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O Governo está a fazer chantagem política

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    [Política] O Governo está a fazer chantagem política

    Correio da Manhã

    O Governo está a fazer chantagem política"

    Economista, professor, católico e nem um pouco politicamente correcto. João César das Neves diz o que pensa e seja o que Deus quiser.


    Pode a crise económica conduzir à ruptura social em Portugal?
    É possível, está a acontecer na Grécia, mas não é provável. Perante um choque destes, há países que se levantam em revoluções; os portugueses, normalmente, não. Têm até uma atitude de seriedade que os leva, por exemplo, a aceitar salários em atraso. Estão disponíveis para trabalhar quase de graça para não perder o emprego. Esta flexibilidade natural pode levar a um ajustamento mais rápido.

    Como avalia as medidas do Governo para combater a crise – grandes obras públicas, aumento do défice,...?
    Há aqui uma ambiguidade. Devíamos ter cuidado com o défice mas não podemos porque temos de estimular a economia e portanto temos de gastar dinheiro... O Governo tem feito algumas coisas mas muito poucas e desorientadas. As obras públicas não vão resolver o problema da crise, a maior parte delas é a longo prazo e nem sequer se justifica. O TGV e o aeroporto já eram difíceis de justificar antes e agora são loucas. Concordo com algumas medidas de apoio às famílias, mas tenho medo porque a finalidade não é combater a crise mas ganhar as eleições.

    Que outras medidas sugere?
    O congelamento ou até uma descida de salários, embora, em ano eleitoral, seja praticamente impossível explicar aos professores, polícias, diplomatas – sectores de emprego protegido – que os salários não podem subir ou têm que descer porque são pagos por impostos e a economia está em crise. E eles ainda acham que recebem pouco e querem receber mais.

    Quem antes queria o Estado fora da Economia, agora pede ajuda do Estado. Não é um paradoxo?
    Qualquer sociedade a funcionar resulta do equilíbrio entre os agentes económicos, a autoridade do Estado e a cultura. O liberalismo de não haver Estado ou o absolutismo de um Estado que controla tudo nunca funcionaram. A intervenção do Estado não é socialismo, comunismo ou keynesianismo. Os liberais sérios sabem que, quando há um colapso financeiro, o Estado tem de intervir mas há um perigo enorme de abuso. Vários dos abusos dos últimos anos foram causados pelo excesso de liberalismo – achava-se que o Estado não tinha de intervir e a falta de regulamentação levou ao colapso. Agora temos o perigo contrário, de que o Estado tome demasiado poder.

    Parece-lhe que isso já está acontecer?
    É evidente. O Governo está a fazer chantagem política sobre empresários, comunicação social, Igreja e uma data de grupos sociais que estão na mão dele. O Governo atingiu uma dimensão esmagadora – controla metade do produto nacional – e pode aproveitar isso para se afirmar politicamente. Temos a democracia em risco. O risco não vem pelo lado dos partidos extremistas mas pelo lado corporativo, do Governo e de alguns interesses instalados à volta do Orçamento que podem sugar o País. Este Governo abusou da situação, teve maioria absoluta, abusou dela e neste momento está a comprar votos de uma maneira escandalosa.

    Teme que o Estado não se retire uma vez reposto o equilíbrio?
    Os ministros acham todos que sabem tudo sobre tudo, sabem gerir os bancos, os mercados, sabem que empresas salvar... O problema é que não sabem, se soubessem não eram ministros, eram empresários, estavam a ganhar o seu dinheiro e não precisavam de ir para a política.

    Se o PS ganhar as eleições já fez saber que vai aprovar o casamento entre homossexuais. O que pensa disso?
    É uma pouca-vergonha política e serve apenas para desviar as atenções, atacar a Igreja e polir os emblemas ideológicos do PS. Infelizmente, vai atacar a família quando já é evidente que o aumento dos novos pobres tem a ver com a facilitação do divórcio. O casamento homossexual é uma coisa menor, não temos muitos homossexuais, o impacto directo é mínimo.

    A questão do casamento homossexual é puramente instrumental?
    O que se passa é que o Estado não regulamenta o amor... Se fizesse um contrato para todos os casos de amor ou de amizade teria de fazer dezenas e dezenas de contratos. Se o Estado fez um contrato de casamento entre um homem e uma mulher que constituem família é por causa dos impactos sociais decisivos – a família é a célula-base da sociedade. Porque razão há-de a relação homossexual ter um contrato e a de um tio e um sobrinho que vivam juntos não? É para atingir a família, pela mesma razão que se reduziu o contrato de casamento a papel de rascunho. É ridículo que agora seja muito importante casar quando antes era muito importante não casar... é mais fácil um tipo despedir a mulher do que despedir a criada. É mais fácil uma mulher despedir o marido do que despedir o jardineiro... E é preciso ver que há seis países no Mundo que permitem o casamento entre homossexuais, não é uma coisa normal, comum.

    Tem algum problema com os homossexuais?
    Nenhum. Nunca tive. Tenho vários amigos homossexuais. Limitei-me a escrever dois ou três artigos na altura do caso ‘Casa Pia’ , quando a homossexualidade estava no dia-a-dia, onde, aliás, disse explicitamente que devem condenar-se os erros e amar as pessoas. Eu tenho direito a ter opiniões, com respeito pelas pessoas. Essas pessoas levaram-me a tribunal e escreveram sobre mim coisas que fazem corar qualquer um. Fizeram uma destruição da minha imagem quando eu só falei em abstracto sobre homossexualidade e alguns têm a lata de me mandar coisas abstrusas. A minha mulher fica horrorizada, eu até acho graça. Difamação é isto – atacar uma pessoa.

    Transformou-se num símbolo, de maneira que se diz que determinada opinião é ‘à César das Neves’...
    Transformei-me num símbolo por decisão de um grupo. Sou a única pessoa no Planeta que foi a tribunal por declarações homofóbicas. Fui absolvido. Isso tornou--me especialista em homossexuais, que nunca fui, embora andem a dizer que sou e atribuem-me as coisas mais extraordinárias. Não tenho tempo para ler blogues, mas a maior parte das coisas que, tenho ouvido, me atribuem eu não disse.

    Disse que, aprovada a despenalização, o aborto seria tão banal como ter um telemóvel?
    Isso deu-me grande notoriedade mas o que eu disse foi uma coisa completamente objectiva: analisei os números do aborto nos países onde tinha sido despenalizado e encontrei uma taxa de crescimento só comparável, para um economista, ao lançamento de um produto novo, por exemplo, telemóveis. É um dado objectivo.

    O aborto tornou-se assim tão banal?
    Em Portugal aconteceu o mesmo que aconteceu nos países em que o aborto foi despenalizado: uma explosão de abortos que, aliás, são, na esmagadora maioria, contraceptivos. O Governo e as forças pró-abortistas conseguiram ganhar o segundo referendo do aborto com uma fraude. No primeiro referendo discutiu-se o aborto, no segundo discutiu-se mulheres presas, coisa que não havia e nunca houve. Hoje há uma data de gente que está a encher os bolsos à custa disto, mulheres forçadas a fazer aborto pelos pais, namorados, irmãos. Os números mostraram exactamente o mesmo fenómeno que aconteceu com os telemóveis.

    Em visita a África, o Papa ligou o uso do preservativo à propagação da sida. Qual é a sua opinião?
    A maior parte das pessoas nem ouviu o que o Papa disse, que é muito fácil de explicar com uma comparação – o cinto de segurança faz com que as pessoas se sintam mais seguras e assim circulam a maior velocidade; por isso nenhum país do Mundo exige cintos de segurança sem impor limites de velocidade. Já com o preservativo o que se diz é: ‘use o preservativo e acelere à vontade’ e vai gerar sida porque o que está na origem da sida não é o preservativo, são as relações perigosas.

    O que deve fazer-se para prevenir?
    O que a Igreja diz é ‘não tenha relações perigosas; se vive na castidade e na fidelidade conjugal não há sida, se vai violar os princípios da Igreja, fazendo adultério, indo aos prostíbulos, fazendo actos homossexuais que violam a Lei da Igreja, nesse caso use o preservativo’; nesse caso o Papa não tem problema pois já está a fazer um pecado horrível. O que é extraordinário são estes médicos e políticos que acham que a cura para a sida é o preservativo, que é como dizer ‘ponha o cinto de segurança e agora acelere à vontade’. Estes tipos não pensam, estes tipos marram.

    'SE A MIM ME TRATAREM MAL NÃO É GRAVE'

    Não sente que está sempre a remar contra a maré?
    Ao meu chefe [Jesus Cristo] crucificaram-no e a maré era maior naquela altura. Se a mim me tratarem mal não é grave. As pessoas que, ao longo dos séculos, admiramos não são aquelas que foram com a maré, são aquelas que fizeram uma barreira para proteger o que era importante. O que é espantoso é que aquilo que eu digo é aquilo que a maioria das pessoas em Portugal pensa.

    PERFIL
    João César das Neves nasceu em 1957. Licenciou-se e doutorou-se em Economia e é catedrático da Universidade Católica. Entre 1991 e 95 desempenhou o cargo de assessor económico do primeiro-ministro Cavaco Silva. Antes, assessorou o ministro das Finanças. É casado e pai de quatro filhos.
    Isabel Ramos

    #2
    afirmações insólitas, estranhas e demagógicas, mas compreensiveis neste altura pré-eleitoral.
    Cada um tem direito a opinião fundamentada. Eu "ouço" o que ele diz, mas sou critico para com tudo, pelo que a argumentação que usa não me convence.
    Por falta de opções e por me identificar com o grosso das medidas deste governo, revalidarei a minha confiança no executivo.

    Tadeu

    Comentário


      #3
      eu gostei daquele comentário sobre os ministros acharem que sabem de tudo


      cumprimentos

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por Tadeu Ver Post
        afirmações insólitas, estranhas e demagógicas, mas compreensiveis neste altura pré-eleitoral.
        Cada um tem direito a opinião fundamentada. Eu "ouço" o que ele diz, mas sou critico para com tudo, pelo que a argumentação que usa não me convence.
        Por falta de opções e por me identificar com o grosso das medidas deste governo, revalidarei a minha confiança no executivo.

        Tadeu

        Típico dos defensores do actual governo, tudo o que seja opinião contra é altamente censurável...

        Já que as afirmações são assim tão demagógicas, faz lá o fazer de as contra argumentar...

        A mim parecem-me acima de tudo realistas, do ponto de vista económico deve dizer que eu já contribui e muito nestes últimos anos para combater o défice das contas públicas.

        Convém relembrar que a função pública, se tudo correr de acordo com as estimativas, só este ano e ao fim de quase uma década é que terá aumentos reais de salários...

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por Tadeu Ver Post
          afirmações insólitas, estranhas e demagógicas, mas compreensiveis neste altura pré-eleitoral.
          Cada um tem direito a opinião fundamentada. Eu "ouço" o que ele diz, mas sou critico para com tudo, pelo que a argumentação que usa não me convence.
          Por falta de opções e por me identificar com o grosso das medidas deste governo, revalidarei a minha confiança no executivo.

          Tadeu
          Não vi nada de insólito, nem estranho, nem demagógico.

          Mas se acreditas neste executivo, acho que fazes bem lhe revalidar a confiança.
          Eu também vou fazer o mesmo que fiz antes. Não votei neles e vou voltar a fazer o mesmo!

          Comentário


            #6
            Originalmente Colocado por Tadeu Ver Post
            afirmações insólitas, estranhas e demagógicas, mas compreensiveis neste altura pré-eleitoral.
            Cada um tem direito a opinião fundamentada. Eu "ouço" o que ele diz, mas sou critico para com tudo, pelo que a argumentação que usa não me convence.
            Por falta de opções e por me identificar com o grosso das medidas deste governo, revalidarei a minha confiança no executivo.

            Tadeu
            Os comentários deste individuo normalmente costumam ser duma produtividade extraordinária. Upa Upa. Confirma-se mais uma vez. Em 2014 logo falámos...

            Comentário


              #7
              Sem que discurso eu pedisse
              Ele falou, e eu escutei
              Gostei do que ele não disse
              Do que disse não gostei

              António Aleixo

              São todos farinha do mesmo saco, já chateia de tanta prosa façam alguma coisa pelo país.
              A minha parte, é feita todos os dias, não com sangue suor e lágrimas, mas com muita dedicação ao meu trabalho, e tentar ser o mais produtivo possível. O resto é conversa de lana caprina, digam aquilo que disserem.
              Tenho dito.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por mjm Ver Post
                Já que as afirmações são assim tão demagógicas, faz lá o fazer de as contra argumentar...

                A mim parecem-me acima de tudo realistas
                A resposta que queres...
                Que outras medidas sugere?
                O congelamento ou até uma descida de salários

                Originalmente Colocado por Omega Ver Post
                Não vi nada de insólito, nem estranho, nem demagógico.
                Reponho a mesma resposta
                Que outras medidas sugere?
                O congelamento ou até uma descida de salários
                Editado pela última vez por Tadeu; 29 March 2009, 21:12.

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por Dannymad Ver Post
                  Os comentários deste individuo normalmente costumam ser duma produtividade extraordinária. Upa Upa. Confirma-se mais uma vez. Em 2014 logo falámos...
                  Gostava de saber o que tu produzes para tanto vomitares...

                  Mas sim, em 2014 falamos :D

                  Comentário


                    #10
                    Com todo o respeito que o autor me merece, não concordo com isto:

                    Que outras medidas sugere?
                    O congelamento ou até uma descida de salários, embora, em ano eleitoral, seja praticamente impossível explicar aos professores, polícias, diplomatas – sectores de emprego protegido – que os salários não podem subir ou têm que descer porque são pagos por impostos e a economia está em crise. E eles ainda acham que recebem pouco e querem receber mais.
                    Nós (Portugal) estamos nesta embrulhada (ignorância politica), precisamente porque os baixos vencimentos permitem afastar a maioria das pessoas do conhecimento, da formação académica e consequentemente da noção do quanto o exercício da cidadania é importante, de melhores condições de vida e do entender da diferença ente isso e o consumismo supérfluo (algo que varre todos os sectores da sociedade desde os mais pobres aos mais ricos passando pela "classe média").

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por mjm Ver Post
                      Convém relembrar que a função pública, se tudo correr de acordo com as estimativas, só este ano e ao fim de quase uma década é que terá aumentos reais de salários...
                      Convém é dizer que tu não sabes o que dizes nem muito menos te deste ao trabalho de leres o que está escrito!
                      Vens protagonizar frases de inteligente humanoide, falar dos rendimentos REAIS da função pública e nem vês que o Dr. João César das Neves defende O congelamento ou até uma descida de salários .

                      Pois.. insólita a tua posição, manifestamente desinformada...

                      Enfim.. mais um heroi nacional de palito na boca, certamente

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por Tadeu Ver Post
                        Gostava de saber o que tu produzes para tanto vomitares...

                        Mas sim, em 2014 falamos :D
                        Se calhar já produzi mais que tu, pelo menos se o teu perfil diz a verdade e fores apenas estudante.

                        E que boa educação que os seus paizinhos lhe deram, pra além de ser mal educado ainda gosta de apoiar corruptos.

                        Comentário


                          #13
                          Eu acho inconcebível a pouca tolerância que existe neste forum para ouvir a opinião dos outros - quando não é a mesma que a nossa - recorrente neste tipo de tópicos pelas mesmas pessoas (ainda é pior que nos tópicos da bola).

                          Defendo o que o Nthor disse, não é com o congelamento de salários que resolvem os problemas, pois isso já foi feito na FP e pelos vistos não resultou (só se justificar o défice).

                          Algumas das opiniões deste sr. recordam-me porque tendencionalmente sou mais de esquerda que de direita.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                            Com todo o respeito que o autor me merece, não concordo com isto:


                            Nós (Portugal) estamos nesta embrulhada (ignorância politica), precisamente porque os baixos vencimentos permitem afastar a maioria das pessoas do conhecimento, da formação académica e consequentemente da noção do quanto o exercício da cidadania é importante, de melhores condições de vida e do entender da diferença ente isso e o consumismo supérfluo (algo que varre todos os sectores da sociedade desde os mais pobres aos mais ricos passando pela "classe média").
                            Isso parece um enigma muito conhecido...

                            Quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha?

                            Pagar vencimentos acima da produtividade até pode ser considerado investimento. o problema é que o excesso de dinheiro que tem circulado na economia raramente foi usado para a formação académica.

                            Mas no nosso caso, parece-me que não é a solução. Esta crise só se consegue resolver com trabalho, investimento e estudo.

                            Todavia, saliento que há injustiças gravissimas na redistribuição da riqueza em Portugal. Sendo que isso acontece porque muitos Portugueses são analfabetos, não estudam, são cábulas e por isso não sabem fazer nada nem querem aprender. E todos sabemos que só os trabalhadores qualificados têm poder de reivindicação.

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por Dannymad Ver Post
                              Se calhar já produzi mais que tu, pelo menos se o teu perfil diz a verdade e fores apenas estudante..
                              Tá desatualizado.. e vai continuar... ahah

                              Originalmente Colocado por Dannymad Ver Post
                              E que boa educação que os seus paizinhos lhe deram, pra além de ser mal educado ainda gosta de apoiar corruptos.
                              Sim, deram uma excelente educação...
                              E sim, apoio quem eu quero...
                              Editado pela última vez por Tadeu; 29 March 2009, 21:49.

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por Valium Ver Post

                                Algumas das opiniões deste sr. recordam-me porque tendencionalmente sou mais de esquerda que de direita.
                                X2, estou contigo!

                                Comentário


                                  #17
                                  Eu gostava que a Função Pública estivesse sujeita à volatilidade de emprego, como estão sujeitos os funcionários das empresas privadas.
                                  Queixam-se de barriga cheia.

                                  Há empresas a mandar centenas de pessoas para a rua, na maioria com poucas possibilidades de arranjar outro emprego a médio prazo.
                                  E quando se fala em congelamento de salários ou - sacrilégio! - redução salarial, ficam todos abespinhados.

                                  Como dizia - e muito bem - um forunista no tópico do Sócas: "Pimenta no c.ú dos outros é refresco".

                                  Quanto ao César das Neves, àparte o catolicismo bacoco, é um quadro muito válido.

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por Manuel Jasmim Ver Post
                                    ...

                                    Todavia, saliento que há injustiças gravissimas na redistribuição da riqueza em Portugal. Sendo que isso acontece porque muitos Portugueses são analfabetos, não estudam, são cábulas e por isso não sabem fazer nada nem querem aprender. E todos sabemos que só os trabalhadores qualificados têm poder de reivindicação.
                                    Mais do que a injustiça na redisitribuição da riqueza, é a própria distribuição original que se tem detriorado nos últimos anos. Por outras palavras, cada vez um número menor de pessoas ficam com uma percentagem maior do rendimento. Isto é um indicador de desenvolvimento, e pessoalmente deixa-me muito triste.

                                    Comentário


                                      #19
                                      Originalmente Colocado por Vorsprung durch Technik Ver Post
                                      Eu gostava que a Função Pública estivesse sujeita à volatilidade de emprego, como estão sujeitos os funcionários das empresas privadas.
                                      Queixam-se de barriga cheia.

                                      Há empresas a mandar centenas de pessoas para a rua, na maioria com poucas possibilidades de arranjar outro emprego a médio prazo.
                                      E quando se fala em congelamento de salários ou - sacrilégio! - redução salarial, ficam todos abespinhados.

                                      Como dizia - e muito bem - um forunista no tópico do Sócas: "Pimenta no c.ú dos outros é refresco".

                                      Quanto ao César das Neves, àparte o catolicismo bacoco, é um quadro muito válido.
                                      Se estiver enganado, desde já as minhas desculpas. Mas parece-me, se a minha memória me não atraiçoa, que usualmente defendes as políticas do Engenheiro. Este aumento que a FP teve de 3% quando a inflacção eventualmente se ficará pelos, 0,5 será o maior dos últimos 15 anos eheheh.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por Vorsprung durch Technik Ver Post
                                        Há empresas a mandar centenas de pessoas para a rua, na maioria com poucas possibilidades de arranjar outro emprego a médio prazo.
                                        E quando se fala em congelamento de salários ou - sacrilégio! - redução salarial, ficam todos abespinhados.
                                        Não nos podemos esquecer que são essas pessoas que lutam por não quererem os seus salários congelados ou diminuidos que vão pagar rendimentos de re-incersão social, subsídios de mil e uma coisas aos que ficaram, infelizmente, desempregados do sector privado.

                                        Adivinham-se tempos muito complicados numa sociedade pautada pelo chico-espertismo barato

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                                          #21
                                          Originalmente Colocado por Vipedro
                                          Se estiver enganado, desde já as minhas desculpas. Mas parece-me, se a minha memória me não atraiçoa, que usualmente defendes as políticas do Engenheiro. Este aumento que a FP teve de 3% quando a inflacção eventualmente se ficará pelos, 0,5 será o maior dos últimos 15 anos eheheh.
                                          Eu defendo as políticas do Engenheiro?
                                          Deduzo que estejas a falar do Shocas...insultaste-me!
                                          E corrijo:

                                          1º - o gajo não é engenheiro - quando muito é licenciado em engenharia, mas os meus créditos às habilitações do homem ficam-se apenas pelo bacharelato no Inst. Politécnico de Coimbra.
                                          Licenciaturas por fax a um Domingo são tão credíveis como aqueles doutoramentos brasileiros oferecidos por spam.

                                          2º - o aumento dos FP tem apenas uma justificação: E-L-E-I-Ç-Õ-E-S.
                                          Tudo o resto é bullshit - não eram aumentados há 5 anos, por isso podemos concluir que foram aumentados 0,6% ao ano.

                                          3º - não são os aumentos da FP que me preocupam - isso são peanuts comparados com o despesismo estatal e sempre reverte num benefício para a economia do país (pelo consumo).
                                          O que me preocupa é a arrogância de uma classe que tem emprego assegurado, contra o desespero de uma outra que anda sempre com o "credo na boca".
                                          Se todos os funcionários públicos pudessem ser despedidos com a facilidade com que os funcionários "privados" são, o país rolava sobre rodas.


                                          Tadeu:
                                          Os funcionários "privados" não descontam para a Seg. Social e para o IRS?
                                          As taxas não são as mesmas?
                                          E quem é que paga os salários aos funcionários públicos?

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                                            #22
                                            Originalmente Colocado por Vorsprung durch Technik Ver Post
                                            Os funcionários "privados" não descontam para a Seg. Social e para o IRS?
                                            As taxas não são as mesmas?
                                            E quem é que paga os salários aos funcionários públicos?
                                            Descontam.
                                            Mas no que respeita às taxas para a SS/ADSE/CGA alguns dos FP descontam 11,5% contra 11% da privada .....
                                            Quanto ao pagamento dos salário dos FP ..... bem alguns deles já este ano pagaram o vencimento que eventualmente receberão até aos seus dias de reforma ou se quizeres interpretar a coisa de outra forma, já pagaram o vencimentos que vão receber este ano e que mais 30/40/50 colegas vão receber o resto do ano.
                                            Se quiseres ainda outra interpretação podemos dizer que já pagaram o seu vencimento e de mais 30/40/50 FP (agora com P de privada)....

                                            É só escolheres a versão ....

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                                              #23
                                              Conheço o homem pessoalmente e até posso não concordar sempre com a sua forma de pensar, mas digo-vos que é uma pessoa extraordinariamente inteligente e muito coerente!

                                              Relativamente à entrevista, alinho pelo mesmo diapasão em muito do que diz, sobretudo em relação à chantagem política e ao erro histórico de, a meses das eleições, se ir adjudicar esta semana uma nova travessia no tejo e o primeiro troço do TGV!

                                              Comentário


                                                #24
                                                O país está a pagar a factura do feroz ataque que fez na última década à classe média. Esta, tem sido o pau para toda a colher. Perdeu direitos laborais e cerca de 10% de poder de compra para subsidiar as classes mais desfavorecidas e alimentar os lucros do pequeno reduto mais abastado que sempre se governou às suas custas. Foi isto que fez com que a crise em Portugal se agravasse tanto nos últimos anos.

                                                A classe média ficou com instabilidade no trabalho e trabalho precário enquanto paralelamente também ia perdendo poder de compra. Lembro que muita gente aplaudiu de pé o violento ataque que foi feito à função pública – um ataque aos seus direitos laborais e aos seus salários. Em vez de tentarem que o privado melhorasse as suas condições de trabalho equiparando à função pública, optou-se pela máxima do “se eu não tenho tu também não hás-de ter”, e assim afundámo-nos todos. Esses mesmos que batiam palmas pela “caça às bruxas” (vulgos Função Pública) como culpados da situação do país e solução para a crise, ao fim de 4 anos colheram a “tempestade” pelos “ventos que semearam”. A classe média perdeu poder de compra, não tem estabilidade laboral nem uma carreira minimamente assegurada, e por isso vive em restrição não consumindo.

                                                Muitos dos que batiam palmas, estavam a cuspir no prato que comiam, pois muitos desses funcionários eram os seus clientes e o garante do bom funcionamento do mercado. Depois de um feroz ataque que foi feito todos ficaram a perder: a função pública que teve um retrocesso até tempos imemoráveis e o privado que ao fim disto tudo não ganhou direitos, bem pelo contrário, perdeu lucros e por conseguinte, os seus próprios empregos por falta de consumo.

                                                Toda a política que visa retirar poder de compra é por si só errada. Por isso quando se fala em redução de salários ou de direitos dos trabalhadores está-se a ouvir a voz dos patrões e dos ignorantes. Os patrões tanto queriam ganhar, pagando salários cada vez mais baixos e retirando poder de compra aos trabalhadores que acabaram por se esquecer que era este grosso populacional que consumia o que as suas empresas fabricavam e os tornava tão ricos. Espremeram tanto o povo que agora não tem poder de compra para consumir, sendo que os empresários estão a sofrer na pele os efeitos da exploração desmedida que “confeccionaram”.

                                                É que não tenhamos dúvidas: esta crise acentuou-se graças à instabilidade laboral e redução de poder de compra que provocou uma enorme redução no consumo. E sem consumo nenhuma economia funciona. A aselhice política dos nossos “sábios” economistas e políticos é que nos têm levado de mal a pior nas últimas décadas. Deviam era ter vergonha por serem os principais responsáveis da crise na qual temos estado mergulhados há mais de 30 anos.

                                                Se o trabalhador português é bem visto lá fora e é produtivo, porquê que a produtividade no nosso país é tão baixa? Porque além da incompetência política de quem nos tem governado, temos de somar a falta de formação da maioria dos nossos empresários que em vez de aplicar os lucros em investimento na modernização e expansão empresarial, gastavam-no na aquisição de casas e carros de alta cilindrada bem típico de uma sociedade alicerçada numa nova burguesia barata e exibicionista.

                                                E quanto à “ditadura” governamental que estamos a viver, é típica de uma cegueira completa pelo poder que não dá frutos. Por isso, constatando a evidência desta democracia estéril, só vos digo que “todo o inútil se julga superior, e esconde toda a sua incompetência atrás da autoridade”.1

                                                “À beira de um precipício só há uma maneira de andar para a frente: é dar um passo atrás”.2
                                                Reconhecido que está o caminho que levamos, seria bom que este governo recuasse em algumas asneiras que cometeu. Só lhe ficava bem e evitava de nos levar a todos a cair no abismo que eles abriram à nossa frente.

                                                2(Montaigne, Michel de)
                                                Editado pela última vez por BLADERUNNER; 30 March 2009, 08:56.

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                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por BLADE RUNNER Ver Post
                                                  O país está a pagar a factura do feroz ataque que fez na última década à classe média. Esta, tem sido o pau para toda a colher. Perdeu direitos laborais e cerca de 10% de poder de compra para subsidiar as classes mais desfavorecidas e alimentar os lucros do pequeno reduto mais abastado que sempre se governou às suas custas. Foi isto que fez com que a crise em Portugal se agravasse tanto nos últimos anos.

                                                  A classe média ficou com instabilidade no trabalho e trabalho precário enquanto paralelamente também ia perdendo poder de compra. Lembro que muita gente aplaudiu de pé o violento ataque que foi feito à função pública – um ataque aos seus direitos laborais e aos seus salários. Em vez de tentarem que o privado melhorasse as suas condições de trabalho equiparando à função pública, optou-se pela máxima do “se eu não tenho tu também não hás-de ter”, e assim afundámo-nos todos. Esses mesmos que batiam palmas pela “caça às bruxas” (vulgos Função Pública) como culpados da situação do país e solução para a crise, ao fim de 4 anos colheram a “tempestade” pelos “ventos que semearam”. A classe média perdeu poder de compra, não tem estabilidade laboral nem uma carreira minimamente assegurada, e por isso vive em restrição não consumindo.

                                                  Muitos dos que batiam palmas, estavam a cuspir no prato que comiam, pois muitos desses funcionários eram os seus clientes e o garante do bom funcionamento do mercado. Depois de um feroz ataque que foi feito todos ficaram a perder: a função pública que teve um retrocesso até tempos imemoráveis e o privado que ao fim disto tudo não ganhou direitos, bem pelo contrário, perdeu lucros e por conseguinte, os seus próprios empregos por falta de consumo.

                                                  Toda a política que visa retirar poder de compra é por si só errada. Por isso quando se fala em redução de salários ou de direitos dos trabalhadores está-se a ouvir a voz dos patrões e dos ignorantes. Os patrões tanto queriam ganhar, pagando salários cada vez mais baixos e retirando poder de compra aos trabalhadores que acabaram por se esquecer que era este grosso populacional que consumia o que as suas empresas fabricavam e os tornava tão ricos. Espremeram tanto o povo que agora não tem poder de compra para consumir, sendo que os empresários estão a sofrer na pele os efeitos da exploração desmedida que “confeccionaram”.

                                                  É que não tenhamos dúvidas: esta crise acentuou-se graças à instabilidade laboral e redução de poder de compra que provocou uma enorme redução no consumo. E sem consumo nenhuma economia funciona. A aselhice política dos nossos “sábios” economistas e políticos é que nos têm levado de mal a pior nas últimas décadas. Deviam era ter vergonha por serem os principais responsáveis da crise na qual temos estado mergulhados há mais de 30 anos.

                                                  Se o trabalhador português é bem visto lá fora e é produtivo, porquê que a produtividade no nosso país é tão baixa? Porque além da incompetência política de quem nos tem governado, temos de somar a falta de formação da maioria dos nossos empresários que em vez de aplicar os lucros em investimento na modernização e expansão empresarial, gastavam-no na aquisição de casas e carros de alta cilindrada bem típico de uma sociedade alicerçada numa nova burguesia barata e exibicionista.

                                                  E quanto à “ditadura” governamental que estamos a viver, é típica de uma cegueira completa pelo poder que não dá frutos. Por isso, constatando a evidência desta democracia estéril, só vos digo que “todo o inútil se julga superior, e esconde toda a sua incompetência atrás da autoridade”.1

                                                  “À beira de um precipício só há uma maneira de andar para a frente: é dar um passo atrás”.2
                                                  Reconhecido que está o caminho que levamos, seria bom que este governo recuasse em algumas asneiras que cometeu. Só lhe ficava bem e evitava de nos levar a todos a cair no abismo que eles abriram à nossa frente.

                                                  2(Montaigne, Michel de)
                                                  BLADE RUNNER, cada melhor na análise, de 1 a 20, dou-te 18 valores

                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por Vorsprung durch Technik Ver Post
                                                    Tadeu:
                                                    Os funcionários "privados" não descontam para a Seg. Social e para o IRS?
                                                    As taxas não são as mesmas?
                                                    E quem é que paga os salários aos funcionários públicos?
                                                    Sim, descontam.
                                                    Não, não são.
                                                    Eles próprios e pouco mais, garantido.

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      O oásis de promoções e reorganização de carreiras favorável dentro da FP ter acabado, tem as suas consequências

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Este João César das Neves é em minha opinião dos piores comentadores que conheço.

                                                        Uma desgraça mesmo com as suas posições ultra-conservadoras sobre questões sociais como o aborto e casamento homosexual.

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por v7 Ver Post
                                                          Este João César das Neves é em minha opinião dos piores comentadores que conheço.

                                                          Uma desgraça mesmo com as suas posições ultra-conservadoras sobre questões sociais como o aborto e casamento homosexual.
                                                          v7,modera o que dizes ou caem-te em cima..

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            por acaso acho este João César das Neves mesmo muito fraquinho.

                                                            Comentário

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