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Altruísmo, o tópico.

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    Altruísmo, o tópico.

    Altruísmo, disposição para se interessar e dedicar ao próximo.

    Nos tempos que correm, agora mais do que nunca, o que fazem vocês para aliviar o sofrimento alheio, falo-vos da fome da miséria que começa a corroer os pilares da sociedade portuguesa. Não vale a pena olhar para o lado e fingir que nada se passa, manipulados pelos media, por números do INE ou discursos de classe política em sua douta soberania.

    A fome está aí nas ruas, num qualquer vizinho vosso menos conhecido, na barriga apertada de um transeunte que até aparenta ter bom aspecto.

    Deixei de brincar à caridadezinha em campanhas pagas para os bancos alimentares contra a fome e adoptei a máxima chinesa, “se vires um homem com fome, não lhe dês um peixe, ensina-o a pescar”.

    Partir de si ao encontro da dura realidade do outro numa sociedade onde os que têm muito parecem esquecidos dos outros que da abundância nem a palavra conhecem.

    Partir de nós de encontro aos que na miséria foram ou estão lançados, frutos de histórias de infortúnio ou agravar de situações já de si precárias.

    Matar a fome ao infeliz que pede nas ruas, convidando-o a partilhar a nossa refeição na incerteza de que amanhã o ciclo não acaba, porque estamos demasiado ocupados pela nossa vidinha e não conhecemos a real dureza das situações.

    Como reagem vocês ao olhar de um mendingo que já tem vergonha da sua mendicidade que não ousa já sequer pedir.

    Voluntariado parece ser a resposta, esquecermo-nos um pouco de nós em relação ao infortúnio do próximo é esta a solução que encontro para as debilidades que trespassam a sociedade portuguesa e enquanto o voluntariado não surgir em força, nós por cá seremos sempre os parentes miseráveis com pretensiosismo de ricos de uma Europa caquética e envelhecida
    ......

    #2
    A única forma de combater a pobreza e o desemprego actualmente consiste na educação: o Estado tem que reformar profundamente o sistema educativo e de formação profissional por forma a dotar o país dos quadros de que verdadeiramente necessita.

    Não quero estar a insultar ninguém mas sinceramente não compreendo por que é que continuam a abrir todos os anos milhares de vagas em áreas sobrelotadas como Psicologia, Educação Social, Comunicação Social e afins quando faltam quadros técnicos e diversas áreas: mesmo no ensino superior, a oferta está desasjutada à procura e às necessidades do país.

    O tempo do trabalho barato terminou: se quisermos ser competitivos e atrair investimento estrangeiro temos que produzir bem! E a resposta reside nas qualificações dos recursos humanos do país e não em barbaridades como TGVs, aeroportos e outras obras faraónicas que apenas servem para encher os bolsos dos suspeitos do costume!

    Comentário


      #3
      Todos nós temos o nosso, mas acho que não o queremos reconhecer ou admitir...
      Penso que isto se reflecte, e será inato, numa sociedade que pensa apenas no seu bem estar e não consegue alargar a visão que esse mesmo bem estar, e uma melhor vivência dos outros se reflecte numa conjuntura e uma sociedade bem alicerçada e de valores que valoriza todo um conjunto; a bem de toda a humanidade.
      O contrário disto passa pela solidariadade como também os nossos deveres perante esta mesma e contribuir para as melhores condições e uma base alicerçada de valores e direitos perante toda a comunidade, e no bem que podemos fazer ao próximo como também exigir a valorização e condições enquanto cidadãos nas mais variadas vertentes; como bem explicitas no teu post, o poder-mos fazer de várias maneiras e não tem de ser necessáriamente por via de uma pequena "esmola".
      Editado pela última vez por nunomplopes; 19 February 2009, 16:13.

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por rantamplan Ver Post
        A única forma de combater a pobreza e o desemprego actualmente consiste na educação: o Estado tem que reformar profundamente o sistema educativo e de formação profissional por forma a dotar o país dos quadros de que verdadeiramente necessita.
        Exacto, temos de olhar para a formação académica como um todo não de um sistema que apenas forma engenheiros que nunca pegam em ferramentas.

        Originalmente Colocado por rantamplan Ver Post
        Não quero estar a insultar ninguém mas sinceramente não compreendo por que é que continuam a abrir todos os anos milhares de vagas em áreas sobrelotadas como Psicologia, Educação Social, Comunicação Social e afins quando faltam quadros técnicos e diversas áreas: mesmo no ensino superior, a oferta está desasjutada à procura e às necessidades do país.
        Essa é o calcanhar de Aquiles do nosso sistema educativo, temos de adaptar o sitema Americano ou melhor ainda o Nordico.

        Originalmente Colocado por rantamplan Ver Post
        O tempo do trabalho barato terminou: se quisermos ser competitivos e atrair investimento estrangeiro temos que produzir bem! E a resposta reside nas qualificações dos recursos humanos do país e não em barbaridades como TGVs, aeroportos e outras obras faraónicas que apenas servem para encher os bolsos dos suspeitos do costume!
        Pelo contrario, está apenas a começar, incentivado pelos pontos que referes.

        Como sempre andamos contra a corrente.

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          #5
          Hum... não é à toa que este tópico tem tão poucas respostas....

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            #6
            Originalmente Colocado por Ice_device Ver Post
            Hum... não é à toa que este tópico tem tão poucas respostas....
            Estava a pensar nisso.

            Comentário


              #7
              Deixei de brincar à caridadezinha em campanhas pagas para os bancos alimentares contra a fome e adoptei a máxima chinesa, “se vires um homem com fome, não lhe dês um peixe, ensina-o a pescar”.
              Num tópico que fala de altruísmo, não estava à espera de ler "a minha caridade é melhor que a dos outros".

              Se é certo que é muito meritório ensinar a pescar, enquanto a pessoa aprende e não aprende, pesca e não pesca... é certo que tem de comer ou morre de fome entretanto.

              A meu ver, tanto ensinar a pescar como dar o peixe são medidas necessárias - depende da hora e do momento.

              Comentário


                #8
                Sou altruísta. Ainda na 2ª estive a trabalhar para o patrão até às 3 da manhã sem receber mais por isso.

                Comentário


                  #9
                  É pouco, mas de momento o meu altruísmo resume-se a 0,5% do IRS liquidado.

                  Comentário


                    #10
                    A 75 mil anos o altruísmo salvou a nossa espécie da extinção se fosse hoje, estaríamos bem lixados.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
                      Num tópico que fala de altruísmo, não estava à espera de ler "a minha caridade é melhor que a dos outros".

                      As palavras podem ser traiçoeiras, não é disso que se trata é antes fazer do que ver os outros a fazê-lo e de "pseudo consciência tranquila" encher-mos o saco das compras e pensar aliviado; -já está! Trata-se antes do "in-loco" partir ao encontro do outro e partilhar da sua miséria.

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                        #12
                        Originalmente Colocado por Ice_device Ver Post
                        Hum... não é à toa que este tópico tem tão poucas respostas....

                        É como dizes, infelizmente continuamos a ter o umbigo muito grande para olharmos pelos outros, salvo raríssimas excepções onde o ser humano revela-se como um ser do outro mundo, catástrofes naturais são apenas um exemplo e talvez aí é que pode ser que despertemos para a nossa vã e humilde condição. Um 1755 está a fazer falta para "acordar consciências".

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por jcc Ver Post
                          É como dizes, infelizmente continuamos a ter o umbigo muito grande para olharmos pelos outros, salvo raríssimas excepções onde o ser humano revela-se como um ser do outro mundo, catástrofes naturais são apenas um exemplo e talvez aí é que pode ser que despertemos para a nossa vã e humilde condição. Um 1755 está a fazer falta para "acordar consciências".

                          Apesar de tudo eu acredito na humanidade, mas o engraçado é que todos nós, no nosso íntimo, achamos que somos melhores que o vizinho... e se calhar é isso que assegurou a nossa existência e desenvolvimento

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                            #14
                            Vou acrescentar mais uma achega pois acho este tópico valiossimo, no sentido de olharmo-nos para nós próprios (não no sentido altruista do termo) e ver o que vai para além disso, e reconhecer o que podemos fazer para mudar certos comportamentos e atitudes; é uma pena não reconhecermos isto, o que revela uma certa incapacidade em lidar com estes promenores essênciais á vida humana.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post
                              Vou acrescentar mais uma achega pois acho este tópico valiossimo, no sentido de olharmo-nos para nós próprios (não no sentido altruista do termo) e ver o que vai para além disso, e reconhecer o que podemos fazer para mudar certos comportamentos e atitudes; é uma pena não reconhecermos isto, o que revela uma certa incapacidade em lidar com estes promenores essênciais á vida humana.

                              Concordo, é a velha história; -Quem dá o primeiro passo! É desse sentimento de impotência que estou farto...se formos os primeiros a dá-lo não seremos melhores em condições de "ser humano"? Mas a pergunta mantêm-se; -onde estão os primeiros, quando podemos sê-los todos...altruísmo precisa-se...

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                                #16
                                Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                                A acreditar nesse artigo, isso não é altruísmo, é sobrevivência e cooperação, ou seja, ganham todos. No altruísmo há alguém que se sacrifica em prol de outra pessoa.

                                Comentário


                                  #17
                                  A palavra altruísmo foi criada por Auguste Comte, filósofo francês, que em 1830, a caracterizou como o grupo de disposições humanas, sejam elas individuais ou coletivas, que inclinam os seres humanos a se dedicarem aos outros. Portanto altruismo não é sinônimo de solidariedade como muitos pensam, é um conceito muito mais amplo. É um conceito que se opõe ao egoísmo (inclinações específica e exclusivamente individuais individuais ou coletivas).

                                  Na definição comtiana o altruísmo enquanto virtude é a atitude de viver para os outros. Para que uma pessoa seja altruísta precisa dominar os instintos egoístas, que existem naturalmente em todo o ser humano, fazendo emergir as inclinações benévolas, que também estão sempre presentes.

                                  Um homem altruísta age de modo a conciliar sua satisfação pessoal com o bem estar e a satisfação de seus semelhantes, de sua família e de sua comunidade. Instintos naturais de benevolência isoladamente não constituem o altruísmo. Irão constituir apenas se a pessoa conseguir dar caráter de habitualidade. Os instintos de benevolência, esporadicamente, emergem no comportamento humano. É preciso fazer do altruísmo um estado habitual que diminua e substitua continuamente os instintos egoístas, tornando-os menos ativos e mais controláveis. Esse processo de substituição de atitudes egoístas por atitudes altruístas pode ser ilustrado pela cultura agrícola do milho. Pois enquanto a planta nasce e cresce é necessária a constante atenção a fim de erradicar as ervas daninhas, porém depois que as plantas crescem elas mesmas abafam as plantas daninhas com seu vigor.

                                  O entendimento do conceito de altruísmo tem a relevância filosófica de se referir às disposições naturais do ser humano, o que indica que o ser humano pode ser bom e generoso naturalmente, sem ser necessário a intervenção divina ou sobrenatural.

                                  Segundo o pensamento comtiano o altruísmo apresenta-se em três categorias fundamentais: o apego, a veneração e a bondade. Da direção que vai do apego até a bondade, a intensidade do altruísmo diminui e, dessa forma, sua importância e sua nobreza aumentam. O apego diz respeito ao vínculo que os iguais possuem entre si. Já a veneração se refere ao vínculo que os mais fracos têm para com os mais fortes (ou o vinculo entre os que vieram depois para com os que vieram antes). E por fim, a bondade, é o sentimento que os mais fortes têm em relação aos mais fracos (ou aos que vieram depois).

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                                    #18
                                    Deu ambulâncias aos bombeiros e Misericórdia

                                    Amadeu Gouveia deu duas ambulâncias aos bombeiros e uma carrinha à Misericórdia de Mortágua com poupanças de uma vida


                                    TERESA CARDOSO


                                    Amadeu Gouveia é o único irmão da Santa Casa da Misericórdia de Mortágua a quem foi atribuído o estatuto de benemérito. Uma distinção que o orgulha, e que ficou a dever-se, em parte, ao altruísmo que revelou ao oferecer à instituição, em 2005, um mini-autocarro, de 68 mil euros, dinheiro que retirou das poupanças de uma vida de intenso trabalho.


                                    Nos dois últimos anos, em 2009 e 2010, o gesto solidário de Amadeu Gouveia repetiu-se, desta vez com a doação de duas ambulâncias aos Bombeiros Voluntários de Mortágua. O ancião, hoje com 89 anos, já distribuiu por instituições sociais do seu concelho equipamentos no valor total de 158 mil euros.
                                    O que move este homem, que nunca casou, a partilhar com os outros o que tanto lhe custou a ganhar? "Nada de especial. Apenas fico muito feliz ao dar o que tenho. Sobretudo quando o faço a favor de instituições que existem para apoiar quem precisa. A cabeça e o coração mandam--me ajudar", justifica.
                                    O benemérito reconhece, no entanto, que tem num dos sobrinho, o engenheiro Manuel Gouveia, um "cúmplice" dos actos filantropos que pratica. "É como um filho. Estamos sempre unidos e em sintonia", enfatiza.
                                    Amadeu Gouveia nasceu em Vale de Mouro, a cerca de 8 quilómetros de Mortágua, em 21 de Agosto de 1921, no seio de uma família de agricultores. Foi um de cinco filhos. A exemplo dos irmãos, os primeiros anos foram passados a ajudar os pais, a guardar ovelhas e a estudar para fazer a quarta classe. "Na altura não era fácil. Era como andar hoje na Universidade", recorda. Na década de 60, e depois de ter sido proprietário de uma taberna com mercearia, rumou a França. Ficou lá cinco anos, a trabalhar nas obras, até que um acidente de trabalho o fez regressar. Na sua aldeia, onde além do comércio se dedicava ao negócio dos eucaliptos, era já então reconhecido como um "mãos largas": emprestava dinheiro, vendia fiado e até dava injecções. "Não devemos pensar só em nós. Afinal, não podemos levar o material [dinheiro] connosco", ironiza.

                                    Deu ambulâncias aos bombeiros e Misericórdia - JN

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                                      #19
                                      Sou voluntário numa organização de apoio a desfavorecidos.

                                      Não me agrada o cariz da organização (sendo eu ateu, a organização é católica), também não me agrada como é feita a gestão dos € que recebem do ministério... mas ainda assim, sinto-me bem com o que faço.

                                      São apenas duas noites por mês... e não tenho qualquer ilusão, não vou mudar o mundo. E mesmo não sentindo a menor gratidão em 90% das pessoas que ajudamos, sei que o meu\nosso impacto tem relevância na vida dessas pessoas (quanto mais não seja, por terem menos fome)

                                      Comentário


                                        #20
                                        Eu faço parte do corpo activo de uma corporação de bombeiros voluntários no distrito da Guarda. Passei o dia 25 de Dezembro a fazer voluntariado.

                                        Comentário


                                          #21
                                          Esse merece palmas


                                          Comentário

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