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O que é... a Alma?

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    O que é... a Alma?

    Uma pergunta muito interessante, e será, que nós já nos perguntamos sobre isso?

    Como podemos teorizar sobre essa palavra?

    E as várias visões que se debrução sobre isto

    E a expressão, estados de alma!?

    Alma - Wikipédia, a enciclopédia livre


    MAR PORTUGUÊS

    Ó mar salgado, quanto do teu sal
    São lágrimas de Portugal!
    Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
    Quantos filhos em vão rezaram!
    Quantas noivas ficaram por casar
    Para que fosses nosso, ó mar!
    Valeu a pena? Tudo vale a pena
    Se a alma não é pequena.
    Quem quer passar além do Bojador
    Tem que passar além da dor.
    Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
    Mas nele é que espelhou o céu.

    Fernando Pessoa

    "A alma portuguesa é, para Fernando Pessoa, um conceito com múltiplas facetas. Um conceito que ele analisou de diversas perspectivas, desde a histórica, à sociológica, passando pela filosófica e até religiosa.

    Pessoa tinha um grande interesse pelo que ele chamava de "Homem Português". Penso que o interesse do poeta seria no sentido de ver como se poderia operar um renascimento, uma nova era de um povo então cabisbaixo e em grande crise económica e social. Lembremos que os tempos de Pessoa são tempos de grande crise, de fim de monarquia e inicio (conturbado) da República. É também a viragem de um novo século, uma época de revoluções e esperança no futuro.

    Pessoa escreveu muito sobre o "Homem Português", que é a vertente "de fora" da alma portuguesa. Na sua opinião esse homem era (como o próprio Pessoa) múltiplo. Havia o português "número", trabalhador obscuro, o português "que não é", estrangeirado e afrancesado e o português "fundador", o português que cria civilizações.

    O problema do povo português, era para Pessoa, o querer ser tudo e não se adaptar a ser menos do que isso. Aqui ele aproxima-se já do problema da alma portuguesa. O português foi tudo apenas na época das descobertas e conheceu desde então uma repentina e abismal decadência, caindo no ser nada, de fora e de dentro, mas desejando ainda ser tudo.

    Caímos então num provincianismo diletante. Deixou de haver criação original, descoberta. É como se o fim das Descobertas fosse afinal, simbolicamente e realmente, o fim de toda e qualquer descoberta. Nada mais valia talvez a pena, a não ser talvez um novo recomeço.

    Estamos agora, enquanto raça, indefinidos no tempo e no espaço. Já nos completámos e viajamos ao passado para ir para o futuro. É essa contradição imanente que nos distancia de todos os outros povos.

    A síntese bela para este paradoxo achou-a Pessoa num artigo que publicou no Diário de Noticias Ilustrado em 1929. Nele compara o fado e a alma portuguesa. Ambos estão num "intervalo", diz ele. O fado foi formado pela alma portuguesa num intervalo, em que a alma não existia e "desejava tudo sem ter força para o desejar". O fado, cansaço da alma forte, que confia no Destino, olhar de desprezo a Deus, é o regresso à natureza original, ao niilismo do homem moderno, à descrença em tudo o que não é pleno de vitalidade.

    Enquanto Portugal não se ergue, canta esse fado, lirismo indefinido de quem não deseja nem deixa de desejar. A alma, essa, regressará um dia, e nesse dia futuro será de novo realidade do mesmo passado".
    Conceito de Alma Portuguesa em Fernando Pessoa

    #2
    Eu não sendo crente, interpreto alma enquanto multiplos factores disposicionais, sempre relativos a uma determinada estrutura personalistica.

    Comentário


      #3
      A alma é o condutor do nosso veiculo...

      A alma somos nós!

      Comentário


        #4
        Alma é uma coisa que os bons sapatos têm

        Comentário


          #5
          Não sei bem ao certo, mas tenho a minha à venda caso alguém esteja interessado....

          Comentário


            #6
            Como as coisas mudam... Há 5 séculos atrás comprava-se a salvação da alma.

            Agora já se vende almas a preço de saldo. Que se lixe, vendo a minha e a dos meus animais de estimação. Pague 1 leve várias!

            Comentário


              #7
              Desculpem lá o off-toppic, mas...

              Nunomplopes, tem lá mais cuidado com as virgulas... É com cada pontapé que até fere a vista. Anda por aí muita gente nova e ainda ficam a pensar que é mesmo assim que se escreve.

              Comentário


                #8
                Originalmente Colocado por setyoureyestozion Ver Post
                Eu não sendo crente, interpreto alma enquanto multiplos factores disposicionais, sempre relativos a uma determinada estrutura personalistica.

                O kééé?

                Comentário


                  #9
                  Um gajo abre um tópico e já andam a dar almas?

                  Anda tudo desesperado...

                  O meu lado mais tracendental têm de o consquistar.

                  (Não vá eu dar a alma ao diabo...)
                  Originalmente Colocado por Nero Ver Post
                  Desculpem lá o off-toppic, mas...

                  Nunomplopes, tem lá mais cuidado com as virgulas... É com cada pontapé que até fere a vista. Anda por aí muita gente nova e ainda ficam a pensar que é mesmo assim que se escreve.
                  Concerteza que tentarei escrever da melhor forma e bem sei os certos défices que tenho na minha construção frásica.

                  Comentário


                    #10
                    Será parte de uma consciência universal vivida pessoalmente através de sucessivas reencarnações num corpo que serve apenas de veículo para realização de experiências com vista a perfeição da alma e torna-la finalmente parte de um todo.

                    Comentário


                      #11
                      Originalmente Colocado por Rasec Ver Post
                      Não sei bem ao certo, mas tenho a minha à venda caso alguém esteja interessado....





                      Bolas, ninguém lhe pega, vou por no ebay a ver se tenho mais sucesso!

                      Comentário


                        #12
                        Originalmente Colocado por Rasec Ver Post




                        Bolas, ninguém lhe pega, vou por no ebay a ver se tenho mais sucesso!
                        Eu se fosse a ti nao punha a tua alma á venda
                        Bart Sells His Soul - Wikipedia, the free encyclopedia

                        Eu vi este episodio

                        Comentário


                          #13
                          Como a minha é especial,só dou a um lar de chicas.

                          Comentário


                            #14
                            Originalmente Colocado por nunomplopes Ver Post
                            Um gajo abre um tópico e já andam a dar almas?

                            Anda tudo desesperado...

                            O meu lado mais tracendental têm de o consquistar.

                            (Não vá eu dar a alma ao diabo...)

                            Concerteza que tentarei escrever da melhor forma e bem sei os certos défices que tenho na minha construção frásica.
                            Isso não tem importância (apesar de ser bom tentarmos melhorar) porque tens muitas qualidades que compensam bem, um ou outro erro e, que afinal todos damos especialmente neste contexto.

                            Nuno deixo aqui um texto que gostei, relacionado com o assunto. é mais uma visão,...


                            Alma, Consciência, Acção & 2008

                            Pergunto-me…qual poderá ser a relação proposta por esta interacção, alma, consciência e acção em 2008? Será que a indagação surge também para vós?

                            Como nos posicionamos em relação ao ciclo cósmico que corre inexorável, impelindo-nos para um encontro com o Centro da Galáxia? O que quer isto dizer para a nossa alma e para a nossa consciência? O que quer dizer para a Terra? Como se traduz esse encontro nas opções que tomamos quotidianamente aqui, será que as influenciam?

                            Gostaria de partilhar convosco alguns conceitos, inspirados em William A. Meader, do livro “Shine Forth”, que talvez ajudem a enquadrar estas indagações de início de ano. Meader fundamenta na ciência oculta clássica de Alice Bailey as bases dos conceitos que utiliza. Sublinho que são resumos muito sintéticos, dos conceitos expostos por este.

                            Começo pela Alma. Alma resulta da síntese dos Princípios Feminino e Masculino Cósmicos. Evolui através da forma e a Consciência é a sua recompensa.

                            O Princípio Feminino sustenta a Criação com a Inteligência da Forma. Tudo quanto existe na Forma, logo, também na matéria, provém da fonte feminina. É ela que providencia as cordas referidas na teoria das super cordas que reportam as diferentes dimensões existentes, a energia escura do Universo ou as partículas sub atómicas, como os leptons, quarks ou gluons que constituem os átomos.

                            O Princípio Masculino, é responsável pela ideação, pela dinâmica, fluxo, energia da acção, o “Faça-se” ou “Fiat”…”Faça-se a evolução da e na matéria, num planeta tridimensional”… por exemplo!

                            Não funcionam um sem o outro, pois a ideia necessita da forma para poder ser executada e a forma necessita da ideia e da energia da acção para ser dinâmica.

                            Ambas são necessárias para que a evolução aconteça.

                            Outro elemento, o de partida, do caminho evolutivo desde a Fonte Criadora, é a Mónada, a centelha Divina, o fractal da Fonte que reside em cada participante da Criação. Para a Mónada comunicar com a Alma, necessita de um intermediário cuja substância, predominantemente Divina, possa fazer essa função. Um veículo…o Corpo Causal, constituído por substância angélica…o Anjo da Presença…que assim contacta a Alma. Quando a Humanidade recebeu este veículo, há milhões de anos, ganhou sentido de individualidade, de estar separado e distinto do todo, bem como a capacidade de pensar, ponderar e fazer introspecção, de se auto-conhecer. É o veículo da consciência da Alma.

                            A Alma, recebe da Mónada, princípio Divino que quer experienciar a evolução, a tarefa de se “prolongar” em 3 elementos, veículos ou, como prefiro chamar, “estados da matéria”: Mental, Emocional e Físico. O seu papel é portanto relacionar Substância Inteligente Divina com Vontade Divina. Para estes 3 elementos terem noção de existência mútua, forma-se uma plataforma de ligação, a Personalidade, que, por ser constituída pela combinação das substâncias materiais mental, emocional e física, se identifica predominantemente com estas e tem dificuldade em se deixar impressionar (imprimir) pelas orientações da Alma!

                            Bem, então e a Consciência?

                            Consciência é a capacidade de registarmos e fixarmos a vibração que chega até nós, vinda do exterior, isto é, produzida pelas diferentes fontes externas, e também, a capacidade para reagir ao que está impresso, diz Meader. Como um negativo de uma fotografia pré era digital claro. Huummmm…não era nada esta a noção que tinha, mas é muito interessante e onde nos conduz se assim for?

                            Talvez a redimensionarmos o significado de EVOLUÇÃO DA CONSCIÊNCIA! Adicionalmente, reconhecermos que talvez estejamos a confundir Consciência com Mente, ou melhor, com o resultado do processamento mental que fazemos das experiências vividas e da percepção que temos delas…a considerar? Talvez não enfatizarmos tanto este processamento, privilegiando aquela capacidade de fixação!

                            Consciência é um atributo que emerge ou faz parte de um conceito mais alargado, a senciência, isto é da natureza da experiência da alma à medida que se expressa através de todas as categorias da forma, no caso da Terra, em todos os Reinos aqui existentes.

                            A senciência resulta da experiência acumulada pela passagem da Alma por cada um dos reinos, desde o mineral, até ao Humano. Por exemplo, a natureza da experiência da Alma enquanto evolui no Reino mineral é a aprendizagem do que é estar contida, ter limites, ser finita, estar fixa, imóvel, pois o seu conhecimento anterior é estar no todo, sem contentor, sem limites. No reino Vegetal, é verticalizar, caminhar para o céu, sob a orientação do Sol, estando fixa na Terra. No Reino animal é aprender o movimento e o sentido transversal do deslocamento, a não estar imóvel, a expressar-se através do instinto, ou seja, de todas as experiências acumuladas pela evolução da sua espécie na matéria. No Reino humano, é a percepção de indivíduo separado do grupo, ganhando a noção de ser único. Tudo o atrás exposto reflecte apenas a ideia principal para cada Reino.

                            Sim, mas onde nos levam todas estas considerações?

                            Quiçá a uma visão mais transparente do que pode ser um caminho de evolução do Humano na sua relação com todos os Reinos que habitam a Terra… ou, a um enquadramento mais tranquilo, equilibrado e esclarecido da nossa função e tarefa, traduzidas em uso responsável do livre arbítrio, base das decisões e acções que ocorrem em cada dia da nossa vida.

                            Bom, e na prática de que falas Cândida?

                            Falo de percebermos como funcionamos, de que somos “constituídos”, para podermos exercer melhor esse livre arbítrio, condição que nem mesmo todos os “Deuses” têm e que a Humanidade desfruta, revertendo o actual sentido predominantemente destrutivo deste uso.

                            Falo de aprendermos a construir a forma pensamento (mente em movimento), sentimento e sentidos físicos a partir da impressão vibratória que a Alma nos quer legar.

                            “Olhar para dentro”? Talvez, menos horas de Televisão e menos horas a olhar para os outros? Já nos demos conta de quantas vezes por segundo ocupamos a nossa atenção com estes procedimentos?

                            Quanto tempo livre fica para que a Alma deixe o seu sinal se toda a rede neuronal está comprometida, ocupada em contactar e explorar apenas o exterior?

                            Esta “pequena” reversão da trajectória da Luz - energia e informação - dirigindo a atenção para os sinais internos, passa a sustentar níveis de decisão operacional, externos, cada vez mais precisos, coerentes e síncrones com o interesse conjunto do planeta e todos os parceiros da experiência... Diria…com mais pixeis…ou, pontos de luz no écran…produzindo uma imagem mais definida e uma capacidade de agir em linha com essa “imagem – plano” da Alma.

                            Enfim, é uma proposta, a considerar para este 2008 que começa…”olhar mais para dentro” e…produzir uma imagem mais definida do projecto que a Alma tem para nós…talvez hajam surpresas!

                            Que 2008 vos sorria com muitas Alegrias e tristezas construtivas.

                            Cândida Loureiro
                            Editado pela última vez por MariaHelena; 22 September 2009, 19:38.

                            Comentário


                              #15
                              Obrigado Maria Helena pela partilha do artigo, tem pontos muito interessantes e aborda algumas coisas que me fascinam e tão pouco tinha considerado na minha análise quando abri o tópico.

                              Excelente ponto de vista de conhecermos a nós próprios e contruirmos aquilo que nos preenche, tal como faz sempre parte da minha caracteristica e sempre aprender a cada dia que me proporciona.

                              Bom para eu reflectir.

                              Comentário


                                #16
                                As almas nacionais são uma enormíssima treta! São construções instrumentistas e oportunistas, só.
                                A única alma q existe é aquela a q, por exermplo, os Da Weasel se referem quando dizem "Dá-lhe c a alma!".
                                Depois há as outras almas, as metafísicas, as q estão do outro lado da física, e os objectos da reflexão filosófica. Claro q a isto me responderão, convictos e imberbes: e há mas é as almas penadas!

                                Comentário


                                  #17
                                  Ai as inquietações dessa alma...
                                  Ontem a pergunta foi tua, hoje é minha: preparado? Então vamos a isso!

                                  Muitas vezes (mas não sempre) utilizada para designar o conceito de mente e/ou de espírito, a palavra Alma é utilizada para nomear o princípio imaterial que se considera ser a origem da vida material, da sensibilidade do homem.

                                  Esta é a definição geralmente usada e que serve de base a inúmeras reflexões. Seria maçador e pouco original da minha parte inumerá-las a todas. Por isso, ao ver o post da Maria Helena, pensei em deixar aqui alguns caminhos que podes seguir no estudo deste tema

                                  Começo pela obra de Dalila Pereira da Costa, estudiosa da "alma portuguesa", onde poderás encontrar considerações sobre a alma lusa, a arqueologia da fisionomia e o pensar lusos.

                                  De seguida, um artigo de opinião:

                                  O ser humano tem alma?
                                  Luis Nogueira
                                  Li há já muitos anos uma biografia de Friedrich Nietzsche, o peitudo, o musculado teórico do Super-Homem de que o nazismo (a direita não tem quem lhe valha: ontem, hoje, e amanhã está destinada a ser súmula de todas as tristes tautologias possíveis, nada mais pode fazer do que apropriar-se das distrações dos outros) se aproveitou de forma repugnante para construir os mitos de mármore ou granito de uma sub-ideologia pobre, banal, tristonha, proibitiva, sociologicamente e vetero-testamentista, como a História está a provar nos dias que correm...
                                  Pouca gente entendeu (Jack London foi uma excepção) que a filosofia de Nietzshe nada tinha a ver com os saldos do nazismo ou de qualquer outro repelente nacionalismo. O Super-Homem de Nietzshe é apenas o ser humano assumindo-se como único deus da terra, sem necessidade de crenças, de favores talhados no céu. O homem íntegro, senhor de si mesmo e do seu destino, capaz de voar a todas as alturas, de se rir da trovoada, das ameaças de Jeová e seus descendentes. O ser humano confiante, senhor do seu próprio destino sem necessidade de divinas intercessões.
                                  Nietzsche, era inevitável, enlouqueceu. Está tudo nos "Despojos de uma tragédia". A tal biografia de que me venho dispersando conta que estando o filósofo em Veneza, já meio louco, se atirou ao pescoço de um cavalo a quem um cocheiro chicoteava de modo bárbaro. O filósofo "impiedoso" tentava defender o animal do couro que lhe ensanguentava, atroz, as carnes.
                                  É interessante que este filósofo tão férreo, tão forte, tão imperturbável do alto de seu escarpado Engandine tenha sido incapaz, mesmo louco, de suportar que alguém na sua frente tratasse de modo bárbaro um pobre animal; que tenha defendido o indefeso, o escravo, o submisso, o sujeito de tortura.
                                  Possívelmente a sua aparente loucura fez-lhe compreender que nenhum ser humano é inteiro ou pode ser tomado como tal quando trata desumanamente todos os indefesos que estão quer ao lado, quer abaixo da sua escala evolutiva.
                                  Não há muito tempo ouvi dizer a alguém, um cientista, que não há ser mais perigoso na natureza do que o bicho homem. O que nos animais é aparente ferocidade mas não passa de simples, embora doloroso, esforço de subsistência, degenera no ser humano em gratuito exercício de crueldade A caça, por exemplo.
                                  Mais: enquanto os animais são tolerantes para com a sua própria espécie, o Homem vai de Hiroshima em Hiroshima, de Nagazaki em Nagazaki, de cobertores infectados com varíola fornecidos pelo governo de Washington para exterminar tribus inteiras de índios, decerto em nome de uma mírifica "civilização ocidental" rodapé retórico dessa garganta do Império que dá pelo nome de NATO.
                                  Seres indefesos. Ilse Losa nas suas crónicas, "À FLOR DO TEMPO" conta que viu alguém atirar um pequeno cão da janela de um carro que seguia a grande velocidade pela estrada que margina o Douro na direcção da Ribeira, no Porto. Conta que o animal, depois de se erguer e refazer da queda, ficou com a cabecita a virar-se de um lado para o outro, à procura dos donos num gesto de fidelidade incomum, fora da capacidade afectiva dos que, chegadas as férias, procuraram ver-se livres dele.
                                  "Tirando a alma, tudo é carne", diz-se aqui pelos meus sítios quando se refere a trémula e latente humanidade dos animais. Que a têm, sem dúvida. Maior e mais luminosa do que a do Homem Europeu que continua a explorar, a reduzir à miséria os povos da Àfrica, da Ásia e da América e, já agora! os da "sua" Europa a quem devora no trabalho infantil, na idade adulta e na velhice dos lares, antecâmaras de uma morte nula, impessoal, neutra.
                                  O ser humano tem alma?, volto a perguntar. Não sei responder. Os animais, fico por fiador, sei eu que têm.
                                  Dá que pensar, não dá?

                                  Agora, um filósofo que não é muito conhecido, e que tem uma visão fantástica sobre este tema: a alma como construção do próprio Homem. Convido-te a ler a obra: "A Construção da Alma", de Michael Grosso.

                                  Por fim, um caminho que para mim é sempre agradável de percorrer: o mundo da fotografia também tem algo a dizer sobre as almas. Escolhi António Gil:

                                  Solidão de Alma...


                                  Resguardo de Alma...


                                  Comentário


                                    #18
                                    Alma é tudo aquilo que não se vê quando estamos...e o que resta quando partimos.

                                    Não se vê....mas sente-se a sua « presença »....é um vínculo.

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                                      #19
                                      Originalmente Colocado por Sansoni7 Ver Post
                                      Alma é tudo aquilo que não se vê quando estamos...e o que resta quando partimos.

                                      Não se vê....mas sente-se a sua « presença »....é um vínculo.


                                      Então é como o frio? Será que um casaco também resolve?

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                                        #20
                                        Originalmente Colocado por Rasec Ver Post
                                        Então é como o frio? Será que um casaco também resolve?
                                        Experimenta e depois conta-nos....

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                                          #21
                                          Obrigado pelas opiniões que tem demonstrado e em muito especial ao excelente texto da NinaChampa que como sempre me felicita com excelentes análises que de certo modo me esclarece e de outro me faz levantar outras questões.

                                          A compreenção de pessoas, que mediante os meus erros é isso que me faz vir aqui participar neste espaço e poder do meu modo aprender e criar a motivação necessária que julgo ser sempre aquilo que me motiva na vida.

                                          Na minha pesquisa sobre o que foi proposto pela Nina comfrontei-me com estas pequenas palavras que retiram tudo o que do meu pensamento posso exprimir:
                                          «(...) O senso comum, é certo, julga que aquele que possui saber já não precisa de aprender, porque já aprendeu tudo. Não: sabedor é aquele que compreende que tem sempre que aprender e que, devido a essa compreensão, se conduziu, antes de tudo, ao ponto de ser sempre capaz de aprender. Isso é muito mais difícil do que possuir conhecimentos.
                                          Ser capaz de aprender pressupõe o ser capaz de questionar. Questionar é o querer-saber (...) »
                                          Harmonia do Mundo/Filosofia

                                          Uma análise ao poema do Pessoa já citado no inicio:
                                          Escrito a 9 de Junho de 1935, seis meses antes da morte de Fernando Pessoa, este poema tem uma importância eminentemente esotérica. Foi neste âmbito que a análise será feita, recorrendo a um texto de Dalila Pereira da Costa, publicado em 1978.

                                          Como bem indica esta pessoana de renome, o poema «Mar Português» surge na continuação do que é a Mensagem. No entanto, e se tal for possível, é ainda mais hermético do que aquela, porque se na Mensagem se invoca o Mar Português ainda físico da conquista e depois lentamente transcendental do espírito, no poema «Mar Português» a invocação é já plenamente transcendental, focada na importância da obra do próprio Fernando Pessoa num futuro renascer da alma nacional.

                                          Identificam-se temas comuns entre este poema e a Mensagem. Nomeadamente a referência ao mar simultaneamente espelho e abismo, onde a alma se perde no sonho e depois do sonho se reflecte num projecto de futuro esplendoroso porque plenamente espiritual e desligado da terra.

                                          Há o reconhecimento que nada mais há a buscar no mar físico, mas que resta a exploração do mar espiritual, onde Pessoa quer ser empossado argonauta, porque é através da poesia, da linguagem do inefável, que se podem descobrir os mistério da alma e da vida, escondidos à visão normal dos homens.

                                          Um primeiro ciclo exauriu-se: o da descoberta do mar. Um novo ciclo se anuncia: a segunda vinda, a descoberta da alma, do mar espiritual.

                                          É a água, o elemento água, a paz, a solidão, a reflexão, o contínuo movimento de renovação e desafio que permite a revelação da profecia. É a água que simboliza a latência do sonho, a água nua, despida e apenas espelho ou abismo, que mostra e que esconde. Combinação proibida de opostos, como a própria poesia, que se por um lado comunica, nada diz de imediato, mas antes quer provocar em quem a lê a reflexão mais profunda ou a reflexão mais imediata, o abismo e o espelho. O mar, o sonho e a poesia são os três elementos que Dalila Pereira da Costa indica como sendo os vectores essenciais da alma portuguesa. Não interessa a ambição, mas o sonho, não interessa o destino, mas a viagem, não importa nada que se acabe na sua própria realização, porque nada que se consuma inteiramente pode ser eterna.

                                          Portugal, pátria à beira água é também pátria à «beira-mágua». O sofrimento e a dor marcam a viagem ás ilhas afortunadas da alma, porque nenhuma grande descoberta se faz sem sacrifício de monta e relevo.

                                          Esta alquimia, processo de integração dos desejos mais profundos e íntimos do ser, liga o desejo à metafísica de o realizar na carne. Dalila relembra, e bem, Jung, na sua análise do subsconsciente como meio de alcançar a ligação entre os dois mundos, porque ténue terreno de fracas consistências e certezas palpáveis, senão pela intuição. Pessoa foi mais longe, ao desdobrar-se em quatro (Caeiro, Campos, Reis e Soares) fez a chamada quadratura do circulo, antigo esquema alquímico em que o Eu permanece no centro, permeado pelo mediador, pelo Logos.

                                          O apocalipse do fim aparece em Pessoa como revelação de uma verdade interior, reservada a quem empreenda a viagem sem destino que é perder-se de si mesmo. O começar na nova aurora neste Império Espiritual é algo mais do que a presença diáfana de um vasto território dominado por uma só língua e um só povo, antes um horizonte sem fim em que se atinge a irmandade dos homens, a paz in excelsis intemporal e imperfeita apenas por não ser ainda de Deus, mas encimada por um desejo incompleto de se realizar sempre no futuro.
                                          Análise do poema "O Mar Português"

                                          Ao que falamos da Alma, julgo que como dizes, mesmo pelo que designamos, sendo uma coisa imaterial e não palpável é sempre uma coisa que muito faz parte do nosso intimo, (ou das crenças de cada um) que julgo existir essa parte que nos complementa.

                                          Podemos teorizar sobre a sua existência ou não, o que cada um acredita caberá a si procurar as suas respostas, e porque não discutir as suas ideias!?

                                          Irei levar em conta e ter a minha atenção a essa obras literárias e poder explorar mais este tema.

                                          Com o complemento fotográfico achei o teu post muito valioso e de um preencimento total ao tópico, sendo eu um bom apreciador desta arte.

                                          As minhas inquietações e os espiritos que vagueiam a minha alma irei sempre partilhado.

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                                            #22
                                            Originalmente Colocado por Sansoni7 Ver Post
                                            Experimenta e depois conta-nos....


                                            Para mim é difícil porque eu apesar de estar farto de ouvir falar nela nunca a senti (devo ter uma daquelas almas mesmo muito levezinhas ) ... por isso é que eu pergunto se é como o frio, sente-se mas não se vê!


                                            Por outro lado, de que me serve ter uma coisa se não a sinto?! Por isso é que a vou vender um dia destes, haja interessados

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                                              #23
                                              A alma é a nossa essência. O que resta de nós quando partimos para o outro lado.

                                              É o nosso pensamento, o nosso íntimo muito bem escondido.

                                              Isso é a Alma.

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                                                #24
                                                Originalmente Colocado por Rasec Ver Post


                                                Para mim é difícil porque eu apesar de estar farto de ouvir falar nela nunca a senti (devo ter uma daquelas almas mesmo muito levezinhas ) ... por isso é que eu pergunto se é como o frio, sente-se mas não se vê!


                                                Por outro lado, de que me serve ter uma coisa se não a sinto?! Por isso é que a vou vender um dia destes, haja interessados
                                                Sentes...sentes.....só nãol he consegues tocar.

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                                                  #25

                                                  1. Origem do conceito:



                                                  Palavra rica em significados e referências. Durante toda a exposição filosófica a palavra alma supõe análise de sua origem, natureza e destino.
                                                  Saber o que significou e o que ainda significa esta palavra no contexto grego nos ajuda muito para uma melhor compreensão de como não houve substancialmente evolução semântica de significado e uso desta palavra nas principais línguas indo-européias.



                                                  2. Na origem sânscrito-grego:
                                                  A palavra grega [psyché] aparece como deverbal do verbo [psýchein], «soprar, emitir um sopro». O verbo [psýcho], «eu sopro, eu deixo escapar o ar» tem provavelmente como origem a forma não sufixada [psýo], que representa a raiz bhes-, soprar , atestada no sânscrito bhas-tra, fole , e no sânscrito-védico, da qual originou sua raiz, [ápsu]: sem sopro, sem força .



                                                  Este termo significou o sopro, a respiração, o hálito, a força vital, a vida sentida como sopro , daí alma do ser vivo, sede de seus pensamentos, emoções e desejos , donde o próprio ser, a individualidade pessoal, a pessoa, a parte imaterial e imortal do ser .



                                                  3. Na origem hebraico-árabe:
                                                  A palavra grega pneuma [pneuma] é equivalente semântica da palavra hebraica ruah que designa em seu sentido genérico respiração e, em seu sentido específico hálito, alento vital, alma, espírito, sopro . O seu correspondente em árabe é rúhun, que designa sobretudo alma.




                                                  A palavra hebraica para alma é
                                                  nefesh, com o sentido de sopro . Sua correspondente árabe é nafsun, que se refere especialmente a espírito. Assim como palavra latina spiritus serviu para o contexto teológico para designar a vida enquanto princípio pensante, anima serviu para o contexto filosófico para designar a vida enquanto princípio vital




                                                  4. Na origem latino-portuguesa:
                                                  A palavra latina anima, -ae é equivalente semântica da palavra grega [psyché] e, também, significou, primeiramente, sob influência desta sopro, ar e, posteriormente, princípio vital ; a palavra latina animus, -i, [que só se distingue em gênero da palavra anima, ae] pode ter sido uma quase tradução e transliteração da palavra grega anemos que designa vento, agitação da alma, paixão , mas traduz semanticamente o que corresponde ao grego [pneuma] que designa o princípio pensante e se opõe, por um lado, a corpo e, por outro, a alma.



                                                  Para distingui-las, podemos dizer que

                                                  anima, designa uma parte dinâmica da vida, enquanto princípio vital, no ato de principiar a vida e animar; animus designa uma outra parte dinâmica da vida, enquanto princípio pensante no ato de designar uma característica especial da vida e tem como sinônimos espírito, mente, razão e discurso.



                                                  A palavra

                                                  animus, sobretudo, do início do período medieval até a Escolástica viria a ser substituída pela palavra spiritus que corresponde semanticamente à palavra grega [pneuma] e que significa sopro, vento, respiração, exalação, odor, espírito, aspiração .



                                                  A palavra portuguesa alma é tradução semântica e gramatical do termo latino

                                                  anima, e designa genericamente essência imaterial, capaz de entender, querer e sentir, que unida ao corpo forma a individualidade, pessoa e especificamente princípio de movimento, de vida .


                                                  Comentário


                                                    #26
                                                    O nuno tem o hábito de fazer perguntas dificeis...

                                                    Do que já li por aqui...parece me que é um conjunto destas coisas todas...e mais algumas! Cada um de nós pode defini-la à sua maneira, ou seja, vamos encontrar respostas muito diferentes, no entanto, de uma forma pragmática...alma=mente!

                                                    Comentário


                                                      #27
                                                      Alma

                                                      o que nos guia na vida,
                                                      desde a nascença........

                                                      costumo dizer, que nos somos como pessoas , as somas das nossas experiencias de vida.. as boas e as más..

                                                      a nossa Alma, é a soma de tudo isso.. o que temos de bom,, as experiencias boas que temos e que guardamos..

                                                      (digo eu)

                                                      Comentário


                                                        #28
                                                        Originalmente Colocado por ApenasEu Ver Post
                                                        Alma

                                                        o que nos guia na vida,
                                                        desde a nascença........

                                                        costumo dizer, que nos somos como pessoas , as somas das nossas experiencias de vida.. as boas e as más..

                                                        a nossa Alma, é a soma de tudo isso.. o que temos de bom,, as experiencias boas que temos e que guardamos..

                                                        (digo eu)
                                                        Tenho uma opinião semelhante a esta .

                                                        A alma é o que nos define , é o que nós somos , o modo como pedimos uma simples bica , o modo como seguramos(ou não) na porta para alguém , o modo de agir para com o próximo ...

                                                        Todos aqueles sentimentos que nos roem por dentro(ou não) quando vemos um animal a sofrer , os sentimentos que nutrimos por alguém , o modo como sentimos e experimentamos dor , amor , solidão , alegria , tristeza ,compaixão , inveja , ...

                                                        São coisas que aprendemos ao longo da vida desde que nascemos , tudo fica ca guardado , tudo mesmo , para o melhor ou para o pior , todas as nossas experiências/aprendizagens de vida definem aquilo que nós somos ...

                                                        A nossa alma está no nosso cérebro e representa tudo aquilo que sabemos , aprendemos , receamos , ambicionamos ,amamos , enfim ...

                                                        Agora será que existe mesmo uma alma que perdura alem vida ? Nunca o saberemos , eu sendo uma pessoa que se guia pela lógica (detesto qualquer coisa que não tenha lógica) sou forçado em parte a apenas acreditar na "Alma" como a descrevi em cima , mas através das minhas experiências de vida , ja vi e senti coisas que me deixaram a pensar se realmente seria "puff" e acabou ou se existira de facto algo mais que nos transcende ...

                                                        Comentário


                                                          #29
                                                          porque opiniões para expressar personalidade quando há tanta informação concreta disponível

                                                          A alma era como um disco rigido uma (caixa negra) - fisico analogo - visivel como bola branca - interdimensional real - alojada no solar plexus, que gravava todos os momentos, das vivencias vividas enquanto humano, traumas, felicidades, auto-definições, personalidades que vivemos, etc...
                                                          Vida apos vida repetiamos os mesmos pontos, mas essa informação era sempre apagada de nós mesmos.
                                                          A informação ficava retida apenas na alma. Assim, as almas mais avançadas era supostamente seres que tinham vivido mais vidas e dai "transcendido" mais pontos.

                                                          A alma não é o ser propriamente dito. mas sim a informação das varias vidas vividas na terra (encarnações).

                                                          "akashic records" era onde se quardavam todos as informações de todas as almas de todos os seres.

                                                          O proposito da alma era para os seres "em controlo" (no plano divino, ponhamos as coisas "assim"...) escolherem que vida deveriamos viver, com vista a manter os sistemas de controlo e polaridade em marcha na terra. Bloodlines elites escravos evolução etc...
                                                          A cada encarnação esqueciamos, ou melhor, apenas nos era dado a lembrar a parte da "alma" sobre a forma de identidade/personalidade.

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                                                            #30
                                                            Se existe algo parecido com a alma, é o que nos distingue a nós, enquanto seres humanos, de um monte de carbono.

                                                            É o que nos dá individualidade, o que nos distingue dos outros, o que nos permite agir.

                                                            Cada pessoa é um sistema complexo único (enquanto corpo) e é essa complexidade toda que nos permite ter uma alma. Para mim a alma não é mais que a nossa capacidade de interagir, enquanto seres vivos.

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