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Lacticinios - Em tempo de crise prioridade ao consumidor ou ao produtor

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    [Economia] Lacticinios - Em tempo de crise prioridade ao consumidor ou ao produtor

    Reparei nisto faz cerca de 2 semanas, em trabalho estava num supermercado de uma grande cadeia nacional e reparei que uma das marcas brancas tinha descido o preço do leite UHT meio-gordo de forma absurda. Eu estava com o comercial da Lactogal e ele é que me explicou o motivo, o leite vinha do estrangeiro, mais propriamente da Alemanha. Fiquei surpreendido porque nunca imaginei a Alemanha como um produtor de leite de baixo custo e que ainda por cima após somar o transporte ainda consegue ter o preço canhão de 39 cêntimos.

    Quando fui ao supermercado seguinte o leite de marca própria estava aos mesmos 39 cêntimos só que desta vez vinha da Polónia.

    Agora o que eu tenho estado a pensar é o seguinte, será que vale a pena sacrificar os produtores portugueses, porque ao que sei não é possível eles concorrerem com estes preços e começando pelos pequenos produtores pouco a pouco a produção de lacticínios em Portugal começar a desaparecer. Quem ganha é o consumidor que tem à disposição um produto mais barato o que em tempos de aperto para famílias mais necessitadas é bom.

    Ou então para que os produtores possam sobreviver preferir as marcas nacionais mais caras?

    Para finalizar acredito que a nível higeo-sanitário estes leites cumprem a legislação mas para o custo ser tão baixo têm que provir de explorações intensivas em que se sabe o que os animais passam.

    E se por acaso alguém já experimentou algum destes leites pode deixar a sua opinião é bem vinda.

    Eu só não experimentei porque tenho medo que aquilo a nível de sabor não seja nada de jeito, continuo a preferir a marca Agros que acho boa, ou então Gresso ou Mimosa que na minha opinião não são tão boas mas a diferença não é tanta quanto isso.

    #2
    O problema e' que ao pagares mais pelo leite nacional estas a enriquecer os intermediários, e não o produtor (embora este também ganhe por vender mais). Na Alemanha, Polónia e outros eliminam os intermediários sem escrúpulos, e passam a ter preços "canhão", mesmo com o transporte incluído.

    Agora imagina o que os intermediários metem ao bolso com os leites portugueses!

    Comentário


      #3
      A mim só me interessam duas coisas: se sabem bem e se é barato.

      Comentário


        #4
        Originalmente Colocado por CitroenC5II Ver Post
        A mim só me interessam duas coisas: se sabem bem e se é barato.
        boa politica a tua o resto que se lixe, até pode o país arder todo, desde que o que estejamos a fazer saiba bem e seja barato tudo o resto é conversa

        Comentário


          #5
          Originalmente Colocado por Synd Ver Post
          O problema e' que ao pagares mais pelo leite nacional estas a enriquecer os intermediários, e não o produtor (embora este também ganhe por vender mais). Na Alemanha, Polónia e outros eliminam os intermediários sem escrúpulos, e passam a ter preços "canhão", mesmo com o transporte incluído.

          Agora imagina o que os intermediários metem ao bolso com os leites portugueses!
          Exacto.

          Mas há outras questões, aqui os governos baixam as calças a redução cotas, há proprietários que preferem ter as terras a ganhar mato do que a produzir.

          Aqui as cooperativas de produtores é coisa de "vermelhos" e "comunas" e preferem ser proprietários rurais (dá statos) do que terem lucro.

          Comentário


            #6
            Penso que o preço praticado em Portugal ao produtor é muito inferior a esses 39 cêntimos

            Comentário


              #7
              Originalmente Colocado por eu Ver Post
              Penso que o preço praticado em Portugal ao produtor é muito inferior a esses 39 cêntimos
              Acho que não.. Deve andar a volta desse preço..

              Edit: Estou enganado.. Deve ser mais para 25 cêntimos, +5 -5
              Editado pela última vez por air; 31 May 2009, 20:58.

              Comentário


                #8
                Por acaso também estranhei esses preços do leite É. Eu costumo comprar imenso leito da marca Gresso, pois sei que é nacional e é das mais em conta.
                Nesse dia em que fui ao Continente, trouxe 2 pacotes do É e aquele leite era simplesmente igual ao outro no sabor e na textura, só que custava 0,39€ enquanto o da Gresso custava 0,52€.
                Como conseguem estes preços lá fora e aqui não? O continente não pode ir comprar leite aos nossos produtores directamente também?

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por mazevedo Ver Post
                  Por acaso também estranhei esses preços do leite É. Eu costumo comprar imenso leito da marca Gresso, pois sei que é nacional e é das mais em conta.
                  Nesse dia em que fui ao Continente, trouxe 2 pacotes do É e aquele leite era simplesmente igual ao outro no sabor e na textura, só que custava 0,39€ enquanto o da Gresso custava 0,52€.
                  Como conseguem estes preços lá fora e aqui não? O continente não pode ir comprar leite aos nossos produtores directamente também?
                  o leite do É é igual, mas já entrou no circuito de pasteurização mais vezes que o leite da Gresso, Mimosas e afins.


                  basta notares que muitas vezes esses leites "low-cost" fazem muito mais espuma que os Premium

                  (já pareçe a história dos combustiveis )

                  Comentário


                    #10
                    Só bebo VIGOR... É caro porque aqui na região de Sintra as vacas começam a escassear...


                    ... quer dizer, as de 4 patas escasseiam, as de 2 são cada vez mais...

                    Comentário


                      #11
                      Olhem para o simbolo oval do produtor...

                      Qualquer coisa como PT DLT-1, ou PT RLT1322, etc.

                      Os low-cost normalmente são estrangeiros...

                      Quando as diferenças são entre 3/5 cêntimos, prefiro nacional, de resto se for maior vai low-cost all the way...

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                        Exacto.

                        Mas há outras questões, aqui os governos baixam as calças a redução cotas, há proprietários que preferem ter as terras a ganhar mato do que a produzir.

                        Aqui as cooperativas de produtores é coisa de "vermelhos" e "comunas" e preferem ser proprietários rurais (dá statos) do que terem lucro.
                        Infelizmente essa "mentalidade" persiste...

                        Comentário


                          #13
                          Por mim, há produtos em que não pretendo poupar, e o leite é um deles, mesmo mais caro, a escolha tem sido e espero que continue a ser a opção nacional. Temos uma quantidade enorme de leites de boa qualidade. Para os apreciadores de leite, a marca Vigor está lá no topo, não haja dúvida.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por panpipe Ver Post
                            o leite do É é igual, mas já entrou no circuito de pasteurização mais vezes que o leite da Gresso, Mimosas e afins.


                            basta notares que muitas vezes esses leites "low-cost" fazem muito mais espuma que os Premium

                            (já pareçe a história dos combustiveis )
                            por acaso também reparei nessa história da espuma. E comentei com o meu irmão e tudo ao pequeno almoço.
                            Já agora o leite pode ser pasteurizado várias vezes?

                            Comentário


                              #15
                              Originalmente Colocado por DeCeIi Ver Post
                              ... quer dizer, as de 4 patas escasseiam, as de 2 são cada vez mais...
                              efeito da globalização (!!!)

                              Comentário


                                #16
                                Em minha casa só leite do dia Agros!

                                Aliás, no leite e na agua sou muito esquisito e basta que seja leite sem ser do dia para eu não conseguir beber, então se for espanhol.....

                                O Nthor referiu uma coisa que não concordo totalmente.... Porque é que os produtores se haveriam de juntar em cooperativas? Quais são os benefícios? Em primeiro lugar seja vinho, seja azeite, tomate ou seja lá o que for, o agricultor pode e deve escolher o que quiser, se tiver dimensão suficiente para assumir a produção ele é que sabe.

                                A verdade é que os políticos não parecem muito interessados que a agricultura subsista em Portugal, basta ver o que se passa neste momento com os fundos comunitários. Enfim, Europa a quanto obrigas... (para o bem e para o mal)

                                Comentário


                                  #17
                                  Originalmente Colocado por air Ver Post
                                  Acho que não.. Deve andar a volta desse preço..

                                  Edit: Estou enganado.. Deve ser mais para 25 cêntimos, +5 -5
                                  31, para ser mais exacto, é o preço normalmente pago.

                                  Originalmente Colocado por mablopes Ver Post
                                  Olhem para o simbolo oval do produtor...

                                  Qualquer coisa como PT DLT-1, ou PT RLT1322, etc.

                                  Os low-cost normalmente são estrangeiros...

                                  Quando as diferenças são entre 3/5 cêntimos, prefiro nacional, de resto se for maior vai low-cost all the way...
                                  Se as iniciais PT estiverem no símbolo oval, o produtor é português.

                                  Originalmente Colocado por mazevedo Ver Post
                                  por acaso também reparei nessa história da espuma. E comentei com o meu irmão e tudo ao pequeno almoço.
                                  Já agora o leite pode ser pasteurizado várias vezes?
                                  Não é bem assim. Pode existir um ciclo de repasteurização quando são detectados problemas na pasteurização inicial. É o chamado refluxo, e acontece apenas na existência de problemas.
                                  Pasteurizações sucessivas fazem com que o leite altere as características iniciais, uma vez que a aplicação sucessiva de tempos/temperaturas de pasteurização não é viável. Na prática, o leite fica com sabor "queimado", se é que se pode dizer assim.




                                  Pena que em Portugal o negócio do leite seja um monopólio, mas disso pouco ou nada se fala. A ideia é mesmo esmagar os pequenos produtores para que passem apenas os grandes produtores a fornecer o fabricante/embalador. O mecanismo é fácil: quanto menos pequenos houver, mais fácil se torna o controlo, pois não está disperso em dezenas/centenas de produtores mas apenas em poucas dezenas, eventualmente.

                                  Além disso, com a regulamentação europeia lançada em 2004, torna-se complicado para os pequenos produtores responderem a todos os requisitos. Mas isso já seria assunto para outra conversa...

                                  Comentário


                                    #18
                                    Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                                    Aqui as cooperativas de produtores é coisa de "vermelhos" e "comunas" e preferem ser proprietários rurais (dá statos) do que terem lucro.
                                    As cooperativas, embora teoricamente sejam uma boa ideia, não funcionam na prática.

                                    Basta ver a quantidade de cooperativas que faliram nos últimos tempos.

                                    Comentário


                                      #19
                                      O grande problema em Portugal são afinal dois grandes problemas:

                                      1º Os monopólios intermediários, que controlam toda a distribuição e pressionam os produtores, como por exemplo a Lactogal e as lotas de pescado.

                                      2º A falta de capacidade dos produtores em se concentrarem e criarem esquemas alternativos de distribuição e mesmo de revenda, de forma a não ficarem dependentes desses grandes monopólios da distribuição. Um dos melhores exemplos é a Lonxanet, fruto do associativismo dos pescadores da Galiza.

                                      Comentário


                                        #20
                                        Originalmente Colocado por nelito Ver Post
                                        Reparei nisto faz cerca de 2 semanas, em trabalho estava num supermercado de uma grande cadeia nacional e reparei que uma das marcas brancas tinha descido o preço do leite UHT meio-gordo de forma absurda. Eu estava com o comercial da Lactogal e ele é que me explicou o motivo, o leite vinha do estrangeiro, mais propriamente da Alemanha. Fiquei surpreendido porque nunca imaginei a Alemanha como um produtor de leite de baixo custo e que ainda por cima após somar o transporte ainda consegue ter o preço canhão de 39 cêntimos.

                                        Quando fui ao supermercado seguinte o leite de marca própria estava aos mesmos 39 cêntimos só que desta vez vinha da Polónia.

                                        Agora o que eu tenho estado a pensar é o seguinte, será que vale a pena sacrificar os produtores portugueses, porque ao que sei não é possível eles concorrerem com estes preços e começando pelos pequenos produtores pouco a pouco a produção de lacticínios em Portugal começar a desaparecer. Quem ganha é o consumidor que tem à disposição um produto mais barato o que em tempos de aperto para famílias mais necessitadas é bom.

                                        Ou então para que os produtores possam sobreviver preferir as marcas nacionais mais caras?

                                        Para finalizar acredito que a nível higeo-sanitário estes leites cumprem a legislação mas para o custo ser tão baixo têm que provir de explorações intensivas em que se sabe o que os animais passam.

                                        E se por acaso alguém já experimentou algum destes leites pode deixar a sua opinião é bem vinda.

                                        Eu só não experimentei porque tenho medo que aquilo a nível de sabor não seja nada de jeito, continuo a preferir a marca Agros que acho boa, ou então Gresso ou Mimosa que na minha opinião não são tão boas mas a diferença não é tanta quanto isso.
                                        Este assunto sobre os produtos lacteos é recorrente por aqui.

                                        Continua a não haver resposta para o que se passa e para os custos que as empresas de transformação e distribuição dizem ter.

                                        Relembro só

                                        Crise nos productos lácteos quando somos excedentários !? Quando sofremos multas comunitárias por exceder a nossa quota de produção !?

                                        Ou crise pelos pequenos impérios do leite dominarem e a cadeia de distruibuição explorar a habituação dos consumidores ??

                                        EXEMPLO:
                                        A fábrica que embala os pacotes de leite da GRESSO-MIMOSA-AGROS é a Lactogal, nos TRÊS PACOTES destas marcas estás lá impresso DLT-1 dentro de um simbolo oval.

                                        E é comum num hipermercado veres esta diferenciação IDIOTA no preço:
                                        - AGROS - 0.67€
                                        - Mimosa - 0.64€
                                        - Gresso - 0.59€

                                        A gaita do produto é o mesmo, sai da mesma linha de enchimento apenas com pacote/embalagem diferente, logo com custo de produção igual, e contudo no hipermercado ...

                                        (ocorre o mesmo com manteigas, natas, iogurtes, etc)


                                        Quem é que se aproveita disto ?
                                        O agricultor que tem uma vaca que apenas produz leite para a Agros ou Gresso ?
                                        O Produtor que embala uns na Linha Rolls Royce, e o outro na linha FIAT (logo com custos diferentes).

                                        Ou o distribuidor/grossista/retalhista que se aproveita da idiotice do consumidor que acredita que o Agros é biológico, o Mimosa é melhor e o Gresso para remediados ?

                                        Crise nos lacteos ... nem em sonhos.

                                        (e ainda podia aqui dizer quais os produtos brancos embalados na mesma linha/fábrica mas fico-me por aqui).
                                        Link
                                        E ainda
                                        Produtos Brancos - O Tópico

                                        Já agora seria intressante saber o que esse comercial da Lactogal tem a dizer sobre esta informação e diferenciação entre AGROS-MIMOSA-GRESSO.

                                        Comentário


                                          #21
                                          Por curiosidade fui ver quanto pagei ontem pelo leite: 0,79€ de marca Matinal.
                                          Não tenho por hábito olhar para o preço destas coisas, só para a validade, de resto escolho a que preferir.
                                          Concordo que se deva fazer um esforço para comprar produtos nacionais, mas esse esforço deve na minha opinião ser comedido para "obrigar" os produtores nacionais a ser competitivos.

                                          Comentário


                                            #22
                                            Originalmente Colocado por eu Ver Post
                                            As cooperativas, embora teoricamente sejam uma boa ideia, não funcionam na prática.

                                            Basta ver a quantidade de cooperativas que faliram nos últimos tempos.
                                            Sim há muito essa ideia por cá, infelizmente para nós e felizmente para os produtores Franceses, Ingleses e Alemães, que não acreditam nessas tretas...

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                                              #23
                                              Mas o mesmo se passa na agricultura e nas pescas...

                                              Os produtores queixam-se que ganham mal, que quem ganha são os intermediários, mas não se mexem para mudar a situação.
                                              Não se organizam para que o processo seja deles, nomeadamente através das associações (para mim só enchem os bolsos e fazem umas manif. já que não atacam os problemas).

                                              Depois é vê-los a mandar peixe, leite, etc, para a rua...

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                                                #24
                                                Eu como consumidor não acho que Agros seja igual a Mimosa.

                                                Será só a embalagem que muda? É que a Qimonda fazia memórias e não são todas iguais.

                                                As da PS3 eram 1 coisa, as kingston outra e as para os chineses.

                                                Isto falando como fabricante.

                                                Como consumidor, o sabor da Mimosa é diferente e já experimentei várias vezes mesmo sem saber o pacote de origem.

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                                                  #25
                                                  Originalmente Colocado por Nthor Ver Post
                                                  Sim há muito essa ideia por cá, infelizmente para nós e felizmente para os produtores Franceses, Ingleses e Alemães, que não acreditam nessas tretas...
                                                  Originalmente Colocado por Valium Ver Post
                                                  Mas o mesmo se passa na agricultura e nas pescas...

                                                  Os produtores queixam-se que ganham mal, que quem ganha são os intermediários, mas não se mexem para mudar a situação.
                                                  Não se organizam para que o processo seja deles, nomeadamente através das associações (para mim só enchem os bolsos e fazem umas manif. já que não atacam os problemas).

                                                  Depois é vê-los a mandar peixe, leite, etc, para a rua...
                                                  Supostamente a AGROS, LACTOGAL e LACTICOOP, são cooperativas.

                                                  Agros-União das Cooperativas dos Produtores de Leite de Entre Douro,Minho e Trás-Os-Montes UCRL


                                                  Mas ...

                                                  1. Apresentação da empresa

                                                  Antecedentes e história

                                                  A LACTOGAL nasce como um movimento das cooperativas perante a ameaça de empresas estrangeiras (em particular da PARMALAT) que procuravam aliciar os produtores. Resulta da integração da PROLEITE (Mimosa), da AGROS e da LACTICOOP (Gresso) (neste documento, designadas genericamente por “cooperativas”).

                                                  Note-se que a PROLEITE era uma “cooperativa” (CRL) tendo portanto uma relação directa com os associados lavradores (produtores) mas tanto a AGROS como a LACTICOOP eram uniões de cooperativas (UCRL), relacionando-se assim directamente com as cooperativas propriamente ditas.

                                                  As cooperativas (ou federações de cooperativas) desempenham um importante papel de apoio “social” aos produtores, através da garantia de recolha de toda a produção, mas também na área sanitária (disponibilização de veterinários, instalação de salas de ordenha, etc.).

                                                  De facto, o processo de integração que deu origem à actual LACTOGAL foi dinamizado pela PROLEITE e teve início em Janeiro de 1996. Como sócios entraram as cooperativas que se uniram à, na altura, LACTOGAL que já existia desde 1993, criada pela PROLEITE e pela LACTICOOP para funcionar na zona de Lisboa, no sector HORECA (Hotelaria, Restauração e Catering).

                                                  1ª fase do processo de integração

                                                  O processo de integração decorreu em duas fases principais.

                                                  A primeira destas fases (que, como referido teve início em Janeiro de 1996) envolveu a integração das áreas comerciais . Aproveitando a existência da estrutura LACTOGAL, as cooperativas deixaram de vender directamente aos seus clientes e passaram a comercialização para a LACTOGAL.

                                                  De facto, a PROLEITE “antecipara” já este movimento, tendo-se desagregado em várias empresas, o que permitiu uma gestão mais dinâmica e rentável, e a criação de uma máquina comercial mais poderosa. Estas empresas eram: a PROLEITE Distribuição e Comércio SA (que comprava a produção, comercializava os produtos e geria a frota de distribuição); a PROLEITE Produtos Lácteos SA (as unidades industriais); a PROLEITE CRL (que geria a compra do leite e através da qual se estabelecia a relação com os produtores); e a PROLEITE SGPS (detida a 100% pela CRL e detentora de parte significativa do capital da Distribuição e Comércio e dos Produtos Lácteos).

                                                  Durante 1996, as cooperativas produziam e vendiam os produtos à LACTOGAL. Mantiveram-se as marcas e as estruturas de distribuição, com pequenas alterações para evitar duplicações.

                                                  Nesta primeira fase, as cooperativas trouxeram para a LACTOGAL os stocks, as frotas e algumas delegações comerciais, tendo a facturação em 1996 rondado os 74 milhões de contos. A estrutura humana resultou da integração das pessoas das diferentes empresas, e com algumas adaptações das estruturas comerciais, foi possível prosseguir uma actividade comercial dinâmica e sem grandes quebras.

                                                  2ª fase do processo de integração

                                                  Em 1997, processa-se a integração das áreas industriais, acompanhada de um novo aumento de capital, em espécie, para 20 milhões de contos. As unidades fabris em 1997 eram as provenientes da AGROS: Vila do Conde, Leça (leite pasteurizado), Chaves e Macedo de Cavaleiros; da PROLEITE: Oliveira de Azeméis; da LACTICOOP: Tocha e Sanfins/Sever do Vouga (queijos). Todas estas unidades possuíam armazém. Além disso, um conjunto de delegações comerciais (para armazenamento e distribuição) em Vila Real, Viseu, Coimbra, Leiria, Frielas, Beja, Faro, Seixal e Ponta Delgada.

                                                  As pessoas passaram de 900 para 2300. Procurou-se evitar a duplicação de delegações.

                                                  Em meados de 1997, tiveram início as deslocalizações da produção, com um processo de especialização das fábricas. Foi ainda definida uma opção estratégica no sentido da internacionalização.

                                                  Foi adquirida uma parte significativa da Martins & Rebelo – marcas Castelões (queijos) e PRIMOR (queijos e manteiga).

                                                  Foi criada uma sucursal em Madrid, com o objectivo de escoar os excedentes de leite.

                                                  Em Moçambique, foi reconstruída uma fábrica (UMBELUZI), equipada com recursos duplicados (com o processo de integração). Que arrancou em finais de 1998.

                                                  Foram adquiridas participações maioritárias na empresa de águas ETANOR (Guimarães) detentora da marca “Serra da Penha” e na PRONICOL (Açores), empresa de lacticínios (queijos e manteiga).

                                                  Em 1998, consumou-se o processo de consolidação, com importantes reorganizações internas (renovação parcial da frota, transferências de equipamentos entre fábricas). O volume global de vendas foi de 103.9 milhões de contos, correspondendo a uma variação de 6.3% em relação ao ano anterior de 1997, em que o valor foi de 97.7 milhões de contos. Resultado da opção de internacionalização, as exportações ascenderam a cerca de 15.1 milhões de contos (78% correspondentes ao mercado espanhol), registando um aumento de 4 milhões de contos em relação ao ano anterior.

                                                  Situação actual e perspectivas futuras

                                                  Numa segunda fase, foi feita uma entrada significativa de capitais, sendo hoje o capital de 30 milhões de contos.

                                                  Em 1999, a LACTOGAL teve uma facturação líquida da ordem dos 110 milhões de contos (bruta de cerca de 130 milhões).

                                                  O consumo de leite e seus derivados tem crescido a muito bom ritmo ao longo dos últimos anos. Actualmente, Portugal está já na média europeia, no que respeita ao consumo de leite, mas está ainda muito abaixo dessa média no que respeita aos derivados. Tal facto significa naturalmente que existe um grande potencial de mercado neste sector.

                                                  80% dos lacticínios consumidos no país são geridos pela LACTOGAL.

                                                  Áreas potenciais de crescimento: sumos, queijos e iogurtes.


                                                  Completo:
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                                                  Comportam-se como "monopolistas".


                                                  Uma luta que vem detrás

                                                  Grupo de produtores de leite exige demissão da direcção da Lacticoop

                                                  Coimbra, 03 Abr
                                                  Um grupo de produtores de leite de cooperativas associadas da Lacticoop exigiu hoje, em Coimbra, a demissão da direcção desta organização, acusando-a de "estar ao serviço de interesses pessoais e de alguns horticultores".
                                                  "Pedimos que a actual direcção se demita pois não serve os interesses dos produtores [de leite], mas interesses pessoais e de alguns horticultores", afirmou em conferência de imprensa, Pedro Pimenta, da Cooperativa Agrícola de Coimbra, que lamentou a ausência dos directores da Lacticoop nesta iniciativa, para a qual disse terem sido convidados.
                                                  Vítor Tomás, da empresa LP, outro dos promotores, disse que o grupo de cerca de duas dezenas de participantes na sessão estava "em representação de produtores de toda a área social da Lacticoop" (União de Cooperativas de Produtores de Leite Entre Douro e Mondego).
                                                  Num texto lido na sessão, a direcção da Lacticoop é censurada por financiar a instalação em Arazede, Montemor-o-Velho, de uma central hortícola, "ficando por apoiar" projectos específicos dos produtores de leite, como o LIDA e a recria de novilhas na quinta da Capa Rota, e intervenções a nível da remodelação das vacarias e da aquisição de quota leiteira sem juros e de equipamentos para tratamento e armazenamento de efluentes.
                                                  "Não estamos contra a central hortícola mas contra sermos nós a financiá-la", protestou Vítor Tomás na sessão, que se realizou no Idarc (Instituto para o Desenvolvimento Agrário da Região Centro).
                                                  Pedro Pimenta considerou "muito estranho" que o anúncio da central hortícola, um investimento de perto de 15 milhões de euros, tenha coincidido com a descida do preço do leite ao produtor, considerando existir a "intenção clara de desviar dinheiro para outros projectos".
                                                  O presidente da direcção da Lacticoop, Joaquim Cardoso, negou estarem a ser desviadas verbas dos produtores de leite para a central hortícola, adiantando que o projecto tem 30% do financiamento a fundo perdido e o restante é assegurado pelo Estado e entidades bancárias.
                                                  "Estamos tranquilos e conscientes de que estamos a gerir bem.
                                                  A central hortícola é uma alternativa pedida, ao longo dos anos, pelos nossos produtores de leite que deixaram a produção", afirmou em declarações à agência Lusa.
                                                  Em relação à descida do preço do leite, Joaquim Cardoso disse que era inevitável devido ao excesso de produção e sobre a participação de seu filho no projecto da central alegou que tem "uma formatura em gestão de empresas e experiência profissional na área".
                                                  "O projecto das hortícolas foi aprovado num conselho consultivo da Lacticoop, é um projecto novo com produtos de quarta gama, que é o que o mercado quer", sustentou.
                                                  Sobre a exigência de demissão da actual direcção, o presidente da Lacticoop disse que "não são os produtores que a podem demitir, teriam de ser as cooperativas".
                                                  "É meia dúzia de produtores que andam a ser comandados por alguém aí de Coimbra", afirmou, ao desvalorizar a conferência de imprensa.
                                                  De acordo com Pedro Pimenta, este grupo representa "a nata dos produtores de leite da Lacticoop", sendo dos maiores dos "2500 a 3000" produtores das cerca de 22 cooperativas que integram a organização.
                                                  A primeira pedra da central hortícola da Beira Litoral, um projecto conjunto da Lacticoop e da Agros, foi lançada há uma semana pelo ministro da Agricultura, Jaime Silva, tendo sido objecto, na ocasião, de uma acção de protesto de produtores de leite.
                                                  Link

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                                                    #26
                                                    Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                                                    Já agora seria intressante saber o que esse comercial da Lactogal tem a dizer sobre esta informação e diferenciação entre AGROS-MIMOSA-GRESSO.

                                                    Por acaso nunca falamos acerca disso, não calhou, amanhã até tenho que falar com um colega dele e se tiver oportunidade até lhe pergunto.

                                                    Mas é natural que aconteça isso, se a Lactogal só tem uma fabrica que embala leite UHT por exemplo e existindo várias marcas do mesmo grupo é natural que saiam todas da mesma linha. O que pode acontecer é que a matéria prima seja diferente para cada uma das marcas.

                                                    Eu que já consumi dessas 3 marcas e na minha opinião o leite UHT meio-gordo Agros é um pouco melhor que os outros 2, esses sim para mim são iguais.

                                                    Quando abri o tópico a minha ideia até era mais discutir se valia a pena uma familia com algumas dificuldades pagar um pouco mais e tentar defender a industria de lacticinios nacional, que apesar de tudo ainda dá trabalho a uns milhares de pessoas, ou então poupar uns euros e optar por um produto estrangeiro.

                                                    E fazer tambem uma outra aproximação, em Portugal parte da produção de leite ainda é "artesanal" ou seja produtores com poucos animais cada um, que até andam no campo em oposição a um grande produtor que mantem os animais em estabulos com milhares de animais, o dia todo, à semelhança dos frangos de aviário.

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                                                      Supostamente a AGROS, LACTOGAL e LACTICOOP, são cooperativas.

                                                      Agros-União das Cooperativas dos Produtores de Leite de Entre Douro,Minho e Trás-Os-Montes UCRL


                                                      Mas ...




                                                      Comportam-se como "monopolistas".


                                                      Uma luta que vem detrás
                                                      Como dizes supostamente. Querem lá eles saber do gajo que tem a vaca...

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por nelito Ver Post
                                                        Por acaso nunca falamos acerca disso, não calhou, amanhã até tenho que falar com um colega dele e se tiver oportunidade até lhe pergunto.

                                                        Mas é natural que aconteça isso, se a Lactogal só tem uma fabrica que embala leite UHT por exemplo e existindo várias marcas do mesmo grupo é natural que saiam todas da mesma linha. O que pode acontecer é que a matéria prima seja diferente para cada uma das marcas.

                                                        Eu que já consumi dessas 3 marcas e na minha opinião o leite UHT meio-gordo Agros é um pouco melhor que os outros 2, esses sim para mim são iguais.
                                                        Quase que te garanto que são 100% iguais.

                                                        As linhas de enchimento provêm das mesmas cubas em Inox.
                                                        Aliás, eles não andam a li para perder €€€ e quando querem nos hipermercados o Agros é vendido ao mesmo valor do Mimosa, havendo quase sempre uma diferença de 1 ou 2 centimos para o Gresso, quase sempre, quando não estão as 3 marcas ao mesmo preço, isto em campanha, porque nos outros dias pagas com diferença.



                                                        Quando abri o tópico a minha ideia até era mais discutir se valia a pena uma familia com algumas dificuldades pagar um pouco mais e tentar defender a industria de lacticinios nacional, que apesar de tudo ainda dá trabalho a uns milhares de pessoas, ou então poupar uns euros e optar por um produto estrangeiro.
                                                        Coloca a ideia ao contrário.


                                                        Porque é que em tempos de crise a industria de lacteos nacionial não acompanha os preços das empresas estrangeiras ?

                                                        Além de não perderem quota de mercado (mantendo assim a sua actividade em pleno), ainda contribuiam para ajudar quem tem dificuldades.

                                                        Leite de Espanha, França, Alemanha, Polónia.
                                                        Manteiga da Bélgica, Espanha, França.

                                                        E tudo a preços mais baixos.

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          Originalmente Colocado por Valium Ver Post
                                                          Como dizes supostamente. Querem lá eles saber do gajo que tem a vaca...
                                                          Claro, não são eles que fazem a cooperativa.

                                                          Comentário


                                                            #30
                                                            Originalmente Colocado por Excalibur Ver Post
                                                            Claro, não são eles que fazem a cooperativa.

                                                            Eu bem sei que cada produtor não consegue negociar, mas para tal existiam as ditas, que negociavam, agora com isto:

                                                            1ª fase do processo de integração

                                                            O processo de integração decorreu em duas fases principais.

                                                            A primeira destas fases (que, como referido teve início em Janeiro de 1996) envolveu a integração das áreas comerciais . Aproveitando a existência da estrutura LACTOGAL, as cooperativas deixaram de vender directamente aos seus clientes e passaram a comercialização para a LACTOGAL.
                                                            Deixaram que a Lactogal se torna-se dona e senhora... parece-me.

                                                            Comentário

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