A parte onde justificam dizendo que houve dois protótipos de estrada, ao invés dos habituais seis a oito é que assusta um bocadinho... mas eles lá sabem o que fazem.
Eu também não sou "expert" em francês, mas geralmente não tenho grandes dificuldades em ler estes artigos da L'Automobile.
Pelos vistos a revista apontou alguns defeitos à suspensão e direcção do Alfa Mito que testaram, e agora fizeram um artigo, onde segundo as palavras do engenheiro responsável pela afinação dos chassis do Mito revela que o carro foi desenvolvido num periodo de tempo muito apertado (18 meses) e que o número de protótipos de teste foram muito restritos pela marca, e que em vez dos habituais 6 a 8 carros usaram apenas 2 protótipos.
Agora, mediante pedido do cliente, a Alfa está a introduzir alterações nos componentes afectados (suspensão e direcção), sendo que estas alterações foram introduzidas na linha de montagem já quando o carro estava a ser produzido em massa.
Não me parece que vamos lá com o tradutor do google
Direction floue autour du zéro, souffrant de variations importantes de consistence, et maquant de remontée d'informations concernant l'evolution de l'ahérence; suspensions à la fois trop séches sur les petites déformations, et pas assez amorties sur les gros défauts...
"Direção fuzzy em torno de zero, com variações significativas na consistência e esfrega de feedback sobre a evolução do GRIP; suspensões de uma vez muito seco sobre a pequena deformação, e não basta escrito sobre grandes defeitos .. ."
Vamos precisar de alguém que entenda mesmo de Francês
Do pouco que percebi não se trata de defeitos de fabrico como diz o autor do tópico, mas sim de pequenas evoluções à suspensão, sistema de direcção e centralina.
Basta efectuarem o pedido e a Alfa faz a verificação do carro e substitui as peças necessárias de borla.
Para mim, o mais importante desta notícia, vem da tentativa de se conseguir o máximo de lucro e o mínimo de despesa. Agora o barato, vai sair caro, pois terão de substituir as peças com defeito.
Temo é que com a crise, se comece a poupar onde não se devia, vindo os carros com mais defeitos e problemas que seriam evitáveis nos testes nos protótipos.
Só espero que o próximo passo não seja começar a transladar as fábricas para a china, porque senão, além do desemprego a disparar na europa, começamos também a ter carros não só com defeitos de má testagem como também mal fabricados.
Na minha opinião, o problema de terem cortado no número de protótipos de teste, mais do que os problemas já descobertos e em processo de resolução, é a incógnita de poderem existir outros problemas ainda não descobertos e que venham a aparecer mais tarde.
Noutras marcas os testes exaustivos aos protótipos nas mais variadas condições até são motivo de marketing e publicidade nas revistas e vídeos publicitários das marcas.
Mas lá está, é a crise a chegar às marcas e elas cortam por onde podem...
Na minha opinião, o problema de terem cortado no número de protótipos de teste, mais do que os problemas já descobertos e em processo de resolução, é a incógnita de poderem existir outros problemas ainda não descobertos e que venham a aparecer mais tarde.
Noutras marcas os testes exaustivos aos protótipos nas mais variadas condições até são motivo de marketing e publicidade nas revistas e vídeos publicitários das marcas.
Mas lá está, é a crise a chegar às marcas e elas cortam por onde podem...
Cumprimentos
Eu não vejo grande problema em fazer poucos protótipos para resolver os problemas que possam surgir...O importante era fazerem as coisas bem feitas praticamente à 1ª...sem serem necessários depois grandes alterações/correcções.
Eu não vejo por exemplo a lamborghini a fazer uma dezena de galhardos ou murcielagos para testes
Eu percebo muito pouco de francês, mas do pouco que percebi não se tratam de defeitos. A alfa melhorou pontos que considerava que não estavam bons (ou pelo menos como eles queriam) e, a pedido do cliente, faz essas alterações.
Eu não vejo por exemplo a lamborghini a fazer uma dezena de galhardos ou murcielagos para testes
Olha que não sei, às vezes vários anos antes do lançamento de um modelo já aparecem fotos espia e videos no nurburgring a testarem super-carros em pista.
Há marcas que antes de lançarem um carro para a rua, três anos antes já andam a testar protótipos.
Mais recentemente é que veio a moda de desenvolver tudo em computador em tempos recorde.
Não me parece que vamos lá com o tradutor do google
Direction floue autour du zéro, souffrant de variations importantes de consistence, et maquant de remontée d'informations concernant l'evolution de l'ahérence; suspensions à la fois trop séches sur les petites déformations, et pas assez amorties sur les gros défauts...
"Direção fuzzy em torno de zero, com variações significativas na consistência e esfrega de feedback sobre a evolução do GRIP; suspensões de uma vez muito seco sobre a pequena deformação, e não basta escrito sobre grandes defeitos .. ."
Vamos precisar de alguém que entenda mesmo de Francês
Seria qualquer coisa como isto:
"Direcção muito imprecisa, próxima do zero, tem grandes variações na sua consistência, não transmite informação sobre a modificação das condições de aderência; suspensões que umas vezes são demasiado secas nas pequenas irregularidades outras vezes têm amortecimento insuficiente em piso mais degradado."
Editado pela última vez por ssmnp; 02 February 2009, 13:08.
A minha questão é: e o Mercedes Classe A, quantos protótipos de estrada teve?
No caso do Mercedes Classe A a falha acontecia em manobras extremas, simuladas pelo "teste do alce", ainda hoje em certos veículos como os alguns todo-terreno e outros, a situação mantem-se.
Editado pela última vez por ssmnp; 02 February 2009, 13:06.
No caso do Mercedes Classe A a falha acontecia em manobras extremas, simuladas pelo "teste do alce", ainda hoje em certos veículos como os alguns todo-terreno e outros, a situação mantem-se.
Exacto, e na altura houve outro caso com o mesmo teste envolvendo o Honda HRV e a imprensa não prestou muita atenção, independentemente da marca até ter reconhecido a falha e introduzido algumas alterações no veículo (passou de jantes de 16" para jantes de 15" por exemplo)
"Direcção muito imprecisa, próxima do zero, tem grandes variações na sua consistência, não transmite informação sobre a modificação das condições de aderência; suspensões que umas vezes são demasiado secas nas pequenas irregularidades outras vezes têm amortecimento insuficiente em piso mais degradado."
Já não percebo nada. Mas não era o MiTo que tinha um feeling desportivo, etc, etc?
O que o artigo refere é uma situação geral que devido a prazos cada vez mais curtos de desenvolvimento, cortando também no custo dos mesmos, podem haver aspectos do carro que não foram correctamente desenvolvidos ou devidamente testados.
A quantidade crescente de recalls a que assistimos provenientes de qualquer marca atesta essa realidade.
Os construtores cortam nos testes fisicos substituindo-os por simulações "virtuais".
O caso mais conhecido foi o do classe A, que numa tentativa de cortar nos prazos e custos de desenvolvimento, os testes dinâmicos foram reduzidos a mais de metade, com as consequências conhecidas quando apareceu o alce no meio do caminho.
Este Mi.To é apenas mais um. Em todos os testes que li na apresentação todos criticaram a direcção do carro.
Agora surge o porquê da coisa! Redução do número de protótipos de teste e cenários possiveis de utilização, obriga agora a custos extra para remediar essas falhas.
Aparentemente não põe em causa a segurança do veiculo ou dos seus ocupantes, mas nos muito recalls que vão aparecendo, quantas vezes não são relacionadas com defeitos na suspensão, activação de airbags, ou possivel falha de direcção?
Será que temos de comer com produtos insuficientemente desenvolvidos ou testados?
O automóvel é 1 objecto que está numa categoria própria. Um telele se vier com um defeito de fabrico, o mais certo é não funcionar. Um automóvel, se falha, poderá pôr em causa vidas.
Os construtores que se atinem, e não tentem cortar ao máximo nos custos em deterimento da qualidade final do mesmo.
O que o artigo refere é uma situação geral que devido a prazos cada vez mais curtos de desenvolvimento, cortando também no custo dos mesmos, podem haver aspectos do carro que não foram correctamente desenvolvidos ou devidamente testados.
A quantidade crescente de recalls a que assistimos provenientes de qualquer marca atesta essa realidade.
Os construtores cortam nos testes fisicos substituindo-os por simulações "virtuais".
O caso mais conhecido foi o do classe A, que numa tentativa de cortar nos prazos e custos de desenvolvimento, os testes dinâmicos foram reduzidos a mais de metade, com as consequências conhecidas quando apareceu o alce no meio do caminho.
Este Mi.To é apenas mais um. Em todos os testes que li na apresentação todos criticaram a direcção do carro.
Agora surge o porquê da coisa! Redução do número de protótipos de teste e cenários possiveis de utilização, obriga agora a custos extra para remediar essas falhas.
Aparentemente não põe em causa a segurança do veiculo ou dos seus ocupantes, mas nos muito recalls que vão aparecendo, quantas vezes não são relacionadas com defeitos na suspensão, activação de airbags, ou possivel falha de direcção?
Será que temos de comer com produtos insuficientemente desenvolvidos ou testados?
O automóvel é 1 objecto que está numa categoria própria. Um telele se vier com um defeito de fabrico, o mais certo é não funcionar. Um automóvel, se falha, poderá pôr em causa vidas.
Os construtores que se atinem, e não tentem cortar ao máximo nos custos em deterimento da qualidade final do mesmo.
Bom post c r a s h!
Realmente parece um assunto pertinente, mas no caso do Mito, parecem-me mais questões de afinação do que defeitos graves, que atentem à segurança.
Quanto à questão de ser necessário o proprietário solicitar as alterações é normal, porque se calhar até há proprietários que estão satisfeitos com o acerto que têm, e não querem um mais macio.
Quando houve a bronca das cabeças rachadas na Vw/Audi, só reparavam as que apresentavam quebras, as boas ficavam lá até partir, o mesmo se passou com a falta de apoio aero do TT MkI, só quem quis instalou a asa traseira. Com os prazos de desenvolvimento cada vez mais curtos, este tipo de episódio deixa de ser a excepção para passar a ser a regra.
A minha questão é: e o Mercedes Classe A, quantos protótipos de estrada teve?
lmao
Esse carro acho que foi a par do smart uma das maiores aberrações jamais lançadas para a estrada.
Uma companhia habituada a produzir carros de luxo e grandes a tentar fazer utilitários.. qual Ogre a tentar fazer tricot
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Sobre o tópico..
"Direction floue autour du zéro, souffrant de variations importantes de consistence, et maquant de remontée d'informations concernant l'evolution de l'ahérence; suspensions à la fois trop séches sur les petites déformations, et pas assez amorties sur les gros défauts..."
Direcção com feedback quase nulo, sofrendo variações importantes de firmeza, e não trasmitindo nenhum feeling quanto à aderência; suspensões a frio secas quando em piso ligeiramente deformado, e sem uma amortização suficiente quando em muito mau piso.
Quanto a mim isto não é nada de especial. O Mito tem um botão para modo tipo Sport com o qual tudo o que é aí dito se altera, bem como as outras opções do DNA.
As suspensões podem ficar secas ou moles [ o condutor é que tem que ver se tem estrada para o modo em que coloca o carro ! ] e a direcção pode ficar muito dura também no modo sport/dinamic. Tudo depende do DNA seleccionado.
Aparentemente o Sr Francês que escreveu isto não entendia nada do MITO e é pena que se não tivesse informado junto de um vendedor da marca acerca do carro e das suas diversas programaçoes.
Editado pela última vez por EduardoASG; 02 February 2009, 14:31.
Realmente parece um assunto pertinente, mas no caso do Mito, parecem-me mais questões de afinação do que defeitos graves, que atentem à segurança.
Quanto à questão de ser necessário o proprietário solicitar as alterações é normal, porque se calhar até há proprietários que estão satisfeitos com o acerto que têm, e não querem um mais macio.
Quando houve a bronca das cabeças rachadas na Vw/Audi, só reparavam as que apresentavam quebras, as boas ficavam lá até partir, o mesmo se passou com a falta de apoio aero do TT MkI, só quem quis instalou a asa traseira. Com os prazos de desenvolvimento cada vez mais curtos, este tipo de episódio deixa de ser a excepção para passar a ser a regra.
Mas acaba por estar tudo relacionado. Seja defeito de componente X ou ser necessario novas afinações. Ambos revelam falta de testes necessários, seja por tempos de desenvolvimento demasiado curtos, seja por negligência.
Considero chato comprar um automóvel e depois ter de ir lá para alteração de algum setup, porque este novo setup é realmente como o carro deveria ser originalmente. Porque não pensaram nisso antes, porra?
Neste casoem especifico, o do Mi.To não é só um caso de afinações, quando se fala em substituir o motor de assistência da direcção por outro mais potente e fazer modificações na própria direcção
Editado pela última vez por crash; 02 February 2009, 14:52.
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