E não é que me surgiu essa questão á cabeça!?
Mas afinal porque mentimos?
Ora vamos aqui falar, umas verdades, sobre a mentira!
http://www.psiclinica.net/docs/texto14.pdf
(atenção: não canalizem opiniões do outro tópico para este, que não quero o tasco fechado, e desejo abertamente, discutir isto que está em causa!)
Mas afinal porque mentimos?
Ora vamos aqui falar, umas verdades, sobre a mentira!
A mentira é tão frequentemente utilizada que o seu sentido ultimamente parece
tender a ser banalizado. Segundo as estatísticas (citadas por Roque Teophilo), mentimos
cerca de 200 vezes por dia e em média uma vez por cada 5 minutos.
Começando pelos falsos elogios – p.ex, essa saia fica-te mesmo bem -, passando
pelas desculpas “esfarrapadas” – p.ex., não pude fazer os trabalhos de casa porque
faltou a luz – ou pelas mentiras descaradas, chegam mesmo existir casos em que os pais,
que parecem tão preocupados quando os filhos mentem, os incitam a mentir – p.ex.
quando lhes pedem para dizer que eles não estão em casa.
A mentira pode surgir por várias razões: receio das consequências (quando tememos
que a verdade traga consequência negativas), insegurança ou baixa de auto-estima
(quando pretendemos fazer passar uma imagem de nós próprios melhor do que a que
verdadeiramente acreditamos), por razões externas (quando o exterior nos pressiona ou
por motivos de autoridade superior ou por co-acção), por ganhos e regalias (de acordo
com a tragédia dos comuns, se mentir trás ganhos vale a pena mentir já que ficamos em
vantagem em relação aos que dizem a verdade) ou por razões patológicas.
Na infância mentimos para nos isentarmos das culpas. Muitas vezes os adolescentes
descobrem que a mentira pode ser aceite em certas ocasiões e até ilibá-los de
responsabilidade e ajudar a sua aceitação pelos colegas.
Algumas crianças e adolescentes que geralmente agem de forma responsável,
podem cair no vício de mentir repetidamente ao descobrir que as suas mentiras saciam a
curiosidade dos pais.
Para alguns investigadores, as crianças aprendem a necessidade de mentir (p.ex. não
demonstrar descontentamento com as prendas recebidas sob pena de não receberem
mais) tão cedo quão mais inteligentes forem.
Face à sua frequência, existe uma certa tendência para banalizar ou até catalogar a
mentira como positiva – a “mentira branca” é considerada como uma forma de facilitar
a integração na sociedade, e muitas vezes os que não a utilizam são catalogados como
ingénuos –, mas há que não esquecer que durante toda a história da humanidade a
mentira causou muitos sofrimentos e fez derramar muitas lágrimas sobretudo quando
projectada sob a forma de calúnia
Quando as crianças ou adolescentes mentem, os pais devem conseguir distinguir
entre a realidade e a mentira e falar abertamente com eles sobre os aspectos pejorativo
da mentira, e as vantagens que a verdade lhes trará. Em casa a criança deverá encontrar
exemplos de verdade e honestidade que fomentem a sua atitude de sinceridade.
Durante os primeiros anos as crianças não distinguem a realidade da fantasia, mas
cedo começam a utilizar a mentira por proveito próprio. Sensivelmente por volta dos 7
anos as crianças já têm capacidade para distinguir claramente o verdadeiro do falso, e os
adolescentes passam a conseguir discernir com relativa facilidade quem está a mentir ou
a ser sincero.
A mentira existe ao longo de toda a escala patológica. A saúde mental só é
compatível com a verdade. De nada serve querer acreditar que o nosso familiar não
faleceu quando na realidade isso não é a verdade, de nada serve acreditarmos que somos
capazes voar se na realidade não temos asas.
Nos estados neuróticos, a mentira pode surgir com base numa incapacidade da
consciência aceder a factos recalcados e que se encontram no nosso inconsciente, ou por
problemas de auto-estima e auto-imagem que despoletam a necessidade de fazer passar
uma auto-imagem melhor do que a que acreditamos ter.
Nos estados limite, a mentira aparece frequentemente devido à falta de barreiras
externas que balizem o comportamento. Esta situação surge frequentemente em filhos
de pais muito repressivos ou demasiadamente permissivos.
Nas psicoses, a mentira surge na forma de delírio, uma descrição que as próprias
pessoas admitem como verdadeira, apesar do seu aspecto frequentemente bizarro,
devido a uma quebra de contacto com a realidade
A mentira pode ainda surgir como uma dependência, quando dita de uma forma
compulsiva. Os dependentes da mentira sabem que estão a mentir mas não se
conseguem controlar, num processo que surge de uma forma muito semelhante ao do
vício do jogo ou à dependência de álcool ou de drogas.
Esta incapacidade em controlar os impulsos é causadora de um sofrimento nítido
razão pela qual deve ser alvo de tratamento. Nos dependentes da mentira, o primeiro
passo a dar consiste em assumir que existe um problema e de seguida procurar ajuda
para esse mesmo problema. A nível da abordagem terapêutica o tratamento passa
geralmente pela realização de uma terapia psicológica.
Ao nível das provas psicológicas a mentira pode obviamente influenciar a validade
dos resultados ou pela tendência do sujeito em simular um desempenho superior (faking
good) ou inferior (faking bad) ao da realidade.
Por estas razões grande parte das provas psicológicas apresentam formas de
controlar a veracidade das respostas quer a partir da própria atitude do sujeito a analisar
quer mesmo através de índices de consistência interna, teste-reteste ou confrontação
com familiares e amigos próximos. Entre estas formas de dissimulação revela-se
frequentemente também averiguar até que ponto as simulações surge de forma
consciente ou inconsciente relativamente ao sujeito.
tender a ser banalizado. Segundo as estatísticas (citadas por Roque Teophilo), mentimos
cerca de 200 vezes por dia e em média uma vez por cada 5 minutos.
Começando pelos falsos elogios – p.ex, essa saia fica-te mesmo bem -, passando
pelas desculpas “esfarrapadas” – p.ex., não pude fazer os trabalhos de casa porque
faltou a luz – ou pelas mentiras descaradas, chegam mesmo existir casos em que os pais,
que parecem tão preocupados quando os filhos mentem, os incitam a mentir – p.ex.
quando lhes pedem para dizer que eles não estão em casa.
A mentira pode surgir por várias razões: receio das consequências (quando tememos
que a verdade traga consequência negativas), insegurança ou baixa de auto-estima
(quando pretendemos fazer passar uma imagem de nós próprios melhor do que a que
verdadeiramente acreditamos), por razões externas (quando o exterior nos pressiona ou
por motivos de autoridade superior ou por co-acção), por ganhos e regalias (de acordo
com a tragédia dos comuns, se mentir trás ganhos vale a pena mentir já que ficamos em
vantagem em relação aos que dizem a verdade) ou por razões patológicas.
Na infância mentimos para nos isentarmos das culpas. Muitas vezes os adolescentes
descobrem que a mentira pode ser aceite em certas ocasiões e até ilibá-los de
responsabilidade e ajudar a sua aceitação pelos colegas.
Algumas crianças e adolescentes que geralmente agem de forma responsável,
podem cair no vício de mentir repetidamente ao descobrir que as suas mentiras saciam a
curiosidade dos pais.
Para alguns investigadores, as crianças aprendem a necessidade de mentir (p.ex. não
demonstrar descontentamento com as prendas recebidas sob pena de não receberem
mais) tão cedo quão mais inteligentes forem.
Face à sua frequência, existe uma certa tendência para banalizar ou até catalogar a
mentira como positiva – a “mentira branca” é considerada como uma forma de facilitar
a integração na sociedade, e muitas vezes os que não a utilizam são catalogados como
ingénuos –, mas há que não esquecer que durante toda a história da humanidade a
mentira causou muitos sofrimentos e fez derramar muitas lágrimas sobretudo quando
projectada sob a forma de calúnia
Quando as crianças ou adolescentes mentem, os pais devem conseguir distinguir
entre a realidade e a mentira e falar abertamente com eles sobre os aspectos pejorativo
da mentira, e as vantagens que a verdade lhes trará. Em casa a criança deverá encontrar
exemplos de verdade e honestidade que fomentem a sua atitude de sinceridade.
Durante os primeiros anos as crianças não distinguem a realidade da fantasia, mas
cedo começam a utilizar a mentira por proveito próprio. Sensivelmente por volta dos 7
anos as crianças já têm capacidade para distinguir claramente o verdadeiro do falso, e os
adolescentes passam a conseguir discernir com relativa facilidade quem está a mentir ou
a ser sincero.
A mentira existe ao longo de toda a escala patológica. A saúde mental só é
compatível com a verdade. De nada serve querer acreditar que o nosso familiar não
faleceu quando na realidade isso não é a verdade, de nada serve acreditarmos que somos
capazes voar se na realidade não temos asas.
Nos estados neuróticos, a mentira pode surgir com base numa incapacidade da
consciência aceder a factos recalcados e que se encontram no nosso inconsciente, ou por
problemas de auto-estima e auto-imagem que despoletam a necessidade de fazer passar
uma auto-imagem melhor do que a que acreditamos ter.
Nos estados limite, a mentira aparece frequentemente devido à falta de barreiras
externas que balizem o comportamento. Esta situação surge frequentemente em filhos
de pais muito repressivos ou demasiadamente permissivos.
Nas psicoses, a mentira surge na forma de delírio, uma descrição que as próprias
pessoas admitem como verdadeira, apesar do seu aspecto frequentemente bizarro,
devido a uma quebra de contacto com a realidade
A mentira pode ainda surgir como uma dependência, quando dita de uma forma
compulsiva. Os dependentes da mentira sabem que estão a mentir mas não se
conseguem controlar, num processo que surge de uma forma muito semelhante ao do
vício do jogo ou à dependência de álcool ou de drogas.
Esta incapacidade em controlar os impulsos é causadora de um sofrimento nítido
razão pela qual deve ser alvo de tratamento. Nos dependentes da mentira, o primeiro
passo a dar consiste em assumir que existe um problema e de seguida procurar ajuda
para esse mesmo problema. A nível da abordagem terapêutica o tratamento passa
geralmente pela realização de uma terapia psicológica.
Ao nível das provas psicológicas a mentira pode obviamente influenciar a validade
dos resultados ou pela tendência do sujeito em simular um desempenho superior (faking
good) ou inferior (faking bad) ao da realidade.
Por estas razões grande parte das provas psicológicas apresentam formas de
controlar a veracidade das respostas quer a partir da própria atitude do sujeito a analisar
quer mesmo através de índices de consistência interna, teste-reteste ou confrontação
com familiares e amigos próximos. Entre estas formas de dissimulação revela-se
frequentemente também averiguar até que ponto as simulações surge de forma
(atenção: não canalizem opiniões do outro tópico para este, que não quero o tasco fechado, e desejo abertamente, discutir isto que está em causa!)
Comentário