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Violencia familiar - Agressão dos filhos sobre os pais.

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    Sociedade Violencia familiar - Agressão dos filhos sobre os pais.

    Esta é uma realidade pouco abordada e preocupante, a violência dos filhos sobre os pais. O quais as causas disto? Uma educação deficitária? Falta de comunicação e valores? Como combater este flagelo?
    O número de queixas de agressões de filhos a pais não pára de aumentar em Portugal: se em 2006 a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) recebeu 349 denúncias de pais contra os filhos, no ano passado este tipo de violência doméstica disparou para 390 casos, uma subida de 12 por cento face a 2006. Os actos agressivos de jovens com idades entre 18 e 25 anos já representam 20 por cento do total das denúncias registadas pela APAV.

    Os dados da APAV deixam claro que a maior taxa de crescimento das agressões aos pais ocorreu entre os filhos com idades compreendidas entre os 36 e os 45 anos, mas os adolescentes e os jovens adultos agridem também cada vez mais os progenitores. Em 2007 as agressões aos pais aumentaram 40 por cento nos filhos com idades entre 36 e 45; 32 por cento no universo dos filhos com idades entre os 18 e 25 e 23 por cento entre os filhos com idade até aos 17 anos. Por norma a APAV tem dificuldade em identificar o tipo de agressões praticadas, mas Elsa Beja, especialista desta Associação, diz que regra geral são 'maus tratos físicos e psicológicos'. Em concreto, 'a violência física vai de tareias a coisas menores como o empurrão ou o pontapé e os maus tratos psíquicos passam por chamar nomes e destruir a auto-estima dos pais', precisa. Elsa Beja garante que 'as agressões de filhos a pais é um fenómeno transversal: não escolhe sexo, idade, estrato social'. E garante que esta realidade 'atinge também as classes mais altas'.
    Com as estatísticas a indicarem um crescimento da taxa de agressividades dos adolescentes face aos pais, os especialistas explicam este comportamento com o 'aumento do individualismo', na síntese de Ana Vasconcelos. Para esta especialista em pedopsiquiatria, 'os casais deixam de ter muitas vezes a preocupação em transmitir valores aos filhos'.
    DISCURSO DIRECTO:
    'É PRECISO ASSUMIR PROBLEMA DA VIOLÊNCIA',
    Joana Marques Vidal, presidente da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima
    Que razões explicam o aumento das agressões de filhos menores aos pais?
    Joana Marques Vidal – Verifica-se de facto um aumento de casos sinalizados, quer nos gabinetes da APAV quer nas estatísticas oficiais das entidades policiais e dos tribunais. Não se sabe no entanto se esse aumento corresponde à existência de um maior número de casos ou se é reflexo de uma maior consciência sobre esta realidade.
    – O fenómeno pode ser mais grave ainda?
    – Pensamos que sim. Não é fácil um pai ou uma mãe reconhecer que o seu filho é capaz de ter comportamentos daqueles. E ainda é mais difícil assumir a possibilidade de se queixarem à polícia e aos tribunais.
    – Os pais demitiram-se da sua responsabilidade?
    – Nunca, como agora, se apelou tanto às responsabilidades dos pais. De certa forma nunca estes as assumiram tão claramente. O afecto e a compreensão são confundidos com a permissividade e ausência de imposição de limites. A recusa, justa, do autoritarismo, com falta de autoridade.
    – Como se pode mudar esta situação?
    – Assumir o problema da violência em geral e da violência dos filhos contra os pais como uma verdadeira questão de cidadania é fundamental. É imprescindível promover e incentivar o estudo científico e académico desta realidade.
    'CRIANÇAS NÃO TÊM LIMITES'
    Daniel Sampaio diz que 'as situações de agressividade dos filhos em relação aos pais, na parte final da adolescência, têm algum significado'. Para este especialista, 'as crianças crescem sem limites', dado que 'os pais, neste momento, têm dificuldade em manejar a disciplina'. E alerta para o facto de ser 'preciso impor limites e ajudar as crianças a escolher alternativas'.
    ESCOLAS COM MAIS ACTOS VIOLENTOS
    O aumento da violência dos mais jovens não é apenas visível em relação aos pais. Em 2007 a APAV registou uma subida nas queixas de agressões na escola, com o número de casos a atingir os 39 – um acréscimo de nove casos face aos registados em 2006.
    Desse total de 39 agressões na escola destacam-se 12 entre colegas, quatro a conhecidos, dois a ex-namoradas. Segundo Elsa Beja, da APAV, este aumento do número de casos de agressões nas escolas explica-se em parte pela maior noção por parte das pessoas de que este tipo de situações é considerada crime'.
    Apesar de os números da PSP revelarem que são mais os casos de violência de filhos contra pais do que de pais contra filhos, a realidade pode ser bem diferente.

    A psicóloga Manuela Parente explica que os pais se queixam e os filhos não. Além de que ainda é visto como natural os pais baterem nos filhos. Situação que tem inclusive a compreensão de vizinhos e conhecidos.

    Apesar disso, os dados oficiais revelam que entre 2000 e 2006 deram entrada 392 participações que correspondem a maus tratos de filhos contra pai, mãe, padrasto ou madrasta.

    Enquanto que apenas 295 participações se referiam a violência de pais contra filhos.

    Para a psicóloga Manuela Parente, os números são pouco representativos da realidade, porque bater nos filhos "culturalmente é tão aceite que são poucas as pessoas que apresentam queixa à polícia".

    Considera que não é, por isso, um dado fidedigno dizer que há mais filhos a bater nos pais, do que pais a bater nos filhos. O que há é mais pais a participarem dos filhos do que filhos a participarem dos pais. Até porque "as crianças de tenra idade não participam à PSP que os pais lhes batem, ao contrário do que fazem os adultos", explicou.


    Manuela Parente refere que existem vários factores que podem levar a este tipo de comportamentos, um deles é o modelo de comportamento familiar. "Levaram enquanto não podiam levantar a mão, mas depois, quando podem levantá-la, sentem-se mais fortes e aqueles que batiam passam a ser as vítimas". É o fenómeno da continuidade de comportamentos, pois foi assim que cresceram e aprenderam.

    A psicóloga salienta que existem muitas famílias 'batidas', onde os elementos se batem uns aos outros. Por isso, as crianças, à medida que crescem e se tornam adultas, ficam mais fortes e tornam-se num potencial agressor.

    Os erros de educação nos primeiros anos de vida são cruciais e pagam-se posteriormente. Se a criança foi habituada a ser educada à pancada, provavelmente quando tiver 17 anos e ficar mais corpulenta e os pais mais frágeis vai recorrer à violência para resolver os problemas com os pais e com os outros.

    Se nunca houve regras e limites em casa e se o jovem sempre fez o que quis desde que nasceu até à idade da força, "é natural que recorra à violência". O que acontece é que este tipo de violência é quase como a violência entre casais. Se a primeira estalada for aceite, outras mais virão. Se o primeiro acto de violência física for logo referenciado ou com base numa atitude de limite a não continuar mais, "em princípio a agressão não se repetirá", salientou. Uma outra explicação está relacionada com a dificuldade em colocar limites ao longo da vida durante os processos de educação. Estas dificuldades existem em muitas famílias sobretudo nas famílias monoparentais, mães de filhos homens onde a não existência de limites torna tudo possível, até mesmo bater quando não se consegue aquilo que se quer. Contudo acredita que isso acontecerá mais em situações de filhos para as mães. "A questão da continuidade do modelo é aquilo que mais esclarece estas situações de violência", salientou.

    Existe também uma geração de pais obedientes e mais submissos, aqueles que começaram por achar que educação é permitir tudo sem limites e sem regras. No seu entender uma educação deve ter muito afecto, mas também "limites mais que suficientes" para orientar a vida dos jovens em crescimento. "Eles próprios não têm em determinadas etapas do seu desenvolvimento as competências internas naturais para se auto-regularem" e para se conterem relativamente a alguns comportamentos e se os adultos não fizerem esse papel, "eles não fazem sozinhos e tudo se altera".

    A violência não se trava apenas a dizer não aos filhos, mas também para questões mais alargadas. O facto de ser filho único não contribui para este factor, mas sim a ausência das regras do saber estar e viver em família, falta de princípios e a inexistência de valores e dos maus exemplos que tiveram ao longo da vida.

    Manuela Parente destaca que a violência não ocorre só no seio de famílias problemáticas e carenciadas. Existe nos vários níveis socioculturais. O que acontece é que nas famílias com problemas com o Álcool + , a Toxicodependência + é mais evidente porque tudo é mais exposto, "mas à porta fechada a Violência doméstica + acontece".

    Já não é uma questão de abrangência existencial dos meios sociais desfavorecidos, o que acontece é que "em muitos sítios é de porta aberta e noutros a porta é fechada para ninguém ver.

    E tudo isto é possível porque muitas vezes "se vive da aparência".

    Violência inata

    Para a psicóloga Manuela Parente a agressividade existe desde que nascemos e faz parte do ser humano, mas o 'auge' revela-se quando o jovem tem força para bater, o que acontece normalmente na adolescência. "Um adolescente já está numa posição de igual para igual e às vezes de superior para inferior é sobretudo uma questão de igualdade de forças".

    Para solucionar este fenómeno entende que deve haver sobretudo uma mudança de mentalidades. Uma atitude pedagógica por parte dos responsáveis por todas as áreas sociais, políticas, educacionais, saúde. "É preciso muita pedagogia no sentido de mudar mentalidades, é só por aí, porque não há nenhuma solução mágica, infelizmente".
    Editado pela última vez por nunomplopes; 03 December 2008, 06:24.

    #2
    Acho que qualquer género de violência é inusitada e moralmente reprovável (quer de filhos sobre pais como de pais sobre filhos). Mas a verdade é que a situação é muito mais complexa do que parece.

    Apesar de ser moralmente chocante, a verdade é que por detrás dessa violência escondem-se frequentemente anos e anos de violência de pais sobre filhos (ou de pais sobre idosos). Conheço pessoalmente casos assim! Depois acaba por ser uma espécie de "retribuição" pelos exemplos que deram quando eram novos!

    Já assisti pessoalmente a cenas assim e dou um conselho: muito cuidado com os exemplos que dão aos filhos; a maneira como tratarem os filhos e a maneira como tratarem os idosos será a maneira como serão tratados quando forem velhos!

    Já diz o povo: Filho és, pai serás; assim como fizeres, assim acharás!

    Comentário


      #3
      Já me tenho lembrado disto várias vezes.

      Mais uma vez, como em muitos casos que o nunomlopes traz à discussão, sou levado a crer que estes casos são esmagadoramente de violência psicológica.

      Violência física dos putos contra os pais não me acredito muito. Primeiro, porque normalmente têm desvantagem física (são mais pequenos e estão em crescimento). Segundo, porque se começam na agressão legitimam o acto de os pais lhes assentarem duas galhetas, os castigarem e arrumarem ali o assunto.

      A coisa mais vulgar do mundo, correntemente, é ver os putos a chantagear os pais. Impressionante.

      Comentário


        #4
        Bem mais um topico a abordar um assunto deprimente...

        Sobre se agora a mais é discutivel , ha mais queixas o que não é o mesmo de haver mais agressões.

        Por outro lado o irónico disto é que quem mais maltrata os pais sao os filhos com mais de 35 anos e por aí em diante tambem estes pais...

        Enfim é uma situação abominável de uma falta de caracter e respeito medonha.

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
          Bem mais um topico a abordar um assunto deprimente...

          Sobre se agora a mais é discutivel , ha mais queixas o que não é o mesmo de haver mais agressões.

          Por outro lado o irónico disto é que quem mais maltrata os pais sao os filhos com mais de 35 anos e por aí em diante tambem estes pais...

          Enfim é uma situação abominável de uma falta de caracter e respeito medonha.
          De facto há gente absolutamente medonha! Acho isso uma brutalidade sobre os pais e que merece toda a censura possível e imaginária. Todavia, para vermos como as coisas não são assim tão simples como parecem, vou dar-vos dois exemplos que conheço pessoalmente.

          (a) exemplo 1 - um determinado casal com dois filhos tinha lá em casa um dos avós a viver. tratava-se de uma senhora idosa que já não tinha grande mobilidade nem discernimento. todavia, apesar disso, ainda fazia umas coisas em casa, desde cozinhar, lavar a louça, fazer as compras e ajudar nas limpezas dentro das suas capacidades.

          O casal tratava-a abaixo de cão. Punha-a a fazer o jantar e depois ela comia os restos na cozinha, nem comia com eles à mesa. Se ela comesse um doce ou bebesse um copo de vinho punham-se os 4 aos berros com ela a dizer coisas do género "SUA VELHA DO C*AR*LH*, SUA BORRACHONA, DEVIAMOS PÔR-TE NA SOPA DOS POBRES PARA APRENDERES A SER GULOSA!!!!!". À medida que a idade avançava e ela ia ficando mais e mais incapacitada, os maus tratos sucediam-se! A senhora vivia à base de chá e pão do dia anterior (diziam que era para era molhar no cházinho) e passava os dias deitada na cama ou sentada na cadeira a olhar pela janela fora. Dias e dias sem sair de casa. Não a permitiam ir para um centro social porque tinham vergonha de as pessoas dizerem que não tratavam do familiar e não queriam ter o trabalho de a levarem e trazerem do centro de dia. Até que a senhora faleceu.

          Resultado: agora progressivamente os pais estão a ocupar o lugar da senhora idosa. Aqui há dias fui a casa deles e fiquei impressionado pela forma como os filhos falam para os pais; do género "caluda sua estúpida" e coisas assim do género. Estão a colher os frutos do belo exemplo que deram da forma como tratar pessoas de idade.

          (b) exemplo 2 - um determinado sujeito era casado e tinha duas filhas. Alcoólico e um completo burgesso, deu durante anos e anos a fio cargas de porrada de caixão à cova na mulher e nas filhas. Aquilo eram estaladas, dar com a cabeça na parede, cinto nas costas, enfim uma barbaridade. Um dia, uma das filhas, arranjou aos 18 anos um namorado que era um narcotraficante. Engravidou e foi viver com ele e a filha para um bairro social degradado. O pai foi lá resgatá-la à boa maneira dele, arrombando a porta de casa do sujeito e puxando-a pelo braço, e o companheiro dela não esteve com meias medidas e, juntamente com meia dúzia de sujeitos, deram uma carga de porrada no sujeito que ele esteve uma semana no hospital com tudo partido. A filha recusa-se a abandonar o companheiro e agora esse sujeito, que era muito machão a bater em mulheres e em meninas, tem que passar pela humilhação de ir todas as semanas à mesma casa onde apanhou uma carga de porrada deixar comida e roupa por causa da miúda, que não tem que pagar pelo egoísmo dos pais.

          Resultado: é mais do que óbvio que qualquer tipo de violência sobre os filhos ou sobre os pais é absolutamente reprovável e deve ser reprimida a todo o custo. Todavia, muitas vezes isso é igualmente o resultado de processos muito complexos onde a culpa se dilui numa série de agressões mútuas.

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            #6
            Originalmente Colocado por Nephilim Ver Post
            Bem mais um topico a abordar um assunto deprimente...

            Sobre se agora a mais é discutivel , ha mais queixas o que não é o mesmo de haver mais agressões.

            Por outro lado o irónico disto é que quem mais maltrata os pais sao os filhos com mais de 35 anos e por aí em diante tambem estes pais...

            Enfim é uma situação abominável de uma falta de caracter e respeito medonha.
            Nephilim, não se trata de assunto deprimente, mas sim de uma realidade. Deprimente torna-se o a caso de nos comfrontarmos com isto e pouco podermos fazer para mudar estas atitudes. Devemos ver as coisas sem complexos.

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              #7
              Originalmente Colocado por rantamplan Ver Post
              De facto há gente absolutamente medonha! Acho isso uma brutalidade sobre os pais e que merece toda a censura possível e imaginária. Todavia, para vermos como as coisas não são assim tão simples como parecem, vou dar-vos dois exemplos que conheço pessoalmente.

              (a) exemplo 1 - um determinado casal com dois filhos tinha lá em casa um dos avós a viver. tratava-se de uma senhora idosa que já não tinha grande mobilidade nem discernimento. todavia, apesar disso, ainda fazia umas coisas em casa, desde cozinhar, lavar a louça, fazer as compras e ajudar nas limpezas dentro das suas capacidades.

              O casal tratava-a abaixo de cão. Punha-a a fazer o jantar e depois ela comia os restos na cozinha, nem comia com eles à mesa. Se ela comesse um doce ou bebesse um copo de vinho punham-se os 4 aos berros com ela a dizer coisas do género "SUA VELHA DO C*AR*LH*, SUA BORRACHONA, DEVIAMOS PÔR-TE NA SOPA DOS POBRES PARA APRENDERES A SER GULOSA!!!!!". À medida que a idade avançava e ela ia ficando mais e mais incapacitada, os maus tratos sucediam-se! A senhora vivia à base de chá e pão do dia anterior (diziam que era para era molhar no cházinho) e passava os dias deitada na cama ou sentada na cadeira a olhar pela janela fora. Dias e dias sem sair de casa. Não a permitiam ir para um centro social porque tinham vergonha de as pessoas dizerem que não tratavam do familiar e não queriam ter o trabalho de a levarem e trazerem do centro de dia. Até que a senhora faleceu.

              Resultado: agora progressivamente os pais estão a ocupar o lugar da senhora idosa. Aqui há dias fui a casa deles e fiquei impressionado pela forma como os filhos falam para os pais; do género "caluda sua estúpida" e coisas assim do género. Estão a colher os frutos do belo exemplo que deram da forma como tratar pessoas de idade.

              (b) exemplo 2 - um determinado sujeito era casado e tinha duas filhas. Alcoólico e um completo burgesso, deu durante anos e anos a fio cargas de porrada de caixão à cova na mulher e nas filhas. Aquilo eram estaladas, dar com a cabeça na parede, cinto nas costas, enfim uma barbaridade. Um dia, uma das filhas, arranjou aos 18 anos um namorado que era um narcotraficante. Engravidou e foi viver com ele e a filha para um bairro social degradado. O pai foi lá resgatá-la à boa maneira dele, arrombando a porta de casa do sujeito e puxando-a pelo braço, e o companheiro dela não esteve com meias medidas e, juntamente com meia dúzia de sujeitos, deram uma carga de porrada no sujeito que ele esteve uma semana no hospital com tudo partido. A filha recusa-se a abandonar o companheiro e agora esse sujeito, que era muito machão a bater em mulheres e em meninas, tem que passar pela humilhação de ir todas as semanas à mesma casa onde apanhou uma carga de porrada deixar comida e roupa por causa da miúda, que não tem que pagar pelo egoísmo dos pais.

              Resultado: é mais do que óbvio que qualquer tipo de violência sobre os filhos ou sobre os pais é absolutamente reprovável e deve ser reprimida a todo o custo. Todavia, muitas vezes isso é igualmente o resultado de processos muito complexos onde a culpa se dilui numa série de agressões mútuas.
              Gostei muito de ler este post. Concordo na íntegra com o último parágrafo.

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                #8
                Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
                Já me tenho lembrado disto várias vezes.

                Mais uma vez, como em muitos casos que o nunomlopes traz à discussão, sou levado a crer que estes casos são esmagadoramente de violência psicológica.

                Violência física dos putos contra os pais não me acredito muito. Primeiro, porque normalmente têm desvantagem física (são mais pequenos e estão em crescimento). Segundo, porque se começam na agressão legitimam o acto de os pais lhes assentarem duas galhetas, os castigarem e arrumarem ali o assunto.

                A coisa mais vulgar do mundo, correntemente, é ver os putos a chantagear os pais. Impressionante.
                Pode-me levar acreditar que possa levar á maior incidencia de violencia psicológica, e ás vezes por pequenas palavras o que pode vir agravando caso a caso. A adolescencia é uma idade complicada e tal como nas citações que coloquei em idade mais avançada pode provocar mais estes actos quando vai aparecendo a vantagem fisica. Concordo e noto que nos dias de hoje existe mais chantagem para obter o pretendido, e por vezes também os pais confrontados com isso não se conseguem aperceber dessa teia.

                Comentário


                  #9
                  Por vezes a violencia não tem que ser fisica, acho que certos tipos de linguagem não devem ser usados com um pai ou uma mãe, eu nunca ousaria mandar a minha mae fosse para onde fosse. Ainda ha dias soube de uma situação de uma filha com 22 anos que mandou a mae para o car????o, apenas porque a mae demontrou preocupação pelo facto de ela estar doente. Vai po.....não me chateies », mas isto é linguagem que se use com uma mae????????

                  Daqui a violencia fisica, psicologica é um passo, mas os proprios pais permitem, pois devem ter medo de melindrar as criançinhas

                  Comentário


                    #10
                    Parece-me que será o reflexo de uma deficiente formação pessoal, como já disseram, na maior parte dos casos, a imagem do que viram os pais fazerem aos avós, agora "chegou" a vez deles.

                    Comentário


                      #11
                      Rantanplam

                      Gostei de ler o tópico (pelas piores razões, claro!), mas convém tornar publico, haver sempre alguém a ler e a repensar na vida.

                      Não conheço casos do "deitar abaixo", mas um caso particular que é o inverso do assunto aqui falado.

                      O meu avô, é adorado por toda a família e toda, toda a gente está sempre apto para o ajudar (tem 71 anos e ainda está rijo), sempre, mas sempre colocou os filhos, a mulher e os netos á frente dos interesses dele, ...

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por Wolfman Ver Post
                        Rantanplam

                        Gostei de ler o tópico (pelas piores razões, claro!), mas convém tornar publico, haver sempre alguém a ler e a repensar na vida.

                        Não conheço casos do "deitar abaixo", mas um caso particular que é o inverso do assunto aqui falado.

                        O meu avô, é adorado por toda a família e toda, toda a gente está sempre apto para o ajudar (tem 71 anos e ainda está rijo), sempre, mas sempre colocou os filhos, a mulher e os netos á frente dos interesses dele, ...
                        Isso é de salutar, estima, pois tens um bem precioso.

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post
                          Isso é de salutar, estima, pois tens um bem precioso.
                          Nem quero imaginar o que vai ser da família assim que ele for, ninguém depende dele financeiramente, mas é daquelas pessoas que aparecem num milhão.

                          Ainda hoje vou a casa dele, para irmos jogar bilhar, coisa que ele venera e tem conversas de pessoal de 30 anos...

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
                            Já me tenho lembrado disto várias vezes.

                            Mais uma vez, como em muitos casos que o nunomlopes traz à discussão, sou levado a crer que estes casos são esmagadoramente de violência psicológica.

                            Violência física dos putos contra os pais não me acredito muito. Primeiro, porque normalmente têm desvantagem física (são mais pequenos e estão em crescimento). Segundo, porque se começam na agressão legitimam o acto de os pais lhes assentarem duas galhetas, os castigarem e arrumarem ali o assunto.

                            A coisa mais vulgar do mundo, correntemente, é ver os putos a chantagear os pais. Impressionante.
                            Tambem não acredito que um puto de 12,13 anos bata num pai. Mas já a partir dos 15 acredito que sim. Eu com 15 anos já tinha o tamanho do meu pai e praticamente o mesmo peso. Hoje em dia com 17, não tenho duvidas que se por alguma razao batesse no meu pai, ele me conseguisse impedir.

                            Atenção que não sou contra isso da violência dos filhos contra os pais e vice-versa. O meu pai nunca me bateu, nem eu lhe faria isso.

                            Mas dando como exemplo, imaginem-se com 16 anos e por alguma razao o vosso pai batesse na vossa mãe. Eu no meu caso, não tinha problema algum em dar lhe um empurrão ou mais. Felizmente isto nunca aconteceu e espero que nunca aconteça.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por Wolfman Ver Post
                              Nem quero imaginar o que vai ser da família assim que ele for, ninguém depende dele financeiramente, mas é daquelas pessoas que aparecem num milhão.

                              Ainda hoje vou a casa dele, para irmos jogar bilhar, coisa que ele venera e tem conversas de pessoal de 30 anos...
                              Dou grande valor a pessoas com outras vivências e com a escola da vida, e ao mesmo tempo permanecem jovem e compreendem-nos na actualidade. Demonstra sabedoria.

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por PMCC Ver Post
                                Tambem não acredito que um puto de 12,13 anos bata num pai. Mas já a partir dos 15 acredito que sim. Eu com 15 anos já tinha o tamanho do meu pai e praticamente o mesmo peso. Hoje em dia com 17, não tenho duvidas que se por alguma razao batesse no meu pai, ele me conseguisse impedir.

                                Atenção que não sou contra isso da violência dos filhos contra os pais e vice-versa. O meu pai nunca me bateu, nem eu lhe faria isso.

                                Mas dando como exemplo, imaginem-se com 16 anos e por alguma razao o vosso pai batesse na vossa mãe. Eu no meu caso, não tinha problema algum em dar lhe um empurrão ou mais. Felizmente isto nunca aconteceu e espero que nunca aconteça.
                                Eu nunca vivi essa realidade e nunca tive conhecimento de casos semelhantes apenas posso-me basear nestas infomações, mas acredito que possam haver certos casos em que isso aconteça.
                                Acho que violência só gera violência, e torna um mau ambiente familiar e perturba o seio na convivência de todos os membros.

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por Wolfman Ver Post
                                  Rantanplam

                                  Gostei de ler o tópico (pelas piores razões, claro!), mas convém tornar publico, haver sempre alguém a ler e a repensar na vida.

                                  Não conheço casos do "deitar abaixo", mas um caso particular que é o inverso do assunto aqui falado.

                                  O meu avô, é adorado por toda a família e toda, toda a gente está sempre apto para o ajudar (tem 71 anos e ainda está rijo), sempre, mas sempre colocou os filhos, a mulher e os netos á frente dos interesses dele, ...
                                  O que apenas prova aquilo que eu disse: filho és, pai serás, assim como fizeres, assim acharás! Um progenitor que dê bons exemplos aos descendentes nunca haverá de receber maus tratos deles!

                                  Em minha casa também é assim, nunca tive problemas desses (felizmente) e nunca me passaria pela cabela levantar a mão aos meus Pais mas já assisti pessoalmente às situações descritas atrás e sei como estes processos são muito complexos. Não há respostas simples!

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                                    #18
                                    Eu de vez em quando sou agredido...

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por zerorpm Ver Post
                                      Eu de vez em quando sou agredido...
                                      O que sentes em relação a isto?
                                      Que consequências te trás?
                                      Existe forma de contornar isso?

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                                        #20
                                        Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
                                        Já me tenho lembrado disto várias vezes.

                                        Mais uma vez, como em muitos casos que o nunomlopes traz à discussão, sou levado a crer que estes casos são esmagadoramente de violência psicológica.

                                        Violência física dos putos contra os pais não me acredito muito. Primeiro, porque normalmente têm desvantagem física (são mais pequenos e estão em crescimento). Segundo, porque se começam na agressão legitimam o acto de os pais lhes assentarem duas galhetas, os castigarem e arrumarem ali o assunto.

                                        A coisa mais vulgar do mundo, correntemente, é ver os putos a chantagear os pais. Impressionante.
                                        Não te acreditas na violência fisica dos filhos sobre os pais? Andas fora da realidade concerteza, normalmente quando se fala em violência de filhos contra pais, não estão a falar de putos de 10 anos, mas sim a partir normalmente dos 16 anos, que ai muitas vezes acontece este tipo de cenas. E não são poucos os casos.. se já são muitas as denúncias, imagina aqueles que por medo de represálias ficam calados.

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                                          #21
                                          Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post
                                          O que sentes em relação a isto?
                                          Que consequências te trás?
                                          Existe forma de contornar isso?
                                          Ela tem 3 anos e quando a chateio-o ela levanta a mão e vem atrás de mim...

                                          Mas depois agarro-a e dou-lhe mimos e ela ri-se...

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                                            #22
                                            rantamplam, que casos medonhos esses

                                            Quanto ao assunto em si só digo uma coisa: Havia de ser Bonito isso aqui em casa.

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                                              #23
                                              Originalmente Colocado por Pitest Ver Post
                                              Não te acreditas na violência fisica dos filhos sobre os pais? Andas fora da realidade concerteza, normalmente quando se fala em violência de filhos contra pais, não estão a falar de putos de 10 anos, mas sim a partir normalmente dos 16 anos, que ai muitas vezes acontece este tipo de cenas. E não são poucos os casos.. se já são muitas as denúncias, imagina aqueles que por medo de represálias ficam calados.
                                              Concordo em parte com o que dizes e acho que nessa faixa se pode notar alguma violencia no seu extremo, sendo uma idade complicada; mas começo a notar em idades mais novas o recurso à violencia e tal como o ClioII referiu as chantagens fazem-se notar também (ou cada vez mais) nessas idades. Um filho revela a educação que lhe damos, e isso revelará no futuro os frutos dessa educação, devemos tentar saber impor as regras adequadas e não deixar de ser demasiado permissivos. Acredito que haja pais que sofram de duas formas: Sentimento de culpa e a violência que sofrem. Esse sentimento pode tornar-se frustrante por constatarem que não conseguiram seguir o caminhos mais adequado no cumprimento da educação dos seus filhos ou devido factores terceiros. Pode-se tornar por vezes uma dor dificil de suportar.
                                              Deixo claro que não sou pai (e ainda não sei o valor nutrido de um pai em relação a um filho, mas o tempo, isso revelará) mas tento estar atento aos demais comportamentos, mesmo humanamente sendo sujeito a errar, tento tirar as ilações que considero essenciais.

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                                                #24
                                                Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post
                                                Concordo em parte com o que dizes e acho que nessa faixa se pode notar alguma violencia no seu extremo, sendo uma idade complicada; mas começo a notar em idades mais novas o recurso à violencia e tal como o ClioII referiu as chantagens fazem-se notar também (ou cada vez mais) nessas idades. Um filho revela a educação que lhe damos, e isso revelará no futuro os frutos dessa educação, devemos tentar saber impor as regras adequadas e não deixar de ser demasiado permissivos. Acredito que haja pais que sofram de duas formas: Sentimento de culpa e a violência que sofrem. Esse sentimento pode tornar-se frustrante por constatarem que não conseguiram seguir o caminhos mais adequado no cumprimento da educação dos seus filhos ou devido factores terceiros. Pode-se tornar por vezes uma dor dificil de suportar.
                                                Deixo claro que não sou pai (e ainda não sei o valor nutrido de um pai em relação a um filho, mas o tempo, isso revelará) mas tento estar atento aos demais comportamentos, mesmo humanamente sendo sujeito a errar, tento tirar as ilações que considero essenciais.
                                                Concordo claro, um filho é o espelho da educação que lhe é dada e há situações que nunca permitiria, ao contrário do que muita gente pensa, não é em bater que se resolve os problemas, até pode agravar, mas uma boa palmada quando estes ainda tem uns 10 aninhos por uma resposta mal dada, ou levantar a mão não faz mal a ninguém.
                                                Agora quando se tem 16 anos mostra indicios de violência com os seus pais, é muito dificil de resolver... espero nunca vir a passar por essa situação, pois um filho meu, irá ter a melhor educação que lhe soubermos dar, nunca permitiremos actos de má educação para connosco ou para com terceiros.

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                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por zerorpm Ver Post
                                                  Ela tem 3 anos e quando a chateio-o ela levanta a mão e vem atrás de mim...

                                                  Mas depois agarro-a e dou-lhe mimos e ela ri-se...
                                                  Ainda está numa idade de receber mimos, mas não a estragues.

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                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por Pitest Ver Post
                                                    Concordo claro, um filho é o espelho da educação que lhe é dada e há situações que nunca permitiria, ao contrário do que muita gente pensa, não é em bater que se resolve os problemas, até pode agravar, mas uma boa palmada quando estes ainda tem uns 10 aninhos por uma resposta mal dada, ou levantar a mão não faz mal a ninguém.
                                                    Agora quando se tem 16 anos mostra indicios de violência com os seus pais, é muito dificil de resolver... espero nunca vir a passar por essa situação, pois um filho meu, irá ter a melhor educação que lhe soubermos dar, nunca permitiremos actos de má educação para connosco ou para com terceiros.
                                                    Concordo neste aspecto e nunca será exagerado dar uma palmadinha (de amor) nestes casos, sabendo diferenciar isso da agressão pura.
                                                    Nesses casos de idades mais avançadas já tudo se torna complicado e não considero que seja com violência que possam atenuar esses actos, podendo ser um densencandear de mais violencia e próprios pais sofrerem com isso mesmo.

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Mas o mais engraçado disto tudo, é que se houver alguem que testemunhe um pai a bater no filho e faça queixa dele, isto ainda dá umas boas dores de cabeça. Já se for o filhoa bater no pai, acho que o caso já não é bem assim, isto claro se for menor de idade.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        – Os pais demitiram-se da sua responsabilidade?
                                                        – Nunca, como agora, se apelou tanto às responsabilidades dos pais. De certa forma nunca estes as assumiram tão claramente. O afecto e a compreensão são confundidos com a permissividade e ausência de imposição de limites. A recusa, justa, do autoritarismo, com falta de autoridade.

                                                        'CRIANÇAS NÃO TÊM LIMITES'
                                                        Daniel Sampaio diz que 'as situações de agressividade dos filhos em relação aos pais, na parte final da adolescência, têm algum significado'. Para este especialista, 'as crianças crescem sem limites', dado que 'os pais, neste momento, têm dificuldade em manejar a disciplina'. E alerta para o facto de ser 'preciso impor limites e ajudar as crianças a escolher alternativas'.
                                                        Para mim, grande parte do problema reside aqui.

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