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Geração " MILEURISTA " .

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    Geração " MILEURISTA " .

    A geração do desencanto e das promessas frustadas ?

    Acho que na realidade é um olhar sobre o que é uma "nova" classe média, dado que cada vez mais a "antiga" está em extinção.


    Comportamento
    Geração desenrasca com apenas mil euros

    Têm entre 20 e muitos e 30 e poucos anos. São licenciados, pós-graduados, mestres. Pensavam que o canudo era a garantia de uma vida desafogada. Mas enganaram-se redondamente.

    Quando, aos 15 anos, Jorge Silva se imaginava com mais 15 via-se com uma criança pequena ao colo, a mulher ao lado e um cão deitado aos pés. Os quatro habitavam uma casa com jardim e garagem. O tempo passou, o Jorge concluiu uma licenciatura em Sociologia, fez uma pós-graduação, pensa no mestrado e, aos 31 anos, vive num minúsculo apartamento no bairro da Graça, em Lisboa.

    Partilha a casa e a renda #8211; 460 euros #8211; com dois amigos. O Jorge trabalha há cinco anos numa editora, onde aufere um salário bruto aquém dos 700 euros. #8220;Não é que seja infeliz, mas tinha imaginado uma vida diferente, com alguma estabilidade.#8221;Se ganhasse um pouco mais, o sociólogo seria um #8216;mileurista#8217;, que é como chamam, na Espanha e na Alemanha, aos jovens de 20 e muitos ou 30 e poucos anos, com formação superior e conhecimento de línguas, cujo ordenado, no entanto, não excede mil euros.

    Uma parte importante do salário usam-na para pagar a renda ou a prestação da casa, em regra no centro da cidade, onde há movimento.#8220;Ganhar mil euros não era mau... eu sou mais um #8216;setecentoseurista#8221;, ri-se Jorge Silva, abrindo uma lata de cerveja com o cuidado de não estorvar o gato Tolstoi adormecido sobre os seus joelhos. #8220;Na minha vida de sonho tenho um cão, mas o meu horário de trabalho e a dimensão do meu apartamento não permitem.#8221; É mais fácil tratar do Tolstoi.

    De acordo com um estudo da socióloga Natália Alves, a média das remunerações auferidas pelos licenciados da Universidade de Lisboa no primeiro emprego é de 709,90 euros. Mais de metade #8211; 57,8 por cento #8211; ganha entre 501 e 1000.

    O salário de Cláudia Ramos, de 27 anos, artista plástica e professora de desenho, vai inteiro para pagar a renda do apartamento onde vive: 400 euros. E a luz, a água, alimentação, a roupa? #8220;Organizo ateliers para crianças e, quando há oportunidade, faço ilustrações para livros.#8221; Em situação de aperto, a mãe não lhe nega ajuda.

    Cláudia vive na Baixa de Lisboa. Partilhava a casa com uma amiga, que, entretanto, partiu para o estrangeiro. #8220;Foi muito complicado: de repente tive de pagar a renda sozinha. Pensei em alugar um quatro, mas o espaço faz-me falta para o meu trabalho. Preciso de um sítio onde possa desenhar descansada.#8221;

    O Jorge não tem automóvel e a Cláudia conduz um dois-cavalos muito velho. #8220;As pessoas apontam o meu #8216;chaço#8217; e riem-se. Por que é que, em vez de acharam piada, não se oferecem para pagarem o arranjo e a pintura?#8221;, pergunta, muito bem humorada, a artista plástica, para quem a ligação doméstica à internet e TV por cabo não passam de #8220;luxos incomportáveis.#8221;

    Na casa dela há muitos livros #8211; nas estantes, em cima da mesinha, ao lado da cadeira. #8220;Quando vivia com os meus pais comprava dois ou três todas as semanas. Isso acabou.#8221; Cláudia não dispensa as idas ao cinema #8211; desde que seja à segunda-feira, #8220;porque é mais barato#8221; #8211; e não prescinde das viagens. Em 2005 passou uma semana em Roma. Quando regressou teve de apertar o cinto dois ou três furos acima do habitual. #8220;Nunca almoçava fora. Nos dias em que o meu horário me obrigava a passar a hora da refeição na escola levava comida de casa.#8221;

    O Jorge já não pensa na casa com jardim, mas ainda não perdeu a esperança de ser pai. #8220;Talvez, com um bocado de sorte, aos 40 ou aos 50 anos#8221;, ironiza. Por que não agora? #8220;Impossível. E não é só por causa do dinheiro que não tenho. Também o ritmo de trabalho e os horários são incompatíveis com a vida familiar.#8221;

    Inês Bastos, a viver no Bairro Alto, em Lisboa, é jornalista, a primeira licenciada da sua família. #8220;Os meus pais sempre me incentivaram a que estudasse para ter uma vida sem privações.#8221; Não se trata #8211; repara #8211; de ser ou não pobre num País onde dois milhões de pessoas vivem abaixo do limiar de pobreza. #8220;O que está em causa é a frustração das expectativas. Existe um sentimento de falhanço, de inviabilidade económica.#8221; Ela chega ao fim do mês com metade do salário do próximo já gasto. #8220;Esta ideia de uma geração de mileuristas tranquiliza-me. Não sou a única que não consigo realizar os sonhos.#8221;

    O sociólogo Luís Capucha, investigador do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) associa as dificuldades dos jovens adultos à democratização do ensino superior. #8220;Há 20 anos a licenciatura assegurava o emprego. Hoje massificou-se.#8221; Pelo caminho ficaram os projectos de bem-estar material, de estabilidade emocional e constituição de família dos mileuristas. Ou dos que, em Portugal, nem a mileuristas chegam.

    #8220;JOVENS SÃO OS NOVOS POBRES#8221;

    #8220;O mileurista é um jovem licenciado, com conhecimento de línguas, pós-graduações, mestrados, cursos (...) que não ganha mais de mil euros. Gasta mais de um terço do seu salário na renda porque gosta de viver no centro da cidade. Não consegue poupar dinheiro, não tem casa própria, não tem carro, não tem filhos, vive um dia de cada vez... às vezes é divertido, mas cansa (...)#8221; - assim escreveu Carolina Alguacil na carta que, em Agosto do ano passado, enviou ao jornal espanhol #8216;El Mundo#8217;.


    Carolina tem 27 anos, reside no centro de Barcelona, trabalha numa agência de publicidade e assume #8220;Soy mileurista#8221;, termo que inventou.

    Que esta geração #8211; ou, como se tem escrito, esta #8220;nova classe social#8221; #8211; não é exclusiva da Espanha atestam-no investigadores como Louis Chauvel, professor de Ciência Política, que, em entrevista ao jornal francês #8216;Nouvel Observateur#8217; afirma: #8220;Os novos pobres são os jovens.#8221; Segundo Chauvel, os pobres do século XIX e do princípio do século XX #8211; operários desqualificados, agricultores, idosos #8211; pertencem a uma sociedade em vias de desaparecimento.

    Carolina escreveu a carta ao #8216;El Mundo#8217; depois de ter passado férias em Berlim, onde encontrou jovens adultos como ela: licenciados e mal pagos.

    PROJECTO ADIADO

    A maioria pôde estudar mais do que os pais e pensava que viveria melhor do que eles. Afinal, não foi bem assim. Uma breve radiografia dos mileuristas.

    EM CASA DOS PAIS

    Dois terços dos jovens europeus vivem em casa dos pais. De acordo com o Eurobarómetro, as raparigas saem, em média, com 23 anos. Os rapazes abandonam o #8216;ninho#8217; aos 26. Existem diferenças consideráveis entre o norte e o sul da Europa. No norte os jovens são independentes mais cedo.

    EMPREGO E CANUDO

    Em Março mais de 42 mil licenciados estavam desempregados, o que representa uma subida de 14,1% relativamente ao mesmo período de 2005. Dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP)revelam que o desemprego apenas aumentou entre os licenciados.

    HABILITAÇÕES A MAIS

    Só metade dos licenciados com idades entre 25 e 34 anos da UE executa funções de acordo com o grau de habilitações. Em países como a Espanha tal percentagem situa-se abaixo da média, ao contrário do que sucede em Portugal, Alemanha, Luxemburgo, Hungria, Polónia e Eslovénia.

    TRABALHO TEMPORÁRIO

    Ao contrário da maior parte dos países da UE em Portugal o emprego temporário é uma realidade mais próxima das pessoas com habilitação superior, por comparação com os menos qualificados. Estes, bem como os detentores de formação média, gozam de maior segurança no emprego.

    OPINIÃO DA JORNALISTA DULCE GARCIA

    MIL EUROS

    Victoria Beckham nunca leu um livro na vida. Para quê? Tem uma das maiores fortunas do Reino Unido: 111 milhões de euros. Casada com David Beckham, a ex-Spice Girl tornou-se especialista em gastar os 25 milhões que o marido traz para casa no fim do ano.

    É natural que Victoria não tenha tempo para ler. Farta-se de viajar. Todos os anos gasta 145 mil euros em roupa, muita comprada no Japão, um país onde, diz ela, tudo se faz em ponto pequeno (excepto os preços). E ainda o mês passado deixou a imprensa boquiaberta por ter torrado 60 mil euros em 30 minutos. Entrou na joalharia Jacob, em Nova Iorque, e fartou-se de comprar prendinhas para ela e para o marido.

    O meu filho não tem dúvidas: quer ser jogador de futebol. Eu ando dividida entre matriculá-lo rapidamente numa escolinha, ou deitar fora todas as bolas que tenho em casa. Às escondidas, digo ao pai que tenho medo que ele se torne fanático dos pontapés de bicicleta e não se interesse nem um bocadinho por cinema, literatura ou política internacional.

    Mas há dias em que o futuro dele aparece limpinho à minha frente, e hoje é um deles: vai ser um médio endiabrado como o Cristiano Ronaldo (450 mil euros por mês) ou um treinador de luxo como o José Mourinho. Até tenho um amigo que vê nos comentários inocentes do meu júnior #8211; #8220;Passa a bola#8221;; #8220;Finta agora#8221;, etc, etc #8211; o carisma do nosso Zé de sucesso.

    Passo a ter só um problema: o futuro da minha filha. Como toda a gente sabe o desporto feminino não rende nada e daqui por 18 anos já não há #8216;Big Borthers#8217; nem #8216;Noivos Odiosos#8217; que paguem 20 mil contos por quatro semanas de trabalho. Manequim? É uma ideia, mas tem que ir para o Brasil porque cá acaba a fazer telenovelas. A não ser que o irmão a apresente a algum crque e aí pode cobrar meio milhão para pôr o pé em cima da passerelle.

    Victoria Beckham nunca leu um livro e duvido que leia o jornal #8216;El Mundo#8217;, o primeiro a falar nos #8216;mileuristas#8217;, uma geração que passou metade da vida a queimar as pestanas para tirar um curso superior e ganhar mil euros por mês. Mil euros? Isso é o que a Victoria paga para lhe esticarem uma mexa de cabelo.
    Isabel Ramos

    In CM Correio Domingo

    #2
    Sou um deles, mas com algumas diferenças. (sou seiscenteurista)

    Nunca tive espectativas altas em relação a esta sociedade e entre os meus luxos está um carro com 18 anos q me custou 450€.
    Ou seja, pago 2 seguros e ainda pago aluguer de um quarto.
    Ganho pouco mais de 600€ por mês e entre os meus gastos: viagens, a aprendizagem (parar é morrer) além da gasolina pois não tenho transportes válidos para o local de trabalho.
    Restam-me menos de 400€ por mês que tento gerir entre comida, roupa
    Viajo bastante passando perto de 2 meses fora do país e para isso se for preciso não bebo café, não fumo, não vou ao cinema nem gasto gasolina em passeios desnecessários de domingo, não passo fome, mas não como do mais caro e tento poupar muito trazendo comida de casa para o emprego.

    Seguem três conselhos:

    Os fins justificam os meios.
    É preciso é saber viver para sobreviver;).
    Se desejas pouco ficarás feliz.(não colocar a meta no alto...)

    No fundo qual é o preço de ter saude e ser feliz?

    Comentário


      #3
      citação:Originalmente colocada por Quatrelle

      Sou um deles, mas com algumas diferenças. (sou seiscenteurista)

      Nunca tive espectativas altas em relação a esta sociedade e entre os meus luxos está um carro com 18 anos q me custou 450#8364;.
      Ou seja, pago 2 seguros e ainda pago aluguer de um quarto.
      Ganho pouco mais de 600#8364; por mês e entre os meus gastos: viagens, a aprendizagem (parar é morrer) além da gasolina pois não tenho transportes válidos para o local de trabalho.
      Restam-me menos de 400#8364; por mês que tento gerir entre comida, roupa
      Viajo bastante passando perto de 2 meses fora do país e para isso se for preciso não bebo café, não fumo, não vou ao cinema nem gasto gasolina em passeios desnecessários de domingo, não passo fome, mas não como do mais caro e tento poupar muito trazendo comida de casa para o emprego.

      Seguem três conselhos:

      Os fins justificam os meios.
      É preciso é saber viver para sobreviver;).
      Se desejas pouco ficarás feliz.(não colocar a meta no alto...)

      No fundo qual é o preço de ter saude e ser feliz?
      O teu relato é um exemplo de como actualmente se passam maioritáriamente as coisas no mercado de trabalho.
      ;)

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        #4
        Há uns anos que digo isto. Até agora, bem dita a hora em que mandei o canudo ás urtigas.:D;)

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          #5
          E revoltante ver um sociólogo investigador dizer tantas barbaridades Juntas.

          Alguém me explique onde é que as licenciaturas se massificaram?

          Ainda ontem foi referido na RTP1 que 70% dos jovens não concluem o 9º ano em Pt.

          Isto continua a ser um pais de iletrados porra! Mas até quando vão continuar a mandar areia nos olhos das pessoas?

          Lá porque há meia dúzia de licenciados em cursos saturados acabados em "ias" que querem vender a ideia que andar na faculdade não adianta nada não implica dizer que isso seja regra.

          Eu pergunto: quantos sociólogos ou psicólogos tentam inovar ou criar empresas? Todos andam em busca do emprego fixo. Ninguém arrisca. Depois admiram-se que a vida não ande para a frente.

          É que as pessoas sonham com vencimentos em vez de planearem a carreira como deve ser. DEpois passam o tempo a lamentar-se...
          Palhaçada é q é.

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            #6
            Boa reportagem e bom tópico. ;)

            Na minha óptica, o desemprego que se faz sentir à uns bons anos, é o principal responsável por esta situação de baixos ordenados e condições por vezes miseráveis a quem andou a "torrar" dinheiro para concluir um estudo superior. Se já nem os profissionais qualificados têm garantia de uma vida "descansada", o que fará dos restantes, que só concluiram secundário, ou por vezes nem isso?

            Comentário


              #7
              Este pessoal vive todo no mundo da lua.

              Engraçado o facto de o pessoal em pleno seculo 21 aidna pesnar que twer um curso era sinonimo de boa vida[}]

              não abram os besugos não ! [|)]

              Comentário


                #8
                citação:Originalmente colocada por pmct

                Engraçado o facto de o pessoal em pleno seculo 21 aidna pesnar que twer um curso era sinonimo de boa vida[}]
                Para agora ter uma boa vida, o essencial não é um curso universitário mas sim uma filiação partidária, de preferência num dos grandes... :D

                Comentário


                  #9
                  citação:Originalmente colocada por Y

                  citação:Originalmente colocada por pmct

                  Engraçado o facto de o pessoal em pleno seculo 21 aidna pesnar que twer um curso era sinonimo de boa vida[}]
                  Para agora ter uma boa vida, o essencial não é um curso universitário mas sim uma filiação partidária, de preferência num dos grandes... :D
                  é possivel viver bem sem nada disso.

                  Enriquecer não digo mas viver bem é possivel.

                  Agora não é com a "passividade" reinante que se vai la.
                  E digo amis a culpa é sobretudo dos pais, que não incutem um espirito batalhador nos filhos ;)

                  Comentário


                    #10
                    citação:Originalmente colocada por Y
                    Para agora ter uma boa vida, o essencial não é um curso universitário mas sim uma filiação partidária, de preferência num dos grandes... :D
                    :D

                    Comentário


                      #11
                      citação:Originalmente colocada por pmct

                      Agora não é com a "passividade" reinante que se vai la.
                      E digo amis a culpa é sobretudo dos pais, que não incutem um espirito batalhador nos filhos ;)
                      Está tudo dito [^]

                      Comentário


                        #12
                        citação:Originalmente colocada por pmct
                        Engraçado o facto de o pessoal em pleno seculo 21 aidna pesnar que twer um curso era sinonimo de boa vida[}]
                        ceteris paribus (tudo o resto constante), ter um curso abre sempre mais perspectivas do que não ter um curso.

                        O problema é se se pensa que só isso chega.

                        Comentário


                          #13
                          citação:Originalmente colocada por Y

                          citação:Originalmente colocada por pmct

                          Engraçado o facto de o pessoal em pleno seculo 21 aidna pesnar que twer um curso era sinonimo de boa vida[}]
                          Para agora ter uma boa vida, o essencial não é um curso universitário mas sim uma filiação partidária, de preferência num dos grandes... :D
                          menina de 24 anos, filiada no psd ou jsd, é vereadora nos pelouros juventude/comunicação na junta de freguesia de massama.

                          Competencia para a função:
                          - jsd
                          - jsd
                          - jsd

                          a peça em questão de inteligencia não tem nada, asseguro

                          Comentário


                            #14
                            citação:Originalmente colocada por Vanquish

                            citação:Originalmente colocada por pmct

                            Agora não é com a "passividade" reinante que se vai la.
                            E digo amis a culpa é sobretudo dos pais, que não incutem um espirito batalhador nos filhos ;)
                            Está tudo dito [^]
                            Não necessáriamente !

                            Se o mercado de trabalho ou empresarial não der oportunidades podem ser muito empreendores e empenhados que continuarão no desemprego ou a dentro da geração "MILEUROS" .

                            O sucesso de uma sociedade não se vê só num pequeno numero de "case studies", vê-se no geral, e no geral estamos mal servidos e esse mau serviço prestado pelo que vejo não é só em POrtugal

                            Oh sim claro vêm já ai os exemplos de aplicações informática para o espaço, o emprendedoorismo nas novas tecnologias que está ao virar da esquina, eu pergunto em quantos casos, com que apoios.

                            E sim claro, os pais dos filhos que se formaram, cerca de 60 não lhes incutiram no espirito a necessidade de trabalhar e lutar pela vida depois ... depois eles adoram andar de entrevista em entrevista, pelos centros de emprego na busca do que não se obtem, mas sobretudo viver de mesadas até aos 30 anos.

                            Acham !? Eu não acho.

                            Comentário


                              #15
                              citação:Originalmente colocada por neoxic

                              E revoltante ver um sociólogo investigador dizer tantas barbaridades Juntas.

                              Alguém me explique onde é que as licenciaturas se massificaram?

                              Ainda ontem foi referido na RTP1 que 70% dos jovens não concluem o 9º ano em Pt.

                              Isto continua a ser um pais de iletrados porra! Mas até quando vão continuar a mandar areia nos olhos das pessoas?

                              Lá porque há meia dúzia de licenciados em cursos saturados acabados em "ias" que querem vender a ideia que andar na faculdade não adianta nada não implica dizer que isso seja regra.

                              Eu pergunto: quantos sociólogos ou psicólogos tentam inovar ou criar empresas? Todos andam em busca do emprego fixo. Ninguém arrisca. Depois admiram-se que a vida não ande para a frente.

                              É que as pessoas sonham com vencimentos em vez de planearem a carreira como deve ser. DEpois passam o tempo a lamentar-se...
                              Palhaçada é q é.
                              assino por baixo!;)

                              Comentário


                                #16
                                Vou tirar o curso que gosto.
                                Ou então:
                                Vou tirar o curso para o qual tenho VOCAÇÃO.
                                Ou então:
                                Vou tirar o que não tem Matemática ou que é + fácil....


                                Como eu, infelizmente, não sou rico nem nasci rico..... não fui para História. Com muita pena minha:D.
                                Fui para Eng. Civil, para as obras por 600€ saidinho da Universidade e cá estou..... NÃO ME QUEIXO.

                                41 anos casado e três filhos.

                                Chorem sobre Leite derramado que o copo, por milagre, se vai encher[8][8][8].

                                Comentário


                                  #17
                                  citação:Originalmente colocada por Excalibur

                                  citação:Originalmente colocada por Vanquish

                                  citação:Originalmente colocada por pmct

                                  Agora não é com a "passividade" reinante que se vai la.
                                  E digo amis a culpa é sobretudo dos pais, que não incutem um espirito batalhador nos filhos ;)
                                  Está tudo dito [^]
                                  Não necessáriamente !

                                  Se o mercado de trabalho ou empresarial não der oportunidades podem ser muito empreendores e empenhados que continuarão no desemprego ou a dentro da geração "MILEUROS" .

                                  O sucesso de uma sociedade não se vê só num pequeno numero de "case studies", vê-se no geral, e no geral estamos mal servidos e esse mau serviço prestado pelo que vejo não é só em POrtugal

                                  Oh sim claro vêm já ai os exemplos de aplicações informática para o espaço, o emprendedoorismo nas novas tecnologias que está ao virar da esquina, eu pergunto em quantos casos, com que apoios.

                                  E sim claro, os pais dos filhos que se formaram, cerca de 60 não lhes incutiram no espirito a necessidade de trabalhar e lutar pela vida depois ... depois eles adoram andar de entrevista em entrevista, pelos centros de emprego na busca do que não se obtem, mas sobretudo viver de mesadas até aos 30 anos.

                                  Acham !? Eu não acho.
                                  Tens razão no que dizes, mas o que vejo é muita gente a viver de mesadas até quase aos 30 anos (ou mais) e a "escolar" (estudar é diferente) com a noção de que quando tiverem o canudo na mão é que vai ser.

                                  Se calhar foi da educação que tive, não sei. Eu com 10, 11, 12, 13, 14 anos, etc, etc, nas férias grandes tinha apenas 1 mês de férias, os outros 2 eram passados na oficina do meu pai a ajudar no que a idade me permitia ou quanto mais não fosse a olhar e a aprender. Lá para as 16, 17 horas lá ia jogar á bola com a malta. Aos 18 anos o meu pai pagou-me a carta, mas o 1º carro tive que o pagar eu, e era se queria andar de carro....uma R4 com 15 anos (bela máquina).

                                  Nunca me faltou nada, rigorosamente nada, nunca deixei de ir onde queria ou fazer o que queria, desde que me portasse bem para tal. Foi-me dada a hipótese de estudar numa univ privada e eu, ao fim de ano e meio prescindi dessa oportunidade pois não me sentia motivado para estudar, queria trabalhar apenas, sim porque nessa altura já trabalhava. Se calhar foi isto que me tornou mais adulto e saber dar o valor ás coisas, ao contrário de uma boa parte da "juventude" actual.

                                  Boa parte dos jovens não sabem o que a vida custa, nunca trabalharam na vida e quendo saem para a rua com 25, 26, 30, 31 anos sabem fazer teoricamente coisas mirabolantes mas na prática não sabem o que á vida dentro de um escritório/empresa.

                                  Ainda no fim de semana se viu. Segundo um estudo, 70% dos estudantes universitarios copiam sempre que podem. Isto demonstra muito, muito mesmo, as pessoas não andam lá para aprender e aumentar as suas valências, não, andam lá com o unico objectivo de ter o canudo na mão pois a partir dai tudo será mais fácil.....talvez sim, mas muito provavelmente não.

                                  Enfim, isto se calhar está uma grande salganhada, mas foi-me saindo enquanto escrevia.

                                  Atenção que eu estou a falar de uma parte (suponho, boa parte) dos estudantes, não da generalidade.

                                  ;)

                                  Comentário


                                    #18
                                    citação:Originalmente colocada por Vanquish
                                    Tens razão no que dizes, mas o que vejo é muita gente a viver de mesadas até quase aos 30 anos (ou mais) e a "escolar" (estudar é diferente) com a noção de que quando tiverem o canudo na mão é que vai ser.

                                    Se calhar foi da educação que tive, não sei. Eu com 10, 11, 12, 13, 14 anos, etc, etc, nas férias grandes tinha apenas 1 mês de férias, os outros 2 eram passados na oficina do meu pai a ajudar no que a idade me permitia ou quanto mais não fosse a olhar e a aprender. Lá para as 16, 17 horas lá ia jogar á bola com a malta. Aos 18 anos o meu pai pagou-me a carta, mas o 1º carro tive que o pagar eu, e era se queria andar de carro....uma R4 com 15 anos (bela máquina).

                                    Nunca me faltou nada, rigorosamente nada, nunca deixei de ir onde queria ou fazer o que queria, desde que me portasse bem para tal. Foi-me dada a hipótese de estudar numa univ privada e eu, ao fim de ano e meio prescindi dessa oportunidade pois não me sentia motivado para estudar, queria trabalhar apenas, sim porque nessa altura já trabalhava. Se calhar foi isto que me tornou mais adulto e saber dar o valor ás coisas, ao contrário de uma boa parte da "juventude" actual.

                                    Boa parte dos jovens não sabem o que a vida custa, nunca trabalharam na vida e quendo saem para a rua com 25, 26, 30, 31 anos sabem fazer teoricamente coisas mirabolantes mas na prática não sabem o que á vida dentro de um escritório/empresa.

                                    Ainda no fim de semana se viu. Segundo um estudo, 70% dos estudantes universitarios copiam sempre que podem. Isto demonstra muito, muito mesmo, as pessoas não andam lá para aprender e aumentar as suas valências, não, andam lá com o unico objectivo de ter o canudo na mão pois a partir dai tudo será mais fácil.....talvez sim, mas muito provavelmente não.

                                    Enfim, isto se calhar está uma grande salganhada, mas foi-me saindo enquanto escrevia.

                                    Atenção que eu estou a falar de uma parte (suponho, boa parte) dos estudantes, não da generalidade.

                                    ;)

                                    Pois meu caro.

                                    Eu estudei e trabalhei simultaneamente.
                                    Era militar e trabalhava aos fins de semana para complementar o pré.
                                    Depois fui empregado, mais tarde embarquei numa aventura onde ainda ando.
                                    E desta ultima só digo que preferia ser um bom funcionário a ter que arcar com as responsabildades que tenho no final do mês, a ter de ver o desagregar do nosso parque industrial nacional, e ver toda a gente a dar vivas ao sectores que nunca irão empregar mais de um décimo dos
                                    actuais desempregrados, e que provavelmente a percentagem no futuro será ainda pior.

                                    Sempre soube dar o valor ao vil metal que ganhava e ganho com suor, a realidade actual é bem diferente.

                                    Mas também não me acredito que os tais 60% de desempregados formados ao fim de 3~4 anos após a conclusão do curso sejam uns inaptos, e também não acho que um formado em determinadas areas mereça só o valor de um ordenado minimo.

                                    Por isso os discursos balofos(empresarial, governamental e outros) de vitória e de vencida para a crise com medidas de pacotilha cheiram-me mal.

                                    Mas isto vai dar á globalização e ai existe outro tópico.
                                    ;)

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                                      #19
                                      citação:Originalmente colocada por Y

                                      citação:Originalmente colocada por pmct

                                      Engraçado o facto de o pessoal em pleno seculo 21 aidna pesnar que twer um curso era sinonimo de boa vida[}]
                                      Para agora ter uma boa vida, o essencial não é um curso universitário mas sim uma filiação partidária, de preferência num dos grandes... :D
                                      agora sim, está tudo dito! :D:D

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                                        #20
                                        Eu disse e continuo a dizer, o simples facto do curso sup nao significa nada.

                                        Eu tirei um curso profissinal o que englobava estagios, dei no duro mts e boas horas, mais que uma vez trabalhei ate a meia noite, acabei o estagio e la fiquei eu, a ganhar menos q os engs é vdd, mas passado um ano de trabalho la ficaram os engs e eu mudei-me e garanto que fiquei bem melhor que eles com o seu canudo.

                                        O pior pode ser conseguir uma oportunidade, depois a partir dai, com trabalho ganha-se reconhecimento dentro e fora da empresa e abrem-se novas portas.

                                        Comentário


                                          #21
                                          citação:Originalmente colocada por pmct

                                          Este pessoal vive todo no mundo da lua.

                                          Engraçado o facto de o pessoal em pleno seculo 21 aidna pesnar que twer um curso era sinonimo de boa vida[}]

                                          não abram os besugos não ! [|)]
                                          depende do canudo... medicina continua a garantir uma boa vida!

                                          de resto os outros canudos n garantem nada, a unica coisa que garantem é abertura de portas em relação aos nao licensiados (sem experiencia profissional)

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                                            #22
                                            citação:Originalmente colocada por J.R.

                                            Vou tirar o curso que gosto.
                                            Ou então:
                                            Vou tirar o curso para o qual tenho VOCAÇÃO.
                                            Ou então:
                                            Vou tirar o que não tem Matemática ou que é + fácil....


                                            Como eu, infelizmente, não sou rico nem nasci rico..... não fui para História. Com muita pena minha:D.
                                            Fui para Eng. Civil, para as obras por 600€ saidinho da Universidade e cá estou..... NÃO ME QUEIXO.

                                            41 anos casado e três filhos.

                                            Chorem sobre Leite derramado que o copo, por milagre, se vai encher[8][8][8].
                                            O J.R. o que o pessoal quer não é milagres.
                                            UQe um diploma, um contrato-programa uma coisa qualquer que garanta emprego quando sair da faculdade:D


                                            na mnha mui modesta opinião, o governo devioa fechar durante ai uns 10 anos.
                                            A ver se o pessoal percebe que o problema não é do governo, nem, das empresas, nem doas empregados.
                                            Mas é desta forma de pensar parva de que a tuda mal, e nada funcionana e o caraças.
                                            O que é certo é que eu li esse texto todo , e não vi uma UNICA tentativa de criação de emprego proprio!

                                            Ta tudo a espera de subir na vida sabe-se la como !

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                                              #23
                                              citação:Originalmente colocada por J.R.


                                              Fui para Eng. Civil, para as obras por 600#8364; saidinho da Universidade e cá estou..... NÃO ME QUEIXO.

                                              [8][8].
                                              Elucida-me a minha enorme curiosidade se puderes ...

                                              ... estes 600#8364; na conclusão do curso em ...

                                              Comentário


                                                #24
                                                O meu primeiro ordenado foram 80 contos e não me queixo

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Geração seiscentista, presente!!

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Eu só me queixo é de não ganhar os ditos mil euros.. :D[8)]

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      citação:Originalmente colocada por pmct

                                                      O J.R. o que o pessoal quer não é milagres.
                                                      UQe um diploma, um contrato-programa uma coisa qualquer que garanta emprego quando sair da faculdade:D


                                                      na mnha mui modesta opinião, o governo devioa fechar durante ai uns 10 anos.
                                                      A ver se o pessoal percebe que o problema não é do governo, nem, das empresas, nem doas empregados.
                                                      Mas é desta forma de pensar parva de que a tuda mal, e nada funcionana e o caraças.
                                                      O que é certo é que eu li esse texto todo , e não vi uma UNICA tentativa de criação de emprego proprio!

                                                      Ta tudo a espera de subir na vida sabe-se la como !
                                                      E dizes tu que a solução é cada um criar os eu próprio emprego/trabalho.

                                                      Sabes as dificuldades com se deparam as micro empresas não sabes !?
                                                      Sabes as dificuldades de um empresário em nome individual não sabes !?Sabes que com determinadas especialidades académicas iria haver a proliferação de consultorios e escritórios e o que isso ia implicar!?

                                                      Imagina todos os craneos bem remunerados na area da informática em Portugal sairem das empresas onde estão e criarem negócios próprios !


                                                      Vês o resultados desta poll !?
                                                      http://forum.autohoje.com/topic.asp?TOPIC_ID=78318

                                                      Vais ás estatisticas oficiais e vês quantos desempregados são de determinados estabelecimentos de ensino superior e vês que se vive de nomes e não de competência.


                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        citação:Originalmente colocada por pmct

                                                        O meu primeiro ordenado foram 80 contos e não me queixo
                                                        Em que ano ?

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          citação:Originalmente colocada por Excalibur

                                                          citação:Originalmente colocada por J.R.


                                                          Fui para Eng. Civil, para as obras por 600#8364; saidinho da Universidade e cá estou..... NÃO ME QUEIXO.

                                                          [8][8].
                                                          Elucida-me a minha enorme curiosidade se puderes ...

                                                          ... estes 600#8364; na conclusão do curso em ...
                                                          um post muito subtil [}][}][}][}]

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            J.R., 600€ em (imaginemos) 1986/87/88..................

                                                            Eu também não me queixaria...:D

                                                            Comentário

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