"Este desacato não me visou só a mim, visou obviamente Partido Socialista e o 1.º de Maio. Penso que é uma mancha que nem a CGTP nem o 1.º de Maio mereciam. Espero da CGTP uma explicação adequada a este desacato desencadeado numa manifestação" organizada por esta central sindical, declarou Vital Moreira à RTP. "Não esperava de todo esta reacção. Obviamente não culpabilizo a CGTP. Foi um pequeno grupo de pessoas que 35 anos depois do 25 de Abril ainda não partilham valores como o da tolerância", havia anteriormente referido Vital Moreira. O candidato ao Parlamento Europeu considera que estas atitudes também revelam falta de valores democráticos.
O candidato socialista ao Parlamento Europeu integrava uma delegação do PS, juntamente com os dirigentes Vítor Ramalho e Ana Gomes. O cabeça-de-lista foi apupado, cuspido e agredido com murros na cabeça e nas costas.
O dirigente da CGTP Carlos Trindade lamentou os insultos e empurrões, que considera traduzirem "momentos de desespero e de muito desemprego". "Houve trabalhadores desesperados que reagiram, em vez de reagir contra a crise, desta forma desesperada", afirmou.
Também Carvalho da Silva, no seu discurso, lamentou o sucedido, atribuindo-o ao desespero que resulta de uma situação social instável. "Estamos às portas de campanhas eleitorais e hoje estão aqui muitos trabalhadores em sofrimento. É preciso que a campanha eleitoral respeite o sofrimento das pessoas e os políticos devem interpretar as causas que levaram a esta situação de hoje", disse.
Vital Moreira recordou ter assistido a um episódio semelhante, mas protagonizado por Mário Soares, "há muitos anos" na Marinha Grande.
Já o secretário-geral da UGT considera que as agressões foram "um incidente lamentável" e uma manifestação de intolerância incompatível com o espírito de Abril. Nos Restauradores, João Proença aponta que as agressões evocam "outros incidentes que marcaram o 1.º de Maio de 1974, que foi a grande festa do povo português, que juntou mais de um milhão de pessoas".
Agressão foi contra antigo militante do PCP
Vital Moreira faz uma leitura política das agressões de que foi alvo. "Verificou-se uma clara animosidade conflitual contra um antigo militante do PCP, que não enjeita o seu percurso político, mas que também não renuncia à circunstância de ter saído de um partido quando achou que não era o sítio correcto para militar politicamente", afirmou.
O actual candidato do PS sublinha que o ataque não foi casual. "Há uma ala radical política, partidária e sindical. Penso que é óbvia a identificação das pessoas com um determinado partido. Não foi por acaso que fui eu o alvo".
Vital Moreira rejeita ser conotado como "ex-PCP", uma vez que a saída ocorreu há duas décadas. "Há partidos que julgam que são proprietários das pessoas, mesmo depois de elas terem saído há 20 anos", concluiu.
Jerónimo rejeita comentar e outros representantes políticos lamentam
O secretário-geral do PCP rejeitou comentar um episódio que não presenciou. "Não assisti aos factos, não tenho informação suficiente para fazer juízos de valor", disse Jerónimo de Sousa, recusando comentar o eventual impacto do episódio na campanha socialista às eleições europeias.
Miguel Portas considera que Vital Moreira, enquanto "candidato do Governo", dificilmente seria bem recebido num comício de protesto contra as políticas do mesmo. O representante do Bloco de Esquerda defende, contudo, que as agressões são inaceitáveis e reveladoras de grande sectarismo.
O cabeça-de-lista do CDS-PP manifestou solidariedade para com Vital Moreira e apelou "para que toda a campanha decorra, em todos os momentos e todas as circunstâncias, com educação e elevação". Nuno Melo sublinhou que o enriquecimento da democracia se faz através da diversidade.
Em nome do PSD, Paulo Rangel repudiou as agressões ao candidato socialista. "É vil e anti-democrático e, portanto, manifestamos a nossa solidariedade ao professor Vital Moreira nestas circunstâncias, que naturalmente são circusntâncias difíceis", disse o cabeça-de-lista do PSD a Estrasburgo.
"Não vejo aí nenhum aproveitamento político possível. Pelo contrário, isto tem de ser denunciado realmente e tem de ser veementemente condenado. É a única atitude correcta e séria que se pode ter neste momento", concluiu Paulo Rangel.
in RTP
Parece que começam a chegar-lhes com a roupa ao pêlo
De facto é uma pena este tipo de acções e não digam que são as pessoas que estão desesperadas...
O candidato socialista ao Parlamento Europeu integrava uma delegação do PS, juntamente com os dirigentes Vítor Ramalho e Ana Gomes. O cabeça-de-lista foi apupado, cuspido e agredido com murros na cabeça e nas costas.
O dirigente da CGTP Carlos Trindade lamentou os insultos e empurrões, que considera traduzirem "momentos de desespero e de muito desemprego". "Houve trabalhadores desesperados que reagiram, em vez de reagir contra a crise, desta forma desesperada", afirmou.
Também Carvalho da Silva, no seu discurso, lamentou o sucedido, atribuindo-o ao desespero que resulta de uma situação social instável. "Estamos às portas de campanhas eleitorais e hoje estão aqui muitos trabalhadores em sofrimento. É preciso que a campanha eleitoral respeite o sofrimento das pessoas e os políticos devem interpretar as causas que levaram a esta situação de hoje", disse.
Vital Moreira recordou ter assistido a um episódio semelhante, mas protagonizado por Mário Soares, "há muitos anos" na Marinha Grande.
Já o secretário-geral da UGT considera que as agressões foram "um incidente lamentável" e uma manifestação de intolerância incompatível com o espírito de Abril. Nos Restauradores, João Proença aponta que as agressões evocam "outros incidentes que marcaram o 1.º de Maio de 1974, que foi a grande festa do povo português, que juntou mais de um milhão de pessoas".
Agressão foi contra antigo militante do PCP
Vital Moreira faz uma leitura política das agressões de que foi alvo. "Verificou-se uma clara animosidade conflitual contra um antigo militante do PCP, que não enjeita o seu percurso político, mas que também não renuncia à circunstância de ter saído de um partido quando achou que não era o sítio correcto para militar politicamente", afirmou.
O actual candidato do PS sublinha que o ataque não foi casual. "Há uma ala radical política, partidária e sindical. Penso que é óbvia a identificação das pessoas com um determinado partido. Não foi por acaso que fui eu o alvo".
Vital Moreira rejeita ser conotado como "ex-PCP", uma vez que a saída ocorreu há duas décadas. "Há partidos que julgam que são proprietários das pessoas, mesmo depois de elas terem saído há 20 anos", concluiu.
Jerónimo rejeita comentar e outros representantes políticos lamentam
O secretário-geral do PCP rejeitou comentar um episódio que não presenciou. "Não assisti aos factos, não tenho informação suficiente para fazer juízos de valor", disse Jerónimo de Sousa, recusando comentar o eventual impacto do episódio na campanha socialista às eleições europeias.
Miguel Portas considera que Vital Moreira, enquanto "candidato do Governo", dificilmente seria bem recebido num comício de protesto contra as políticas do mesmo. O representante do Bloco de Esquerda defende, contudo, que as agressões são inaceitáveis e reveladoras de grande sectarismo.
O cabeça-de-lista do CDS-PP manifestou solidariedade para com Vital Moreira e apelou "para que toda a campanha decorra, em todos os momentos e todas as circunstâncias, com educação e elevação". Nuno Melo sublinhou que o enriquecimento da democracia se faz através da diversidade.
Em nome do PSD, Paulo Rangel repudiou as agressões ao candidato socialista. "É vil e anti-democrático e, portanto, manifestamos a nossa solidariedade ao professor Vital Moreira nestas circunstâncias, que naturalmente são circusntâncias difíceis", disse o cabeça-de-lista do PSD a Estrasburgo.
"Não vejo aí nenhum aproveitamento político possível. Pelo contrário, isto tem de ser denunciado realmente e tem de ser veementemente condenado. É a única atitude correcta e séria que se pode ter neste momento", concluiu Paulo Rangel.
in RTP
Parece que começam a chegar-lhes com a roupa ao pêlo
De facto é uma pena este tipo de acções e não digam que são as pessoas que estão desesperadas...
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