bastante melhor. Muitos dos carros que temos hoje em dia, poderiam ser optimizados sem grandes custos para serem algo de consideravelmente melhor (packaging, peso, economia, dimensões, materiais)
          Há várias razões para as coisas serem como são, mas é necessário que haja tipos que insistam em soluções melhores, não indo pelo caminho do facilitismo. Apenas ficamos a perder, já que o facilitismo acaba por cair apenas na mediocridade

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por c r a s h Ver Post
            Claro que não. Se forem mesmo criativos tanto desenham Smarts como RR.
            Desde que lhes dêem um bom briefing, o resto é pôr os neurónios a trabalhar na direcção certa.


            Tenho de ler essa entrevista. Cada vez que o Giugiaro as dá, acaba sempre por nos dar alguma acção de bastidores, e acaba por ser fascinante perceber o porque de certas coisas que saem para a rua.

            Quanto ao futuro do automóvel, há uns anos atrás, por altura do 30 ou 35º aniversário da Italdesign, Giugiaro já vinha defendendo automóveis mais compactos, em como realmente não necessitamos de banheiras de 5 metros.

            Ele colocou uma medida chave, em como com 4,6m chega para todas as necessidades espaciais que possamos ter.

            A questão é que actualmente, na maior parte dos carros o espaço é bastante mal aproveitado e costumam ser os carros pequenitos que nos dão soluções geniais na obtenção do mesmo. O ultimo exemplar dessa busca incessante por 1cm, está nas soluções de engenharia e design do toyota iQ.

            Segundo a Toyota, com as soluções que eles encontraram para o iQ, se aplicadas ao Yaris, este teria espaço suficiente para haver uma versão de 7 lugares.

            Basta imaginar algo com 4,6m com essa optimização de espaço.... teriamos um mini-bus

            Eu compreendo o ponto de vista deste designer. Um tipo olha para o que está à sua volta, e percebe que poderia ser bastante melhor. Muitos dos carros que temos hoje em dia, poderiam ser optimizados sem grandes custos para serem algo de consideravelmente melhor (packaging, peso, economia, dimensões, materiais)
            Há várias razões para as coisas serem como são, mas é necessário que haja tipos que insistam em soluções melhores, não indo pelo caminho do facilitismo. Apenas ficamos a perder, já que o facilitismo acaba por cair apenas na mediocridade

            Sim ele mencionou o Smart e o IQ da toyota como bons exemplos, carros como o Panda e o 500...eu pessoalmente já andei num Smart e acho o carro brutal para 2 pessoas tem espaço a rodos, outros como o yaris pelo menos o da primeira geração tão pequenos, no entanto entras e pareçem enormes por dentro, muito práticos,étc... Vemos carros grande com 4 metros para cima, e de práticos não tem nada, tentam ser minimalistas com um belo design mas e a praticabilidade? os espaços ali a mão para colocar isto,aquilo... E os espaço para as pernas Muitos deles é preciso andar com milhentas regulações para se encontrar uma posição confortável...

            Para além de que quanto maior o barco maior a tormenta, e um carro pequeno é bem mais agil e mais confortavel na hora de lidar com piso detiorado, isto se tiver um chassis Y/ amortecimento bom claro mas nunca precisara de ser tão bom quando um automóvel de maiores dimensões.

            Vamos ter boas novas da VW com o UP que terá motor atrás e com o ultracompacto da FIAT.

            vamos ver

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              #7
              Originalmente Colocado por Luis Capelo Ver Post
              os impostos acabarão por fazer vingar os carros mais pequenos.
              Sim isso também contribui, mas é algo especifico de pais para pais, em Portugal pode ser assim mas em Espanha os impostos não beliscam compras de carros de segmentos superiores.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por sarapatanas Ver Post
                humm eu acho que não. sempre se venderam series 3, classes c e afins...para muitas pessoas andar num carro pequeno é sinonimo de pobreza e toda a gente sabe o país em que vivemos. acredito que as vendas possam decrescer mas acho que os carros maiores nunca vão desaparecer. basta ver o caminho que o mercado está a tomar com os SUVS...
                Correcto mas...a tendênçia está a virar, o Smart, o Mini e o 500 e mesmo o IQ são sinónimo de carros chiques com materiais e niveis de equipamento inusitados no segmento dos citadinos.O próprio marketing, produção,entrega,controle de qualidade e apróximação como cliente final é diferente nesses modelos.

                Mas como dizes as coisas passam-se devagar, apesar de que todas as teorias e planos são deitadas por terra por um simples factor, o dinheiro, e é também por isso que os construtores vão debitar modelos também pequenos e práticos a preços acessíveis.

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                  #9
                  Julgo que as palavras do senhor GG são acertadas. Está identificada uma nova tendência de consumo... . Os carros do dito segmento B, crescem a olhos vistos de ano para ano, aproximando-se cada vez mais das dimensões do segmento C, oferecendo uma espécie de solução hibrida para os menos abonados que só podem ter um carro em casa: não muito grande para a cidade, não muito pequeno para os passeios em familia e com um preço em conta. Para os mais abonados a solução passa por ter um segmento A para o dia a dia da cidade, pequenos e compactos e com consumos baixos. Para as grandes deslocações em familia algo maiorzinho, mas que passa a semana quase toda "adormecido na garagem". É essa a tendência que julgo ganhar cada vez mais força. Basta observar nas cada vez mais requintadas e dispendiosas soluções/opções que vão aparecendo na esfera de influência do segmento A.

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por c r a s h Ver Post
                    A questão é que actualmente, na maior parte dos carros o espaço é bastante mal aproveitado e costumam ser os carros pequenitos que nos dão soluções geniais na obtenção do mesmo. O ultimo exemplar dessa busca incessante por 1cm, está nas soluções de engenharia e design do toyota iQ.

                    Segundo a Toyota, com as soluções que eles encontraram para o iQ, se aplicadas ao Yaris, este teria espaço suficiente para haver uma versão de 7 lugares.

                    Basta imaginar algo com 4,6m com essa optimização de espaço.... teriamos um mini-bus
                    Isso é tudo giro num plano teórico e de exercício concepcional mas...

                    ...será o iQ o exemplo de quê?

                    Em 3 m, consegue 3,5 pessoas (sim, não dá 4 como alguns querem fazer parecer) e para isso o passageiro da frente esta com a cara no pára-brisas e os 1,5 de trás não têm qualquer visibilidade (mas alguém vê o que seja com a chapa em volta?!) e estão com as costas junto a chapa da mala (oh...a sensação de segurança deve ser maravilhosa!).

                    Mas alguma vez é MINIMAMENTE confortável viajar assim?

                    Sinceramente é algo para mostrar aos amigos e desenrascar algum num mini-deslocação (vá, para inimigos, numa grande deslocação ).

                    Era MIL VEZES mais engenhoso um Twingo I de 92, com 3,43m e com 4 VERDADEIROS lugares.

                    É bastante mais mais engenhoso um Mitsubishi I, com os seus 3,39m.

                    Isto porque se até o Smart Mk2 já tem um comprimento nos limites da possibilidade de estacionamento transversal (a grande arma do Mk1) e em muitos casos não já nem sequer dá, um iQ não dá de certeza.

                    Como tal a grande vantagem resume-se a ter menos 40-50cm do que os restantes A e ser preciso um bocadinho menos de espaço para estacionar da forma clássica... O que face ao revés em termos de praticabilidade dos lugares posteriores...racionalmente não vale a pena.

                    Como exercício industrial e técnico pode ser engraçado mas é um produto bastante redundante a meu ver.
                    Editado pela última vez por Andre; 27 October 2008, 14:02.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por André Ver Post
                      Isso é tudo giro num plano teórico e de exercício concepcional mas...

                      ...será o iQ o exemplo de quê?

                      Em 3 m, consegue 3,5 pessoas (sim, não dá 4 como alguns querem fazer parecer) e para isso o passageiro da frente esta com a cara no pára-brisas e os 1,5 de trás não têm qualquer visibilidade (mas alguém vê o que seja com a chapa em volta?!) e estão com as costas junto a chapa da mala (oh...a sensação de segurança deve ser maravilhosa!).

                      Mas alguma vez é MINIMAMENTE confortável viajar assim?

                      Sinceramente é algo para mostrar aos amigos e desenrascar algum num mini-deslocação (vá, para inimigos, numa grande deslocação ).

                      Era MIL VEZES mais engenhoso um Twingo I de 92, com 3,43m e com 4 VERDADEIROS lugares.

                      É bastante mais mais engenhoso um Mitsubishi I, com os seus 3,39m.

                      Isto porque se até o Smart Mk2 já tem um comprimento nos limites da possibilidade de estacionamento transversal (a grande arma do Mk1) e em muitos casos não já nem sequer dá, um iQ não dá de certeza.

                      Como tal a grande vantagem resume-se a ter menos 40-50cm do que os restantes A e ser preciso um bocadinho menos de espaço para estacionar da forma clássica... O que face ao revés em termos de praticabilidade dos lugares posteriores...racionalmente não vale a pena.

                      Como exercício industrial e técnico pode ser engraçado mas é um produto bastante redundante a meu ver.
                      Ora bem, como forma de levar 4 pessoas não sei como será o Up! da VW, mas o Topolino da Fiat segundo os scatches veem com os dois lugares traseiros acima dos dianteiros, mas bem acima agora na realidade não sei como isso vai funcionar, quer dizer então ea visiblidade??

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por André Ver Post
                        Isso é tudo giro num plano teórico e de exercício concepcional mas...

                        ...será o iQ o exemplo de quê?

                        Em 3 m, consegue 3,5 pessoas (sim, não dá 4 como alguns querem fazer parecer) e para isso o passageiro da frente esta com a cara no pára-brisas e os 1,5 de trás não têm qualquer visibilidade (mas alguém vê o que seja com a chapa em volta?!) e estão com as costas junto a chapa da mala (oh...a sensação de segurança deve ser maravilhosa!).

                        Mas alguma vez é MINIMAMENTE confortável viajar assim?

                        Sinceramente é algo para mostrar aos amigos e desenrascar algum num mini-deslocação (vá, para inimigos, numa grande deslocação ).

                        Era MIL VEZES mais engenhoso um Twingo I de 92, com 3,43m e com 4 VERDADEIROS lugares.

                        É bastante mais mais engenhoso um Mitsubishi I, com os seus 3,39m.

                        Isto porque se até o Smart Mk2 já tem um comprimento nos limites da possibilidade de estacionamento transversal (a grande arma do Mk1) e em muitos casos não já nem sequer dá, um iQ não dá de certeza.

                        Como tal a grande vantagem resume-se a ter menos 40-50cm do que os restantes A e ser preciso um bocadinho menos de espaço para estacionar da forma clássica... O que face ao revés em termos de praticabilidade dos lugares posteriores...racionalmente não vale a pena.

                        Como exercício industrial e técnico pode ser engraçado mas é um produto bastante redundante a meu ver.
                        Sim, o layout é 3+1, não é um verdadeiro 4 lugares.
                        Quanto a questões de proximidade com o parabrisas ou espaço para os passageiros atrás não posso afirmar até porque ainda não vi ou me sentei em tal coisa.

                        Apenas me vou baseando naquilo que vou lendo e nem sequer é a capacidade de ter 2 filas de bancos em 3m que me surpreende.
                        Podemos olhar para estes 2 bancos traseiros como os quase inuteis ultimos 2 bancos da maior parte dos MPVs.

                        O que me interessa mais no iQ são as soluções de engenharia e design que permitiram ter 2 filas de bancos em 3m de carro e que podem muito contribuir para mais um salto na optimização e obtenção de espaço, não só em citadinos, como até em carros de segmento C ou maiores.

                        Não podemos limitar as boas ideias aos modelos especificos em que estão a ser aplicadas, mas temos de ver o seu potencial a uma escala mais abrangente. E este iQ tem muito boas ideias.

                        Ao contrário do Smart e do i, o iQ é um tudo à frente, o que por si só coloca uns problemas extra na obtenção desse espaço necessário e da criação de zonas de absorção de energia em caso de embate. A solução normal é adicionar, neste caso centimetros.

                        A Toyota, em vez disso, decidiu conceber um novo diferencial que permitiu poupar cerca de 12cm entre a frente do carro e o pedal do acelarador (onde se inicia o habitáculo), e 12 cm é muito num automóvel, apesar de parecer que não.
                        Esta modificação também permitiu desenhar uma coluna de direcção mais compacta, reduzindo a necessidade de espaço dos vários componentes mecânicos e que também permitiu um diâmetro de viragem inferior ao de um Smart, apesar dos 20cm extra em entre-eixos.

                        Outra grande evolução foi na redesign de todo o sistema de ventilação (ar-condicionado, etc...) tendo sido reduzido em volume cerca de 20% relativamente a uma unidade convencional, sem perder eficácia, e que permitiu que este fosse colocado ao centro por detrás da consola central e não directamente à frente do passageiro, o que por si só, permitiu essa flexibilidade de "colar" o nariz do pendura no para-brisas caso seja necessario.

                        O próprio desenho da consola central também permite maximizar o espaço destinado aos passageiros, com os comandos colocados em posição mais alta que o habitual e a sua forma triangular, permite sempre mais espçao para os joelhos.

                        A capacidade de estacionar tranversalmente pouco interessa. O Smart também já a perdeu quando cresceu 20cm. Ficamos com um carro curto e apenas 2 espaçosos lugares. Ambos não podem fugir a engarrafamentos, por isso em termos de mobilidade, estamos todos no mesmo barco, tenhamos um Smart ou QQ...A facilidade surge na procura de lugares, já que esse meio-metro a menos que os segmento A pode fazer muito jeito.

                        (numa nota pessoal, detesto conduzir em cidade. Sendo de Lx, o metro chega bem para as necessidades, sendo o resto delas palmilhado a pé. Muito raramente me enfio na cidade com um carro em horários de expediente. Curiosamente, na zona onde trabalho apesar de haver bastantes Smarts, o mais banal é cruzar-me com SUV's, e segmentos D e E. Os 30cm extra do iQ em relação ao Smart acabam por ser "negligenciáveis")

                        Temos é que pegar nas boas ideias que de vez em quando aparecem na indústria e perceber o potencial delas.

                        O mini de 59 deu-nos o motor tranversal com tracção à frente
                        Uns engenheiros novos na altura, olharam para essa solução e perceberam que tinha potencial...assim nasce um Lamborghini Miura com um V12 tranversal ao meio do carro.
                        A Fiat deu o passo seguinte com o 128, evoluindo a solução do Mini, e graças a isso, esse layout é utilizado desde segmentos A a segmentos F hoje em dia.

                        Ou seja, há que saber olhar com olhos de ver.

                        É nos carros pequenos que surgem sempre as maiores e verdadeiras soluções inovadoras. Temos este Toyota iQ, o Smart e o seu "descendente" o mitsubishi i, a plataforma sandwich do classe A, o excelente packaging do Jazz, a ligeireza do Mazda2 e algumas das soluções do Millechili da Ferrari.
                        Pegando nestas boas ideias e começa-las a aplicar em maior escala poderia dar origem a automóveis mais espaçosos, compactos e leves.

                        Poderíamos ter carros familiares (seg. C) com 4m de comprimento, com tanto ou mais espaço que os actuais com pesos a rondar a tonelada.
                        Em vez disso, temos seg. B super-inchados, balofos, com a mesma área habitável dos seus antecessores.

                        Seria "revolucionário". Não achas?

                        Comentário


                          #13
                          Repara que eu não menosprezo o exercício técnico do iQ, e tu até referes que a melhor coisa até nem é o iQ em si mesmo mas uma possível aplicação das suas soluções a outros veículos

                          Em relação à comparação dos lugares posteriores aos 6º e 7º lugar dos MPV compactos, não podia estar mais de acordo, cheguei a pensar utilizar o exemplo no meu post anterior

                          Agora, o meu ponto é que o futuro não passa -quase de certeza- pela concepção de veículos onde a "fúria" de packaging é tão grande que depois vamos "com o nariz no pára-brisas ou as costas no vidro traseiro"

                          Porque isso é pouco prático, desconfortável and so on.

                          Acho que nisso o iQ é um exercício exagerado, ao passo que o Smart cumpre perfeitamente o que se propôs entendes? Transportar 2 pessoas com grande espaço na cidade, com o menor comprimento possível.

                          Ter ali a possibilidade de transportar mais 1,5 às custas do desconforto de 2,5 (o condutor deve safar-se, imagino...), é a meu ver algo inútil.

                          Eu que sou um leigo nestas matérias, mas parece-me difícil que -a não ser que se recorra a uma monovolumização- se consiga em 4 m ter tanto ou mais espaço do que actualmente se consegue no C. E já nem falo no custo de materiais que novas soluções têm.

                          Aliás falaste no Mazda 2 e ja te vi a falar no Fiesta, como elogio nas soluções apresentadas para conter dimensões e peso, certo?

                          O chato é que têm bem menos espaço que os antecessores, particularmente o primeiro.

                          Nesse aspecto da optimização do espaço, acho que não são exemplo para ninguém. No segmento B só estou a ver o Jazz (lá está...monovolume).

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por André Ver Post
                            Repara que eu não menosprezo o exercício técnico do iQ, e tu até referes que a melhor coisa até nem é o iQ em si mesmo mas uma possível aplicação das suas soluções a outros veículos

                            Em relação à comparação dos lugares posteriores aos 6º e 7º lugar dos MPV compactos, não podia estar mais de acordo, cheguei a pensar utilizar o exemplo no meu post anterior

                            Agora, o meu ponto é que o futuro não passa -quase de certeza- pela concepção de veículos onde a "fúria" de packaging é tão grande que depois vamos "com o nariz no pára-brisas ou as costas no vidro traseiro"

                            Pormenor: isso apenas acontece, pelo menos no que tenho lido, se quisermos beneficiar o passageiro por detrás do pendura. Costas no vidro traseiro... bem...esperimenta andar num fiat cinquecento, eheh, ou então num qualquer mpv de 7 lugares e a sensação deverá ser a mesma, apesar do iQ, traz um airbag xpto que envolve a cabeça dos passageiros traseiros.

                            Porque isso é pouco prático, desconfortável and so on.

                            Acho que nisso o iQ é um exercício exagerado, ao passo que o Smart cumpre perfeitamente o que se propôs entendes? Transportar 2 pessoas com grande espaço na cidade, com o menor comprimento possível.

                            Ter ali a possibilidade de transportar mais 1,5 às custas do desconforto de 2,5 (o condutor deve safar-se, imagino...), é a meu ver algo inútil.
                            Sim, o condutor safa-se. Por isso é que deslocaram o AC para o meio, e o lugar +1 encontra-se por detrás do condutor. Sacrifica-se o pendura caso haja um passageiro extra e o +1 aproveita-se para colocar os sacos de compras


                            Eu que sou um leigo nestas matérias, mas parece-me difícil que -a não ser que se recorra a uma monovolumização- se consiga em 4 m ter tanto ou mais espaço do que actualmente se consegue no C. E já nem falo no custo de materiais que novas soluções têm.

                            A monovolumização por si só, não garante mais espaço. É a altura acrescida dos monovolumes em relação aos normais hatchbacks que conseguem garantir os centimetros extra, permitindo que os passageiros se sentem numa posição mais direita.


                            Se verificarem, a posição de condução entre um HB e um MPV que partilhem a mesma base, acaba por se situar dimensionalmente no mesmo ponto da estrutura do carro . Ou seja, a silhueta monovolume não beneficia em nada a obtenção de mais centimetros em comprimento na área habitável. É a altura acrescida que liberta esses preciosos centimetros.

                            Para conseguir mais espaço num segmento C e não passar dos 4m não é dficil...
                            Basta aplicar algumas das soluções que vêm sendo apresentadas nos pequenitos e aplicá-las em carros maiores. Um dos problemas actuais é que os actuais segmento C baseiam-se em plataformas já com quase uma década no activo. Fiat Bravo usa a plataforma do Stilo.
                            Mesmo exercicio para o 308-307, Megane 3- Megane2, etc...

                            Ou seja, a solução para oferecer mais e cumprir normas de segurança mais rigidas (sobretudo a de peões) foi acrescentar.
                            Já repararam como a maior parte dos carros hoje em dia tem um enoooorme vão frontal... Aquilo não passa de espaço inútil, e só ficaram com aquelas frentes, apenas para conseguir 8cm de altura entre o ponto mais alto do motor e o capot. E isto porque partiram de bases mais antigas que não estavam preparadas para tal.
                            Quando se começa do zero, pode-se contornar essas condicionantes com soluções de raiz mais eficientes, como aconteceu com o A4/A5.

                            É necessário começar de uma folha em branco e optimizar de raiz todo o packaging, como aconteceu com o Mazda 2 ou com este toyota iQ.

                            Segmentos C à volta de 25-30cm mais curtos e perderem à volta de 100-150kg é perfeitamente razoável e exequivel, sem perca de espaço, conforto, qualidade ou segurança ou sem recorrer a materiais exóticos. Há que utilizar é de forma mais eficiente os materiais que já existem (um exemplo interessante: a perca de peso com o restyling do 159) e fazer verdadeiro re-design de componentes. Seja um retrovisor, seja uma unidade de AC, etc....

                            Aliás falaste no Mazda 2 e ja te vi a falar no Fiesta, como elogio nas soluções apresentadas para conter dimensões e peso, certo?

                            O chato é que têm bem menos espaço que os antecessores, particularmente o primeiro.

                            Mais uma vez, uma questão de altura. O 2 anterior tinha mais 6cm de altura, fazendo bastante diferença na forma como íamos sentados no seu interior. A tal questão da posição em que vamos sentados faz bastante diferença
                            Mas a fita métrica não engana. Apesar da bagageira ser menor, num comparativo que li não há muito tempo atrás entre o mazda 2 e alguns concorrentes, entre os quais por exemplo o 207, o mazda 2 apresentava melhores cotas de habitabilidade que este.

                            Nesse aspecto da optimização do espaço, acho que não são exemplo para ninguém. No segmento B só estou a ver o Jazz (lá está...monovolume).

                            A genialidade do Jazz nem sequer está no seu formato monovolume. O novo é mais "mono" que o anterior, com o avanço do pilar A, por exemplo. Coisas simples, mas eficazes, como o reposicionamento do depósito de combustivel, permite resultados surpreendentes.
                            ...........

                            Comentário


                              #15
                              Olhem um citadino que para mim perdeu muito em termos de espaço já para não falar em originalidade foi o Renault Twingo. O primeiro modelo por dentro é desafogado e nao deixa de ser um modelo pequeno.

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