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Escalonamentos de cx de velocidades

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    Escalonamentos de cx de velocidades

    Como apaixonado por automóveis, um dos aspectos que me desperta sempre a atenção quando conduzo ou ando em algo novo é o escalonamento da cx de velocidades, nomeadamente quantos km/1.000 rpms na última mudança, que em principio se se viajar será a mudança mais utilizada.

    Este aspecto é fundamental para aproveitar o que o motor tem para dar, um escalonamento correcto faz toda a diferença.

    A adequação deve ser feita ao motor mas também ao carro e ao que ele implica, aerodinâmica, atrito, peso, etc.

    Dois exemplos de carros que conduzi e que me parecem ambos dispor de uma cx muito bem escalonada e capaz de imprimir razoaveis andamentos para as suas características:

    Polo 1.05 de 96 com 45 cv às 5.200 rpms e com corte às 6.200 e cerca de 925 kg (v.m. de fábrica - 145 km/h)

    A sua 5ª velocidade dá 27 km/h por cada 1.000 rpms. Ou seja às 5.000 rpms vai apenas a 135 km/h, mas isso permite que um motor pequeno e pouco puxado consiga parecer redondo e recuperar desde velocidades baixas em 5ª, dando muito boa conta de si, apesar dos apenas 45 cv.

    Cortar a 5ª a 162 km/h é fácil bastando uma pequena descida e a direito consegue-se manter velocidades de 150/155 a direito no velocímetro a 5.600/5.800 rpms.

    É um carro que consegue andamentos muito bons para o seu nivel de potência, graças ao excelente escalonamento, nomeadamente na relação final. O motor passa alegremente o seu regime de potência máxima.

    Com uma cx que fizesse 30 km/h por cada 1.000 rpms, provavelmente não conseguiria atingir a mesma velocidade a direito, a descer andaria naturalmente mais e o motor à mesma velocidade ia mais "folgado", mas a 5ª não seria tão utilizável.

    Z4 2.2 de 2005 com 170 cv às 6.100 com corte (creio) às 6.600 e cerca de 1.325 kg (v.m. fábrica - 225 km/h)

    A sua 5ª velocidade faz 35 km/h por cada 1.000 rpms. Ou seja às 5.000 rpms vai apenas a 175 km/h o que para um carro de 170 cv não parece muito, mas isso permite andamentos em AE entre os 100 e os 200 muitissimo bons para este nivel de potência.

    Provavelmente os 231 ao corte (não estou 100% seguro das 6.600 rpms) conseguem-se dar a direito, mas de facto este motor numa viagem por AE com acelerações e desacelerações, a ritmos vivos mas sem exageros, pode ombrear facilmente com carros muito mais potentes e com modernos dieseis com binários muito mais elevados e conhecidos pelas suas boas recuperações.

    Se desse, por ex. 40 km/h por cada 1.000 rpms provavelmente daria no máximo a direito apenas uns 220 às 5.500 em vez dos 231 (claro que a descer conseguiria cortar às 6.600 nos 264 km/h)

    O outro extremo são carros que na última mudança não conseguem a direito sequer atingir o seu regime de potência máxima (é o que há mais) e que desaproveitam algum do seu rendimento em que nalguns casos andam mesmo mais na mudança anterior.

    Conclusão: Para tirar o melhor partido de um carro em termos de rendimento, a cx deve estar bem pensada e adequada ao carro, este aspecto só por si é responsável por grandes diferenças de andamento real e aparente. Cx demasiado curtas (isto quase não existe) ou demasiado longas (aqui sim há fartura) não são uma boa solução.

    Digam de vossa justiça
    Editado pela última vez por v7; 01 January 2009, 14:22.

    #2
    Originalmente Colocado por v7 Ver Post
    Como apaixonado por automóveis, um dos aspectos que me desperta sempre a atenção quando conduzo ou ando em algo novo é o escalonamento da cx de velocidades, nomeadamente quantos km/1.000 rpms na última mudança, que em principio se se viajar será a mudança mais utilizada.

    Este aspecto é fundamental para aproveitar o que o motor tem para dar, um escalonamento correcto faz toda a diferença.

    A adequação deve ser feita ao motor mas também ao carro e ao que ele implica, aerodinâmica, atrito, peso, etc.

    Dois exemplos de carros que conduzi e que me parecem ambos dispor de uma cx muito bem escalonada e capaz de imprimir razoaveis andamentos para as suas características:

    Polo 1.05 de 96 com 45 cv às 5.200 rpms e com corte às 6.200 e cerca de 925 kg (v.m. de fábrica - 145 km/h)

    A sua 5ª velocidade dá 27 km/h por cada 1.000 rpms. Ou seja às 5.000 rpms vai apenas a 135 km/h, mas isso permite que um motor pequeno e pouco puxado consiga parecer redondo e recuperar desde velocidades baixas em 5ª, dando muito boa conta de si, apesar dos apenas 45 cv.

    Cortar a 5ª a 162 km/h é fácil bastando uma pequena descida e a direito consegue-se manter velocidades de 150/155 a direito no velocímetro a 5.600/5.800 rpms.

    É um carro que consegue andamentos muito bons para o seu nivel de potência, graças ao excelente escalonamento, nomeadamente na relação final. O motor passa alegremente o seu regime de potência máxima.

    Com uma cx que fizesse 30 km/h por cada 1.000 rpms, provavelmente não conseguiria atingir a mesma velocidade a direito, a descer andaria naturalmente mais e o motor à mesma velocidade ia mais "folgado", mas a 5ª não seria tão utilizável.

    Z4 2.2 de 2005 com 170 cv às 6.100 com corte (creio) às 6.600 e cerca de 1.325 kg (v.m. fábrica - 225 km/h)

    A sua 5ª velocidade faz 35 km/h por cada 1.000 rpms. Ou seja às 5.000 rpms vai apenas a 175 km/h o que para um carro de 170 cv não parece muito, mas isso permite andamentos em AE entre os 100 e os 200 muitissimo bons para este nivel de potência.

    Provavelmente os 231 ao corte (não estou 100% seguro das 6.600 rpms) conseguem-se dar a direito, mas de facto este motor numa viagem por AE com acelerações e desacelerações, a ritmos vivos mas sem exageros, pode ombrear com carros facilmente com carros muito mais potentes.

    Se desse, por ex. 40 km/h por cada 1.000 rpms provavelmente daria no máximo a direito apenas uns 220 às 5.500 em vez dos 231 (claro que a descer conseguiria cortar às 6.600 nos 264 km/h)

    O outro extremo são carros que na última mudança não conseguem a direito sequer atingir o seu regime de potência máxima (é o que há mais) e que desaproveitam algum do seu rendimento em que nalguns casos andam mesmo mais na mudança anterior.

    Conclusão: Para tirar o melhor partido de um carro em termos de rendimento, a cx deve estar bem pensada e adequada ao carro, este aspecto só por si é responsável por grandes diferenças de andamento real e aparente. Cx demasiado curtas (isto quase não existe) ou demasiado longas (aqui sim há fartura) não são uma boa solução.

    Digam de vossa justiça
    Depende dos carros mas por norma prefiro cx curtas em que a velocidade máxima seja dada em 6ª e não em 5ª como às vezes acontece.

    No meu Polo GTI (1.6 16v 120cv) a 4ª dava 195 mesmo perto do corte e a 5ª chegou a cortar para lá dos 220kmh. Era um prazer conduzir, mas era perigoso a altas velocidades, a travagem era deficiente (muita fadiga) e a curvar não era famoso. Tinha um 1.6 que acima das 4.500rpm se transfigurava.

    Comentário


      #3
      Por exemplo a Fiat Strada da minha mãe, tem uma caixa tão curta que mesmo carregada consegue puxar bem a qualquer velocidade e mesmo a subir. Consegue circular a 50kms hora em 5ª velocidade por exemplo.
      Aspectos contra: A 100kms hora em 5ª parece que se vai com a 3ª engrenada face a outros veículos e parece que se vai a esganar o bicho tal é o barulho do motor, muito incomodativo!
      Velocidade de ponta também é fraca e os consumos exagerados para o carro em questão... É uma desilusão aquela caixa.

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por HUGORIBA Ver Post
        Por exemplo a Fiat Strada da minha mãe, tem uma caixa tão curta que mesmo carregada consegue puxar bem a qualquer velocidade e mesmo a subir. Consegue circular a 50kms hora em 5ª velocidade por exemplo.
        Mas a Fiat Strada é antes de mais um veículo de trabalho e como tal, está adequado ao fim que se propõe, transporte de cargas.

        A caixa neste exemplo irá permitir que o motor rode sempre numa faixa favorável, para que se possa andar carregado de forma cómoda.

        É um veículo de força e não de grandes velocidades.

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          #5
          Estou de acordo com v7 em que um correcto escalonamento da caixa é essencial. podemos ter motor melhores a perder confrontos com outros inferiores só por causa da caixa, sem duvida.

          Em relação ao escalonamento curto ou longo, só sei que uma caixa com mais velocidades é sempre melhor para tirar partido do motor.

          Por exemplo, temos as novas caixas automaticas de 8 velocidades da Aisin, que equipam o LS460 e IS-F. quanto mais velocidades tem uma caixa automatica beneficia o consumo ou o desempenho, conforme a calibração.

          Ser de escalonamento curto ou longo não me parece ser o apice da questão, mas sim o bom escalonamento.
          Editado pela última vez por bacalao; 01 January 2009, 15:03.

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por HUGORIBA Ver Post
            Por exemplo a Fiat Strada da minha mãe, tem uma caixa tão curta que mesmo carregada consegue puxar bem a qualquer velocidade e mesmo a subir. Consegue circular a 50kms hora em 5ª velocidade por exemplo.
            Aspectos contra: A 100kms hora em 5ª parece que se vai com a 3ª engrenada face a outros veículos e parece que se vai a esganar o bicho tal é o barulho do motor, muito incomodativo!
            Velocidade de ponta também é fraca e os consumos exagerados para o carro em questão... É uma desilusão aquela caixa.
            O Saxo (motor 1.1) que ando a conduzir agora é a mesma coisa... Caixa curtinha, aguenta-se bem em cargas e subidas, quer em 3ª quer em 4ª. Por outro lado, um gajo vai para AE, chego aos 100 e já me tá a pedir uma 6ª, que não existe xD

            Mas satisfaz-me, para o que eu quero e preciso (tenho carta há pouco tempo), acho que é o ideal.

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por v7 Ver Post
              Como apaixonado por automóveis, um dos aspectos que me desperta sempre a atenção quando conduzo ou ando em algo novo é o escalonamento da cx de velocidades, nomeadamente quantos km/1.000 rpms na última mudança, que em principio se se viajar será a mudança mais utilizada.

              Este aspecto é fundamental para aproveitar o que o motor tem para dar, um escalonamento correcto faz toda a diferença.

              A adequação deve ser feita ao motor mas também ao carro e ao que ele implica, aerodinâmica, atrito, peso, etc.

              Dois exemplos de carros que conduzi e que me parecem ambos dispor de uma cx muito bem escalonada e capaz de imprimir razoaveis andamentos para as suas características:

              Polo 1.05 de 96 com 45 cv às 5.200 rpms e com corte às 6.200 e cerca de 925 kg (v.m. de fábrica - 145 km/h)

              A sua 5ª velocidade dá 27 km/h por cada 1.000 rpms. Ou seja às 5.000 rpms vai apenas a 135 km/h, mas isso permite que um motor pequeno e pouco puxado consiga parecer redondo e recuperar desde velocidades baixas em 5ª, dando muito boa conta de si, apesar dos apenas 45 cv.

              Cortar a 5ª a 162 km/h é fácil bastando uma pequena descida e a direito consegue-se manter velocidades de 150/155 a direito no velocímetro a 5.600/5.800 rpms.

              É um carro que consegue andamentos muito bons para o seu nivel de potência, graças ao excelente escalonamento, nomeadamente na relação final. O motor passa alegremente o seu regime de potência máxima.

              Com uma cx que fizesse 30 km/h por cada 1.000 rpms, provavelmente não conseguiria atingir a mesma velocidade a direito, a descer andaria naturalmente mais e o motor à mesma velocidade ia mais "folgado", mas a 5ª não seria tão utilizável.

              Z4 2.2 de 2005 com 170 cv às 6.100 com corte (creio) às 6.600 e cerca de 1.325 kg (v.m. fábrica - 225 km/h)

              A sua 5ª velocidade faz 35 km/h por cada 1.000 rpms. Ou seja às 5.000 rpms vai apenas a 175 km/h o que para um carro de 170 cv não parece muito, mas isso permite andamentos em AE entre os 100 e os 200 muitissimo bons para este nivel de potência.

              Provavelmente os 231 ao corte (não estou 100% seguro das 6.600 rpms) conseguem-se dar a direito, mas de facto este motor numa viagem por AE com acelerações e desacelerações, a ritmos vivos mas sem exageros, pode ombrear facilmente com carros muito mais potentes e com modernos dieseis com binários muito mais elevados e conhecidos pelas suas boas recuperações.

              Se desse, por ex. 40 km/h por cada 1.000 rpms provavelmente daria no máximo a direito apenas uns 220 às 5.500 em vez dos 231 (claro que a descer conseguiria cortar às 6.600 nos 264 km/h)

              O outro extremo são carros que na última mudança não conseguem a direito sequer atingir o seu regime de potência máxima (é o que há mais) e que desaproveitam algum do seu rendimento em que nalguns casos andam mesmo mais na mudança anterior.

              Conclusão: Para tirar o melhor partido de um carro em termos de rendimento, a cx deve estar bem pensada e adequada ao carro, este aspecto só por si é responsável por grandes diferenças de andamento real e aparente. Cx demasiado curtas (isto quase não existe) ou demasiado longas (aqui sim há fartura) não são uma boa solução.

              Digam de vossa justiça
              Ora, assim sim... Nada como começar 2009 com um bom tópico!

              Primeiro que tudo há que considerar que as caixas de velocidades são o segundo orgão mecânico mais importante dum automóvel. Muitas são incompreendidas e desvalorizadas (afinal não se medem em cavalos! ), mas são determinantes para as prestações que se verificam.

              O caso que apresentas do Polo é um caso normal de um motor fraco e uma caixa curta. Deste modo, são atenuadas as incapacidades do motor, conseguindo-se através de uma caixa tão curta, minorar as más prestações. Tem um preço, nesse caso ainda mais significativo, pois esse motor era do tempo da "era da Pedra", os consumos.

              Depois tens casos de bons motores aliados a más caixas, ou seja, motores potentes e caixas longas. Bons exemplos, os japoneses. Lembro-me dos Avensis 2.2 D4D que nunca andam o mesmo que os seus concorrentes de potência idêntica (IS 220 D incluido).

              Ainda a considerar os que têm motores potentes e caixas curtas, normalmente conotados de desportivos. Exemplos dos BMW e carros mesmo próximos de competição (Ferraris e companhia...).

              Os diesel actuais permitem jogar um pouco com o escalonamento das caixas, porque são motores económicos já de raiz. É o que se verifica agora com as versões ECO. Aumenta-se o escalonamento das relações finais e os carros ficam a gastar ainda menos. Ou seja, há (havia ) margem para se mexer nestas caixas, por forma a melhorar os consumos. E pelos vistos sem grande impacto nas prestações.

              Os carros de tracção e de tranporte de cargas, são os tipicos de motores potentes e caixas muito, mas mesmo muito curtas.

              Normalmente motores de fracas capacidades estão associdados a caixas curtas. Como devido a isso ficam a gastar mais, tem que se compensar essa situação recorrendo a outras alternativas, como são exemplo os motores de 3 cilindros. Ou seja, se pelo facto de terem caixas curtas ficam a gastar mais, produz-se um motor mais pequeno e com menos peças, para acabar por gastar menos. O resultado final são consumos idênticos a um 4 cilindros, uma maior disponibilidade (através da caixa curta) e um maior desiquilíbrio e desagradabilidade. Lembro-me neste caso dos actuais modelos equipados com o 1.2 da VW.

              Motores potentes e que não fazem uso de tecnologias que visam o aumento do rendimento térmico do motor (turbos e injecção directa, por exemplo), estão associados a caixas longas. Exemplos: alguns motores Otto nipónicos.

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                #8
                Originalmente Colocado por monicamelo Ver Post
                Ora, assim sim... Nada como começar 2009 com um bom tópico!

                Primeiro que tudo há que considerar que as caixas de velocidades são o segundo orgão mecânico mais importante dum automóvel. Muitas são incompreendidas e desvalorizadas (afinal não se medem em cavalos! ), mas são determinantes para as prestações que se verificam.

                O caso que apresentas do Polo é um caso normal de um motor fraco e uma caixa curta. Deste modo, são atenuadas as incapacidades do motor, conseguindo-se através de uma caixa tão curta, minorar as más prestações. Tem um preço, nesse caso ainda mais significativo, pois esse motor era do tempo da "era da Pedra", os consumos.

                Depois tens casos de bons motores aliados a más caixas, ou seja, motores potentes e caixas longas. Bons exemplos, os japoneses. Lembro-me dos Avensis 2.2 D4D que nunca andam o mesmo que os seus concorrentes de potência idêntica (IS 220 D incluido).

                Ainda a considerar os que têm motores potentes e caixas curtas, normalmente conotados de desportivos. Exemplos dos BMW e carros mesmo próximos de competição (Ferraris e companhia...).

                Os diesel actuais permitem jogar um pouco com o escalonamento das caixas, porque são motores económicos já de raiz. É o que se verifica agora com as versões ECO. Aumenta-se o escalonamento das relações finais e os carros ficam a gastar ainda menos. Ou seja, há (havia ) margem para se mexer nestas caixas, por forma a melhorar os consumos. E pelos vistos sem grande impacto nas prestações.

                Os carros de tracção e de tranporte de cargas, são os tipicos de motores potentes e caixas muito, mas mesmo muito curtas.

                Normalmente motores de fracas capacidades estão associdados a caixas curtas. Como devido a isso ficam a gastar mais, tem que se compensar essa situação recorrendo a outras alternativas, como são exemplo os motores de 3 cilindros. Ou seja, se pelo facto de terem caixas curtas ficam a gastar mais, produz-se um motor mais pequeno e com menos peças, para acabar por gastar menos. O resultado final são consumos idênticos a um 4 cilindros, uma maior disponibilidade (através da caixa curta) e um maior desiquilíbrio e desagradabilidade. Lembro-me neste caso dos actuais modelos equipados com o 1.2 da VW.

                Motores potentes e que não fazem uso de tecnologias que visam o aumento do rendimento térmico do motor (turbos e injecção directa, por exemplo), estão associados a caixas longas. Exemplos: alguns motores Otto nipónicos.
                Ainda em relação às cx de velocidades.

                Tenho 2 modelos em casa com o conhecido 20d 177cv, ambos tem cx relativamente curtas, mas no X3 é mesmo muito curta, chega a dar a sensação se ser mais rápido nos clássicos 0-100 em relação ao 520d, apesar dos números do fabricante desmentirem isso. As recuperações parecem-me igualmente melhores no X3. Só em velocidades elevadas o 520d se destaca claramente

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                  #9
                  Originalmente Colocado por JDEM Ver Post
                  Ainda em relação às cx de velocidades.

                  Tenho 2 modelos em casa com o conhecido 20d 177cv, ambos tem cx relativamente curtas, mas no X3 é mesmo muito curta, chega a dar a sensação se ser mais rápido nos clássicos 0-100 em relação ao 520d, apesar dos números do fabricante desmentirem isso. As recuperações parecem-me igualmente melhores no X3. Só em velocidades elevadas o 520d se destaca claramente
                  Do que conheço da BMW (e até conheço umas coisinhas ) é mais uma coisa que fazem bastante bem é a conjugação do motor com a caixa.

                  O exemplo que dei do Z4 2.2 que é um carro desportivo, com um motor não muito potente, é disso um extraordinário exemplo.

                  A titulo comparativo diria que na tal condução rápida mas relaxada na última relação é um carro que é tão ou mais rápido que um por exemplo um CTR EP3 de 200 cv, cuja 6ª no velocimetro faz 33km/h por cada 1.000 rpms.

                  Embora neste caso a cx do Civic ainda seja mais curta, como o rendimento máximo é atingido bastante em cima, a sensação que se tem conduzindo os dois é que entre os 100 e os 200 e picos o Z4 é provavelmente mais rápido (na última relação, porque se se utilizar a cx de velocidades para tirar todo o proveito do motor do CTR, os seus 200 cv impõem-se como é normal).

                  Uma última nota, para dizer que a mestria da BMW é a boa adequação das cx aos motores, mas também a capacidade de fazer motores redondos, cheios desde as baixas rpms e com muita facilidade em circular em regimes acima do da potência máxima.

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por monicamelo Ver Post
                    Ora, assim sim... Nada como começar 2009 com um bom tópico!

                    Primeiro que tudo há que considerar que as caixas de velocidades são o segundo orgão mecânico mais importante dum automóvel. Muitas são incompreendidas e desvalorizadas (afinal não se medem em cavalos! ), mas são determinantes para as prestações que se verificam.

                    O caso que apresentas do Polo é um caso normal de um motor fraco e uma caixa curta. Deste modo, são atenuadas as incapacidades do motor, conseguindo-se através de uma caixa tão curta, minorar as más prestações. Tem um preço, nesse caso ainda mais significativo, pois esse motor era do tempo da "era da Pedra", os consumos.

                    Depois tens casos de bons motores aliados a más caixas, ou seja, motores potentes e caixas longas. Bons exemplos, os japoneses. Lembro-me dos Avensis 2.2 D4D que nunca andam o mesmo que os seus concorrentes de potência idêntica (IS 220 D incluido).

                    Ainda a considerar os que têm motores potentes e caixas curtas, normalmente conotados de desportivos. Exemplos dos BMW e carros mesmo próximos de competição (Ferraris e companhia...).

                    Os diesel actuais permitem jogar um pouco com o escalonamento das caixas, porque são motores económicos já de raiz. É o que se verifica agora com as versões ECO. Aumenta-se o escalonamento das relações finais e os carros ficam a gastar ainda menos. Ou seja, há (havia ) margem para se mexer nestas caixas, por forma a melhorar os consumos. E pelos vistos sem grande impacto nas prestações.

                    Os carros de tracção e de tranporte de cargas, são os tipicos de motores potentes e caixas muito, mas mesmo muito curtas.

                    Normalmente motores de fracas capacidades estão associdados a caixas curtas. Como devido a isso ficam a gastar mais, tem que se compensar essa situação recorrendo a outras alternativas, como são exemplo os motores de 3 cilindros. Ou seja, se pelo facto de terem caixas curtas ficam a gastar mais, produz-se um motor mais pequeno e com menos peças, para acabar por gastar menos. O resultado final são consumos idênticos a um 4 cilindros, uma maior disponibilidade (através da caixa curta) e um maior desiquilíbrio e desagradabilidade. Lembro-me neste caso dos actuais modelos equipados com o 1.2 da VW.

                    Motores potentes e que não fazem uso de tecnologias que visam o aumento do rendimento térmico do motor (turbos e injecção directa, por exemplo), estão associados a caixas longas. Exemplos: alguns motores Otto nipónicos.
                    Não é muito fácil tipificar os carros que utilizam caixas curtas ou compridas.

                    Recentemente andei num Q5 2.0 TFSI de 211 cv que a +/- 220 podia ir em 5ª (quase no regime máximo), em 6ª ou em 7ª. Confesso que não vejo necessidade de tantas velocidades num caso destes.

                    Outro exemplo estranho foi o de um Jeep Wrangler 2.5 a gasolina (144 cv) com que andei uns dias, que na versão aberto (descapotável) e com 4 pessoas dava no máximo a direito:

                    140 em 4ª
                    135 em 5ª
                    130 em 6ª

                    Comentário


                      #11
                      V7 tu que gostas tanto destas contas e exemplos, o que achas da 5ª relação no caso do Astra 1.7 CDTI (com caixa de 5) achas que está bem escalonada ou ainda deveria ser mais curta na tua opinião!?

                      Nas 2000 rpm em 5ª faz +- 91km/h de ponteiro, reais claro que é menos.

                      Comentário


                        #12
                        tenho um polo 1.0 de 97 e posso jurar que já dei 170...a descer muito; para quem e do porto a28 ponte de leça xD.

                        A caixa é escalonada para cidade, para viagens grandes é terrivelmente má...não é definitivamente um Grand Tourer

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por Gavela Ver Post
                          V7 tu que gostas tanto destas contas e exemplos, o que achas da 5ª relação no caso do Astra 1.7 CDTI (com caixa de 5) achas que está bem escalonada ou ainda deveria ser mais curta na tua opinião!?

                          Nas 2000 rpm em 5ª faz +- 91km/h de ponteiro, reais claro que é menos.
                          Já conduzi o Astra 1.7 de 100 cv (versão 5 portas, mas carro).

                          Creio que a velocidade máxima real anda em torna nos 180 a que corresponderá cerca de uns 190 ou quase no velocimetro, em terreno plano.

                          Pelos teus valores a 190 vai a cerca de 4.200 rpms.

                          Estaria bem se a potência máxima fosse atingida às 4.000 rpms, mas como creo que é às 4.400 e que esse motor até faz rpms com facilidade, diria que talvez pudesse ser um nadinha mais curta.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por Sôtor Ver Post
                            tenho um polo 1.0 de 97 e posso jurar que já dei 170...a descer muito; para quem e do porto a28 ponte de leça xD.

                            A caixa é escalonada para cidade, para viagens grandes é terrivelmente má...não é definitivamente um Grand Tourer
                            Esse Polo é o 1.05 de 45 cv ou o 1.0 de 50 cv ?

                            Terrivelmente má porquê ? se fosse mais longa faria menos barulho e iria a menos rpms mas teria menos capacidade de manter velocidades elevadas

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por v7 Ver Post
                              Já conduzi o Astra 1.7 de 100 cv (versão 5 portas, mas carro).

                              Creio que a velocidade máxima real anda em torna nos 180 a que corresponderá cerca de uns 190 ou quase no velocimetro, em terreno plano.

                              Pelos teus valores a 190 vai a cerca de 4.200 rpms.

                              Estaria bem se a potência máxima fosse atingida às 4.000 rpms, mas como creo que é às 4.400 e que esse motor até faz rpms com facilidade, diria que talvez pudesse ser um nadinha mais curta.
                              A tua resposta está tal e qual como eu a esperava da tua parte!
                              E está correcto, a potência máxima é apenas às 4400rpm.

                              Mas para quem goste de cruzeiros a alta velocidade penso que a vão achar curta (consumo mais elevado).

                              Comentário


                                #16
                                No meu caso, a 5ª é quase inexistente. É muito curto e faz mais ou menos 15Km/h por cada 1000rpm.
                                O monicamelo sabe do que falo hehe.

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por v7 Ver Post
                                  Esse Polo é o 1.05 de 45 cv ou o 1.0 de 50 cv ?

                                  Terrivelmente má porquê ? se fosse mais longa faria menos barulho e iria a menos rpms mas teria menos capacidade de manter velocidades elevadas
                                  Em 97 penso que é o de 45cv, deverá ser um Polo 6n
                                  Temos cá em casa um Polo 1.0 (6n2) de 2001 e esse tem os 50cv e faz 30km/h por cada 1000 rpm em 5ª.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por Mad Dragon Ver Post
                                    No meu caso, a 5ª é quase inexistente. É muito curto e faz mais ou menos 15Km/h por cada 1000rpm.
                                    O monicamelo sabe do que falo hehe.
                                    Falas de uma pequena moto ? isso significa 75 km/h às 5.000 rpm ....

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por Mad Dragon Ver Post
                                      No meu caso, a 5ª é quase inexistente. É muito curto e faz mais ou menos 15Km/h por cada 1000rpm.
                                      O monicamelo sabe do que falo hehe.
                                      Tenho cá em casa um que faz em 6ª 21km/h por cada 1000rpm.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por Gavela Ver Post
                                        Em 97 penso que é o de 45cv, deverá ser um Polo 6n
                                        Temos cá em casa um Polo 1.0 (6n2) de 2001 e esse tem os 50cv e faz 30km/h por cada 1000 rpm em 5ª.
                                        O que significa que deve dar os 170 e mais a descer.

                                        Uma relação final mais curtas têm o efeito de restringir um bocadinho mais as velocidades de cruzeiro.

                                        A mim, num carro meu faz-me sempre um bocadinho de impressão viajar horas a fio a mais de 5.000/5.500 rpms (apesar de já o ter feito) num carro a gasolina e 3.500/4.000 num diesel.

                                        Quando tinha o referido Polo, o que determinava a velocidade de cruzeiro era precisamente isso.

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                                          #21
                                          Originalmente Colocado por v7 Ver Post
                                          O que significa que deve dar os 170 e mais a descer.

                                          Uma relação final mais curtas têm o efeito de restringir um bocadinho mais as velocidades de cruzeiro.

                                          A mim, num carro meu faz-me sempre um bocadinho de impressão viajar horas a fio a mais de 5.000/5.500 rpms (apesar de já o ter feito) num carro a gasolina e 3.500/4.000 num diesel.

                                          Quando tinha o referido Polo, o que determinava a velocidade de cruzeiro era precisamente isso.
                                          Nunca foi experimentada essa situação.
                                          O máximo que deu até hoje foi 160km/h.
                                          É o veículo utilizado pela minha esposa para as suas deslocações citadinas, para o qual ele é mais apropriado.

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                                            #22
                                            Bom tópico.

                                            As caixas curtas só são boas para brinquedos de fim semana.

                                            Comentário


                                              #23
                                              Originalmente Colocado por Gavela Ver Post
                                              Nunca foi experimentada essa situação.
                                              O máximo que deu até hoje foi 160km/h.
                                              É o veículo utilizado pela minha esposa para as suas deslocações citadinas, para o qual ele é mais apropriado.


                                              Para uso citadino é bastante competente e resistente. A 5ª entra com competencia aos 50 e isso tira-lhe um bocado de folego para auto estrada. Acima dos 100 já começa a parecer que estamos a abusar. ;)

                                              Consumos entre 6-6.7l/100km para um carro a gasolina com 11 anos em percurso misto.Acho que era este o objetivo da VAG estou bastante contente com o carro

                                              Comentário


                                                #24
                                                O meu carro faz cerca de 30 km/h por cada 1000rpm.

                                                Em 5ª
                                                1500 - 90 km/h
                                                2000 - 120 km/h
                                                2500 - 150 km/h
                                                3000 - 180 km/h

                                                Estas velocidades são velocidades de ponteiro.
                                                Além deste patamar de rotação, ainda não fui, independentemente das circunstâncias.

                                                No entanto, pela lógica:
                                                4000 (regime de potencia máxima) - 240km/h. (Nada mau para um 1.9 TDI de 105cv).

                                                Comentário


                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por señorpedro Ver Post
                                                  O meu carro faz cerca de 30 km/h por cada 1000rpm.

                                                  Em 5ª
                                                  1500 - 90 km/h
                                                  2000 - 120 km/h
                                                  2500 - 150 km/h
                                                  3000 - 180 km/h

                                                  Estas velocidades são velocidades de ponteiro.
                                                  Além deste patamar de rotação, ainda não fui, independentemente das circunstâncias.

                                                  No entanto, pela lógica:
                                                  4000 (regime de potencia máxima) - 240km/h. (Nada mau para um 1.9 TDI de 105cv).
                                                  Em que mudança?

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por señorpedro Ver Post
                                                    O meu carro faz cerca de 30 km/h por cada 1000rpm.

                                                    Em 5ª
                                                    1500 - 90 km/h
                                                    2000 - 120 km/h
                                                    2500 - 150 km/h
                                                    3000 - 180 km/h

                                                    Estas velocidades são velocidades de ponteiro.
                                                    Além deste patamar de rotação, ainda não fui, independentemente das circunstâncias.

                                                    No entanto, pela lógica:
                                                    4000 (regime de potencia máxima) - 240km/h. (Nada mau para um 1.9 TDI de 105cv).
                                                    60 dizes tu

                                                    Já agora 240 nao é o maximo nos rolos sem atrito....o maximo é no corte da ultima mudança

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por señorpedro Ver Post
                                                      O meu carro faz cerca de 30 km/h por cada 1000rpm.

                                                      Em 5ª
                                                      1500 - 90 km/h
                                                      2000 - 120 km/h
                                                      2500 - 150 km/h
                                                      3000 - 180 km/h

                                                      Estas velocidades são velocidades de ponteiro.
                                                      Além deste patamar de rotação, ainda não fui, independentemente das circunstâncias.

                                                      No entanto, pela lógica:
                                                      4000 (regime de potencia máxima) - 240km/h. (Nada mau para um 1.9 TDI de 105cv).
                                                      Querias dizer 60 km/h por cada 1.000 rpms !!

                                                      Esse é um bom exemplo de um escalonamento excessivamente longo.

                                                      a velocidade máxima deve ser a cerca de 3.300 rpms, longe da regime de potência máxima.

                                                      O facto de poder dar teoricamente 240 às 4.000 ou até 270 às 4.500 não tem interesse prático nenhum.

                                                      O ideal seria algo próxima dos 50 km/h ou até um pouco menos.

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por v7 Ver Post
                                                        Querias dizer 60 km/h por cada 1.000 rpms !!

                                                        Esse é um bom exemplo de um escalonamento excessivamente longo.

                                                        a velocidade máxima deve ser a cerca de 3.300 rpms, longe da regime de potência máxima.

                                                        O facto de poder dar teoricamente 240 às 4.000 ou até 270 às 4.500 não tem interesse prático nenhum.

                                                        O ideal seria algo próxima dos 50 km/h ou até um pouco menos.
                                                        Este escalonamento excessivamente longo, trouxe a um carro com 5 anos uma nova vida e liderança europeia de vendas de ligeiros de passageiros. xD

                                                        A VW sabe o que o povo quer consumos!!!

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Não me queixo. Antes pelo contrário consigo ter consumos bastante bons e ter "margem de manobra" em termos de velocidades. Embora não ligue a isso.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por Sôtor Ver Post
                                                            Este escalonamento excessivamente longo, trouxe a um carro com 5 anos uma nova vida e liderança europeia de vendas de ligeiros de passageiros. xD

                                                            A VW sabe o que o povo quer consumos!!!
                                                            O problema é que caixas excessivamente longas não implicam melhores consumos na vida real (talvez impliquem nas condições normalizadas em que as medições de consumos são feitas).

                                                            Mas mesmo que implicassem, não deixava de ser uma forma de desperdiçar rendimento. A mim confesso que não me agrada nada.

                                                            Comentário

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