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"Um retrato do Portugal bucólico" - Uma viagem pelas Praias Fluviais da região centro

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    "Um retrato do Portugal bucólico" - Uma viagem pelas Praias Fluviais da região centro

    O caminho que as águas do Rio Zêzere percorrem desde da Serra da Estrela, onde nascem, até Constância, mais propriamente no Rio Tejo, onde desaguam, é sempre feito por paisagens deslumbrantes e por um património natural inigualável, que fazem do segundo maior rio inteiramente português, um dos mais belos deste país. Nem as três barragens que instalaram ao longo da sua extensão estragam a fotografia. Mesmo que ela seja tirada por uma câmera de vídeo, como infelizmente é o caso. Portanto há que dar o desconto a este facto e tentar imaginar que as cores reais são bem mais apelativas.
    Por esta altura do ano as praias fluviais que banham o Zêzere e seus afluentes são claramente uma boa alternativa às enchentes das suas congéneres do litoral. Mesmo assim não deixam de marcar presença, em algumas destas praias, as famílias “numerosamente” barulhentas e os emigrantes franceses e suíços que fazem questão de partilhar com toda a comunidade de banhistas a sua língua de recurso, que é uma espécie de francêsaportuguesado, muito usada por esta zona do centro-beiras no mês de Agosto. N’est ce pas, amigôs?
    No entanto se este fosse o maior inconveniente de algumas praias fluviais estaríamos nós efectivamente no paraíso, mas a questão é que cheguei a deparar-me com algumas situações de maus acessos, indicações nulas ou minimalistas, instalações medíocres e algumas deficiências a nível de segurança. É certo que quem recorre a estas praias não pode esperar ter as mesmas condições de uma praia comummente designada “normal”. Estou também convicto de que alargaram demasiado o âmbito da definição de “praia fluvial” ao ponto de alguns espaços com tal designação não serem mais do que uma piscina pública - a Praia das Rocas, em Castanheira de Pêra, é a primeira praia que conheço onde se paga para entrar e em que se faz a sua respectiva limpeza com cloro! Onde já vi isto? Também vi alguns casos em que a tal “praia” não era mais do que uma espécie de tanque com um riacho nas extremidades (Ana de Aviz, Aldeia Ruiva, entre outras). Mas, por outro lado, também deparei-me com algumas das mais bonitas praias de Portugal. E tudo isto para dizer que da Praia das Rocas à Praia do Poço Corga, há muito mais do que os 3 Km´s reais a separá-las.

    O percurso começou por uma recém-congratulada com uma "Bandeira Azul": a Praia de Aldeia do Mato (junto da albufeira da Barragem de Castelo de Bode). Os seus bungalows modernos nas encostas marcam a paisagem; qual aldeia de xisto, malta, isto é que é o verdadeiro turismo rural do século XXI! (ironic mode)



    Segui em direcção a Sertã, fazendo um desvio para Proença-a-Nova de forma a poder visitar as praias de Aldeia Ruiva e Malhadal. A primeira ganha nas infra-estuturas adjacentes, a segunda na paisagem. Regresso ao IC8 em busca da gigantesca Barragem do Cabril e de alguma praia que me encantasse na zona de Pedrogrão Grande. Mal sabia eu que a boa surpresa viria só depois de passar por Figueiró dos Vinhos. Depois de ter dado um mergulho na Praia de Ana de Aviz (boas condições mas excessivamente frequentada) "subo" até à belíssima Praia das Fragas de S. Simão. Aqui finalmente sinto o ambiente bucólico que estava a espera de encontrar numa praia desta natureza e tudo o resto pareceu-me perfeito: agua límpida, florestação abundante e com serviços de apoio básicos.




    Parto em direcção de Castanheira de Pêra. A Praia das Rocas fica no interior da vila e, por tal, acabou por ser a praia mais facilmente localizável. Das praias que visitei é, também, a que apresentou melhores condições de segurança, o melhor serviço de bar e nadadores-salvadores em concentrado. Um verdadeiro "luxo" a cerca de 5 euros por entrada.


    Já a caminho da Serra da Lousã podemos encontrar a Praia de Poço Corga. Esta magnífica praia é o local ideal para terminar um dia em cheio. Com um bom restaurante e um parque de campismo mesmo ali ao lado, o que é que podia pedir mais? Só mesmo adormecer ao som da água a descer pelas cascatas da praia. Foi tal e qual. Mas só depois de um bando de putos campistas "charrados" ter deixado de fazer barulho do outro lado do rio.



    #2
    O dia seguinte começou com uma subida à Serra da Lousã, com algumas paragens para debicar umas amoras selvagens, beber água fresquinha, que jorrava das fontes naturais e contemplar as aldeias de xisto e restante paisagem.


    (Aerogeradores, um mal (paisagístico) necessário também a deixar marcas na Serra da Lousã)

    O objectivo inicial deste percurso pela Lousã era o de alcançar mais directamente o acesso para as praias da zona de Arganil, justamente do outro lado da cordilheira. Só que já no percurso de descida avistei um castelo que me despertou a curiosidade. Estava localizado na Praia da Sra. da Piedade e valeu a pena todas as curvas e contracurvas que levaram-me até lá: imagine-se, uma praia fluvial em plena Serra da Lousã! Ao meio da manhã já estava bem composta em termos de banhistas, sendo metade deles motards que fizeram uma pequena fuga da concentração de Góis, por onde, aliás, mais tarde viria a passar. Um conselho: como o estacionamento junto à praia é limitadíssimo, aconselho a deixar o veículo no parque do castelo e fazer o restante percurso da descida, até à zona do riacho, a pé.







    Já no centro da Lousã, foi fácil aceder à estrada que me iria levar a Góis. Esta viagem, igualmente repleta de curvas – aliás, este segundo dia foi marcado por elas ou não estivesse eu a atravessar uma zona montanhosa – foi sempre feita na companhia de motociclistas que se dirigiam para a concentração anual. Estava um calor infernal e nunca uma viagem de duas rodas pareceu-me ser tão apetecível. Quando cheguei à referida vila optei em ir visitar a Praia das Canaveias, em detrimento da Praia da Peneda, e desta forma acabar por passar pelo espaço da concentração. Motas e mais motas, tendas e mais tendas e quilómetros mais à frente, percebo que a realização desta festa também deixava marcas na praia que fui visitar. De qualquer forma, com o ambiente ao rubro, também não podia deixar de me refrescar nesta bonita praia fluvial.
    Já da parte da tarde segui em direcção de Arganil e da muito formosa e bem frequentada Praia de Côja. Excelente timing para ultrapassar a temperatura que não parava de subir, recuperar o fôlego e partir em busca das praias com os acessos mais difíceis de toda esta viagem.



    As estreitas estradas da Serra do Açôr não me permitiram contemplar à vontade a espectacular paisagem que a circunda, para além de que não aconselho a quem tenha vertigens a fazer este atribulado percurso.



    Finalmente, chegando à Praia de Pomares, questiono-me se valeu a pena tanto “tormento” de curva e contracurva Esta praia fluvial é pouco mais que uma espécie de piscina pública onde as pessoas ficam por ali, obrigatoriamente, sentadas nos intervalos dos seus banhos. Tem um parque infantil, é servida por um bar/esplanada à sombra e pouco mais.



    Ultrapassada a desilusão, regresso à aventura, de forma a chegar ao meu último novo destino do dia: a famosa aldeia histórica do Piódão. Até lá mais estradas íngremes sem protecções laterais, algumas casas de xisto e poucos vestígios do ser humano. Chegando a Piódão permitiu constatar todo o alarido à volta desta terra. É de facto magnífica. Infelizmente, ainda há obras em curso nas estradas que dão acesso ao centro e, por falta de infra-estruturas, a Praia de Piódão foi, este ano, interdita a banhos.



    Para o fim do dia, já no caminho de regresso, o tempo mudou radicalmente: o céu azul deu lugar a muitas nuvens e, ainda não tinha chegado a Arganil, já caíam algumas gotas de chuva no pára-brisas do carro. A precipitação intensificou-se. Mau para a condução em estradas desconhecidas e péssimo, sobretudo, para os motards do acampamento e da concentração de Góis. Era vê-los parados nas bermas a aguardar por melhores condições...
    A noite serviu para não muito mais do que tentar ter uma refeição em condições – num “típico” restaurante de Castanheira de Pêra, às 22:00, não havia outra opção que esse “típico” prato da região chamado... “Esparguete à bolonhesa” - e planear o trajecto do último dia de viagem.

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      #3
      Amanhã publico o último relato desta curta viagem.

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        #4
        Excelente tópico, tenho de passar cá mais logo para escrever e por algumas fotos.

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          #5
          Fantástico relato!

          Fiquei com vontade de fazer algo do género...

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            #6
            Originalmente Colocado por NunoMCCII Ver Post
            Excelente tópico, tenho de passar cá mais logo para escrever e por algumas fotos.
            Porreiro!
            Aliás agradecia que sugerissem mais praias (ou outros pontos de interesse) desta zona. Estou com uma vontade enorme de lá voltar e descobrir novos locais.

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              #7
              Ui, até me está a dar vontade de fazer o mesmo périplo.

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                #8
                Originalmente Colocado por portishead Ver Post

                Já no centro da Lousã, foi fácil aceder à estrada que me iria levar a Góis. Esta viagem, igualmente repleta de curvas – aliás, este segundo dia foi marcado por elas ou não estivesse eu a atravessar uma zona montanhosa – foi sempre feita na companhia de motociclistas que se dirigiam para a concentração anual. Estava um calor infernal e nunca uma viagem de duas rodas pareceu-me ser tão apetecível. Quando cheguei à referida vila optei em ir visitar a Praia das Canaveias, em detrimento da Praia da Peneda, e desta forma acabar por passar pelo espaço da concentração. Motas e mais motas, tendas e mais tendas e quilómetros mais à frente, percebo que a realização desta festa também deixava marcas na praia que fui visitar. De qualquer forma, com o ambiente ao rubro, também não podia deixar de me refrescar nesta bonita praia fluvial.



                Conheço bem Góis ( os meus sogros são de lá e temos lá casa) e nunca fui a essa praia nem faço ideia onde seja!

                As praias que conheço em Góis são a da Peneda onde fica a esplanada, a do Pêgo Escuro (a montante) e a do Cerejal que fica a jusante junto à entrada do recito onde fazem a concentração e as feiras.

                Vou procurar algumas fotos.

                Comentário


                  #9
                  Algumas que fui buscar ao tópico das moto 4.




                  Comentário


                    #10
                    Originalmente Colocado por NunoMCCII Ver Post
                    Conheço bem Góis ( os meus sogros são de lá e temos lá casa) e nunca fui a essa praia nem faço ideia onde seja!

                    As praias que conheço em Góis são a da Peneda onde fica a esplanada, a do Pêgo Escuro (a montante) e a do Cerejal que fica a jusante junto à entrada do recito onde fazem a concentração e as feiras.

                    Vou procurar algumas fotos.
                    Depois de uma pesquisa no Google já descobri que essa praia afinal não é mesmo em góis é em Vila Nova do Ceira!

                    Praia Fluvial Canaveias - Praias - Góis -

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                      #11
                      Apesar de não gostar de praias fluviais, conheço esta, e aconselho.

                      Praia fluvial do Alamal (Gavião-Belver) | Portugal Notável - Uma nova dimensão

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                        #12
                        Eu não gosto de praias fluviais para ir a banhos, porque perdi um grande amigo e colega numa e fiquei um pouco traumatizado mas para passear e apreciar as paisagens é fantástico, algumas ja conhecia outras não.

                        Excelente tópico.

                        Comentário


                          #13
                          Originalmente Colocado por ragazzito Ver Post
                          Eu não gosto de praias fluviais para ir a banhos, porque perdi um grande amigo e colega numa e fiquei um pouco traumatizado mas para passear e apreciar as paisagens é fantástico, algumas ja conhecia outras não.

                          Excelente tópico.
                          Por isso é que estas de Góis são uma maravilha para miúdos e graúdos, tens pé em 99% dos sítios.

                          Aquelas tipo tanque em que não tens pé em lado nenhum tb não me cativam embora saiba nadar.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por NunoMCCII Ver Post
                            Depois de uma pesquisa no Google já descobri que essa praia afinal não é mesmo em góis é em Vila Nova do Ceira!

                            Praia Fluvial Canaveias - Praias - Góis -
                            Sim, mas fica muito perto de Góis e, com tanta mota à volta, nem dei por ter entrado noutra localidade.

                            Comentário


                              #15
                              Parabéns, Excelente tópico.

                              Vou ter que dar uns passeios por essa zona!

                              Comentário


                                #16
                                Originalmente Colocado por NunoMCCII Ver Post
                                Por isso é que estas de Góis são uma maravilha para miúdos e graúdos, tens pé em 99% dos sítios.

                                Aquelas tipo tanque em que não tens pé em lado nenhum tb não me cativam embora saiba nadar.
                                Verdades. Nesse aspecto também há uma grande diferença entre as várias praias que visitei e considero que não haja praias 100% perfeitas. Nas praias em que se tem pé em quase toda a superfície também tem as pedras afiadas no fundo para magoar os pés. Nas outras, há a desvantagem de só mesmo junto às margens é que se consegue ter pé. No entanto, excepto nas que ficam mais junto das barragens, a agua é transparente e podemos saber sempre o que contar.

                                Comentário


                                  #17
                                  Parabéns pela discrição e fotos ! É uma preciosa ajuda para quem se queira "aventurar" a conhecer a região centro. Grande parte dos sitios que referiste também os conheço e realmente toda a região e locais indicados merecem uma visita.

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                                    #18
                                    No terceiro e último dia de viagem, aproximava-se o momento de regresso a casa e, por isso, sobrava pouco tempo para explorar locais desconhecidos. Sobretudo se essas zonas ficassem pouco acessíveis e onde poderia perder parte do tempo a encontrá-las. Assim, jogando pelo seguro, comecei o dia por voltar a aproximar-me das margens do Rio Zêzere.
                                    Ou não estivéssemos em pleno mês das romarias, ao longo desta viagem passei por várias aldeias e vilas onde se realizavam as suas festas anuais. Uma delas encontrei no percurso entre Figueiró dos Vinhos e Cernache de Bonjardim. Esta captou-me a atenção pela curiosa forma de decoração dos arcos que percorriam e alegravam as ruas da localidade.



                                    Para além desta engraçada surpresa, este caminho deu-me o privilégio de poder contemplar a bela Barragem da Bouçã e a constatação do reencontro com o Zêzere.

                                    Aproximava-se o meio-dia e a já alta temperatura convidava a um primeiro banho do dia. Era pertinente encontrar um bom local para o efeito. A escolha recaiu sobre a Foz da Sertã. O desvio da estrada nacional faz-se por uma estreita estrada secundária sempre a descer, no sentido da ribeira da Sertã. Foi nesta zona que em tempos (final do séc. XIX) iniciou-se no local uma exploração de água mineral muito apreciada pelas suas características medicinais. Mais tarde foi construído um hotel termal e uma fábrica de engarrafar água. No entanto, tudo isso foi abandonado e esses dois edifícios encontram-se em elevado estado de degradação. Foi isso que encontrei assim que cheguei à zona da Foz. Ainda assim, não deixa de ser um local lindíssimo para dar um mergulho, ou um passeio de caiaque ou de barco, ou simplesmente apreciar as encostas do Zêzere. Aqui há a vantagem de ser uma àrea muito pouco frequentada e a sua água transparente estar a uma excelente temperatura.



                                    Entretanto chegou a hora de ir conhecer a vila de Ferreira do Zêzere. A ideia era abastecer-me de alguma comida num qualquer supermercado da zona e passar o resto da tarde a explorar aquela zona. Mais uma vez os meus planos não se concretizaram. Das opções que existia, optei pela que me pareceu a mais óbvia: o Lago Azul. Não foi complicado encontrá-lo, nem foi difícil decidir que era por ali que iria passar o restante tempo até decidir regressar. É uma bonita zona, sobretudo conhecida pela sua Estalagem de quatro estrelas e pelas suas sombras à volta do “lago”, onde se podem fazer piqueniques e passar belas tardes de verão. O cansaço da viagem, assim o ditou. Aqui a água também convidava a banhos. A desvantagem do espaço balnear desta zona encontra-se no facto do fundo do lago ser composto por pedras, o que dificulta os movimentos, se não optarmos por nadar. Para evitar problemas com os pés, recomendo o uso de calçado próprio para o efeito.


                                    E assim terminam três dias de aventura por uma zona que me era totalmente desconhecida e que me aguçou o apetite para continuar a descobri-la. Encontros e desencontros de locais inesperados, na melhor das companhias e sempre apoiado pelas instruções e recomendações preciosas dos prestáveis habitantes das terras por onde fui passando, foi a combinação perfeita para um fim-de-semana prolongado a repetir.

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                                      #19
                                      Só agora me lembrei de ter visto uma vivenda na Lousã em que o jardim é decorado só por material bélico. Até tinha uma anti-aérea...
                                      Quando me lembrei que aquilo dava uma boa foto já ia a caminho de Góis. Damn it!

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                                        #20
                                        Originalmente Colocado por portishead Ver Post
                                        Sim, mas fica muito perto de Góis e, com tanta mota à volta, nem dei por ter entrado noutra localidade.
                                        Sim foi o que eu pensei. Com motas por todo o lado fica mais difícil saber onde é mesmo Góis!

                                        Mas passa por lá um dia, a esplanada é muito agradável para beber e comer qualquer coisa mas nem tanto no fds da concentração.

                                        Originalmente Colocado por portishead Ver Post
                                        Só agora me lembrei de ter visto uma vivenda na Lousã em que o jardim é decorado só por material bélico. Até tinha uma anti-aérea...
                                        Quando me lembrei que aquilo dava uma boa foto já ia a caminho de Góis. Damn it!
                                        Eish... gostava de ver isso! Tenta ver no Google Earth se souberes mais ou menos por onde passaste!

                                        Abraço

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                                          #21
                                          Originalmente Colocado por NunoMCCII Ver Post
                                          Sim foi o que eu pensei. Com motas por todo o lado fica mais difícil saber onde é mesmo Góis!

                                          Mas passa por lá um dia, a esplanada é muito agradável para beber e comer qualquer coisa mas nem tanto no fds da concentração.



                                          Eish... gostava de ver isso! Tenta ver no Google Earth se souberes mais ou menos por onde passaste!

                                          Abraço

                                          Boas, é bom encontrar aqui tópicos sobre Gois Também conheço Góis e arredores, pois a terra dos meus pais é duma aldeia chamada Cabreira, que tem duas praias fluviais......É o sitio ideial para ter férias descansadas longe das cidades e confusão (excepto a semana da concentração de motas). Tomar banho no rio Ceira e descansar na relva ..... relaxante......

                                          Portishead: Recomendo voltares a visitar Góis, excepto na 2º semana de Agosto (motas).

                                          NunoMCCII: Tenho reparado que na estrada Gois-Vila Nova de Poiares, numa aldeia antes de subir numa serie de curvas e contracurvas, há uma oficina mecânica e está um camião de transporte militar do tempo colonial, suponho que seja uma Berliet, está impecável com matricula das novas.

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                                            #22
                                            (2011 upgrade :D)



                                            Na minha mais recente viagem à zona centro/interior do país, uma vez mais, fui à descoberta de algumas praias fluviais.

                                            Tal como no litoral, também por aqui se pode encontrar locais muito mais concorridos que outros. Se bem que por estes lados, parece-me mais difícil arranjar uma justificação para esse fenómeno. A integração dos equipamentos básicos de suporte: bar, parque de merendas, casa de primeiros socorros e casas de banho, não é de todo uma razão. Já que algumas “praias” localizadas nas margens do rio Zêzere - Zaboeira (Vila de Rei) e Alqueidão (Tomar), são meros exemplos - não possuem quaisquer desses elementos e estavam à beira da lotação esgotada – as piscinas flutuantes de Zaboeira e de Fernandaires (Vila de Rei) onde já não haviam 5 cms livres para se manter de pé, quanto mais estender uma toalha, que “o digam”. Por outro lado, as praias fluviais do Troviscal (Sertã), do Pego das Cancelas (Vila de Rei), de Taberna Seca (Castelo Branco) e da Ribeira da Venda (Gavião), têm todos esses equipamentos (e mais alguns) e estavam às moscas – em alguns casos, literalmente.

                                            A qualidade da água também não me parece que seja condicionante, pois se há locais onde o relatório anual da Administração da Região Hidrográfica do Tejo I.P. (ARHT) está afixado junto à praia e aparece na classificação um estranho... “Sem Classificação” (exemplo, Bostelim – Vila de Rei), há outras onde não consegui sequer encontrar essa informação e não deixavam de ser das mais frequentadas.

                                            Para que conste, a bela praia de Pego das Cancelas, obteve a classificação de “Excelente” no último resumo (de 2010, para 2011) da ARHT e eu posso comprovar a nota, pois passei uma escaldante tarde a banhar-me por aquelas águas e sobrevivi para contar. Até diria que o preço que se paga por este local estar praticamente abandonado (o bar, a casa de primeiros socorros, as casas de banho e os balneários estão encerrados) é mínimo, comparado com o prazer que se pode retirar dele.

                                            Destaco por aqui alguns desses locais por onde passei, alguns em vias de ficar esquecidos e, como expliquei no parágrafo anterior, digo isso da forma mais despreocupada possível.
                                            Ortiga (Mação; bem equipada, até demais: o potente equipamento de som ouve-se num raio de vários quilómetros, portanto, não se iludem com a foto, pois é tudo menos sinónimo de sossego)


                                            Ribeira da Venda (Gavião; funciona a piscina e pouco mais; curiosidade: o respectivo parque de merendas foi inaugurado em 2000, pelo Ministro do Ambiente da altura, o ex-Primeiro Ministro Eng. José Sócrates)


                                            Taberna Seca (arredores de Castelo Branco; foi a primeira “praia fantasma” que visitei nesta viagem, recomenda-se muita coragem para entrar nas casas de banho - daí as moscas - que parece ser o único equipamento a funcionar – e mal)


                                            Janeiro de Cima (Serra da Gardunha; tudo no sítio, muito recomendável e muito concorrida)


                                            Açude Pinto (Oleiros; tem parque de campismo mesmo ao lado e tem boas instalações)


                                            (continua)

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                                              #23
                                              Troviscal (Ribeira da Sertã, o xisto e a natureza envolvente dominam a paisagem deste pequeno paraíso fluvial, com todo o equipamento essencial disponível)









                                              Pego das Cancelas (junto à fronteira dos concelhos de Vila de Rei, Sertã e Mação, representada pela “Ponte dos Três Concelhos”, classificado como Imóvel de Interesse Público; como disse, natureza pura e dura e nem damos por falta das instalações anexas que estavam fechadas)





                                              (continua)

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                                                #24
                                                Bostelim (entre Vila de Rei e a Sertã; local ideal para descansar - mais do que propriamente para ir a banhos - pois é composto por um espaço de campismo gratuito com instalações próprias)



                                                Malhadal (Proença-a-Nova, na Ribeira do Isna; regresso a uma das primeiras praias visitadas há dois anos, com algumas melhorias no espaço envolvente que merecem ser realçadas)




                                                Zaboeira (Vila de Rei; como desfrutar do Zêzere sem equipamentos e com uma piscina flutuante que agrada a toda a criançada e, pelos vistos, não só)





                                                Penedo Furado (Vila de Rei, na Ribeira de Codes; tudo o que temos direito e mais uma boa vista lá do alto do Penedo)





                                                Alqueidão (arredores de Tomar, a caminho da Serra; outra praia das margens do Zêzere, sem piscina mas com demasiadas pessoas para o espaço disponível)

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