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1ª Tarde Portuguesa

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    1ª Tarde Portuguesa

    Enquanto uma boa parte do país se diverte com martelinhos e alho-pôrro em celebração ao solstício de Verão, e que a Igreja Católica haveria de consagrar ao Apóstolo João, Guimarães também festeja o seu dia mas por outros motivos: o seu contributo para este "jardim à beira-mar plantado" a que chamamos "nosso", e que, com toda a propriedade, deveria ser "o" Dia de Portugal.

    24 de Junho de 1128 - Batalha de S. Mamede

    "A primeira tarde portuguesa", numa feliz observação de José Mattoso, pois os destinos do que é agora o nosso país ficariam traçados pela acção de D. Afonso Henriques e das famílias nobres que o apoiaram nesta aventura que dura há quase novecentos anos.

    Guimarães representa o embrião da Nação onde se increvem os primeiros sinais de um grupo de gente com um sentimento colectivo, por oposição aos seus vizinhos galegos e castelhanos. Uma ideia de autonomia que progressivamente se afirmará, ganhando maturidade, já que o fenómeno nacional é um processo histórico contínuo e escalonado no tempo. Não se pode ignorar o papel activo da Reconquista enquanto definidor da autoridade militar e da organização política em torno do Rei.

    Por isso, neste dia, Guimarães ganha outra côr e dinamismo.
    Espero que as imagens, tiradas daqui e daqui vos façam sentir parte da História e vos incitem a uma visita.







    #2
    Obrigado por nos lembrar dessa tão importante data.


    Comentário


      #3
      Se tivesses lembrado ontem, hoje estava lá... assim estou aqui apreciar o debate no parlamento.


      Como diz o "outro" mais vale tarde que nunca.

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        #4
        Bem lembrado sim sr.

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          #5
          Hehe. Bem lembrado.

          Mas será mesmo essa a primeira tarde portuguesa?

          Porque não no dia da assinatura do Tratado de Zamora?

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            #6
            Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
            Mas será mesmo essa a primeira tarde portuguesa?
            Porque não no dia da assinatura do Tratado de Zamora?
            Como é bom de ver, foi a 24 de Junho de 1128 que todo o processo se desencadeou - a afirmação militar de um percurso político distinto até ao de então - e porque em 1143, para simplificar, já muita água tinha corrido debaixo da ponte...

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              #7
              Originalmente Colocado por ClioII Ver Post
              Hehe. Bem lembrado.

              Mas será mesmo essa a primeira tarde portuguesa?

              Porque não no dia da assinatura do Tratado de Zamora?

              Há várias celebrações a ter em conta.

              Dia da Nação. Portugal nasce em 5 Outubro de 1143

              O Reconhecimento do "Reino" de Portugal - aniversário dos 829 anos


              1143 Tratado que Formalmente reconhece Portugal como um Estado Independente

              1179 Ratificado oficialmente pelo Papa


              A Batalha é o inicio para o resto, sem que formalmente represente independência ou existência como tal.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por cobola Ver Post
                Como é bom de ver, foi a 24 de Junho de 1128 que todo o processo se desencadeou - a afirmação militar de um percurso político distinto até ao de então - e porque em 1143, para simplificar, já muita água tinha corrido debaixo da ponte...
                Apesar da Batalha nesse dia ainda não havia Portugueses Independentes, mas sim pretensões a tal.

                Isso é o começo.

                Mas sim, é uma data importante e a celebrar.

                Comentário


                  #9
                  Originalmente Colocado por cobola Ver Post
                  Como é bom de ver, foi a 24 de Junho de 1128 que todo o processo se desencadeou - a afirmação militar de um percurso político distinto até ao de então - e porque em 1143, para simplificar, já muita água tinha corrido debaixo da ponte...
                  Se for por aí então vamos ter que recuar ainda mais e recordar o Conde galego que dava pelo nome de Vimara Peres, foi com ele que o condado demonstrou pela primeira vez vontade de se tornar independente só que os descentes de Vimara Peres não tiveram tanta sorte na guerra e foram derrotados pelo Rei Garcia da Galiza.

                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por ManuelBarbosa Ver Post
                    Se for por aí então vamos ter que recuar ainda mais e recordar o Conde galego que dava pelo nome de Vimara Peres, foi com ele que o condado demonstrou pela primeira vez vontade de se tornar independente só que os descentes de Vimara Peres não tiveram tanta sorte na guerra e foram derrotados pelo Rei Garcia da Galiza.
                    De recuo em recuo... e de ses em ses...
                    Vimara Peres foi um povoador que, entre outras coisas importantes, fundou o burgo de Vimaranes. Desbravou o terreno no quadro da Reconquista, mas era um senhor da guerra ao serviço de Afonso III, das Astúrias. Merece ser recordado, com efeito, não devessemos o nosso epíteto a ele.

                    Diferente foi a Batalha de S. Mamede pois representa uma ruptura.
                    Representa uma arrogância para com os direitos e deveres feudais, nomeadamente para com Afonso VII, Rei de Leão e Castela, a quem cabia a posse do feudo do Condado Portucalense (este rei, irado com a afronta, viria a cercar o castelo de Guimarães exigindo submissão, o que originará o episódio do aio Egas Moniz).

                    Representou uma emancipação evidente, um trilhar de um novo caminho político, distinto daquele ocorrido até então.

                    O início de uma caminhada que haveria de culminar com o reconhecimento da independência no Tratado de Zamora, em 1143, e confirmado pela Bula «Manifestis probatum», em 1179.
                    Marcos históricos, por certo, mas que são uma consequência natural de um processo já lançado de trás, em movimento, iniciado factualmente a 24 de Junho de 1128.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por cobola Ver Post
                      De recuo em recuo... e de ses em ses...
                      Vimara Peres foi um povoador que, entre outras coisas importantes, fundou o burgo de Vimaranes. Desbravou o terreno no quadro da Reconquista, mas era um senhor da guerra ao serviço de Afonso III, das Astúrias. Merece ser recordado, com efeito, não devessemos o nosso epíteto a ele.

                      Diferente foi a Batalha de S. Mamede pois representa uma ruptura.
                      Representa uma arrogância para com os direitos e deveres feudais, nomeadamente para com Afonso VII, Rei de Leão e Castela, a quem cabia a posse do feudo do Condado Portucalense (este rei, irado com a afronta, viria a cercar o castelo de Guimarães exigindo submissão, o que originará o episódio do aio Egas Moniz).

                      Representou uma emancipação evidente, um trilhar de um novo caminho político, distinto daquele ocorrido até então.

                      O início de uma caminhada que haveria de culminar com o reconhecimento da independência no Tratado de Zamora, em 1143, e confirmado pela Bula «Manifestis probatum», em 1179.
                      Marcos históricos, por certo, mas que são uma consequência natural de um processo já lançado de trás, em movimento, iniciado factualmente a 24 de Junho de 1128.
                      Eu já sei que Vimara Peres foi um senhor da guerra ao serviço do Rei das Asturias, após a sua morte o Condado de Portucale (não confundir com Condado Portucalense) ficou sob administração dos seus descendentes e foi durante essa administração que começaram a surgir os primeiros desejos de ter mais independencia em relação a Galiza, desejos esses que levaram Nuno Mendes II a reclamar a independencia e o titulo de rei de Portugal como consequencia o Rei Garcia II da Galiza envade o condado em 1071 e na Batalha de Pedroso, Nuno Mendes perdeu a batalha, a vida e o condado deixou de existir pois passou a fazer parte integrante do territorio do reino da Galiza.

                      Só mais tarde em 1096 é que Afonso VI, rei de Leão e Castela (Afonso VI na altura já se tinha apoderado dos reinos de Leão e Galiza que era liderados pelos seus irmãos Sancho e Garcia), ofereceu o Condado Portucalense ao Conde D. Henrique de Borgonha.

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